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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


Cafeicultores avaliam perdas de 30% a 80% devido à seca prolongada

Café: Calor excessivo e falta de chuvas prejudicam desenvolvimento dos cafezais em Minas Gerais. Em algumas regiões, prejuízos podem chegar a 40%. Folhas e grãos mostram o stress hídrico das lavouras e facilita o aparecimento de doenças.

O clima seco e excessivamente quente está trazendo prejuízos às lavouras de café de todo o país, principalmente em Minas Gerais. Alguns produtores relatam perdas de 30% até 80%. O produtor Carlos Meira Lima, que está na profissão há mais de 20 anos, tinha previsão de safra cheia para este ano, mas a falta de chuvas deve causar perdas entre 35% e 40% em sua lavoura. “Os grãos de café estão no pé, mas ainda não cresceram... Para render, precisaremos juntar mais caroços para fazer uma saca”.

Alguns cafeicultores começam a adaptar sistemas de irrigação para evitar perdas maiores. É o caso de Massato Hatsuia Júnior. “Nunca tivemos que ligar a irrigação para o café... Este janeiro é um dos mais secos que eu já vi. A média de temperatura é em torno de 25°C e hoje está acima dos 30°C, nunca tivemos um janeiro tão quente”.




Futuro de grãos sobe por seca

Hedge funds elevam aposta na alta dos preços de commodities como café e soja devido a falta de chuva no Brasil

Os hedge funds subiram as apostas na alta dos preços futuros das commodities para 15 semanas após a seca no Brasil ameaçar as safras do café à soja.Aposição líquida longa para todas as 18 commodities operadas pelos EUA subiu 15% para 900.330 contratos futuros e opções na semana terminada em 4 de fevereiro, o maior ganho desde agosto, segundo os dados da U.S. Commodity Futures Trading Commission.

Os investidores se tornaram otimistas em relação ao café arábica pela primeira vez desde julho de 2012 e as apostas da soja chegaram ao nível mais alto em quase três meses. O Brasil é o maior exportador de ambos os grãos.

O índice Standard Poor’s GSCI Agriculture de oito commodities subiu 3,3% na semana passada, alcançando uma alta de oito semanas dia 6 de fevereiro. No Brasil, país que também é o maior produtor de açúcar, o janeiro mais seco desde 1954 drenou represas e queimou plantações.

O Clima global extremo também está ameaçando outros cultivos: as chuvas excessivas dificultam a colheita de cacau na Indonésia e as temperaturas geladas prejudicam o trigo nos EUA.

“A agricultura é provavelmente a melhor esperança para uma boa operação das commodities neste ano”, disse Peter Sorrentino, que ajuda a administrar US$ 4,4 bilhões na Huntington Asset Advisors.

O índice S&P GSCI Spot de 24 matérias primas aumentou 2,1% na semana passada. O índice MSCI All-CountryWorldde ações subiu 0,8% e o índice Bloomberg Treasury Bond caiu 0,1%. O índice Bloomberg Dollar Spot, uma medida de comparação entre os dez principais operadores comerciais, caiu 0,8%.

Os administradores de recursos mantiveram uma posição altista líquida para o café de 7.981 contratos dia 4 de fevereiro, de acordo com dados da CFTC. Esta é a primeira aposta em um rali desde julho de 2012. Os preços do arábica, a variedade preferida pela Starbucks Corp., aumentaram 23% desde o dia 31 de dezembro, o melhor início de ano desde 1997.

As plantações no Brasil estão enfrentando um Clima seco justamente quando mais precisam de chuva para que as raízes absorvam os nutrientes à medida que os grãos começam a crescer na cereja do café. A chuva pode chegar “tarde demais” e não haverá tempo suficiente para reverter o estrago provocado nas árvores e nos grãos, informou relatório da Terra Forte, transportadora de café do Brasil. O Clima seco e quente chega a reduzir o rendimento potencial dos grãos da soja em até 40% das regiões de cultivo do Brasil, disse a Commodity Weather Group LLC, em Bethesda, Maryland, em relatório do dia 7 de fevereiro. Os administradores de recursos aumentaram suas obrigações líquidas otimistas de soja em 20% para 146.533 contratos, o maior neste ano. Os preços subiram 3,8% na semana passada, o maior desde agosto. As apostas no cacau subiram 7,2% para 83.038 contratos, o segundo aumento consecutivo.

Commodities Market Impact Weather: Major Ice Storm in Southeastern U.S.

  OMAHA  -  A major ice storm in the southeastern U.S., rain for southern Brazil, and a few days of
drier weather for Argentina are the primary weather items for the commodity trade's attention
Wednesday.
MAJOR WINTER STORM FOR SOUTHEASTERN U.S.
  The National Weather Service has issued bulletins for major ice accumulations during the next
couple days in southeastern U.S. This includes a rare warning of catastrophic conditions with an
inch or more of ice accumulation in some places. Heavy snow is also expected with this system as it
moves up along the eastern states. Dangerous transportation conditions, as well as widespread power
outages, are expected with this storm.
WARMER WEATHER AHEAD FOR MIDWEST
  The DTN ag weather forecast calls for very cold weather early this week in the Midwest, but the
pattern may moderate somewhat later in the week. The storm track is well south and east during this
period, likely remaining south and east of the Midwest areas. Longer-range charts suggest a return
to stormy weather is possible. However, it shouldn't be as cold as it has been.
COLD FOR SOUTHERN PLAINS
  In the Southern Plains, a much warmer trend is expected at the end of this week and this weekend.
This will favor livestock and reduce the risk to winter wheat. However, it will also diminish soil
moisture somewhat. Longer range charts are hinting at a more active pattern for the Southern Plains
wheat belt. This may bring some beneficial moisture to the region but it is also somewhat uncertain.

SHOWERS FOR SOUTHERN BRAZIL
  Very hot, mostly dry weather continues to stress corn and soybeans for one more day. Lower
temperatures and showers may ease stress, somewhat, during Thursday and Friday. Hotter conditions
are expected again during the weekend and Monday. Showers and cooler weather may redevelop later
next week.
CONTINUED DRY IN BRAZIL COFFEE AREAS
  In the major Brazil coffee and sugarcane areas, well-below-normal rainfall and above-normal
temperatures during this month and last month have likely increased the risk to coffee and sugarcane
crops. There is a chance during the coming week that conditions may ease some at times. However, it
isn't clear whether this will be enough to prevent further declines in yield potential. Also of
note, long-range maps beyond day 10 suggest that the ridge may redevelop. If real, this would mean
more dry and hot weather.
ARGENTINA EXPECTS BREAK FROM RAIN
  Central Argentina soybeans and corn will benefit from adequate to surplus soil moisture, except in
areas where recent heavy storms has caused serious flooding. A break in the action is coming up, but
it may not last long as more thunderstorms are forecast for the weekend.
WARMER-THAN-NORMAL OUTLOOK FOR UKRAINE
  Ukraine and western Russia winter wheat areas will be warmer than normal during this week. There
are no major concerns for the dormant wheat at this time, but the warming trend may melt some
protective snow cover.
MOSTLY FAVORABLE PATTERN IN CHINA
  Moderate to locally heavy snow and rain has occurred through central and southern winter wheat
areas of eastern China and through most winter rapeseed areas during the past week. This will help
replenish soil moisture and favor crops when they break dormancy in the spring. Snow to the north
wasn't as heavy but still fairly significant for this time of the year. Snow and ice and, to a
lesser extent, rain will delay transportation somewhat.
HOTTER TREND FOR SOUTH AFRICA
  The region looks to be drier and somewhat hotter during the next five to seven days. This will
bear watching, but as of today the maize crop is likely in mostly good condition. It will take a
while before significant stress will occur to the crop.

Brazil Coffee Weather - Feb 12

SAO PAULO AND MINAS GERAIS

SUMMARY- Mostly dry during the past 24 hours. Temperatures 86-97F (30-36C).

FORECAST-
TODAY...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 86-97F (30-36C).
TONIGHT...Mostly dry conditions or a few light showers. Temperatures 62-72F
(17-22C).
TOMORROW...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 86-98F (30-37C).
OUTLOOK...Mostly dry or a few light showers Friday through Sunday but with a
few more showers possible through southwest areas at times. Temperatures mostly
above normal.

BRAZIL COFFEE PROSPECTS...

Mostly above normal temperatures and limited rainfall during the next 5 days
will deplete soil moisture and increase stress. Some production losses are
possible. Some increase in showers are expected late this week or weekend
across far southwest areas.

Em dia ameno, café volta a registrar ganhos na ICE Futures US

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão relativamente mais calma e com uma volatilidade menos incisiva que aquela verificada ao longo dos últimos dias na casa de comercialização norte-americana. As rolagens deposições continuam bastante efetivas, principalmente entre março e maio, sendo que o primeiro contrato tem o início da notificação no próximo dia 20 de fevereiro. O mercado continua atento às previsões sobre o centro-sul do Brasil. A região vive um início de ano totalmente atípico, com umidade relativa do ar muito baixa e temperaturas que extrapolam as médias de décadas. Diante disso, o "enchimento" dos grãos de café se mostra comprometido e alguns especialistas já falam em perdas expressivas para a temporada 2014. Segundo a empresa Somar Meteorologia, a onda de calor que atua no Sudeste, desde o final de janeiro até hoje, reflete uma condição de bloqueio atmosférico. Esse sistema meteorológico é mais comum em meses de outono e inverno e não muito frequente em janeiro e fevereiro. O bloqueio acabou provocando também uma condição meteorológica incomum para o alto verão: ausência de umidade e de chuva no Sudeste. Ainda na visão da Somar, a condição de vários dias com tempo seco e baixa umidade relativa do ar será quebrada na próxima sexta-feira com a passagem de uma frente fria. A umidade do ar tende a melhorar com a passagem desse sistema pelo Estado de São Paulo. As chuvas começam a ser mais homogêneas no território paulista, quando as frentes frias vão conseguir romper o bloqueio atmosférico. A chuva esperada não será tão volumosa para a recuperação completa nos níveis dos reservatórios ou da disponibilidade hídrica de zonas cafeeiras, servindo apenas para amenizar a situação atual.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 95 pontos, com 137,15 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 138,50 centavos e a mínima de 135,50 centavos, com o maio registrando avanço de 100 pontos, com 139,45 centavos por libra, com a máxima em 140,75 centavos e a mínima em 137,80 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 17dólares, com 1.813 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 22dólares, para o nível de 1.810 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a sessão desta terça-feira na bolsa nova-iorquina foi mais tranquila que as registradas recentemente. Ao longo da manhã, os vendedores tentaram pressionar mais efetivamente o mercado, mas nem sequer conseguiram romper o nível de 135,00 centavos, abrindo, pois, espaço para algumas recompras e aquisições especulativas. Esse movimento, contudo, não foi dos mais consistentes e o referencial psicológico de 140,00 centavos também não foi testado. O segmento externo também teve um dia de tranquilidade. As commodities softs apresentaram poucas oscilações, ao passo que as bolsas de valores nos Estados Unidos registraram ligeiras altas, contra um quadro próximo de estabilidade para o dólar contra uma cesta de moedas internacionais.

"Tivemos um dia que se pode qualificar como consolidativo. As ações se centraram mais em fatores técnicos, como as rolagens, e não tivemos oscilações tão efetivas. Apesar desse quadro mais ameno, o mercado ainda está atento à questão clima. Os players já começam a especular sobre a quebra brasileira de 2014 e como ela vai afetar efetivamente a disponibilidade global. Diante desse quadro, alguns desses participantes trabalham com a perspectiva de os preços mínimos para essa temporada estarem bem além dos 110,00 centavos que eram especulados no início do ano. Um patamar de 130,00 centavos não seria nenhum despropósito", disse um trader.

O volume das exportações de café subiu 5,9% e atingiu 2,7milhões sacas em janeiro passado, em comparação com as 2,55 milhões de sacas no mesmo período de 2012, conforme dados divulgados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Apesar disso, o valor das exportações de café caiu 26,6% em janeiro com relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 373,8milhões de dólares. O café arábica representou 84,8% das vendas exteriores, seguido do solúvel (10,7%), do conilon (4,5%) e do torrado e moído (0,1%).

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia10, totalizaram 361.438 sacas de café, queda de 13,2% em relação às 416.363sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 30 sacas, indo para 2.641.725 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência138,50, 139,00, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 141,00, 141,50, 142,00, 142,50,142,75, 143,00, 143,50, 144,00, 144,15, 144,50-144,55, 145,00, 145,50, 145,80 e146,00 centavos de dólar, com o suporte em 135,50, 135,00, 134,50, 134,00,133,50, 133,00, 132,90, 132,50, 132,05-132,00, 131,60-131,50, 131,00, 130,50,130,10-130,00, 129,50 e 129,00 centavos.




Londres tem dia de ganhos e março volta a ficar acima dos US$ 1.800

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão caracterizada pela manutenção das rolagens de posições e por um volume dentro da média recente da bolsa londrina. A volatilidade, tão efetiva ao longo das últimas sessões, se mostrou menos constante e o março operou integralmente acima do nível psicológico de 1.800 dólares.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas. Ao longo da manhã, os vendedores ainda buscaram alguma pressão, mas o março não conseguiu nem sequer testar o suporte de 1.800 dólares, dando, assim, consistência para que algumas novas ordens de compra pudessem ser produzidas e o encerramento do pregão se desse no lado positivo, em uma sessão bem mais calma que as observadas ao longo dos últimos dias.

"Mais uma vez, as origens não foram das mais agressivas e isso abre espaço para que possamos flutuar para alguns níveis de alta. Nesta terça-feira, especificamente, o cenário foi de uma volatilidade bastante limitada, em uma sessão consolidativa, após as altas e baixas dos últimos dias", apontou um trader, que ressaltou que o mercado volta a olhar para os robustas com mais atenção, principalmente diante da possibilidade de a disponibilidade de arábicas, mais uma vez, ser bastante limitada em 2014, por conta dos problemas climáticos no Brasil e dos problemas com doenças em lavouras na América Central.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 5,83 mil contratos, contra 9,40 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 17 dólares, com1.813 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 22 dólares, para o nível de 1.810 dólares por tonelada.