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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Consolidativo, café tem dia de pouca volatilidade na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas, em uma sessão de pouca volatilidade, na qual os preços não conseguiram reagir diante das baixas do dia anterior, se mostrando sem poder de recuperação. A posição março chegou a flutuar acima do nível de 145,00 centavos por libra, no entanto, não demonstrou fôlego mais consistente para buscar intervalos básicos de alta e, assim, abriu espaço para pequenas liquidações que, no entanto, foram suficientes para decretar as perdas ao final do dia de negociações.
No aspecto gráfico e técnico, o dia não demonstrou novidades, com os preços apresentando uma relativa acomodação, próxima do nível psicológico de 145,00 centavos. A leitura gráfica, por sua vez, indica que o mercado tem um viés baixista, não conseguindo depreender uma força ao menos relativa para testar alguns patamares de alta. Operadores avaliam que o mercado segue um padrão próximo daquele observado no último trimestre de 2012, caracterizado por quedas e momentos de ligeira acomodação.
Fundamentalmente, o mercado não apresenta maiores novidades, com notícias como safra do Brasil e a até mesmo prejuízos na América Central por conta da ferrugem sendo efetivamente assimilados e precificados.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve queda de 30 pontos, com 144,05 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 145,70 centavos e a mínima de 143,75 centavos, com o maio tendo retração de 25 pontos, com 147,10 centavos por libra, com a máxima em 148,75 centavos e a mínima em 146,80 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 30 dólares, com 2.066 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 24 dólares, com 2.071 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia na bolsa nova-iorquina não apresentou maiores variações e a posição março flutuou, ao longo do dia, dentro de um range de apenas 205 dólares. Esses analistas sustentaram que o mercado, diante da fraqueza técnica, parece ter encontrado um ponto de referência próximo dos 145,00 centavos, sem demonstrar consistência para buscar ganhos mais efeitvos, como os conquistados ao longo de parte de janeiro, mas sem, também, ir muito além da mínima da sessão passada, que ficou em 143,95 centavos.
"Foi uma sessão sem maiores variações. Os preços encontraram um centro próximo dos 145,00 centavos e mesmo rompendo o suporte básico da sessão passada conseguimos manter os parâmetros e flutuar próximos da estabilidade. Tecnicamente, o cenário não apresenta mudanças e continuamos com um perfil baixista para os negócios", disse um trader.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 4.614 sacas, indo para 2.637.671 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 23.658 lotes, com as opções tendo 4.225 calls e 4.118 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência em 145,70, 146,00, 146,50, 147,00, 147,50, 148,00-148,05, 148,50, 149,00, 149,50, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,50, 152,00, 152,50 e 153,00 com o suporte em 143,75, 143,50, 143,00, 142,60-142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50, 140,10-140,00, 139,50, 139,00, 138,50 e 138,00 centavos.
Londres se mostra consistente e registra dia de bons ganhos
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com bons ganhos, com a posição março se mantendo dentro do intervalo psicológico de 2.000 dólares. O movimento na bolsa londrina esteve em linha com o comportamento dos mercados externos, que tiveram um dia de recuperação, após as quedas do pregão que abriu a semana.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas, que permitiram ao março testar o nível de 2.085 dólares. Nas máximas, no entanto, uma ligeira desaceleração foi verificada, por conta de ligeiras realizações de lucro e também por vendas de origens. "Foi uma sessão relativamente tranqüila e sem grandes novidades. Os robustas estão conseguindo demonstrar força acima dos 2.000 dólares, por conta de aquisições efetivas que passaram a ser mais consistentes após os anúncios sobre a possibilidade de a safra de 2013 do Vietnã sofrer um revés considerável. Diante da demanda constante desse tipo de café, conseguimos manter preços bastante interessantes", disse um trader.
O março teve uma movimentação ao longo do dia de 7,18 mil contratos, contra 6,79 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 5 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou alta de 30 dólares, com 2.066 dólares por tonelada, com o maio registrando valorização de 24 dólares, com 2.071 dólares por tonelada.
Dólar fecha em queda com fluxo positivo de recursos
SÃO PAULO - O mercado de câmbio teve uma terça-feira marcada por um intenso
fluxo positivo ao longo de toda a sessão que conseguiu garantir a queda do
dólar ante o real, levando a divisa estrangeira a mais do que devolver a alta
do pregão anterior e a se reaproximar das mínimas desde maio do ano passado.
O movimento do dia foi intenso, superando em cerca de 40% a média diária no ano
até ontem. Segundo profissionais de mercado, esse giro mais forte refletiu o
adiantamento de operações pelo mercado na semana que antecede o feriado de
Carnaval.
O dólar comercial fechou em queda de 0,45%, a R$ 1,9860, menor taxa de
fechamento desde 29 de janeiro de 2013 (R$ 1,985) e não muito distante da taxa
de R$ 1,983 na qual terminou no dia 28 de maio de 2012. Na mínima, a moeda foi
a R$ 1,983, não muito longe da taxa de R$ 1,980 batida na sexta-feira, que foi
o menor nível desde 3 de julho de 2012 (R$ 1,979).
O giro interbancário somava US$ 4,274 bilhões às 17h18, segundo a clearing de
câmbio da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), cerca de 70% acima da média
diária do ano até sexta-feira, de US$ 2,532 bilhões.
No mercado futuro, no qual os negócios vão até as 18h, o dólar para março cedia
0,60%, a R$ 1,9905.
O dia foi marcado ainda por comentários do ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Mas diferentemente da semana passada, a exposição não chegou a influenciar
significativamente o rumo do mercado.
Mantega disse que o objetivo do governo é evitar excessos no câmbio, reduzindo
a volatilidade na taxa do dólar. O ministro acrescentou que a taxa de juros
"civilizada" causa menos distorções no câmbio e que, nos últimos meses, o
Brasil conseguiu um nível de taxa cambial que estimula a exportação.
A fala de Mantega era bastante aguardada pelo histórico das declarações do
ministro, defensor de um real mais desvalorizado para incentivar a indústria,
mas profissionais consideraram que o tom utilizado pelo ministro hoje foi bem
mais ameno.
Na quarta-feira passada, Mantega influenciou a cotação do dólar ao dizer que o
câmbio não é instrumento de controle de preços e que não espera que o dólar
"venha a derreter". Imediatamente após as declarações, a moeda americana, que
vinha operando abaixo de R$ 2,00, superou essa marca, levando o Banco Central a
atuar por meio de um leilão de rolagem de empréstimos das reservas
internacionais. No fim do dia, a cotação fechou praticamente estável.
"Tinha que ser uma declaração muito bombástica do Mantega hoje para fazer o
dólar mudar de rumo. Ela não veio, então o mercado se sentiu mais confortável
para ?bater' no dólar [vender]", disse o especialista em câmbio da Icap
Corretora Italo Abucater.
"Os comentários de Mantega foram bem mais neutros que os da semana passada.
Isso abriu caminho para o exportador entrar com dólares, já que ele viu que a
moeda não ia subir", afirma o diretor de câmbio da Intercam Corretora, Jaime
Ferreira.
Na avaliação do gestor da Fram Capital Roberto Serra, a ênfase de Mantega ao
falar que o objetivo do governo passa por um câmbio menos volátil vai na linha
do discurso do Banco Central e referenda expectativas de que a moeda americana
opere no curto prazo com oscilações bastante moderadas.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Véspera de divulgação do IPCA influenciará DIs
São Paulo, 5 de fevereiro de 2013 - Amanhã, as taxas dos contratos de
Depósito Interfinanceiro (DI) deverão ser influenciadas pelas especulações
do mercado a respeito do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
que será divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
na quinta-feira. Segundo Flávio Serrano, economista-sênior do Espírito Santo
Investment Bank, a expectativa é de que o indicador oficial de inflação do
País suba 0,86% em janeiro, sendo assim os contratos poderão verificar alta no
próximo pregão da BM&FBovespa.
"Caso sejam divulgados fatos positivos a respeito da situação
político-econômica na Europa e Estados Unidos deverá haver uma pressão
positiva nos DIs", afirma Serrano. Durante a primeira etapa, os fatos que
seguraram uma evolução mais forte nas taxas foram a presidente Dilma Rousseff
ter revelado que o governo estuda desonerar a cesta básica dos impostos
federais, inclusive do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), mas que as negociações nos estados não avançaram.
Na avaliação de Serrano, o impacto do Indice Geral de Preços -
Disponibilidade Interna (IGP-DI), que desacelerou para 0,31% em janeiro, na
comparação com a inflação de 0,66% registrada em dezembro do ano passado,
também foi limitada.
Hoje, os contratos futuros de DI encerraram o pregão da BM&FBovespa em
alta. Os papéis com maior vencimento, para janeiro de 2015, subiram de 7,97%
para 8,02%, com movimento financeiro de R$ 40,776 bilhões. O vencimento para
janeiro de 2014 avançou de 7,24% para 7,28%, com volume financeiro de R$ 36,291
bilhões, enquanto o contrato para janeiro de 2017 subiu de 8,89% para 8,99%,
com giro financeiro de R$ 13,503 bilhões.
As taxas dos papéis que expiram em janeiro de 2016, que tiveram alta de
8,54% para 8,64%, atingiram R$ 6,255 bilhões negociados. No curto prazo, entre
os contratos com maior liquidez, somente os que vão expirar em março de 2013
caíram de 6,985% para 6,975%, registrando volume financeiro de R$ 3,944
bilhões. No médio prazo, as taxas dos papéis para abril de 2014 subiram de
7,37% para 7,41%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje em queda de 0,45%,
cotado a R$ 1,9840 para compra e R$ 1,9860 para venda, devolvendo percentual um
pouco superior que o ganho de 0,30% registrado ontem. A perspectiva do
economista-sênior do Espírito Santo Investment Bank é de que a divisa não
registre grandes oscilações, ficando no patamar de R$ 2, mas com os agentes de
mercado testando em qual nível o Banco Central (BC) deverá atuar.
Essa queda nas cotações dos contratos à vista e futuros da divisa ocorreu
motivada pela melhora nos índice dos gerentes de compras (PMIs, na sigla em
inglês) sobre a atividade do setor de serviços na eurozona, Reino Unido e
Alemanha. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento
em março de 2013 caiu 0,54%, a R$ 1.991,500, e o contrato que expira em abril
de 2013 recuou 0,49%, para R$ 2.000,000.
Petrobras despenca e faz Bovespa fechar em baixa
SÃO PAULO - As ações da Petrobras não deixaram a Bovespa acompanhar a recuperação que tomou conta das principais bolsas mundiais nesta terça-feira. Pressionado pela queda dos papéis da estatal, o Ibovespa fechou em queda de 0,22%, para 59.444 pontos.
Petrobras ON despencou e fechou em queda de 8,28%, para R$ 16,60. As ações PN passaram o dia todo em queda, mas viraram no fim do dia e terminaram em alta de 0,44%, para R$ 18,08. Segundo operadores, foi um ajuste de arbitragem entre os dois papéis.
O giro financeiro de negócios com os papéis da empresa de petróleo foi forte. Enquanto a bolsa negociou R$ 8,6 bilhões hoje, as ações ordinárias da Petrobras giraram quase 10% desse total, ou R$ 908 milhões. O principal motivo para a queda forte das ordinárias foi a diferença do valor de dividendo a ser pago para o papel, anunciado pela empresa. Pela primeira vez, a remuneração será muito menor que a das PN: de R$ 0,47 por ação, ante R$ 0,96 das PN.
Hamilton Moreira Alves, estrategista do BB Investimentos, afirma que o balanço da Petrobras contaminou o humor do mercado. “Os números, em geral, trouxeram desconforto e levantaram a dúvida sobre como virão os demais balanços dessa temporada”, afirma. “O investidor também se pergunta: se a blue chip não vai andar, o que vai andar este ano?.” Na visão de Alves, fevereiro será um mês de escolha pontual de ações, à medida que os balanços sejam divulgados.
A queda das ações da Petrobras levou junto os demais papéis do segmento de petróleo na Bovespa. OGX ON recuou 6,22%, HRT ON caiu 6,28% e QGE Participações perdeu 1,78%.
O contraponto de Petrobras foi dado pelas ações PN do Itaú, que subiram 2,51%, para R$ 34,19. O banco apresentou lucro menor no último trimestre, em linha com as estimativas de analistas, mas deu bons sinais sobre inadimplência.
O lucro líquido recuou 6,5% no quarto trimestre de 2012, para R$ 3,502 bilhões. No acumulado do ano passado, o lucro caiu 4,1% e ficou em R$ 14,043 bilhões — ainda afetado negativamente pelo aumento das provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD).
PERSPECTIVA: Ibovespa deve seguir sem tendência definida amanhã
São Paulo, 5 de fevereiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, seguirá sem tendência definida amanhã. Com uma agenda fraca de
indicadores econômicos, os investidores ficarão focados nos resultados
financeiros das companhias no Brasil. Hoje, o Ibovespa encerrou com queda de
0,22% aos 59,444 pontos. O volume financeiro do mercado foi de R$ 8,654
bilhões. No segmento futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento para
fevereiro recuou 0,43% aos 59.300 pontos.
"Estou pessimista com o mercado, principalmente com Petrobras e Vale. Minha
perspectiva é negativa para amanhã. O mercado norte-americano vem subindo,
com S&P 500 e Dow Jones atingindo máximas históricas, enquanto o Ibovespa vem
em tendência de queda. Isso mostra que estamos mais focados no que vem sendo
divulgado internamente. O que tem sido divulgado no mercado externo não está
influenciando muito", afirmou Thiago Risso, sócio da TAO Investimentos.
Para André Perfeito, economista da Gradual Investimentos, o mercado pode
mostrar uma recuperação amanhã. "A agenda econômica será discreta. Será
divulgado os números sobre a produção industrial da Alemanha. Do ponto de
vista de agenda, o mercado será neutro", disse André. Na Alemanha,
Ministério de Economia informará, às 9h, as encomendas à indústria
referentes a dezembro. Em novembro, houve queda de 1,8% na comparação com
outubro e de 1,0% em base anual.
No pregão de hoje, a ação mais movimentada foi a preferencial da
Petrobras (PETR4), com giro financeiro de R$ 1,331 bilhão, enquanto a ação
ordinária da companhia (PETR3) teve volume financeiro de R$ 863,7 milhões, o
papel PNA da Vale (VALE5) movimentou R$ 532,6 milhões e o papel preferencial do
Itaú Unibanco (ITUB4) girou R$ 514,7 milhões.
As ações preferenciais da Petrobras encerraram o pregão com alta de 0,44%
a R$ 18,089, enquanto a ação ordinária da estatal apresentaram
desvalorização de 8,28% a R$ 16,60; o papel PNA da Vale registrou retração
de 1,67% a
R$ 38,10 e o papel preferencial do Itaú Unibanco avançou 2,51% a R$ 34,19.
"Não creio que ocorreu um exagero sobre a queda das ações da Petrobras.
Os números vieram bem ruins, deixando em evidência a intervenção do governo
na estatal", acrescentou o especialista da TAO Investimentos.
Entre as ações que fazem parte do Ibovespa, as maiores altas foram
registradas pelas ordinárias da Brookfield (BISA3), com ganho de 4,59% a
R$ 3,64, enquanto a ação ordinária da Usiminas (USIM3) valorizou 4,07% a
R$ 11,25 e o papel ON da Hypermarcas (HYPE3) avançou 3,31% a R$ 18,08. Entre as
maiores quedas, as ações ON da Petrobras lideraram as perdas, com queda de
8,28% a R$ 16,60, o papel ON da OGX Petróleo (OGXP3) recuou 6,21% a R$ 3,77 e a
ação ON da MMX Mineração (MMXM3) desvalorizou 4,66% a R$ 3,27.
Juros fecham em alta com maior incerteza com inflação
SÃO PAULO - As taxas de juros projetadas nos contratos negociados na Bolsa de
Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em alta pela sexta sessão seguida, nas
máximas em dez semanas, puxadas pela maior preocupação com as recentes decisões
tomadas pelo governo para combater as pressões inflacionárias.
A sinalização dada hoje pela presidente Dilma Rousseff de que estuda a
desoneração dos itens da cesta básica foi recebida pelos agentes como mais um
exemplo de paliativo de efeito no curto prazo que tende a alimentar o quadro de
majoração dos preços por meio das cadeias produtivas.
Entre os contratos mais negociados na BM&F, os Depósitos Interfinanceiros (DI)
com vendimento em janeiro de 2014 registrava, antes dos ajustes finais, taxa de
7,27%, ante 7,24% na véspera. É apenas a segunda vez neste ano que esse
contrato supera o patamar da atual taxa básica de juros, a Selic, hoje em 7,25%
ao ano. O DI janeiro/2015 subia a 8,02%, de 7,99% ontem, enquanto o DI
janeiro/2017 avançava a 8,97%, de 8,89% ontem.
Nesta manhã a presidente Dilma Rousseff disse que o governo está estudando
desonerar a cesta básica em entrevista a rádios do Paraná. A leitura imediata
foi de que a medida vai ajudar a conter a inflação neste ano. Mas a reação mais
forte e que acabou predominando foi a de que esse tipo de ação faz parte de um
esforço coordenado do governo para evitar um aperto monetário, o que na visão
de profissionais seria a resposta mais indicada em momentos em que as
expectativas de inflação escapam do centro da meta.
"O problema é que o governo, com esse tipo de ação, não está contendo a
inflação, mas apenas o IPCA", diz o economista do BES Investment Flavio
Serrano. "Basta olhar para o fato de que, mesmo com a redução da tarifa de
energia elétrica, as projeções para o índice continuam perto de 6%. Isso
acontece porque o governo não está tratando o problema, mas apenas descolando a
escala de medida da inflação."
Operadores de mercado disseram ainda que circulou hoje nas mesas rumores de que
o Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) divulga depois de amanhã, virá acima da mediana
das projeções dos analistas, de 0,85%.
Segundo esses profissionais, o mercado de juros sinaliza que ganhou espaço a
tese de que o Banco Central vai trabalhar com a parte mais alta da meta de
inflação, de 6,5%. "O problema de trabalhar no limite da meta é que qualquer
fonte adicional de pressão pode exigir do Banco Central uma medida mais forte
no médio prazo", disse o gerente de tesouraria de uma corretora.
MERCADO EUA: Indices encerram em alta, impulsionados pelo Nasdaq
São Paulo, 5 de fevereiro de 2013 - O mercado norte-americano de ações
encerrou o pregão de hoje em alta, impulsionado principalmente pelo setor de
tecnologia na bolsa, com as notícias sobre a compra da Dell e do resultado da
Zynga. O Dow Jones subiu 0,72%, em 13.979,30 pontos, o S&P 500 avançou 1,04%,
em 1.511.29 pontos, e o Nasdaq Composto ganhou 1,29%, em 3.171,58 pontos.
A Dell informou hoje que fechou um acordo para ser vendida ao atual
executivo-chefe e acionista majoritário da empresa, Michael Dell e Silver Lake
Partners, numa operação avaliada em US$ 24,4 bilhões e que terá como
objetivo fechar o capital da companhia.
Segundo um comunicado da empresa, os termos do acordo preveem que os
acionistas recebam US$ 13,65 por ação, valor que representa um prêmio de 25%
sobre o preço de fechamento do dia 11 de janeiro, de US$ 10,88 por papel.
A desenvolvedora de jogos online Zynga teve um prejuízo líquido no quarto
trimestre de 2012 de US$ 48,6 milhões, mas mesmo assim reportou uma receita -
de US$ 311 milhões - maior que o esperado pelo mercado. O lucro por ação
também foi superior ao previsto, de US$ 0,1.
No campo dos indicadores, o índice do Instituto de Gerência e Oferta (ISM,
na sigla em inglês) sobre a atividade do setor de serviços dos Estados Unidos
caiu para 55,2 pontos em janeiro, ante 55,7 pontos em dezembro.
Região da Colômbia registra diminuição de área cafeeira
Uma diminuição foi observada no parque cafeeiro de Risaralda. A retração foi de cerca de 300 hectares ao longo do último ano, de acordo com dados apresentados pela Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia). Segundo os dados da entidade, hoje o parque cafeeiro do departamento (Estado) alcança 52,3 mil hectares, com a tendência de baixa sendo verificada, ano a ano, desde 2002. Os dados refletem que há dez anos o parque cafeeiro desse país sul-americano chegava a 59,4 mil hectares e a partir dali a perda de terreno cafeeiro foi evidente, chegando, inclusive, ao nível de 52,9 mil hectares no ano de 2010. Juan Carlos Gómez Soto, líder departamental (estadual) de Extensão do Comitê de Cafeicultores de Risaralda, explicou que as perdas de área obedecem à atualização permanente que se realiza de maneira efetiva na região. "O serviço de extensão vem realizando um trabalho efetivo, temos visitado propriedades em zonas marginais e detectamos que os cultivos de café estão desaparecendo, não necessariamente no último ano, mas nas temporadas passadas", disse. No entanto, Gómez Soto foi claro ao assinalar que o principal motivo da diminuição do parque cafeeiro é a semi-urbanização e a urbanização de alguns municípios. "A eliminação das áreas cafeeiras se deveu, principalmente, à forte tendência de se construir nas zonas urbanas, o que fez com que municípios como Pereira e Dosquebradas tivessem uma perda de participação de sua área rural de quase 40%", disse. "Entretanto, nos municípios da cordilheira ocidental (oeste), as áreas de café não foram eliminadas, como em Belén de Umbría, Quinchía, Santuario e Mistrato, que chegam a ter até aumento na área de café", observou. O representante do Comitê sustentou que a linha base da cafeicultura em Risaralda está em 52 mil hectares. "Ainda vivemos um momento de crise e é evidente que as outras opções agrícolas não estão tirando terras do café. Isso ocorre realmente devido à urbanização", complementou Soto, que avaliou que é possível que o número de cafeicultores continue a crescer, ainda que as propriedades médias e pequenas passem a ser ainda mais efetivas na cafeicultura local.
Starbucks leva café chinês para o Vietnã
A informação que a Starbucks desembarcou no Vietnã fez cafeicultores ficarem feliz, porque eles acham que a Starbucks pode ajudar a aumentar o consumo de café local. No entanto, eles foram avisados de que não podem vender café para a Starbucks, porque a cadeia dos EUA usa o café de Yunnan, na China. O Vietnã é conhecido no mundo como o maior produtor de café robusta e exportador. No entanto, as empresas de café vietnamita e agricultores têm enfrentado uma série de dificuldades. Explorando as brechas das leis, empresas com capitais estrangeiros (FIES) têm se multiplicado e aumentando suas influências sobre a indústria interno de café por se envolver mais profundamente no desenvolvimento material café e cobrança. O FIES, embora não tendo investido no desenvolvimento das áreas de materiais, vêm lutando com empresas nacionais para a comprar café diretamente de agricultores. Uma vez que eles aceitam pagar preços mais elevados do que as nacionais, que recolhem a maior parte da produção de café, deixando as empresas vietnamitas sem o produto. Em 1996, Dak Lak, a "metrópole do café" do Vietnã, testemunhou o aparecimento de uma empresa estrangeira investido - Dakman. Desde então, FIES foram estabelecidas na terra. Em 2011, FIEs comprou 50% da produção de café em Dak Lak, enquanto que o valor aumentou 60%. Enquanto FIE têm vindo a desenvolver fortemente, os domésticos desapareceram do mercado. Vietnã agora tem apenas 20 empresas de café com negócios estáveis, enquanto que já teve 153 empresas na idade de ouro. Cafeicultores vietnamitas, que agora se sentem felizes, porque eles podem vender o café a preços elevados para FIES, foram avisados de que o FIES, uma vez dominando o mercado, seria forçar os preços do café para baixo, de modo a obter lucros mais elevados. Um FIES teria afirmado que o preço do café do Vietnã seria reduzido para US $ 1.500 por tonelada. Yunnan, uma província chinesa na área de fronteira com o Vietnã, tem sido conhecido como o grande centro de produção de café da China. Este é o lugar que faz a 98% dos "made in China" de café produtos. A província, que decidiu desenvolver a indústria de café como a indústria-chave, espera aumentar a produção por quatro vezes em 2020 para 200.000 toneladas por ano. Em 2011, exportou 50.000 toneladas. A coisa notável é que o forte desenvolvimento da indústria de Yunnan café tem sido apoiada pela Starbucks dos EUA, que sempre tenta controlar o valor de toda cadeia do café, desde o desenvolvimento de material para assar, processamento e servindo em lojas. Em fevereiro de 2012, a Starbucks assinaram um acordo sobre a criação de uma joint venture com grupo chinês Ni Ai que coletar e processar café em Yunnan. A partir daí, o café Yunnan seriam trazidos para muitos mercados em todo o mundo. No início de 2009, a Starbucks comercializado "Sul da Nuvem Blend" café feito de goma-arábica de Yunnan Então, quem se beneficiaria da presença do Starbucks no Vietnã? Os agricultores chineses de Yunnan ou vietnamita Central Highlands? Starbucks vai ajudar a aumentar o consumo de café do Vietnã, ou vietnamita beberia "made-in-China" café na sua terra, a área de cultivo de café? Vietnã tem 540 mil famílias de agricultores e 1,6 milhões de trabalhadores, especialmente no Planalto Central, foram ganhando a vida na indústria do café. Como eles vão ser, se eles têm que dar a sua agricultura e beber o café da China ? vietnamnet