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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Café na ICE mantém fraqueza e bate na mínima de dois anos

Café na ICE mantém fraqueza e bate na mínima de dois anos
 Os contratos futuros de café arábica encerraram esta terça-feira com novas perdas, em mais uma sessão caracterizada por vendas especulativas. A primeira posição chegou, ao longo da manhã, a construir uma nova mínima e bater no menor patamar desde junho de 2010. Em meio a um grande quadro de fraqueza técnica, os bears (baixistas) atuam com facilidade e controlam as cotações. Por outro lado, o mercado não dá sinais de recuperar a força. Graficamente, se observa um quadro nitidamente sobrevendido, no entanto, resistências básicas não conseguem ser superadas. Ao longo do dia, por exemplo, o julho chegou a flutuar no nível de 155,00 centavos, sem, contudo, conseguir ir além dos 155,50 centavos, o que abre espaço para que os vendedores voltem a ser ativo. O mercado em Nova Iorque observa um aumento considerável nas rolagens de posição, principalmente entre julho e setembro, sendo que o início da notificação do primeiro contrato se dará no dia 21 de junho.Os contratos em abertos ao final da sessão passada na bolsa norte-americana estavam em 153.344 lotes, menor patamar desde 30 de abril. No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve queda de 90 pontos, com 154,20 centavos, sendo a máxima em 155,50 e a mínima em 153,30 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 135 pontos, com a libra a 155,35 centavos, sendo a máxima em 156,70 e a mínima em 154,80 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve estabilidade, com 2.062 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 1 dólar, com 2.070 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o mercado continua sendo pressionado por fatores técnicos e também pelo sentimento de muitos players de que a disponibilidade do grão se mostra cada vez menos apertada. A nova safra, de ciclo alto, do Brasil começa a chegar mais fortemente às mesas de comercialização, assim como os grãos da produção da Indonésia e, diante disso, muitos operadores, efetivamente, ampliam ainda mais suas vendas. Adicionalmente, continua a existir o grande temor com a crise na Europa. A terça-feira foi de calma nos mercados externos, com estabilidade para o índice CRB e alta para as bolsas de valores, mas nem esses dados mais "tranquilizadores" conseguiram dar sustentação para uma alta para o café. "Estamos seguindo uma linha baixista e os fundamentos não demonstram uma mudança de cenário. Alguns operadores duvidam sobre o rompimento do nível de 150,00 centavos, no entanto, os baixistas têm as cartas nas mãos e se sentirem confortáveis vão testar facilmente esse nível psicológico", indicou um trader. As exportações de café de El Salvador em maio caíram 46% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com 118.458 sacas, indicou o Conselho Salvadorenho de Café. A redução reflete os prejuízos causados à produção do país pelo clima ao longo da safra. Em 2011/2012, o país já remeteu ao exterior 817.996 sacas, 40% a menos que na mesma época do ano passado. Durante os primeiros oito meses do atual ano-safra, os embarques geraram uma receita de 250,24 milhões de dólares, 28% a menos que em 2010/2011. As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 11, somaram 130.905 sacas, contra 165.422 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 266 sacas, indo para 1.563.476 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 53.607 lotes, com as opções tendo 2.106 calls e 847 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 155,50, 156,00, 156,50, 157,00, 157,50, 157,90-158,00, 158,50, 158,90-159,00, 159,35, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,25, 161,50, 162,00, 162,50, 163,00, 163,50 e 164,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 153,30, 153,00, 152,50, 152,30, 152,00, 151,50, 151,00, 150,50, 150,10-150,00, 149,50, 149,00, 148,50 e 148,00 centavos por libra.




Presidente do Federal Reserve de Chicago admitiu a possibilidade de novos estímulos

Presidente do Federal Reserve de Chicago admitiu a possibilidade de novos estímulos; Ibovespa subiu 1,94%.


Apoiado no movimento positivo de Wall Street e nas expectativas de novas medidas do Federal Reserve, o Ibovespa conseguiu voltar ao patamar dos 55 mil pontos nesta terça-feira (12/6).

O índice fechou o pregão regular com alta de 1,94%, a 55.094 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 5,66 bilhões.

A alta deste pregão segue o discurso do presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, que admitiu a possibilidade do banco central americano anunciar algum tipo de estímulo econômico.

"O que mudou de ontem para hoje é essa expectativa", comentou o sócio da Teórica Investimentos, Rogério Freitas. Segundo ele, pode haver anúncios de novas medidas do Fed já na próxima semana.

Com os rumores, o S&P 500 e o Dow Jones subiram 1,17% e 1,31%, respectivamente, acompanhados pelo Nasdaq, que registrou valorização de 1,19%.

"As possibilidades que estão em discussão no mercado são o QE3 [quantitative easing ou flexibilização quantitativa] ou a redução da rentabilidade das reservas em excesso que os bancos têm no Fed", avalia Freitas.

Para o sócio da Teórica Investimentos, os dados recentes dos Estados Unidos corroboram essa expectativa, mostrando um crescimento mais fraco da economia americana.

Nesta tarde, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um déficit fiscal de US$ 124,636 bilhões em maio deste ano, resultado pior do que o superávit de US$ 59,1 bilhões verificado em abril.

Na Europa, a atenção segue em torno das eleições da Grécia, marcadas para o dia 17 de junho, e o resgate de € 100 bilhões aos bancos espanhóis.

Segundo a Fitch, há a possibilidade de que os ativos bancários da Espanha se deteriorem mais. Dessa forma, a agência de classificação de risco cortou a nota de 18 bancos locais.

O movimento positivo foi mais tímido por lá. O CAC 40, de Paris, o Dax, de Frankfurt, e o FTSE 100, de Londres, subiram 0,14%, 0,33% e 0,76%, nesta ordem.

Na agenda doméstica, a condição da economia brasileira segue em discussão. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira esperar o recuo da inadimplência e o crescimento do crédito a partir do segundo semestre.

Já a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a redução dos juros e o estímulo ao consumo, dizendo que o Brasil possui "forças internas" para fazer frente à crise internacional.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do emprego na indústria, revelando uma queda de 0,3% em abril, frente a março.

Destaques

Na Bolsa, após anunciar a prorrogação em 10 dias da oferta de troca de suas ações pelas da Lan, a Tam (TAMM4) registrou a maior alta do Ibovespa, de 6,84%.

Na outra ponta ficaram os papéis preferenciais classe A da Usiminas (USIM5), com queda de 1,64%.

Câmbio

No mercado de câmbio, sem intervenções do Banco Central, o dólar comercial subiu 0,38%, cotado a R$ 2,063 na compra e R$ 2,065 na venda.

Novos dados revelam que os torrefadores estão adicionando mais robusta nos EUA

Novos dados revelam que os torrefadores estão adicionando mais robusta nos EUA
 Os torrefadoras de café calmamente construíram uma façanha financeira do ano passado que passou despercebido pela maioria dos clientes, adicionando uma maior proporção do mais barato, robusta, quando preço do café de primeira linha arábica subiram. Como novos dados revelam a extensão surpreendente de que a substituição, que parece ter sido muito mais difundido do que os especialistas acreditavam ser possível, a indústria enfrenta uma questão perturbadora: Como o prêmio de preço para os arábica retornam para níveis historicamente normais, torrefadores voltam a comprar? A resposta curta parece ser NÃO. O "swing" na demanda foi surpreendentemente decisivo e rápido. Importações norte-americanas de robusta subiram quase 80 por cento no primeiro trimestre deste ano em comparação com um ano atrás, enquanto arábica caiu perto de um terço, dados da OIC mostram o que provavelmente reflete as compras feitas durante o ano passado. "O que estamos percebendo é que todo mundo subestimou a quantidade de demanda robusta, porque todo mundo pensava ... que havia apenas uma quantidade determinada de robusta que podia-se adicionar às suas misturas", disse Ernesto Alvarez, presidente-executivo da norte-americana de café da COEX Internacional. Parte do aumento da demanda robusta pode ser explicado pela mudança de gostos com parte dos consumidores norte-americanos buscando preços mais baixos nas marcas devido ao aumento dos preços. Menor custo fez com que Folgers da JM Smucker, e Maxwell House da Kraft Foods aumentassem sua participação de mercado como mostra a pesquisa. Os dados estão começando a oferecer alguma credibilidade à especulação generalizada do mercado de que alguns torrefadores dos Estados Unidos aumentaram o conteúdo robusta para um nível bem mais alto em suas ultra-secretas misturas do que muitos pensavam poder acontecer, sacrificar a qualidade ou nem tanto, a fim de manter suas margens de lucro.

Chuva prejudica colheita de café na região Sudeste

Chuva prejudica colheita de café na região Sudeste
As chuvas dos últimos dias têm atrasado a colheita de café nas áreas de atuação da Cooxupé, a maior cooperativa de café do mundo, com sede em Guaxupé (MG).Em relatório divulgado ontem pela cooperativa, relativo ao período de 03 a 09 de junho, apenas 4,18% da área total pesquisada pela Cooxupé - Sul de Minas, Mogiana Paulista e Cerrado Mineiro - já foi colhida. "O número ainda é insignificante em termos de colheita", observa Carlos Augusto Rodrigues de Melo, vice-presidente da Cooxupé.Ele relata que, diante das chuvas fortes da última segunda-feira, os produtores de várias regiões do sul mineiro não colheram as lavouras ontem. Em alguns locais, o volume de água foi de 30 a 40 milímetros. De acordo com o vice-presidente, a chuva já prejudicou a qualidade dos grãos. "Se continuar a chover, teremos um dos piores anos em termos de qualidade do café", observa. Além de os grãos caírem do pé, a planta também fica comprometida com o excesso de umidade nas próximas safras.De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas da semana passada atrapalharam a colheita e secagem dos grãos em praticamente todas as regiões cafeeiras do Sudeste. A chegada de uma nova frente fria no fim desta semana deve trazer mais chuvas para as regiões cafeeiras.

Exportação de café verde tem queda de 19,09%

A Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou o relatório sobre as receitas cambiais nos cinco primeiros meses deste ano referentes à:

Exportação de café verde : teve queda de 19,09% em comparação com o mesmo período de 2011. O faturamento alcançou US$ 2,466 bilhões, ante US$ 3,047 bilhões . O volume embarcado no período teve redução de 22,68%, para 570.602 toneladas ante 738.008 t no mesmo período de 2011. O preço médio de exportação teve elevação de 4,65% no período, de US$ 4.129/t para US$ 4.321/t. A receita cambial teve crescimento para apenas 4 entre os 15 principais destinos do café brasileiro: Reino Unido (67,99%), Argentina (13,28%), Suécia (12,29%) e Eslovênia (4,80%). Em contrapartida, foi significativa a queda para Estados Unidos (32,32%), Espanha (28,02%), Rússia (23,53%) e Itália (12,55%). O principal comprador de café verde brasileiro no período, em volume, é a Alemanha, que apresentou queda de 21,60% ante o mesmo período de 2011. O segundo principal importador foram os Estados Unidos (queda de 31,83%). Entre os principais compradores, o volume embarcado aumentou para apenas dois destinos: Reino Unido (24,54%) e Suécia (5,75%). Em termos porcentuais, houve diminuiç&atil de;o expressiva no volume vendido para: Espanha (34,98%), Bélgica (32,32%), EUA (31,83%) e Coreia do Sul (25,45%) .
E xportação brasileira de café torrado e moído : apresentou queda de 14,03% em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 8,037 milhões . O País exportou no período 1.047 toneladas do produto, com redução de 28,48% em relação ao ano anterior (1.464 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 7.676/t, ante US$ 6.386/t, representando elevação de 20,21%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com redução de 7,06%, em termos de receita. O segundo principal mercado foi a Itália (-37,10%), seguido de Argentina (+1,38%) e Japão (-30,22%).
Exportação de café solúvel : registrou elevação de 9,77% em relação ao mesmo período de 2011. Os industriais faturaram US$ 263,963 milhões, em comparação com US$ 240,470 milhões entre janeiro e maio do ano passado . O País exportou no período 29.249 toneladas, com redução de 5,71% em relação a 2011 (31.019 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 9.025/t, ante US$ 7.752/t em 2011, representando elevação de 16,41%. Segundo o relatório, os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro nos primeiros cinco meses de 2012, com elevação de 3,15% em termos de receita sobre 2011. Mas também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para Equador (200,39%), Reino Unido (128,86%), Hungria (132,64%) e Coreia do Sul (66,78%). Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, apenas dois tiveram redução: Finlândia (-52,54%) e Canadá (-25,05%). O principal comprador de café solúvel brasileiro nos primeiros c inco meses do ano, em volume, foram os Estados Unidos, que apresentaram queda de 17,96% ante 2011. Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para Equador (184,66%), Reino Unido (116,17%) e Hungria (83,85%). Em contrapartida, houve queda em volume principalmente para: Finlândia (52,52%), Canadá (-34,03%) e Indonésia (18,16%).