Após início da notificação do março, café consegue bons ganhos na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US respiraram nesta quarta-feira e conseguiram experimentar ganhos interessantes, com a posição maio conseguindo voltar a se posicionar acima do nível psicológico de 140,00 centavos de dólar por libra peso. O dia foi caracterizado pela predominância das compras especulativas. a sessão também foi marcada pelo início da notificação do contrato de março. Diante da menor pressão para esse tipo de procedimento, o que se observou foram players mais dispostos a realizarem algumas correções, o que permitiu que os ganhos se mantivessem constantes ao longo de grande parte do pregão.
Com os ganhos do dia, o mercado consegue efetuar ligeiras correções no seu quadro sobrevendido, ainda que a tendência técnica, expressa nos vários gráficos, continue ser baixista, tanto no curto como no longo prazo. Alguns operadores avaliam que o mercado ainda continua focado fortemente no Brasil, que colheu uma safra muito expressiva em 2012 e pode ter uma produção considerável também em 2013, ano de baixa, dentro do quadro de bienalidade.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve alta de 450 pontos, com 141,00 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 141,70 centavos e a mínima de 136,55 centavos, com o maio tendo avanço de 325 pontos, com 141,65 centavos por libra, com a máxima em 142,40 centavos e a mínima em 138,10 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 15 dólares, com 2.021 dólares por tonelada, com o maio tendo ganho de 19 dólares, no nível de 2.063 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi de consistência para o café na bolsa nova-iorquina, ainda que o segmento externo se mostrasse bastante negativo para segmentos como o de commodities. O dólar experimentou altas em relação a uma cesta de moedas internacionais, abrindo espaço para liquidações em mercados de risco. O petróleo, por exemplo, fechou o dia com perdas de quase 2%.
"Tivemos uma sessão de altas que, em parte, foram estimuladas pela amenização do quadro de rolagens antes do início da notificação do março. Não podemos avaliar essa alta como uma mudança de cenário. Infelizmente, ele continua negativo e poderemos voltar a sentir o peso da mão dos vendedores nos próximos dias. Os baixistas ainda dominam e antes de avaliarmos uma mudança de cenário seria interessante termos correções mais efetivas diante do quadro sobrevendido", disse um trader.
As exportações de café do Brasil em fevereiro, até o último dia 19, somaram 1.055.454 sacas, contra 808.098 sacas embarcadas no mesmo período de janeiro, informou o Cecafe (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 38 sacas, indo para 2.672.007 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 48.927 lotes, com as opções tendo 10.184 calls e 3.645 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 141,70, 142,00, 142,50-142,60, 143,00, 143,30, 143,50, 144,00, 144,45-144,50, 144,90-145,00, 145,50, 145,70, 146,00, 146,50 e 147,00 com o suporte em 136,55-136,50, 136,00, 135,50, 135,10-135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 131,00, 130,50 e 130,10-130,00 centavos.
Londres volta a ganhar corpo e maio fica acima dos US$ 2.050
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma quarta-feira de recuperação e conseguiram encerrar o pregão com ganhos, consolidando a posição maio acima do nível psicológico de 2.050 dólares.
O dia foi caracterizado por compras técnicas, principalmente por parte dos especuladores. Nas máximas, em 2.072 dólares, algumas vendas de origens foram identificadas. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela dissociação em relação ao mercado externo, já que a maior parte das commodities amargou uma quarta-feira de perdas consideráveis e dólar em elevação a uma cesta de moedas internacionais. Assim como nos demais dias da semana, as rolagens de posição continuaram efetivas, principalmente entre março e maio. A primeira posição tem cerca de 23 mil contratos em aberto, contra aproximadamente 48 mil da segunda.
"Seguimos o bom desempenho dos arábicas em Nova Iorque e, com isso, conseguimos minimizar as perdas recentes. O mercado de robusta está calmo e, mesmo com as baixas dos últimos dias, se mostra consistente, com os diferenciais para os arábicas ainda se mantendo curtos", disse um trader.
O março teve uma movimentação ao longo do dia de 2,84 mil contratos, contra 5,60 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 42 dólares. No encerramento do dia, o março teve alta de 15 dólares, com 2.021 dólares por tonelada, com o maio tendo ganho de 19 dólares, no nível de 2.063 dólares por tonelada.
Dólar fecha com firme alta após ata do Fed e ajuste técnico
SÃO PAULO - O dólar disparou durante a tarde e fechou perto das máximas do dia
ante o real nesta quarta-feira, perto de R$ 1,97. As operações domésticas
seguiram a ampla valorização da divisa americana no exterior, em meio a um
robusto volume de negócios.
A leve correção técnica iniciada no início da manhã, depois que a moeda flertou
com mínimas em mais de nove meses ontem, transformou-se em firme demanda depois
da notícia de que membros do Federal Reserve (Fed, banco central americano)
expressaram em sua última reunião de política monetária crescente desconforto
com suas políticas de alívio monetário.
No fechamento, o dólar comercial subiu 0,56%, para R$ 1,966, bem perto da
máxima do dia, de R$ 1,968. Na mínima, a divisa caiu a R$ 1,954 (-0,05%). No
mercado futuro, onde os negócios vão até as 18h, o dólar para março avançava
0,51%, a R$ 1,967.
Na prática, uma eventual retirada de parte dos estímulos em curso pelo Fed
reduziria a oferta global de dólares, o que por tabela tenderia a valorizar a
moeda americana em todo o mundo. A ata do Fed, divulgada nesta tarde,
referendou essa expectativa na medida em que mostrou preocupação entre os
membros do comitê de política monetária de que as injeções de liquidez pelo
banco central americano possam gerar instabilidade nos mercados financeiros e
se tornem difíceis de ser retiradas no futuro.
O gerente da mesa de derivativos cambiais de uma corretora ponderou, contudo,
que a reação à ata do Fed foi "exagerada". Segundo ele, os ganhos da moeda
americana no Brasil só tiveram respaldo por uma questão técnica, uma vez que o
mercado já havia testado, sem sucesso hoje, a taxa de R$ 1,95, considerada por
muitos agentes uma espécie de piso informal definido pelo Banco Central.
"Tinha um receio desde o início do dia de que o BC atuasse. Isso segurou um
pouco as vendas. O mercado precisava de um motivo para comprar, e esse motivo
veio com o Fed", diz o profissional, referindo-se à possibilidade de o BC
anunciar leilões de swap cambial reverso, o que não se confirmou hoje.
De todo modo, muitos profissionais afirmam que o dólar ainda tende, por ora, a
testar novas mínimas, com o mercado forçando esse movimento na tentativa de
confirmar se o governo tolerará um câmbio ainda mais apreciado. "É um movimento
que vai se repetir. [O dólar] já foi três vezes em R$ 1,95 e voltou. Das
últimas vezes o BC atuou, hoje, não. Sem uma atuação, o mercado pode ficar
menos cauteloso nos próximos dias e voltar a mirar essa mínima", diz o operador
de câmbio de um banco.
Mais cedo, profissionais comentaram ainda que a firme demanda de importadores e
saídas de recursos pela conta financeira foram mais um catalisador para a alta
do dólar, cenário que se manteve na semana passada e persitiu hoje.
Segundo o BC, o fluxo cambial ficou negativo na semana passada em US$ 750
milhões, pior leitura desde a semana encerrada no dia 25 de janeiro, quando o
déficit de moeda totalizou US$ 1,379 bilhão.
No exterior, o Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana ante uma
cesta de divisas, saltava 0,78%, a 81,19 pontos. O euro aprofundava as perdas a
0,81%, cotado a US$ 1,3281, enquanto a libra esterlina afundava 1,23%, a US$
1,5237.
O dólar subia forte também em relação a divisas de perfil semelhante ao real. O
dólar australiano, por exemplo, despencava 1,12%, a US$ 1,0241, enquanto a
moeda da Nova Zelândia afundava 1,66%, a US$ 0,8330. Entre as emergentes, o
peso mexicano perdia 0,79%, a 12,7295 por dólar; enquanto a lira turca cedia
0,53%, a 1,7861 por dólar.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Mercado seguirá sem tendência amanhã
São Paulo, 20 de fevereiro de 2013 - O mercado de câmbio e de contratos
futuros de Depósito Interfinanceiro (DI) seguiré sem tendência definida para
as negociações de amanhã. Para Décio Pereira Filho, operador da Socopa
Corretora, o mercado não tem sido influenciado por dados econômicos, mas sim
por declarações de autoridades ligadas ao governo.
"O mercado está muito em cima do que é falado ao longo do dia, tanto com
declarações do presidente do Banco Central [BC], Alexandre Tombini, quanto do
ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os DIs estão muito sensíveis às
declarações da autoridade monetária", explicou o especialista da Socopa.
No Brasil, entre os indicadores internos que podem refletir mais sobre a
negociação dos contratos futuros de DI tem a divulgação da prévia da
Sondagem da Indústria referente a fevereiro, que será informado pela
Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Indice de Confiança do Empresário
Industrial (ICEI), que será informado pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
Hoje, os contratos futuros de DI encerraram o pregão da BM&FBovespa em
queda, apontando para uma manutenção prolongada da Selic (taxa básica de
juros) no patamar atual. O contrato com maior liquidez, com movimentação
financeira de R$ 72,007 bilhões e vencimento para janeiro de 2014 caiu de 7,77%
para 7,69%.
O contrato com vencimento para julho de 2013 cedeu de 7,21% para 7,19%, com
volume financeiro de R$ 53,957 bilhões, enquanto o vencimento para janeiro de
2015 passou de 8,47% para 8,39%, com giro financeiro de R$ 41,675 bilhões e o
contrato para janeiro de 2017 retraiu de 9,18% para 9,14%
(R$ 16,283 bilhões).
O vencimento para abril de 2013 passou de 7,01% para 6,99%, com
movimentação financeira de R$ 15,513 bilhões, enquanto o contrato para
outubro de 2013 cedeu de 7,52% para 7,47%, com volume financeiro de R$ 12,595
bilhões e o vencimento para janeiro de 2016 passou de 8,93% para 8,87%, com
giro de R$ 6,855 bilhões.
O número de contratos negociados neste pregão chegou a 2.611.750, número
22,7% inferior ao verificado no pregão de ontem. O volume financeiro das
operações atingiu R$ 235,727 bilhões.
O dólar também segue sem tendência definida e sem indicadores que possam
influenciar o desempenho da moeda norte-americana. "O dólar tem trabalhado
muito pressionado pelas decisões do BC. Acho que a moeda segue sem uma
tendência", afirmou Geraldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora
de Câmbio.
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,56%,
cotado a R$ 1,9640 na compra e a R$ 1,9660 na venda. Durante o dia, a moeda
norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,9540 e a máxima de R$ 1,9680.
No mercado futuro, o contrato de dólar comercial com vencimento para março
deste ano valorizou 0,33% a R$ 1.963,500 e o vencimento para abril apresentava
elevação de 0,35% a R$ 1.972,000.
Bovespa fecha em queda e já acumula perda de 6% em fevereiro
SÃO PAULO - A Bovespa caiu com força nesta quarta-feira, vítima de uma
combinação de notícias nada favoráveis ao mercado de ações. No cenário
doméstico, os dados do IBC-Br reforçaram a avaliação de que a economia segue a
passos lentos e, consequentemente, as empresas listadas na bolsa brasileira
tendem a refletir um crescimento menor em seus lucros. A discussão sobre um
aperto monetário por aqui continuou na pauta do dia, mas investidores também
prestaram atenção à ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco
central americano).
O Ibovespa fechou em baixa de 1,98%, aos 56.177 pontos, com forte volume de R$
8,159 bilhões. Trata-se do menor patamar do índice desde 16 de novembro de
2012 (55.402 pontos). Somente nesta semana, o mercado já recuou 3%. No mês, a
perda chega a 6%, e no ano, a 7,8%.
A queda do mercado local foi mais acentuada na última hora de pregão,
acompanhando a piora em Wall Street. Por lá, o índice Dow Jones caiu 0,77%, o
Nasdaq perdeu 1,53% e o S&P 500 fechou em baixa de 1,24%.
No documento, os membros da autoridade monetária americana voltaram a expressar
preocupação sobre o momento mais adequado para iniciar a redução dos programas
de estímulo à economia. Entre os temas levantados, estão os possíveis impactos
das recompras de títulos sobre o mercado financeiro e se o Fed deve ou não
esperar uma melhora substancial na geração de emprego para iniciar um aperto
monetário.
"A ata mostrou uma divergência grande entre os membros do Fed", avalia o
estrategista da Futura Corretora, Luis Gustavo Pereira. "O documento trouxe um
tom diferente, de desconforto. Um número maior de membros já está falando em
retirar os estímulos." Para o estrategista da Fator Corretora, Paulo Gala,
"essa foi a ata em que a divergência entre os diretores do Fed ficou mais
clara."
As ações da Vale tiveram grande parcela de culpa na queda da bolsa brasileira.
O papel PNA, principal componente do Ibovespa, perdeu 3,57%, para R$ 34,80. O
mercado aguarda a retomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do julgamento
sobre tributação de lucros de empresas coligadas no exterior. A votação estava
empatada em quatro a quatro na última sessão da corte. Hoje, o ministro Joaquim
Barbosa deve anunciar o seu voto. A Receita Federal cobra cerca de R$ 30,5
bilhões de IR e CSLL da mineradora.
As ações da Vale também sentiram o fraco desempenho de sua concorrente
anglo-australiana BHP Billiton, que registrou queda de 58% no lucro semestral,
para US$ 4,24 bilhões. Analistas esperavam um recuo de 43% no resultado. O
presidente da companhia deixou o cargo. Em Nova York, os ADRs (recibos de
ações) da BHP caíram 4,2%.
Petrobras PN (-2,65%, a R$ 17,62) também não colaborou. O Morgan Stanley
reduziu o preço-alvo para os ADRs (recibos de ações negociados no exterior) da
companhia, de US$ 26,50 para US$ 22,50. Os analistas ressaltam que, apesar de o
preço dos combustíveis já ter subido três vezes desde o início da administração
de Maria das Graças Foster, eles ainda são insuficientes para compensar os
custos de importação de derivados.
"Com a inflação brasileira acima de 6%, achamos que é improvável um novo
aumento no curto prazo", afirmaram os analistas em relatório. A estatal sofreu
influência ainda da forte queda do petróleo, que hoje fechou cotado abaixo de
US$ 95 por barril na Nymex.
A lista de maiores baixas do dia trouxe construtoras, siderúrgicas e também
elétricas. PDG Realty ON (-5,82%) liderou as perdas, seguida de Rossi ON
(-5,52%) e Braskem PNA (-4,30%). Na outra ponta da bolsa ficaram apenas oito
das 69 ações que compõem o Ibovespa, entre elas OGX ON (2,22%), Ultrapar ON
(2,02%) e MRV ON (1,62%). Operadores comentam que houve um movimento de
cobertura de posições vendidas em OGX. Além disso, a petroleira do empresário
Eike Batista anunciou a descoberta de indícios de gás em um poço na Bacia do
Parnaíba.
PERSPECTIVA: Balanços no Brasil e EUA vão influenciar movimento do Ibovespa
São Paulo, 20 de fevereiro de 2013 - Resultados corporativos que serão
divulgados no Brasil e nos Estados Unidos, pela manhã, deverão influenciar a
abertura do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa. No mercado doméstico,
os investidores estarão atentos aos números do Banco do Brasil e Gerdau, cujas
prévias indicam retrações no lucro líquido dessas companhias. Já os
índices acionários em Wall Street vão refletir os balanços da varejista
Walmart e da fabricante de eletrônicos Hewlett-Packard, que por sua vez,
servirão de referência para o mercado brasileiro.
Waldney Trindade Nery, analista da Uniletra Corretora, diz que se os
resultados das empresas no território norte-americano não vierem em linha com
o mercado, é provável que aconteça um "efeito cascata" e que o índice
brasileiro correrá o risco de sofrer mais uma queda. Hoje, o Ibovespa caiu
1,98%, a 56.177 pontos, com volume financeiro de R$ 8,159 bilhões. Os contratos
futuros do índice que expiram em abril terminaram o pregão com queda de
2,23%, a 56.345 pontos.
Para o Banco do Brasil, a média das projeções coletadas pela Agência CMA
indica um lucro líquido ajustado de R$ 2,794 bilhões para o quarto trimestre
do ano passado, recuo de 6% ante o mesmo período de 2011. Para a Gerdau, o
cenário é mais pessimista, com as prévias dos analistas sinalizando uma queda
de 55,97% no lucro líquido entre outubro e dezembro de 2012, para R$ 472
milhões.
Na agenda econômica internacional, os números mais importantes serão dos
índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos e
Europa, além dos tradicionais dados de pedidos de seguro-desemprego pela
população norte-americana na semana anterior. "O mercado também pode
continuar se refletindo a divulgação da ata do Fomc [Comitê Federal de
Mercado Aberto] sobre as perspectivas para os Estados Unidos. O documento
mostrou muita divergência entre os membros sobre a possibilidade de mais
estímulos ou não à economia do país", afirma Luis Gustavo Pereira,
estrategista da Futura Corretora.
Sobre o pregão de hoje, Nery destaca que houve influência tanto de fatos
externos como domésticos para que o principal índice da bolsa brasileira
fechasse com queda acentuada, registrando a menor pontuação desde 15 de
novembro do ano passado, de 55.402 pontos. "No exterior pesaram os dados do
mercado imobiliário [com a construção de residências caindo 8,5% em janeiro,
para 890 mil casas] e a ata do Fomc. Internamente, a queda foi relacionada aos
setores de commodities, bancos e construtoras."
A Vale (VALE5; a R$ 34,80) viu seus papéis desvalorizarem 3,57% diante da
reunião de Edison Lobão, ministro de Minas e Energia com Gleisi Hoffmann,
ministra-chefe da Casa Civil para discutir o novo marco regulatório de
mineração, com a expectativa de que a cobrança dos royalties aumentem. A
Petrobras (PETR4; -2,65%, a R$ 17,62) caiu com a desconfiança do mercado com a
estatal e a questão do caixa pressionado com a importação de combustíveis.
No setor financeiro a desvalorização foi generalizada, com BM&FBovespa (BVMF3
-2,80%, a R$ 13,15), Bradesco (BBDC4; -2,26%, a R$ 35,34) e Itapu Unibanco
(ITUB4; -1,74%, a R$ 34,25) entre as principais perdas.
Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve queda de 0,77%, a 13.927,54 pontos, o
S&P 500 caiu 1,24%, a 1.511,95 pontos, e o Nasdaq Composto perdeu 1,53%, a
3.164,41 pontos.
MERCADO EUA: Indices fecham em queda, após dúvidas sobre ata do Fed
São Paulo, 20 de fevereiro de 2013 - Os índices de ações dos Estados
Unidos encerraram esta quarta-feira em campo negativo, registrando a maior queda
desde o dia 4 deste mês, após a ata do Comitê do Federal Reserve (Fed, banco
central do país) ter divulgado visões conflitantes sobre a continuação de
estímulos à economia. O Dow Jones teve queda de 0,77%, para 13.927,54 pontos,
o S&P 500 caiu 1,24%, para 1.511,95 pontos, e o Nasdaq Composto perdeu 1,53%,
para 3.164,41 pontos.
Os membros do comitê de política monetária do Fed demonstraram
preocupações com os riscos impostos pelo programa de compra de ativos da
instituição na reunião ocorrida entre os dias 29 e 30 de janeiro, de acordo
com a ata do encontro. Entre os problemas mencionados, eles citaram a
dificuldade de encerrar o ciclo acomodatício da política monetária, o risco
inflacionário e o estímulo a comportamentos capazes de minar a estabilidade
financeira.
Vários participantes do comitê também disseram também que o grande
volume de ativos de longa duração no balanço do Federal Reserve deixaria o
banco central exposto a perdas quando esses papéis fossem liquidados, enquanto
outros argumentaram que isso não impediria o funcionamento da política
monetária.
"A ata mostra que as preocupações sobre os efeitos negativos das medidas
de estímulo aumentaram em janeiro, podendo reduzir ou até interromper as
compras mensais de ativos mais cedo do que o mercado esperava", disse Paul
Ashworth, economista-chefe da consultoria Capital Economics. "Ao menos que
ocorra uma nova emergência na eurozona este ano, é mais provável que o Fed
segure as medidas de estímulo agora na segunda metade deste ano do que no
começo de 2014", acrescentou.
Já para o economista da consultoria Brown Brothers Harriman, Chandler Marc,
"não se pode concluir nada ainda da ata do Fed, uma vez que as opiniões
foram muito distintas e o grupo de liderança do comitê, Bernanke, Yellen e
Dudley, continua com a mesma visão e ainda abertos a mais medidas". Ele diz
que a próxima reunião será mais importante, pois o Fed terá avaliado o
impacto das compras de ativos de longo prazo.
Controladora da JBS, J&F anuncia compra do Canal Rural
São Paulo, SP - A J&F Investimentos, controladora do frigorífico
JBS, fechou a compra do canal de televisão Canal Rural, segmentado em
agronegócio, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (20).
A emissora foi vendida pela RBS, maior grupo de comunicação do Rio Grande do
Sul e de Santa Catarina. O valor do negócio não foi informado.
O canal tem distribuição nacional, com programação de jornalismo,
entretenimento, telecursos e transmissões de leilões de gado de elite.
Joesley Batista, presidente executivo da J&F, afirmou em nota que o canal vai
agregar valor ao grupo, "que já tem uma importante atuação no agronegócio
brasileiro".
Além da JBS, maior processadora de proteína animal do mundo, o grupo J&F possui
a Vigor (produtos lácteos), a Eldorado (celulose) e o Banco Original, voltado
ao agronegócio.
Cepea: Vendedores de café brasileiro seguem retraídos
A disponibilidade de grãos de café no mercado brasileiro continua limitada, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta terça-feira. Segundo o Cepea, a retração dos vendedores reduz a oferta e gera uma grande expectativa sobre a entrada da nova safra no mercado. A colheita do arábica deve começar entre maio e junho, enquanto que a colheita de robusta deve ter início entre o final de março e começo de abril.
Preços do café caindo, mas não no copo da manhã
A escassez mundial de grãos de café levaram o preçoeço até cerca de US$ 3 a libra em 2011. Mas, uma vez que o pico, os preços do café não pararam de cair. De acordo com Brian Murphy na Rede Small Cap, que está sendo negociado atualmente em torno de US $ 1,40 o quilo. A queda de preço está sendo, em parte, atribuída a vários recordes recentes colheitas de café no Brasil, que produz cerca de um terço de café do mundo. Que os relatórios do café arábica Reuters, o tipo mais usado em misturas de moer, caíram para seus níveis mais baixos em dois anos e meio. Na verdade, J.M. Smucker (SJM), que produz a Folgers e marcas Dunkin 'Donuts de café, anunciou na terça-feira que estava diminuindo o preço do seu café embalado a maioria dos produtos vendidos em os EUA em uma média de 6%, "em resposta ao declínio sustentados em verde custos de café. " Outros vendedores de café devem seguir o mesmo caminho - embora Kraft Foods o que torra o café Maxwell House, disse à Reuters que tem "nenhuma notícia para compartilhar neste momento" sobre possíveis mudanças para os seus preços de café. Mas mais baixos os preços de varejo provavelmente não afetará o preço do seu copo da manhã no Starbucks , Caribou Coffee ou outras lojas de café e restaurantes. Brian Murphy diz que é porque as empresas de café são como postos de gasolina. "Uma vez que você se acostumar com um preço mais elevado", eu aviso ", eles nunca remover inferior de volta ao nível anterior de baixas ... mesmo se a mercadoria subjacente (como o gás, café, ou qualquer outro) não cair para mínimos anteriores." Nesse meio tempo, o The Wall Street Journal cita analistas da indústria do café como previsão que excesso de oferta vai continuar a queda dos preços, pelo menos, o primeiro semestre de 2013. Mas um também a um coringa no jogo - um fungo está destruindo que está se espalhando crecendo para outra região cafeeira importante, a América Central. Honduras, Guatemala e Costa Rica estão todos esperando quedas significativas na produção de café devido à doença. E essa redução poderia ser sentida no mercado de largura por outubro, quando a temporada começa café próximo.