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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Em dia ameno, café volta a registrar ganhos na ICE Futures US

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão relativamente mais calma e com uma volatilidade menos incisiva que aquela verificada ao longo dos últimos dias na casa de comercialização norte-americana. As rolagens deposições continuam bastante efetivas, principalmente entre março e maio, sendo que o primeiro contrato tem o início da notificação no próximo dia 20 de fevereiro. O mercado continua atento às previsões sobre o centro-sul do Brasil. A região vive um início de ano totalmente atípico, com umidade relativa do ar muito baixa e temperaturas que extrapolam as médias de décadas. Diante disso, o "enchimento" dos grãos de café se mostra comprometido e alguns especialistas já falam em perdas expressivas para a temporada 2014. Segundo a empresa Somar Meteorologia, a onda de calor que atua no Sudeste, desde o final de janeiro até hoje, reflete uma condição de bloqueio atmosférico. Esse sistema meteorológico é mais comum em meses de outono e inverno e não muito frequente em janeiro e fevereiro. O bloqueio acabou provocando também uma condição meteorológica incomum para o alto verão: ausência de umidade e de chuva no Sudeste. Ainda na visão da Somar, a condição de vários dias com tempo seco e baixa umidade relativa do ar será quebrada na próxima sexta-feira com a passagem de uma frente fria. A umidade do ar tende a melhorar com a passagem desse sistema pelo Estado de São Paulo. As chuvas começam a ser mais homogêneas no território paulista, quando as frentes frias vão conseguir romper o bloqueio atmosférico. A chuva esperada não será tão volumosa para a recuperação completa nos níveis dos reservatórios ou da disponibilidade hídrica de zonas cafeeiras, servindo apenas para amenizar a situação atual.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve ganho de 95 pontos, com 137,15 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 138,50 centavos e a mínima de 135,50 centavos, com o maio registrando avanço de 100 pontos, com 139,45 centavos por libra, com a máxima em 140,75 centavos e a mínima em 137,80 centavos. Na Euronext/Liffe, o março teve alta de 17dólares, com 1.813 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 22dólares, para o nível de 1.810 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a sessão desta terça-feira na bolsa nova-iorquina foi mais tranquila que as registradas recentemente. Ao longo da manhã, os vendedores tentaram pressionar mais efetivamente o mercado, mas nem sequer conseguiram romper o nível de 135,00 centavos, abrindo, pois, espaço para algumas recompras e aquisições especulativas. Esse movimento, contudo, não foi dos mais consistentes e o referencial psicológico de 140,00 centavos também não foi testado. O segmento externo também teve um dia de tranquilidade. As commodities softs apresentaram poucas oscilações, ao passo que as bolsas de valores nos Estados Unidos registraram ligeiras altas, contra um quadro próximo de estabilidade para o dólar contra uma cesta de moedas internacionais.

"Tivemos um dia que se pode qualificar como consolidativo. As ações se centraram mais em fatores técnicos, como as rolagens, e não tivemos oscilações tão efetivas. Apesar desse quadro mais ameno, o mercado ainda está atento à questão clima. Os players já começam a especular sobre a quebra brasileira de 2014 e como ela vai afetar efetivamente a disponibilidade global. Diante desse quadro, alguns desses participantes trabalham com a perspectiva de os preços mínimos para essa temporada estarem bem além dos 110,00 centavos que eram especulados no início do ano. Um patamar de 130,00 centavos não seria nenhum despropósito", disse um trader.

O volume das exportações de café subiu 5,9% e atingiu 2,7milhões sacas em janeiro passado, em comparação com as 2,55 milhões de sacas no mesmo período de 2012, conforme dados divulgados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Apesar disso, o valor das exportações de café caiu 26,6% em janeiro com relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 373,8milhões de dólares. O café arábica representou 84,8% das vendas exteriores, seguido do solúvel (10,7%), do conilon (4,5%) e do torrado e moído (0,1%).

As exportações brasileiras no mês de fevereiro, até o dia10, totalizaram 361.438 sacas de café, queda de 13,2% em relação às 416.363sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 30 sacas, indo para 2.641.725 sacas.

Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem resistência138,50, 139,00, 139,50, 139,90-140,00, 140,50, 141,00, 141,50, 142,00, 142,50,142,75, 143,00, 143,50, 144,00, 144,15, 144,50-144,55, 145,00, 145,50, 145,80 e146,00 centavos de dólar, com o suporte em 135,50, 135,00, 134,50, 134,00,133,50, 133,00, 132,90, 132,50, 132,05-132,00, 131,60-131,50, 131,00, 130,50,130,10-130,00, 129,50 e 129,00 centavos.




Londres tem dia de ganhos e março volta a ficar acima dos US$ 1.800

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com altas, em uma sessão caracterizada pela manutenção das rolagens de posições e por um volume dentro da média recente da bolsa londrina. A volatilidade, tão efetiva ao longo das últimas sessões, se mostrou menos constante e o março operou integralmente acima do nível psicológico de 1.800 dólares.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas. Ao longo da manhã, os vendedores ainda buscaram alguma pressão, mas o março não conseguiu nem sequer testar o suporte de 1.800 dólares, dando, assim, consistência para que algumas novas ordens de compra pudessem ser produzidas e o encerramento do pregão se desse no lado positivo, em uma sessão bem mais calma que as observadas ao longo dos últimos dias.

"Mais uma vez, as origens não foram das mais agressivas e isso abre espaço para que possamos flutuar para alguns níveis de alta. Nesta terça-feira, especificamente, o cenário foi de uma volatilidade bastante limitada, em uma sessão consolidativa, após as altas e baixas dos últimos dias", apontou um trader, que ressaltou que o mercado volta a olhar para os robustas com mais atenção, principalmente diante da possibilidade de a disponibilidade de arábicas, mais uma vez, ser bastante limitada em 2014, por conta dos problemas climáticos no Brasil e dos problemas com doenças em lavouras na América Central.

O março teve uma movimentação ao longo do dia de 5,83 mil contratos, contra 9,40 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o março teve alta de 17 dólares, com1.813 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 22 dólares, para o nível de 1.810 dólares por tonelada.

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