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sábado, 4 de junho de 2011

Café na ICE tem rally, vai a 270 cents e pode buscar novos ganhos

Café na ICE tem rally, vai a 270 cents e pode buscar novos ganhos

Os contratos futuros de café arábica encerraram esta sexta-feira com fortes ganhos, que possibilitaram à posição julho voltar a operar dentro do intervalo de 270 centavos. Após um início de sessão sem um grande direcionamento e com uma grande volatilidade, o café começou a contar com novas ordens de compra que, rapidamente se traduziram em ganhos consistentes.

As altas estiveram relacionadas a fatores técnicos, sendo que o fator climático não influi neste momento na formação de preços. Por sua vez, o mercado externo também não teve maior influência sobre o mercado do grão, com o índice CRB tendo um dia de alta modesta, ao passo que o dólar continuou demonstrando uma considerável fraqueza.

No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve ganho de 970 pontos com 270,75 centavos, sendo a máxima em 273,80 e a mínima em 256,85 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação positiva de 935 pontos, com a libra a 274,15 centavos, sendo a máxima em 276,75 e a mínima em 260,50 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou allta de 18 dólares, com 2.489 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 23 dólares, com 2.528 dólares por tonelada.

Segundo analistas internacionais, o dia foi de fortes altas, com o mercado realizando um rally em uma importante área técnica. O acionamento das altas se verificou com um "bottom" de curto prazo no gráfico diário, o que abriu as portas para se testar altas adicionais. Desde o dia 3 de maio os bears (baixistas) pressionam o julho na bolsa de Nova Iorque, sendo que nessa data o mercado conseguiu testar os 308,90 centavos por libra peso, até ir à mínima de 253,30 centavos no dia 2 de junho. No entanto, as ações nos dias 1 e 2 de junho testaram um velha "onda de baixa" no gráfico diário, em 256,75 centavos, marca de 5 de abril. Antes esse patamar fora testado, mas o intraday não fechou abaixo dele.

O rally nessa área coincide com sinais bullish (altista) na movimentação diária dos negócios. Dave Toth, diretor técnico de pesquisa da R.J. O'Brien, indicou que os ganhos da sexta-feira demonstram "realmente um bom desenvolvimento", sendo que o julho conseguiu puxar ara a máxima da última semana, em 27 de março, quando bateu nos 270,30 centavos. "O mercado tem confirmado uma divergência altista na linha diária", sustentou. Toth indicou que em 2 de junho, a baixa atingiu 253,30 centavos, que é um "parâmetro de risco" muito importante no curto prazo e um patamar de suportar para que os traders monitores. "Penso que é razoável comprar café até que esse nível de baixa seja eventualmente quebrado", disse. Ele também apontou que esse nível de baixa poderia ser usado como uma "área de sinalização para qualquer fator altista que tenda a ocorrer." Para o especialista, qual o potencial do café, no curto ou longo prazos para subir ainda é uma incerteza. Mas, a ação altista desta sexta-feira "expôs que o café tem um caminho corretivo para cima, provavelmente de recuperação das vendas de maio, com uma possível retomada das ondas de ganho verificadas até há pouco", sustentou.

Sob uma perspectiva gráfica das linhas Elliott, Tohe sustentou que a máxima de três de maio até a baixa de 2 de julho completou um quadro de cinco ondas baixistas. A análise da onda Elliott é uma metodologia técnica que conta com períodos de altas e baixas nas ações do mercado — as denominadas ondas. Tradicionalmente, cinco ondas Elliott teria um movimento de desdobramento das 1, 3 e 5 na direção das tendências das ondas, ao passo que a 2 e 4 iriam na contra-tendência. Para Toth, o movimento 5 se encerrou no dia 2 de junho, o que poderia ser um indicativo de que a ação baixista atual teria sido interrompida. No campo de alta, Toth indicou que o patamar de 279,79 é importante e representa 50% da retração desencadeada com as vendas de maio. "Se olharmos os gráficos de longos termos nós veremos que as formações semanais ou mensais tendem para um mercado altista. Esse rally desta sexta-feira pode ter sido a retomada dos ganhos mais fortes para o mercado", complementou.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.180 sacas indo para 1.668.026 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 35.159 lotes, com as opções tendo 5.888 calls e 4.959 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 273,80, 274,00, 274,50, 274,90-275,00, 275,50, 276,00, 276,50, 277,00, 277,50 e 278,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 256,85, 256,50, 256,00, 255,50, 255,10-255,00, 254,50, 254,00, 253,50, 253,00, 252,50 e 252,00 centavos por libra.

CFTC: fundos aumentaram suas posições compradas na ICE

CFTC: fundos aumentaram suas posições compradas na ICE

Dados da CFTC (Commodity Futures Trading Commission) divulgados nesta sexta-feira apontaram que os fundos aumentaram suas posições compradas em 859 lotes no mercado futuro de café da bolsa de Nova Iorque. Já os contratos em aberto tiveram uma leve queda em relação à semana anterior. Segundo os números apresentados, levando-se em consideração apenas as posições futuras, sem as opções, os grandes fundos possuíam 18.710 posições líquidas long ( 29.468 posições long — compradas — e 10.758 posições short — vendidas) no último dia 31 de maio. No relatório anterior, referente a 24 de maio, eles tinham em mãos 17.851 posições líquidas long (29.337 posições long compradas e 11.486 posições short vendidas). As empresas comerciais registravam, no dia 31, um saldo de 20.434 posições líquidas short (60.410 posições compradas e 80.844 vendidas). No relatório anterior, elas sustentavam 18.913 posições líquidas short (62.806 posições compradas e 81.719 vendidas). Os pequenos operadores tinham, na terça-feira passada na ICE Futures US, um total de 1.724 posições líquidas compradas, sendo 8.424 compradas e 6.700 vendidas. No relatório referente a 24 de maio, por sua vez, eles apresentavam 1.062 posições líquidas compradas, sendo 8.462 compradas e 7.400 vendidas. As posições em aberto na bolsa norte-americana eram de 112.192 lotes no dia 17 de maio, ao passo que na semana anterior elas somaram 112.608 lotes.