Em 10 meses, Dulce Gusto vira líder em café espresso
A Nestlé decidiu antecipar a expansão da linha de café espresso Dulce Gusto em todo o País para antes do final do segundo semestre de 2010. Motivo: em menos de 10 meses desde seu lançamento, a Dulce Gusto, comercializada apenas em São Paulo e nos três Estados da região Sul, transformou-se num sucesso instantâneo de venda. De acordo com Lilian Miranda, diretora da unidade de negócios responsável pela linha, a Dolce Gusto já responde por 21% das vendas de café espresso no Brasil, estimadas em R$ 140 milhões no ano passado. Para Lilian, a aceitação do conceito pelos consumidores foi surpreendente. "Demos a eles a possibilidade de ter em casa o acesso a cafés diferenciados que até aqui só podiam beber , num restaurante ou numa cafeteria", afirma "Hoje, as pessoas chamam os amigos para degustar café espresso, assim como se costuma fazer com um bom vinho." Outros fatores positivos seriam o fácil manuseio da máquina de fazer espresso, e o seu custo, fixado em R$ 599.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Brasileiro se rende de vez ao cafezinho
25/03 06:32 Brasileiro se rende de vez ao cafezinho
Nunca tantos brasileiros beberam tanto café como em 2009. Pesquisa divulgada
pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostra que 97% da
população acima de 15 anos declara consumir café diariamente, número que
representa um crescimento de seis pontos percentuais ante 2003, quando a
pesquisa começou a ser realizada.
Com parcela maior da população consumindo, a demanda da indústria de café pela
matéria-prima bateu novo recorde, mesmo em um ano de crise financeira e
retração econômica. A necessidade doméstica de café em grão foi de 18,4 milhões
de sacas, 4% mais do que em 2008. Em doses de 50 mililitros, isso equivale a
331,2 bilhões de xícaras.
A indústria não teme uma estagnação do consumo pelo fato de quase todo
brasileiro acima de 15 anos declarar tomar café diariamente. A expectativa do
setor é de que ocorra em 2010 um aumento ainda superior na demanda doméstica,
da ordem de 5%. "E isso para ser conservador. O motor do aumento do consumo é a
qualidade e vamos ter que fazer a população beber mais café para continuarmos
crescendo", afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.
Para exemplificar o potencial do Brasil, Herszkowicz cita os EUA. Os americanos
são os maiores consumidores mundiais, com uma demanda doméstica de quase 22
milhões de sacas. Diferentemente do Brasil, onde quase todos consomem a bebida,
nos EUA, a penetração é de 57% da população, ou seja, o brasileiro teria espaço
para um consumo per capita ainda maior.
O aumento da renda da população no Brasil é um dos principais fatores para o
maior consumo de café em 2009. Conforme a pesquisa, as classes A e B
representaram juntas 27% do consumo e a classe C foi a grande responsável pelo
crescimento de 2009, concentrando uma fatia de 42% da demanda doméstica de
café. Em 2003, esse estrato já tinha a maior fatia do consumo, com 37%. Ainda
segundo a Abic, a classe D ficou com 31% do mercado doméstico de café.
As classes A e B têm as menores fatias da demanda total, mas são as que
consomem os cafés de maior valor agregado. Na categoria dos chamados cafés
especiais - que engloba expresso, gourmet, descafeinado, orgânico e de regiões
certificadas -, 27% dos consumidores da classe A disseram consumir esse tipo de
produto em 2009 ante um percentual de 19% em 2004. "Mesmo nas classes mais
baixas e apesar de percentuais pequenos conseguimos identificar um aumento do
consumo de cafés especiais", afirma Herszkowicz.
Uma mudança de hábito de consumo também foi confirmada na pesquisa. Cada vez
mais, o brasileiro toma café fora de casa, incentivado pelo crescimento das
cafeterias e e outros locais, como padarias, que passaram a oferecer produtos
diferenciados. A pesquisa mostra que em 2003 apenas 17% das pessoas diziam
consumir café fora de casa. Esse percentual subiu para 46% no ano passado.
Nunca tantos brasileiros beberam tanto café como em 2009. Pesquisa divulgada
pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) mostra que 97% da
população acima de 15 anos declara consumir café diariamente, número que
representa um crescimento de seis pontos percentuais ante 2003, quando a
pesquisa começou a ser realizada.
Com parcela maior da população consumindo, a demanda da indústria de café pela
matéria-prima bateu novo recorde, mesmo em um ano de crise financeira e
retração econômica. A necessidade doméstica de café em grão foi de 18,4 milhões
de sacas, 4% mais do que em 2008. Em doses de 50 mililitros, isso equivale a
331,2 bilhões de xícaras.
A indústria não teme uma estagnação do consumo pelo fato de quase todo
brasileiro acima de 15 anos declarar tomar café diariamente. A expectativa do
setor é de que ocorra em 2010 um aumento ainda superior na demanda doméstica,
da ordem de 5%. "E isso para ser conservador. O motor do aumento do consumo é a
qualidade e vamos ter que fazer a população beber mais café para continuarmos
crescendo", afirma Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.
Para exemplificar o potencial do Brasil, Herszkowicz cita os EUA. Os americanos
são os maiores consumidores mundiais, com uma demanda doméstica de quase 22
milhões de sacas. Diferentemente do Brasil, onde quase todos consomem a bebida,
nos EUA, a penetração é de 57% da população, ou seja, o brasileiro teria espaço
para um consumo per capita ainda maior.
O aumento da renda da população no Brasil é um dos principais fatores para o
maior consumo de café em 2009. Conforme a pesquisa, as classes A e B
representaram juntas 27% do consumo e a classe C foi a grande responsável pelo
crescimento de 2009, concentrando uma fatia de 42% da demanda doméstica de
café. Em 2003, esse estrato já tinha a maior fatia do consumo, com 37%. Ainda
segundo a Abic, a classe D ficou com 31% do mercado doméstico de café.
As classes A e B têm as menores fatias da demanda total, mas são as que
consomem os cafés de maior valor agregado. Na categoria dos chamados cafés
especiais - que engloba expresso, gourmet, descafeinado, orgânico e de regiões
certificadas -, 27% dos consumidores da classe A disseram consumir esse tipo de
produto em 2009 ante um percentual de 19% em 2004. "Mesmo nas classes mais
baixas e apesar de percentuais pequenos conseguimos identificar um aumento do
consumo de cafés especiais", afirma Herszkowicz.
Uma mudança de hábito de consumo também foi confirmada na pesquisa. Cada vez
mais, o brasileiro toma café fora de casa, incentivado pelo crescimento das
cafeterias e e outros locais, como padarias, que passaram a oferecer produtos
diferenciados. A pesquisa mostra que em 2003 apenas 17% das pessoas diziam
consumir café fora de casa. Esse percentual subiu para 46% no ano passado.
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