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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Presidente do Federal Reserve de Chicago admitiu a possibilidade de novos estímulos

Presidente do Federal Reserve de Chicago admitiu a possibilidade de novos estímulos; Ibovespa subiu 1,94%.


Apoiado no movimento positivo de Wall Street e nas expectativas de novas medidas do Federal Reserve, o Ibovespa conseguiu voltar ao patamar dos 55 mil pontos nesta terça-feira (12/6).

O índice fechou o pregão regular com alta de 1,94%, a 55.094 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 5,66 bilhões.

A alta deste pregão segue o discurso do presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, que admitiu a possibilidade do banco central americano anunciar algum tipo de estímulo econômico.

"O que mudou de ontem para hoje é essa expectativa", comentou o sócio da Teórica Investimentos, Rogério Freitas. Segundo ele, pode haver anúncios de novas medidas do Fed já na próxima semana.

Com os rumores, o S&P 500 e o Dow Jones subiram 1,17% e 1,31%, respectivamente, acompanhados pelo Nasdaq, que registrou valorização de 1,19%.

"As possibilidades que estão em discussão no mercado são o QE3 [quantitative easing ou flexibilização quantitativa] ou a redução da rentabilidade das reservas em excesso que os bancos têm no Fed", avalia Freitas.

Para o sócio da Teórica Investimentos, os dados recentes dos Estados Unidos corroboram essa expectativa, mostrando um crescimento mais fraco da economia americana.

Nesta tarde, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou um déficit fiscal de US$ 124,636 bilhões em maio deste ano, resultado pior do que o superávit de US$ 59,1 bilhões verificado em abril.

Na Europa, a atenção segue em torno das eleições da Grécia, marcadas para o dia 17 de junho, e o resgate de € 100 bilhões aos bancos espanhóis.

Segundo a Fitch, há a possibilidade de que os ativos bancários da Espanha se deteriorem mais. Dessa forma, a agência de classificação de risco cortou a nota de 18 bancos locais.

O movimento positivo foi mais tímido por lá. O CAC 40, de Paris, o Dax, de Frankfurt, e o FTSE 100, de Londres, subiram 0,14%, 0,33% e 0,76%, nesta ordem.

Na agenda doméstica, a condição da economia brasileira segue em discussão. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta terça-feira esperar o recuo da inadimplência e o crescimento do crédito a partir do segundo semestre.

Já a presidente Dilma Rousseff voltou a defender a redução dos juros e o estímulo ao consumo, dizendo que o Brasil possui "forças internas" para fazer frente à crise internacional.

Nesta manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados do emprego na indústria, revelando uma queda de 0,3% em abril, frente a março.

Destaques

Na Bolsa, após anunciar a prorrogação em 10 dias da oferta de troca de suas ações pelas da Lan, a Tam (TAMM4) registrou a maior alta do Ibovespa, de 6,84%.

Na outra ponta ficaram os papéis preferenciais classe A da Usiminas (USIM5), com queda de 1,64%.

Câmbio

No mercado de câmbio, sem intervenções do Banco Central, o dólar comercial subiu 0,38%, cotado a R$ 2,063 na compra e R$ 2,065 na venda.

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