Café na ICE mantém fraqueza e bate na mínima de dois anos
Os contratos futuros de café arábica encerraram esta terça-feira com novas perdas, em mais uma sessão caracterizada por vendas especulativas. A primeira posição chegou, ao longo da manhã, a construir uma nova mínima e bater no menor patamar desde junho de 2010. Em meio a um grande quadro de fraqueza técnica, os bears (baixistas) atuam com facilidade e controlam as cotações. Por outro lado, o mercado não dá sinais de recuperar a força. Graficamente, se observa um quadro nitidamente sobrevendido, no entanto, resistências básicas não conseguem ser superadas. Ao longo do dia, por exemplo, o julho chegou a flutuar no nível de 155,00 centavos, sem, contudo, conseguir ir além dos 155,50 centavos, o que abre espaço para que os vendedores voltem a ser ativo. O mercado em Nova Iorque observa um aumento considerável nas rolagens de posição, principalmente entre julho e setembro, sendo que o início da notificação do primeiro contrato se dará no dia 21 de junho.Os contratos em abertos ao final da sessão passada na bolsa norte-americana estavam em 153.344 lotes, menor patamar desde 30 de abril. No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve queda de 90 pontos, com 154,20 centavos, sendo a máxima em 155,50 e a mínima em 153,30 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 135 pontos, com a libra a 155,35 centavos, sendo a máxima em 156,70 e a mínima em 154,80 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, julho teve estabilidade, com 2.062 dólares por tonelada, com o setembro tendo desvalorização de 1 dólar, com 2.070 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o mercado continua sendo pressionado por fatores técnicos e também pelo sentimento de muitos players de que a disponibilidade do grão se mostra cada vez menos apertada. A nova safra, de ciclo alto, do Brasil começa a chegar mais fortemente às mesas de comercialização, assim como os grãos da produção da Indonésia e, diante disso, muitos operadores, efetivamente, ampliam ainda mais suas vendas. Adicionalmente, continua a existir o grande temor com a crise na Europa. A terça-feira foi de calma nos mercados externos, com estabilidade para o índice CRB e alta para as bolsas de valores, mas nem esses dados mais "tranquilizadores" conseguiram dar sustentação para uma alta para o café. "Estamos seguindo uma linha baixista e os fundamentos não demonstram uma mudança de cenário. Alguns operadores duvidam sobre o rompimento do nível de 150,00 centavos, no entanto, os baixistas têm as cartas nas mãos e se sentirem confortáveis vão testar facilmente esse nível psicológico", indicou um trader. As exportações de café de El Salvador em maio caíram 46% em relação ao mesmo mês do ano anterior, com 118.458 sacas, indicou o Conselho Salvadorenho de Café. A redução reflete os prejuízos causados à produção do país pelo clima ao longo da safra. Em 2011/2012, o país já remeteu ao exterior 817.996 sacas, 40% a menos que na mesma época do ano passado. Durante os primeiros oito meses do atual ano-safra, os embarques geraram uma receita de 250,24 milhões de dólares, 28% a menos que em 2010/2011. As exportações de café do Brasil em junho, até o dia 11, somaram 130.905 sacas, contra 165.422 sacas registradas no mesmo período de maio, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 266 sacas, indo para 1.563.476 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 53.607 lotes, com as opções tendo 2.106 calls e 847 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 155,50, 156,00, 156,50, 157,00, 157,50, 157,90-158,00, 158,50, 158,90-159,00, 159,35, 159,50, 159,90-160,00, 160,50, 161,00, 161,25, 161,50, 162,00, 162,50, 163,00, 163,50 e 164,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 153,30, 153,00, 152,50, 152,30, 152,00, 151,50, 151,00, 150,50, 150,10-150,00, 149,50, 149,00, 148,50 e 148,00 centavos por libra.
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