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segunda-feira, 14 de abril de 2014

OIC compara quebra de safra de café no Brasil à geada negra de 1975
A Organização Internacional do Café (OIC) prevê um déficit de abastecimento mundial em 2014/15

O mercado global de café está caminhando para um cenário de déficit de abastecimento. O consumo de café está projetado em 145,8 milhões de sacas de 60 kg, mas a produção no ano comercial 2013/14 deve ficar em 145,7 milhões de sacas, de acordo com analistas consultados pelo site de negócios Business Standard.

A variável mais importante é o tamanho da safra brasileira 2014/15, que se iniciou este mês, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). A organização ressalta que os danos causados pela seca ainda não foram oficialmente quantificados, mas que o cenário  poderá ser ainda pior que o registrado no país em 1975, quando os cafezais foram atingidos pela chamada 'geada negra'.

O consumo total no ano de 2013 sugere um aumento significativo de 2,7% para 145,8 milhões de sacas, sendo que em 2012 foram consumidas 142 mi de sacas. Boa parte do crescimento do consumo aconteceu em mercados tradicionais como os Estados Unidos, que já haviam registrado consumo recorde em 2012. 

"O consumo em países exportadores continua aumentando significativamente, para 44,7 milhões de sacas, ou 30,6% do total consumido em todo o mundo", informou a OCI.

"As restrições de oferta no próximo ano devem impactar os preços para os produtores e consumidores. Cafeicultores na Índia já notaram uma forte alta nos preços domésticos. Quando os estoques se reduzirem e o Brasil começar a colher uma safra pequena, os preços tendem a subir ainda mais", informou Ramesh Rajah, presidente da Associação de Exportadores de Café da Índia.

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova Iorque (Ice  Futures US) teve um rally no dia 10 de abril em que atingiu o maior preço em quatro semanas de US$ 2,00 a libra-peso, diante das incertezas da produção no Brasil. Os preços para o vencimento maio recentemente subiram 3,4% e atingiram US$ 2,0610 por libra-peso, o maior valor desde março de 2013.

O consumo em mercados emergentes está estimado em 26,8 milhões de sacas, um pouco menor que o volume consumido em 2012. No entanto, grande parte desses mercados não são membros da OIC e as informações completas para 2013 ainda não estão disponíveis.

A tendência geral do mercado de café é que os mercados tradicionais respondam por um volume cada vez menor do consumo total, em boa parte devido ao aumento do consumo em países exportadores.

"É difícil estimar a extensão dos danos causados pela seca e pelo forte calor até que a colheita seja finalizada, mas um estudo recente já se refere ao cenário atual como 'a maior anomalia climática' desde a geada negra que aconteceu no Brasil em 1975. Os danos para a safra 2014/15, no entanto, podem ser ainda piores", informou a OIC em seu último relatório.

A média mensal de 165,03 centavos de dólar por libra-peso de café ficou 20% mais alta em fevereiro e alcançou o maior nível mensal em dois anos. Os preços internacionais continuam voláteis e sensíveis às informações do clima no Brasil.

As exportações totais em fevereiro alcançaram os 9 milhões de sacas, com alta de 4,3% em relação à fevereiro de 2013. O volume total de exportações nos primeiros cinco meses da safra 2013/14 foram para 42,7 milhões de sacas, ou seja, 6,6% mais baixos que no mesmo período em 2012/13.

Os estoques certificados de café robusta (conilon) na Bolsa de Londres continuam caindo, de 404 mil sacas em fevereiro para 317 mil sacas em março. Os estoques de café arábica certificado na Bolsa de Nova Iorque também tiveram caíram para 2,7 milhões de sacas.

ICE Cotton Futures Rebound; Arabica Coffee Eases

  NEW YORK--Cotton futures rebounded from their lowest settlement in more than a month, buoyed by
concerns over near-term supplies and dry weather in the top U.S. growing state.
  Cotton for delivery in July on the ICE Futures U.S. exchange was up 2.2% at 92.47 cents a pound,
while May-delivery cotton was up 2.3% at 91.03 cents a pound.
  Futures prices settled Friday at the lowest point since March 5 after the U.S. Department of
Agriculture reported that the cancellation of export sales outpaced sales for the first time in
almost two years.
  But Friday's price drop appeared to be excessive, considering the current supplies and a drought
in Texas, said Sharon Johnson, an Atlanta-based cotton specialist representing KCG Futures. "I think
we just got too cheap," she said.
  Texas produces more cotton than any other U.S. state, and its cotton-growing regions are
experiencing extremely dry weather, according to the U.S. Drought Monitor.
  Arabica-coffee futures fell Monday after rising to a more than two-year high last week on the
worst drought in decades in Brazil, the world's biggest coffee producer and exporter. Forecasters
have cut their estimates for the harvest as the dry weather is expected to have limited the size and
quality of the current crop.
  While profit-taking was likely behind Monday's move lower, the threat of a smaller-than-expected
crop is likely to keep coffee in a range of $1.90 to $2.05 a pound for the next two weeks, said
Julio Sera, a senior risk management consultant at INTL FCStone in Miami.
  Coffee for delivery in July was down 1.6% at $2.0030 a pound, while coffee for May was down 1.7%
at $1.9785 a pound.
  Cocoa for July was 0.5% lower at $2,984 a ton, while May cocoa was down 0.5% at $2,973 a ton. Raw
sugar for July was up 0.3% at 17.52 cents a pound, while May sugar was up 0.5% at 16.88 cents a
pound.
  Orange-juice futures for May were down 0.6% at $1.6405 a pound, while July was 0.8% lower at
$1.6170 a pound.






Café tem sexta feira técnica e contratos fecham com retração

Os contratos futuros de café arábica encerraram esta sexta-feira com quedas, devolvendo, assim, parte dos fortes ganhos construídos ao longo da semana. Mesmo com as baixas, a posição maio conseguiu se manter acima do nível psicológico de 200,00 centavos. As rolagens de posição continuaram efetivas, principalmente entre maio e julho, que já é o contrato de maior liquidez na casa de comercialização norte-americana. O dia foi marcado por ações técnicas e, como já vem sendo habitual, a volatilidade foi das mais significativas. Após o julho não conseguir se sustentar acima dos 210,00 centavos, algumas ordens de venda e realizações de lucro foram empreendidas, com as perdas se consolidando.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 490 pontos, com 201,20 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 208,65 centavos e a mínima de 199,85 centavos, com o julho registrando retração de 485 pontos, com 203,55 centavos por libra, com a máxima em 210,90 centavos e a mínima em 202,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve perda de 15 dólares, com 2.147 dólares por tonelada, com o julho apresentando desvalorização de 16 dólares, para 2.142 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, as ações do dia estiveram dentro do esperado para uma semana marcada por fortes oscilações positivas. Vários players aproveitaram os preços acima dos 200,00 centavos de dólar para realizar lucros. Entretanto, o mercado continua com um viés altamente positivo. Mereceram muitas análises os novos números da Organização Internacional do Café sobre a disponibilidade do grão. Segundo a entidade, deverá existir um modesto crescimento no volume de produção global de café, indo para 145,717 milhões de sacas, contra 145,436 milhões de sacas de 2012/13, elevação de menos de 300 mil sacas, ou de 0,2%. Em fevereiro, a estimativa era de uma produção mundial de 145,8 milhões de sacas. O consumo mundial foi estimado pela entidade em 145,8 milhões de sacas, alta de 2,7%.

"A sessão foi meramente técnica e marcada por realizações. Temos de lembrar que a semana foi altamente positiva e chegamos a flertar com os níveis de máxima alcançados ao longo de fevereiro. O mercado se mantém sustentado e, diante das incertezas quanto à oferta, poderemos, sim, continuar a avançar", disse um trader.

As exportações brasileiras no mês de abril, até o dia 09,totalizaram 541.168 sacas, alta de 5,43% em relação às 513.269 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.589 sacas, indo para 2.589.335 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência 208,65, 209,00, 209,50, 209,75, 209,90-210,00, 210,50, 211,00,211,50, 212,00, 212,50 e 213,00 centavos de dólar, com o suporte em 199,85, 199,50, 199,00, 198,50, 198,00, 197,50, 197,00, 196,50, 196,00, 195,50, 195,00,194,50 e 194,00 centavos.




Em dia de vencimento das opções, ICE Futures teve forte volume de negócios

Os Futuros de café arábica na ICE caiu pela primeira vez em sete sessões na sexta-feira , em previsões de chuva no Brasil, mas fez o seu forte desempenho semanal em cinco semanas depois de afluência às elevações de dois anos sobre as preocupações com a produção.
Os preços do café arábica atingiu seu nível mais alto desde fevereiro de 2012, depois de uma pequena cidade no maior estado de cultivo de café do Brasil , declarou estado de emergência por causa do impacto de uma seca de janeiro a fevereiro, e um analista disse que muito pouco de 2014 cultura do país tem foram vendidos desde fevereiro.
ICE mais ativo julho arábica futuros do café se estabeleceram 4,85 centavos, ou 2,3 por cento, para 2,0355 dólar centavos de dólar por libra-peso, após um pico em  2,1090 dólar no início da sessão , o mais elevado para a segunda posição desde fevereiro de 2012. Contrato perdas estendido no final da sessão , caindo 3 centavos, ou 2 por cento , nos 10 minutos finais do comércio em um ataque de venda a descoberto durante a janela de liquidação , disse concessionários.
O volume total de futuros de arábica era pesado, com dados preliminares atrelado acima de 52.500 lotes, mais do que o dobro da média de 250 dias .
O contrato fechou a semana acima de 8,8 por cento , o maior aumento em cinco semanas . Julho café arábica teve um forte começo para a semana após o Conselho Nacional do Café do Brasil (CNC ) estimou produção deste ano vai cair tão baixo como 40,1 milhões de sacas.
O mercado virou baixa nas previsões para a chuva tão necessária no cinturão do café do Brasil , embora seja incerto quanto isso vai travar maiores perdas da seca como precipitação permaneceu abaixo do normal.
"A curto prazo , espera-se potencial para ganhos modestos cerca de US$ 2,10, enquanto uma quebra acima desse nível abre possibilidade de ganhos para a área de US$ 2,15 dólares ", disse Myrto Sokou , analista sênior da Sucden Financial , referindo-se ao contrato - segundo mês .
As opções do arábica que expirou no final do dia, com contratos em aberto pesado em US$ 2,00, US$ 2,05 e US$ 2,10, ajudando a manter o mercado futuro dentro dessa faixa.