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sábado, 21 de setembro de 2013

Colômbia amplia pesquisa sobre viabilidade do café robusta

  O Ministério da Agricultura da Colômbia volta a avaliar o plantio de café do tipo robusta no país. A variedade seria plantada em áreas mais baixas e com características mecanizadas. O ministro da Agricultura, Rubém Darío Lizarralde, não descartou a efetiva possibilidade de o país sul-americano iniciar os plantios desse tipo de café. Previamente, o dirigente havia manifestado que queria conhecer os resultados de pesquisas sobre o tema. "O Cenicafé (Centro Nacional de Pesquisas de Café da Colômbia) tem muito a aportar e dizer sobre o tema, somando aos resultados que já são verificados em várias partes do mundo", disse. O ministro salientou que "sou amigo de que os temas sejam discutidos, de que as receitas sejam colocadas no preto e no branco, e que todas as pessoas tenham conhecimento. Sou favorável da comunicação e da transparência", salientou. Desse modo, o ministro não descartou a possibilidade de que na Colômbia se abra a discussão se a econômica local dará o aporte necessário para o plantio desse tipo de café, que pode ser o complemento para o suave arábica lavado, que é o grão símbolo desse país. Em várias consultas que foram feitas sobre o tema, a Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia) se posicionou contrariamente a essa iniciativa, pois alega que tem feito muitas ações em favor da qualidade do grão suave. Hoje, o Vietnã é o maior produtor mundial de café robusta. Em apenas 25 anos, o país viu sua produção crescer fortemente e hoje essa nação só não é maior produtora de café que o Brasil. O robusta é considerado um grão de menor qualidade, mas tem uma demanda forte para a confecção do café instantâneo e para blends para espresso. O valor dos robustas no mercado é consideravelmente mais baixo que o do arábica.



Prêmio para café colombiano nos EUA cai à mínima de 11 meses

  Exportadores colombianos de café reduziram o prêmio sobre os preços ao menor nível em 11 meses para atrair mais compradores nesta semana, em meio à maior safra em seis anos, embora as ofertas sejam escassas devido à queda nos futuros em Nova York para a mínima em quatro anos, disseram importadores norte-americanos. Os prêmios para grãos colombianos em armazéns norte-americanos caíram cerca de 30 por cento nas últimas cinco semanas, com o grande produtor de arábica lavado de alta qualidade buscando recuperar fatia de mercado, após cinco anos de colheitas abaixo da média. "Eles não estiveram tão agressivos ligando para mim como estavam nas semanas anteriores. Antes, eu tinha todos os exportadores colombianos me ligando para vender", disse um importador dos EUA. Os preços mais baixos para o café colombiano deverá forçar produtores da América Central, onde um surto de doenças fúngicas tem prejudicado a produção, a baixarem os preços quando a colheita começar no final deste ano. Indústrias de café não estão com pressa para comprar depois de já terem garantido suprimentos da Colômbia e do Brasil --país onde o café é, em geral, mais barato em relação ao colombiano--, e aguardam para ver até onde o mercado vai cair, disseram importadores. "Eles estão bastante confortáveis agora e não estão numa corrida para comprar café, e o mercado está caindo todos os dias", disse o presidente da importadora de café verde Balzac Bros, Ray Keane, da Carolina do Sul, referindo-se a torrefadoras norte-americanos. O prêmio médio para o café colombiano de boa qualidade em armazéns norte-americanos caiu para 18 centavos ao longo da semana, ante 19,8 centavos de dólar na semana passada, menor nível desde outubro de 2012.
Em sessão fraca, café tem dia de retração de preços na ICE

  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com quedas, devolvendo integralmente as ligeiras evoluções verificadas ao longo do pregão anterior. Mais uma vez, o café teve um dia de pouca emoção na casa de comercialização norte-americana, com o dezembro, como já esperado, se posicionando próximo do nível psicológico de 115,00 centavos por libra peso, em uma sessão caracterizada por um volume muito baixo de negócios processados.

Apesar das baixas, nenhum suporte mais efetivo foi testado, ao passo que os compradores se mostram reticentes. A sessão também foi marcada por uma volatilidade pífia, com a primeira posição variando dentro de um range de apenas 170 pontos. A falta de novidades continua dando as cartas para o segmento cafeeiro. Questões como a safra brasileira e vietnamita — consideravelmente altas — e mesmo a quebra dos centro-americanos, por conta da ferrugem do colmo, parecem estar consistentemente precificadas, ao passo que outros fatores relevantes, como o leilão de opções no Brasil, não redundaram em uma movimentação mais consistente por parte dos players.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição dezembro teve quedas de 115 pontos, com 114,65 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 115,90 centavos e a mínima de 114,20 centavos, com o março registrando perda de 110 pontos, com 117,75 centavos por libra, com a máxima em 118,85 centavos e a mínima em 117,40 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro teve desvalorização de 9 dólares, com 1.678 dólares por tonelada, com o janeiro recuando 10 dólares, para o nível de 1.673 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela falta de novidades. As chuvas que atingiram o cinturão cafeeiro do Brasil já foram consideravelmente assimiladas e contribuíram para que o dezembro mudasse de uma flutuação ao redor dos 120,00 centavos para 115,00 centavos. Os mercados externos tiveram uma sexta-feira negativa, o que colaborou para que o café fosse ainda mais pressionado. O dólar subiu em relação a várias moedas internacionais, incluindo o real brasileiro, o que deu suporte para quedas para a maior parte das matérias-primas globais.

"O café continua enfrentando vários fatores baixistas, tendo a questão da disponibilidade como principal pano de fundo. Diante de um cenário em que várias origens importantes vão manter uma oferta consistente ao longo da temporada, vários players não se mostram preocupados em garantir compras mais significativas, mesmo com a aproximação da temporada mais fria do ano no hemisfério norte", disse um trader.

O segundo leilão de contratos de opção de venda de café realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento negociou 8.615 títulos, que correspondem a 861,5 mil sacas e 86,2% do total ofertado. O prêmio médio saiu por R$ 1,906/saca, com ágio de 11,1% em relação ao valor de abertura.

As exportações de café de Uganda na temporada 2012/2013 devem ter aumento de pelo menos 34% ante o ano anterior, impulsionadas pelo clima favorável, indicou a Autoridade para o Desenvolvimento do Café de Uganda. Segundo a entidade, as remessas na atual temporada, que termina no final de setembro, devem somar 3,66 milhões de sacas, em comparação com as 2,73 milhões de sacas da safra anterior.

As exportações brasileiras no mês de setembro, até o dia 19, totalizaram 10767.438 sacas de café, alta de 18,76% em relação às 898.798 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 640 sacas, indo para 2.777.245 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 9.685 lotes, com as opções tendo 2.832 calls e 1.558 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem resistência em 115,90-116,00, 116,50, 116,70, 117,00, 117,50, 118,00, 118,50, 119,00, 119,20, 119,50, 119,90-120,00, 120,50, 120,75, 121,00-121,05, 121,10, 121,50, 122,00, 122,50, 122,20, 122,50, 122,75, 123,00 e 123,50 centavos de dólar, com o suporte em 114,20, 114,00-113,95, 113,50, 113,00, 112,50, 112,00, 111,50, 111,00, 110,50, 110,10-110,00, 109,50, 109,00, 108,50, 108,00 e 107,50 centavos.





Em sessão morna, Londres tem nova retração para café

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com pequenas quedas, em uma sessão de movimentação apenas regular e com os preços voltando a demonstrar pouca volatilidade. O conhecido "mais do mesmo" voltou a dar o tom dos negócios.

De acordo com analistas internacionais, o dia chegou a esboçar alguma tentativa de reação logo nos primeiros movimento do pregão. Entretanto, as ordens de compra foram pífias, abrindo espaço para que algumas novas vendas fossem processadas, com o novembro chegando a tocar na mínima de 1.666 dólares. As perdas vieram na esteira, também, de algumas arbitragens, já que Nova Iorque teve uma nova sessão de retração.

"Foi uma sessão técnica, letárgica, bem próxima daquilo que vem sendo verificado ao longo das últimas semanas em Londres. Não conseguimos testar resistências efetivas e, por outro lado, as baixas são pontuais, próximas das mínimas observadas ao longo do começo desta semana", disse um trader.

O novembro teve uma movimentação ao longo do dia de 6,55 mil contratos, contra 4,991 mil do janeiro. O spread entre as posições novembro e janeiro ficou em 5 dólares. No encerramento do dia, o novembro teve desvalorização de 9 dólares, com 1.678 dólares por tonelada, com o janeiro recuando 10 dólares, para o nível de 1.673 dólares por tonelada.





Preço em queda e câmbio estimularam participação em leilão de café

  Os preços mais baixos do café no mercado explicam o maior interesse dos cafeicultores no leilão de contratos de opção de venda futura que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou nesta sexta-feira, 20, segundo avaliação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé). Só nesta semana, o Indicador Cepea/Esalq do tipo 6 do arábica recuou 3,75%. 'Além disso, deu tempo de alguns produtores se acertarem com a documentação', disse o superintendente comercial da cooperativa, Lúcio Dias. 'E não podemos nos esquecer do dólar, que caiu.' Este foi o segundo leilão de contratos de opção de uma série de três programados. Na sexta-feira passada, foram negociados 8.565 contratos (856 mil sacas), ou 85,65% da oferta, sem ágio sobre o prêmio de abertura de R$ 1,715/saca. Hoje, a Conab negociou 8.615 contratos, que correspondem a 861,5 mil sacas, ou 86,2% das 1 milhão ofertadas (10 mil contratos). O prêmio médio saiu por R$ 1,906/saca, com ágio de 11,1% em relação ao valor de abertura. Dias ponderou que esse resultado pode não se repetir no próximo leilão, que será realizado na sexta-feira, 27. 'Há o saldo de Bahia, Espírito Santo e Paraná para ser comercializado ainda', explicou. Nos dois últimos pregões, apenas em São Paulo e em Minas Gerais houve negociação de 100% do volume ofertado.

Arabica-Coffee Futures Slip to Fresh More Than 4-Year Low

  NEW YORK  -  Arabica-coffee futures slid to a fresh more than four-year low
Friday as expectations for massive supplies continued to weigh on the market.
  Brazilian coffee growers are expected to harvest 47.5 million 60-kilogram
(132-pound) bags of coffee this year, a record for an "off-year" harvest,
government crop agency Conab said earlier this month.
  No. 1 coffee grower and exporter Brazil's two-year coffee production cycle is
characterized by alternating years of higher and lower productivity, and 2013
is a down year.
  "Harvest pressure from Brazil's very large off-year crop is continuing to
weigh on the market," said Sterling Smith, a futures specialist at Citigroup in
Chicago. And, "beneficial rains are being seen in most of Brazil's coffee
growing areas, which will allow the 2014 crop to get off to a good start."
  Arabica coffee for December delivery on the ICE Futures U.S. exchange ended
down 1% at $1.1465 a pound in thin volume trade, the lowest settlement since
July 10, 2009.
  Coffee had rallied Thursday for the first time in four sessions after the
U.S. dollar weakened against the Brazilian real, following the Fed's decision
to maintain its bond-buying program.
  A stronger real discourages growers and processors from selling their
products abroad, since they would receive less of the local currency back for
the dollar-denominated commodities.
  But the real has since weakened against the dollar, and the market is still
worried about big supplies.
  "I think coffee is probably going to see new lows" in the near-term, said
Hernando de la Roche, senior vice president at INTL FCStone in Miami. There are
simply "plenty of supplies" to go around, he added.
  Cocoa futures eased Friday after the market failed to retest the key
technical and psychological level of $2,650 a ton.
  Cocoa futures touched a one-year high of $2,657 a ton in intraday trade
Thursday before pulling back, but the market continues to be supported by
concerns about the quantity and quality of the upcoming West African cocoa
harvest.
  Traders say dry weather in the No. 1 cocoa-producing region during a key
period of growth could hurt output.
  Cocoa for December delivery on the ICE Futures U.S. exchange ended 0.8% lower
at $2,608 a ton.
  Raw sugar for October delivery settled 0.1% higher at 17.18 cents a pound,
and cotton for December delivery closed down 0.2% at 84.52 cents a pound.
Orange-juice futures bucked the general trend in softs, ending up 0.2% at
$1.2555 a pound as investors took profits from short positions.