Café na ICE se distancia de suporte e tem dia de bons ganhos
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em uma sessão caracterizada pela retomada de compras especulativas. O contrato para entrega em julho se aproximou da resistência de 270,00 centavos por libra, mas, nas máximas, algumas vendas e realizações foram observadas, o que limitou o potencial de ganho. Apesar disso, o mercado se mostrou consistente, seguindo o comportamento da maior parte das commodities, que tiveram um dia positivo.
O índice CRB, que mede o comportamento médio de 19 importantes matérias-primas, encerrou a quarta com um ganho de mais de 1,5%.
No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve ganho de 365 pontos com 264,85 centavos, sendo a máxima em 269,45 e a mínima em 259,00 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação positiva de 370 pontos, com a libra a 267,90 centavos, sendo a máxima em 272,40 e a mínima em 262,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou alta de 32 dólares, com 2.590 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 31 dólares, com 2.626 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia na bolsa nova-iorquina foi marcado por ações modestas de compra na parte da manhã, com os preços conseguindo se manter acima de uma importante zona técnica do gráfico diário. Tal comportamento consegue se suceder desde abril, apesar das oscilações de baixa recente. Na parte da tarde, os ganhos se ampliaram e fortaleceram, ainda mais, essa posição acima do nível gráfico. Os analistas internacionais ressaltam que tal patamar, se rompido, poderia abrir espaço para novas quedas. Um nível importante de suporte é de 256,75 centavos, que tem potencial para "chamar" novas baixas, contudo, esse patamar não vem conseguindo ser testado.
Desde que bateu nos maiores níveis em quase 14 anos, no dia 3 de maio, os contratos futuros de café em Nova Iorque sofrem com a pressão vendedora. Naquele dia o contrato de julho bateu na máxima de 308,90 centavos por libra peso, sendo que no dia 20 de maio o recuo tinha feito com que os preços atingissem 258,60 centavos. Uma linha média de baixa foi observada no dia 11 de maio, quando a média móvel de dez dias ficou abaixo, inclusive do nível médio de 20 dias. Adicionalmente, no final da semana, passada, o julho também recuou para um nível inferior à média móvel de 100 dias, o que seria um indicativo baixista. No entanto, nas três últimas sessões o potencial vendedor do mercado demonstrou pouca força e o mercado conseguiu uma consolidação justamente acima do nível de suporte de 5 de abril, em 256,75 centavos por libra. "É muito importante que sigamos uma certa linha, caso isso não se efetive poderemos testar as baixas de abril", disse um trader. Segundo Paul Hare, vice-presidente executivo do Linn Group, é relevante a manutenção de uma linha acima do suporte. "Se o café vai abaixo dos 256,75 centavos nós vamos ter uma oscilação nessa linha gráfica média e poderemos cair rapidamente para uma área de 230,00 centavos", disse o especialista, que identifica uma resistência de curto prazo no patamar de 270,00 centavos para o julho. A linha gráfica Bollinger teve uma alta nas sessões recentes, refletindo a volatilidade atual do mercado. O julho estaria abaixo do linha média de suporte, mas acima do nível de baixa. "Se estivesse no mercado eu estaria liquidando algumas posições", ressaltou Hare.
Por outro lado, Spencer Patton, analista de negócios da Steel Vine Investments, indicou que o mercado sofreu uma forte oscilação nos últimos dias, com o julho variando mais de 15% para baixo. Segundo ele, uma "retração desse porte é indicativa de que já estamos em um quadro sobrevendido", disse. O
Vietnã deverá exportar neste mês de maio 110 mil toneladas métricas, o que significa 1,83 milhão de sacas. O volume é 12,7% inferior ao registrado em abril, segundo o Escritório Geral de Estatísticas. Esse órgão também revisou os números referentes aos embarques do país de abril, passando da estimativa inicial de 126 mil toneladas para 130 mil toneladas. Na safra, entre outubro de 2010 e o final de maio, os embarques atingem 987 mil sacas, com uma receita de 2,06 bilhões de dólares, contra 840 mil toneladas e 1,17 bilhão de dólares do mesmo período do ano anterior.
As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 24, somaram 1.503.738 sacas, contra 1.844.582 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.625 sacas indo para 1.663.771 sacas.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.223 lotes, com as opções tendo 4.464 calls e 5.047 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 269,45-269,50, 269,90-270,00, 270,50, 271,00, 271,50, 272,00 e 272,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 259,00, 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00, 256,50, 256,00, 255,50 e 255,10-255,00 centavos por libra.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Mercado de Café
Hencorp Commcor
O Mercado físico de café trabalhou o dia sem muitos negócios mesmo com essa forte alta que tivemos no mercado futuro, saindo negócios até R$ 530,00 para cafés com 15% de catação. Para cafés Safra 10/11 de R$ 520,00 a R$ 530,00, com 10% a 15% de catação, e para cafés com 15% a 20% de catação R$ 510,00 a 520,00 O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 337,65 com 7,20 de alta, totalizando um volume de 2.421 contratos. Saiu spread Set/Dez de -2,00 a -1,00;Set11/Set12 de -16,50 a -14,50. Observamos arbitragem Set/Set de -15,00 a -12,80; Set/Dez de -17,00 a -15,00; Dez/Dez de - 19,20 a -18,00. O mercado de Café na BMF teve uma abertura com uma leve alta, acompanhando o mercado de NY que tinha feito uma mínima a 259,00. Com um movimento de correção técnica e compra de fundos e especuladores, voltou a trabalhar nos níveis do 265,00. Aqui na BMF encontramos um volume maior de compra, por parte de vendidos de dias anteriores na expectativa do mercado dar continuidade ao movimento de baixa, mas com esta reversão de movimento do mercado em NY encontramos alguns stops justificando esta alta maior O mercado de café para o vencimento Julho/11 encerrou cotado a 264,85, com 365 pontos de alta, e range entre 259,00 e 269,45. Iniciando a sessão desta quarta-feira em tendência de queda, quando então o grão dava continuidade ao movimento assistido na sessão anterior, o café já registrou, com leve volume de vendas, sua mínima do dia a 259,00, perfazendo assim um fundo duplo em relação ao último movimento. Com certa defesa de compras, e leve compras de specs, a commodity voltou a apresentar apreciação, alcançando timidamente seus níveis de fechamento anterior. De acordo com relatório da Somar meteorologia divulgado hoje, há uma possibilidade da chegada de uma frente fria e massa de ar polar no cinturão cafeeiro nos sete primeiros dias de junho, fato que, ainda não confirmado, novas compras deram forte fôlego para o mercado buscar sua máxima anterior de 265,50 e posteriormente, com ativações de stops, a máxima do dia a 269,45. Perto do fechamento, parcialmente com moderada liquidação de specs, o café iniciou um movimento de depreciação, fechando o dia cotado a 264,85. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 280,10 / 267,30 e 231,80 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de maio (entre os dias 01 e 24) somam 1.503.738 sacas, uma variação negativa de 18,5% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Julho/11 encerrou cotado a 2590, com 32 pontos de alta, num range de 2544 e 2600
O Mercado físico de café trabalhou o dia sem muitos negócios mesmo com essa forte alta que tivemos no mercado futuro, saindo negócios até R$ 530,00 para cafés com 15% de catação. Para cafés Safra 10/11 de R$ 520,00 a R$ 530,00, com 10% a 15% de catação, e para cafés com 15% a 20% de catação R$ 510,00 a 520,00 O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Set/11 foi a US$ 337,65 com 7,20 de alta, totalizando um volume de 2.421 contratos. Saiu spread Set/Dez de -2,00 a -1,00;Set11/Set12 de -16,50 a -14,50. Observamos arbitragem Set/Set de -15,00 a -12,80; Set/Dez de -17,00 a -15,00; Dez/Dez de - 19,20 a -18,00. O mercado de Café na BMF teve uma abertura com uma leve alta, acompanhando o mercado de NY que tinha feito uma mínima a 259,00. Com um movimento de correção técnica e compra de fundos e especuladores, voltou a trabalhar nos níveis do 265,00. Aqui na BMF encontramos um volume maior de compra, por parte de vendidos de dias anteriores na expectativa do mercado dar continuidade ao movimento de baixa, mas com esta reversão de movimento do mercado em NY encontramos alguns stops justificando esta alta maior O mercado de café para o vencimento Julho/11 encerrou cotado a 264,85, com 365 pontos de alta, e range entre 259,00 e 269,45. Iniciando a sessão desta quarta-feira em tendência de queda, quando então o grão dava continuidade ao movimento assistido na sessão anterior, o café já registrou, com leve volume de vendas, sua mínima do dia a 259,00, perfazendo assim um fundo duplo em relação ao último movimento. Com certa defesa de compras, e leve compras de specs, a commodity voltou a apresentar apreciação, alcançando timidamente seus níveis de fechamento anterior. De acordo com relatório da Somar meteorologia divulgado hoje, há uma possibilidade da chegada de uma frente fria e massa de ar polar no cinturão cafeeiro nos sete primeiros dias de junho, fato que, ainda não confirmado, novas compras deram forte fôlego para o mercado buscar sua máxima anterior de 265,50 e posteriormente, com ativações de stops, a máxima do dia a 269,45. Perto do fechamento, parcialmente com moderada liquidação de specs, o café iniciou um movimento de depreciação, fechando o dia cotado a 264,85. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 280,10 / 267,30 e 231,80 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de maio (entre os dias 01 e 24) somam 1.503.738 sacas, uma variação negativa de 18,5% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Julho/11 encerrou cotado a 2590, com 32 pontos de alta, num range de 2544 e 2600
Governo simplifica devolução de créditos aos exportadores
Governo simplifica devolução de créditos aos exportadores
O governo publicou nesta quarta-feira portaria no DOU (Diário Oficial da União) que simplifica a devolução de créditos como PIS, Cofins e IPI aos exportadores. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), essa já era uma demanda antiga das empresas exportadoras. "Nos estamos tentando estabelecer um mecanismo automático de devolução de crédito, é uma demanda do setor. Isto barateia o custo das exportações. O que nós estamos fazendo agora é simplificando", afirmou Mantega. De acordo com o ministro, a nova portaria permite que a empresa que no último ano efetuou exportações a partir de 10% do seu faturamento bruto tenha direito ao crédito. Antes, o ressarcimento só era concedido às empresas que exportassem acima de 15% da sua receita bruta total e nos últimos dois anos. Outra alteração feita pelo governo é a ampliação do prazo para devolução dos créditos. Agora, as empresas poderão solicitar o ressarcimento de créditos apurados desde janeiro de 2009. Na legislação anterior, a devolução só ocorria nos créditos apurados a partir de abril de 2010. Segundo Mantega, as empresas que pediram o ressarcimento dos impostos pagos poderão recebê-los em até 60 dias. Para o ministro, isso irá trazer um "alívio" ao exportador. "Os créditos serão liberados em 60 dias, de forma quase automática. Isso é um alívio para o exportador que tradicionalmente ficava muitos anos para ter a devolução do crédito porque o sistema que estava implantado no passado era assim", disse
O governo publicou nesta quarta-feira portaria no DOU (Diário Oficial da União) que simplifica a devolução de créditos como PIS, Cofins e IPI aos exportadores. Segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), essa já era uma demanda antiga das empresas exportadoras. "Nos estamos tentando estabelecer um mecanismo automático de devolução de crédito, é uma demanda do setor. Isto barateia o custo das exportações. O que nós estamos fazendo agora é simplificando", afirmou Mantega. De acordo com o ministro, a nova portaria permite que a empresa que no último ano efetuou exportações a partir de 10% do seu faturamento bruto tenha direito ao crédito. Antes, o ressarcimento só era concedido às empresas que exportassem acima de 15% da sua receita bruta total e nos últimos dois anos. Outra alteração feita pelo governo é a ampliação do prazo para devolução dos créditos. Agora, as empresas poderão solicitar o ressarcimento de créditos apurados desde janeiro de 2009. Na legislação anterior, a devolução só ocorria nos créditos apurados a partir de abril de 2010. Segundo Mantega, as empresas que pediram o ressarcimento dos impostos pagos poderão recebê-los em até 60 dias. Para o ministro, isso irá trazer um "alívio" ao exportador. "Os créditos serão liberados em 60 dias, de forma quase automática. Isso é um alívio para o exportador que tradicionalmente ficava muitos anos para ter a devolução do crédito porque o sistema que estava implantado no passado era assim", disse
Indústria de café prevê disputa por grãos finos e aumento de preço
Indústria de café prevê disputa por grãos finos e aumento de preço
A baixa oferta de cafés mais finos no mundo pode levar a indústria nacional a ter de disputar o produto com exportadores, em pleno início da colheita da safra brasileira. O resultado deve ser uma valorização do grão, com possíveis reajustes de preço no varejo. – Pode acontecer uma alta de preço em plena época de colheita da safra brasileira, como já ocorrido no ano passado – disse o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), Nathan Herszkowicz. De acordo com ele, a redução da oferta global é consequência da frustração de safra nos últimos anos em importantes países produtores da América, como Colômbia, e também da África. Ao mesmo tempo, a demanda por grãos arábica tem crescido. Estima-se que a saca de 60 quilos de café tipo exportação paga ao produtor subiu pouco mais de 100% nos últimos 12 meses, saltando de R$ 260 para cerca de R$ 540 a saca. – A indústria, no entanto, não repassou tudo isso. O ideal seria um aumento médio de 70%. Mas o reajuste ficou entre 6% e 10% no período, dependendo da região e da marca do café – afirma. Até agora, as indústrias têm conseguido se abastecer, evitando elevados reajustes de preço, por meio da utilização de estoques e composição de blends com grãos robusta e outros tipos de arábica, que não se valorizaram tanto nos últimos 12 meses. – A aplicação de boa técnica industrial, com uso seletivo de robusta e alguns arábicas mais fracos, permitiu manter a qualidade do produto final, sem elevação dos custos – explicou. Conforme Nathan, entre 60% e 65% do custo total da indústria é representado pela matéria prima. A expectativa agora é que o café arábica fino do Brasil continue demandado no mundo. Ocorre, porém, que a safra brasileira este ano será menor do que a do ano passado e o produtor está mais cuidadoso nos trabalhos de colheita, esperando os grãos alcançarem o ponto ideal de maturação. – A tendência é que a indústria tenha à disposição uma menor oferta de arábica mais fraco – observa. Em algum momento, portanto, o setor pode ter de disputar com o exportador o grão fino na base de quem oferecer o melhor preço. – E as cotações do café devem continuar firmes pelo menos até o primeiro quadrimestre de 2012 – prevê. Nathan ressalta que há cerca de três ou quatro anos os produtores de café enfrentaram longo ciclo de baixas cotações, inclusive recebendo valores que não cobriam o custo de produção. – A própria indústria também foi prejudicada porque o café custou a se valorizar, implicando dificuldades como baixo investimento, ausência de lançamentos de produtos, pouca aplicação de tecnologia e avanço das grandes torrefadoras sobre as menores – explica. Consumo A Abic deve divulgar na quinta, dia 26, uma pesquisa sobre consumo de café no país. O resultado deve confirmar dados de 2010, os quais revelam que o produto é consumido por cerca de 97% da população adulta. Além disso, o consumo fora do lar continua em crescimento, assim como entre os mais jovens. O consumo também está mais seletivo, ou seja, a população tem saído do óbvio, demandando grãos especiais, tipo gourmet, certificados, entre outros. – Esse item era um traço em pesquisas anteriores e agora já representa um número, mesmo que pequeno – conclui Nathan.
A baixa oferta de cafés mais finos no mundo pode levar a indústria nacional a ter de disputar o produto com exportadores, em pleno início da colheita da safra brasileira. O resultado deve ser uma valorização do grão, com possíveis reajustes de preço no varejo. – Pode acontecer uma alta de preço em plena época de colheita da safra brasileira, como já ocorrido no ano passado – disse o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic), Nathan Herszkowicz. De acordo com ele, a redução da oferta global é consequência da frustração de safra nos últimos anos em importantes países produtores da América, como Colômbia, e também da África. Ao mesmo tempo, a demanda por grãos arábica tem crescido. Estima-se que a saca de 60 quilos de café tipo exportação paga ao produtor subiu pouco mais de 100% nos últimos 12 meses, saltando de R$ 260 para cerca de R$ 540 a saca. – A indústria, no entanto, não repassou tudo isso. O ideal seria um aumento médio de 70%. Mas o reajuste ficou entre 6% e 10% no período, dependendo da região e da marca do café – afirma. Até agora, as indústrias têm conseguido se abastecer, evitando elevados reajustes de preço, por meio da utilização de estoques e composição de blends com grãos robusta e outros tipos de arábica, que não se valorizaram tanto nos últimos 12 meses. – A aplicação de boa técnica industrial, com uso seletivo de robusta e alguns arábicas mais fracos, permitiu manter a qualidade do produto final, sem elevação dos custos – explicou. Conforme Nathan, entre 60% e 65% do custo total da indústria é representado pela matéria prima. A expectativa agora é que o café arábica fino do Brasil continue demandado no mundo. Ocorre, porém, que a safra brasileira este ano será menor do que a do ano passado e o produtor está mais cuidadoso nos trabalhos de colheita, esperando os grãos alcançarem o ponto ideal de maturação. – A tendência é que a indústria tenha à disposição uma menor oferta de arábica mais fraco – observa. Em algum momento, portanto, o setor pode ter de disputar com o exportador o grão fino na base de quem oferecer o melhor preço. – E as cotações do café devem continuar firmes pelo menos até o primeiro quadrimestre de 2012 – prevê. Nathan ressalta que há cerca de três ou quatro anos os produtores de café enfrentaram longo ciclo de baixas cotações, inclusive recebendo valores que não cobriam o custo de produção. – A própria indústria também foi prejudicada porque o café custou a se valorizar, implicando dificuldades como baixo investimento, ausência de lançamentos de produtos, pouca aplicação de tecnologia e avanço das grandes torrefadoras sobre as menores – explica. Consumo A Abic deve divulgar na quinta, dia 26, uma pesquisa sobre consumo de café no país. O resultado deve confirmar dados de 2010, os quais revelam que o produto é consumido por cerca de 97% da população adulta. Além disso, o consumo fora do lar continua em crescimento, assim como entre os mais jovens. O consumo também está mais seletivo, ou seja, a população tem saído do óbvio, demandando grãos especiais, tipo gourmet, certificados, entre outros. – Esse item era um traço em pesquisas anteriores e agora já representa um número, mesmo que pequeno – conclui Nathan.
SAFRAS & MERCADO ESTIMA PRODUÇÃO 2011/12 EM 47,7 MILÕES DE SACAS
SAFRAS & MERCADO ESTIMA PRODUÇÃO 2011/12 EM 47,7 MILÕES DE SACAS
A safra brasileira de café 2011/12 deve ficar em 47,7
milhões de sacas de 60 quilos. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS &
Mercado para a safra que está em fase inicial de colheita, realizada através
de um levantamento junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e
secretarias de agricultura, exportadores e indústrias, entre outros órgãos
das regiões produtoras de café do Brasil. Já a produção 2010/11 foi
ligeiramente revisada para baixo por SAFRAS, de 54,6 milhões de sacas para 54,1
milhões de sacas. Ainda assim, trata-se do recorde para a produção nacional
de café.
Na comparação entre a safra 2011/10 e 2010/11, SAFRAS projeta, portanto,
uma redução na produção de 12%.
A produção total de arábica 2011/12 foi indicada em 35,0 milhões de
sacas, com queda de 16% sobre 2010/11 (41,6 milhões de sacas). Já a safra
2011/12 de conillon foi colocada em 12,7 milhões de sacas, devendo ter
incremento de 2% na comparação com 2010/11 (12,5 milhões de sacas).
A safra brasileira de café 2011/12 deve ficar em 47,7
milhões de sacas de 60 quilos. É o que aponta a primeira sondagem de SAFRAS &
Mercado para a safra que está em fase inicial de colheita, realizada através
de um levantamento junto a produtores, agrônomos, técnicos, cooperativas e
secretarias de agricultura, exportadores e indústrias, entre outros órgãos
das regiões produtoras de café do Brasil. Já a produção 2010/11 foi
ligeiramente revisada para baixo por SAFRAS, de 54,6 milhões de sacas para 54,1
milhões de sacas. Ainda assim, trata-se do recorde para a produção nacional
de café.
Na comparação entre a safra 2011/10 e 2010/11, SAFRAS projeta, portanto,
uma redução na produção de 12%.
A produção total de arábica 2011/12 foi indicada em 35,0 milhões de
sacas, com queda de 16% sobre 2010/11 (41,6 milhões de sacas). Já a safra
2011/12 de conillon foi colocada em 12,7 milhões de sacas, devendo ter
incremento de 2% na comparação com 2010/11 (12,5 milhões de sacas).
Vendas de fertilizantes disparam em abril e podem bater recorde este ano
Vendas de fertilizantes disparam em abril e podem bater recorde este ano
Impulsionada por uma das mais rentáveis colheitas de verão de todos os tempos
no país, a demanda doméstica por fertilizantes confirmou as expectativas das
empresas do segmento e disparou em abril. Conforme a Associação Nacional para
Difusão de Adubos (Anda), as entregas das misturadoras às revendas somaram 1,4
milhão de toneladas, quase 24% mais que no mesmo mês do ano passado, e
reforçaram as perspectivas de que um novo recorde histórico anual poderá ser
batido em 2011.
De janeiro a abril, aponta a entidade, as entregas das misturadoras - empresas
que fabricam os produtos finais comprados pelos agricultores - alcançaram 6,4
milhões de toneladas, pouco mais de 14% acima do volume registrado em igual
intervalo de 2010. "Como o mercado continua promissor para os grãos, as vendas
de fertilizantes tendem a superar 25 milhões de toneladas este ano, o que seria
um novo recorde", diz Rafael Ribeiro de Lima Filho, da Scot Consultoria.
Apesar do bom ritmo de comercialização, em grande medida alimentado pelas
elevadas margens de lucro obtidas pelos agricultores com as recentes colheitas
de grãos da safra 2010/11, que já estão na reta final, as compras antecipadas
para a temporada de verão do ciclo 2011/12, que começará a ser plantada em
setembro estão mais lentas do que o inicialmente previsto.
Segundo Lima Filho, aquecida mesmo, no primeiro quadrimestre em geral e em
abril em particular, estive a demanda para a semeadura das culturas de inverno
da safra 2010/11, para o plantio de algodão e para cana. "É claro que houve
alguma antecipação para o próximo verão [a expectativa é que a área plantada
aumente], mas nesta frente as aquisições começaram a aumentar com mais força
neste mês de maio".
Esse movimento, realça o analista, pode ser comprovado pelo comportamento dos
preços dos principais insumos. Tanto os fertilizantes derivados do fosfato, do
potássio e do nitrogênio vinham em alta progressiva até abril e pararam de
subir no início de maio. A expectativa, agora, é que as curvas de valorizações
sejam retomadas. Mesmo assim, as vendas em 2011 deverão confirmar o padrão
histórico de serem mais concentradas no segundo semestre do ano.
Com a preciosa "ajuda" do câmbio, como destaca Lima Filho, a demanda em alta
vem estimulando uma disparada nas importações do insumo. Os números da Anda
mostram que, enquanto a produção nacional de fertilizantes intermediários
cresceu apenas 1,5% no primeiro quadrimestre, para 2,8 milhões de toneladas, as
importações aumentaram 57,6% e atingiram 5,6 milhões de toneladas.
A dependência brasileira de adubos importados normalmente gira em torno de 65%
a 70%. De janeiro a abril deste ano, as importações representaram mais de 87%
das entregas. É claro que há estoques e que boa parte dos produtos que entraram
no país nos últimos meses ainda serão comercializados nos próximos meses,
quando a produção nacional deverá aumentar de acordo com um "mix" feito pelas
misturadoras para preservar suas próprias rentabilidades.
Maior fabricante nacional da matérias-primas para a produção de fertilizantes,
a Vale Fertilizantes espelha bem esse movimento de vendas. No primeiro
trimestre, mostra o balanço da empresa, sua produção de fosfatados de alta
concentração cresceu 5,4% em relação a igual intervalo de 2010, mas as vendas
recuaram 12,9%. No caso dos produtos nitrogenados, o comportamento de produção
e vendas foi semelhante, mas nem por isso a companhia está desanimada.
"O início de 2011 marcou a continuidade da forte demanda por fertilizantes
tanto no mercado internacional quanto no doméstico. A manutenção da demanda em
níveis altos continua sendo capitaneada pela alta dos preços das commodities
agrícolas que, ao elevar a rentabilidade dos produtores, impulsiona a demanda e
o preço dos insumos. Os níveis extremamente baixos de estoques para todos os
três nutrientes evidenciam o aquecimento do mercado, que impulsiona a
utilização de fertilizantes para aumento de produtividade das lavouras",
informa a Vale Fertilizantes em seu balanço do primeiro trimestre de 2011.
No intervalo, a empresa reportou que investiu, no total, R$ 156 milhões, o que
representou incrementos de 9,9% em relação ao último trimestre de 2010 (R$ 142
milhões) e de 21,9% sobre o período de janeiro e março do ano passado. A Vale
Fertilizantes registrou receita operacional líquida de R$ 946 milhões no
primeiro trimestre de 2011, 70% mais que em igual intervalo de 2010. O lucro
líquido da subsidiária da mineradora foi de R$ 114 milhões.
Impulsionada por uma das mais rentáveis colheitas de verão de todos os tempos
no país, a demanda doméstica por fertilizantes confirmou as expectativas das
empresas do segmento e disparou em abril. Conforme a Associação Nacional para
Difusão de Adubos (Anda), as entregas das misturadoras às revendas somaram 1,4
milhão de toneladas, quase 24% mais que no mesmo mês do ano passado, e
reforçaram as perspectivas de que um novo recorde histórico anual poderá ser
batido em 2011.
De janeiro a abril, aponta a entidade, as entregas das misturadoras - empresas
que fabricam os produtos finais comprados pelos agricultores - alcançaram 6,4
milhões de toneladas, pouco mais de 14% acima do volume registrado em igual
intervalo de 2010. "Como o mercado continua promissor para os grãos, as vendas
de fertilizantes tendem a superar 25 milhões de toneladas este ano, o que seria
um novo recorde", diz Rafael Ribeiro de Lima Filho, da Scot Consultoria.
Apesar do bom ritmo de comercialização, em grande medida alimentado pelas
elevadas margens de lucro obtidas pelos agricultores com as recentes colheitas
de grãos da safra 2010/11, que já estão na reta final, as compras antecipadas
para a temporada de verão do ciclo 2011/12, que começará a ser plantada em
setembro estão mais lentas do que o inicialmente previsto.
Segundo Lima Filho, aquecida mesmo, no primeiro quadrimestre em geral e em
abril em particular, estive a demanda para a semeadura das culturas de inverno
da safra 2010/11, para o plantio de algodão e para cana. "É claro que houve
alguma antecipação para o próximo verão [a expectativa é que a área plantada
aumente], mas nesta frente as aquisições começaram a aumentar com mais força
neste mês de maio".
Esse movimento, realça o analista, pode ser comprovado pelo comportamento dos
preços dos principais insumos. Tanto os fertilizantes derivados do fosfato, do
potássio e do nitrogênio vinham em alta progressiva até abril e pararam de
subir no início de maio. A expectativa, agora, é que as curvas de valorizações
sejam retomadas. Mesmo assim, as vendas em 2011 deverão confirmar o padrão
histórico de serem mais concentradas no segundo semestre do ano.
Com a preciosa "ajuda" do câmbio, como destaca Lima Filho, a demanda em alta
vem estimulando uma disparada nas importações do insumo. Os números da Anda
mostram que, enquanto a produção nacional de fertilizantes intermediários
cresceu apenas 1,5% no primeiro quadrimestre, para 2,8 milhões de toneladas, as
importações aumentaram 57,6% e atingiram 5,6 milhões de toneladas.
A dependência brasileira de adubos importados normalmente gira em torno de 65%
a 70%. De janeiro a abril deste ano, as importações representaram mais de 87%
das entregas. É claro que há estoques e que boa parte dos produtos que entraram
no país nos últimos meses ainda serão comercializados nos próximos meses,
quando a produção nacional deverá aumentar de acordo com um "mix" feito pelas
misturadoras para preservar suas próprias rentabilidades.
Maior fabricante nacional da matérias-primas para a produção de fertilizantes,
a Vale Fertilizantes espelha bem esse movimento de vendas. No primeiro
trimestre, mostra o balanço da empresa, sua produção de fosfatados de alta
concentração cresceu 5,4% em relação a igual intervalo de 2010, mas as vendas
recuaram 12,9%. No caso dos produtos nitrogenados, o comportamento de produção
e vendas foi semelhante, mas nem por isso a companhia está desanimada.
"O início de 2011 marcou a continuidade da forte demanda por fertilizantes
tanto no mercado internacional quanto no doméstico. A manutenção da demanda em
níveis altos continua sendo capitaneada pela alta dos preços das commodities
agrícolas que, ao elevar a rentabilidade dos produtores, impulsiona a demanda e
o preço dos insumos. Os níveis extremamente baixos de estoques para todos os
três nutrientes evidenciam o aquecimento do mercado, que impulsiona a
utilização de fertilizantes para aumento de produtividade das lavouras",
informa a Vale Fertilizantes em seu balanço do primeiro trimestre de 2011.
No intervalo, a empresa reportou que investiu, no total, R$ 156 milhões, o que
representou incrementos de 9,9% em relação ao último trimestre de 2010 (R$ 142
milhões) e de 21,9% sobre o período de janeiro e março do ano passado. A Vale
Fertilizantes registrou receita operacional líquida de R$ 946 milhões no
primeiro trimestre de 2011, 70% mais que em igual intervalo de 2010. O lucro
líquido da subsidiária da mineradora foi de R$ 114 milhões.
Casino desconhecia negociações do Pão de Açúcar
Casino desconhecia negociações do Pão de Açúcar
As conversas, mesmo que iniciais, sobre um possível negócio com o Carrefour
podem azedar a relação entre os co-controladores do Pão de Açúcar, a rede
varejista francesa Casino e o empresário Abílio Diniz.
O Casino não foi informado pelo sócio brasileiro a respeito do início das
tratativas. De acordo com pessoas envolvidas nas negociações, somente no
domingo à noite Abílio Diniz enviou uma breve comunicação ao sócio afirmando
que as informações que circulavam na imprensa francesa eram verdadeiras. O
jornal local "Le Journal du Dimanche" informava na edição daquele domingo sobre
as conversas.
O Casino se mostrou decepcionado com a negligência do Pão de Açúcar - de não
informar sobre o diálogo com a rival também francesa Carrefour - e está
disposto a não aprovar uma eventual transação, caso haja sucesso no diálogo.
O jornal francês Le Figaro noticiou que o presidente do Casino, Jean-Charles
Naouri, não gostou da existência das tratativas. "O Casino nunca foi informado
da existência de tais negociações, apesar de os acordos que nos unem ao grupo
Diniz", escreveu ele ao Carrefour, segundo o jornal.
Há um acordo de acionistas no Pão de Açúcar regulando os votos de Abílio Diniz
e Casino. Não há como um negócio ir adiante sem que o aval de ambos. Há
disposição, em último caso, de levar o debate à Justiça, caso seja necessário.
Os sócios agora estão cada um de seu lado aguardando contato da outra parte. De
um lado, Casino espera ser chamado para a conversa para tomar conhecimento do
que está sendo tratado, a fim de corrigir o "vício ético" da negociação,
conforme definiu uma fonte próxima ao grupo francês. Do outro, Pão de Açúcar
está na expectativa de que o sócio entre em contato em busca de informações.
Segundo pessoas ligadas ao Pão de Açúcar, tradicionalmente, nas demais
operações, o Casino só se envolvia quando a transação estava avançada e
praticamente definida. Assim, houve surpresa nessa reação e reprovação do
sócio.
As conversas entre Carrefour e Pão de Açúcar começaram há cerca de um mês.
Entretanto, no atual estágio só há representantes contratados estudando o
negócio. O empresário Abílio Diniz ainda não estaria diretamente envolvido.
As conversas, mesmo que iniciais, sobre um possível negócio com o Carrefour
podem azedar a relação entre os co-controladores do Pão de Açúcar, a rede
varejista francesa Casino e o empresário Abílio Diniz.
O Casino não foi informado pelo sócio brasileiro a respeito do início das
tratativas. De acordo com pessoas envolvidas nas negociações, somente no
domingo à noite Abílio Diniz enviou uma breve comunicação ao sócio afirmando
que as informações que circulavam na imprensa francesa eram verdadeiras. O
jornal local "Le Journal du Dimanche" informava na edição daquele domingo sobre
as conversas.
O Casino se mostrou decepcionado com a negligência do Pão de Açúcar - de não
informar sobre o diálogo com a rival também francesa Carrefour - e está
disposto a não aprovar uma eventual transação, caso haja sucesso no diálogo.
O jornal francês Le Figaro noticiou que o presidente do Casino, Jean-Charles
Naouri, não gostou da existência das tratativas. "O Casino nunca foi informado
da existência de tais negociações, apesar de os acordos que nos unem ao grupo
Diniz", escreveu ele ao Carrefour, segundo o jornal.
Há um acordo de acionistas no Pão de Açúcar regulando os votos de Abílio Diniz
e Casino. Não há como um negócio ir adiante sem que o aval de ambos. Há
disposição, em último caso, de levar o debate à Justiça, caso seja necessário.
Os sócios agora estão cada um de seu lado aguardando contato da outra parte. De
um lado, Casino espera ser chamado para a conversa para tomar conhecimento do
que está sendo tratado, a fim de corrigir o "vício ético" da negociação,
conforme definiu uma fonte próxima ao grupo francês. Do outro, Pão de Açúcar
está na expectativa de que o sócio entre em contato em busca de informações.
Segundo pessoas ligadas ao Pão de Açúcar, tradicionalmente, nas demais
operações, o Casino só se envolvia quando a transação estava avançada e
praticamente definida. Assim, houve surpresa nessa reação e reprovação do
sócio.
As conversas entre Carrefour e Pão de Açúcar começaram há cerca de um mês.
Entretanto, no atual estágio só há representantes contratados estudando o
negócio. O empresário Abílio Diniz ainda não estaria diretamente envolvido.
Guru americano aposta em ações
Guru americano aposta em ações
Barton Biggs, gestor de fundo hedge que comprou ações quando o mercado estava
em seu ponto mais baixo, em março de 2009, disse que está otimista com as ações
americanas e que gosta de papéis do setor industrial, apesar de a economia
global estar desacelerando.
"As economias americana e mundial estão claramente desacelerando muito
significativamente", disse Biggs, responsável pelo Traxis Partners LP, de Nova
York. "Já estão surgindo os pessimistas, que acreditam que vamos escorregar
para uma correção suave na melhor das hipóteses ou talvez num duplo mergulho,
na pior das hipóteses", afirmou. "Eu não acho que isso está certo".
Biggs vê com bons olhos empresas como Caterpillar Inc. e Deere & Co. porque o
crescimento de seus lucros continuam a exceder as expectativas e a demanda por
equipamentos agrícolas e para construção permanece forte. "Eu não vejo
problemas com a Deere e a Caterpillar e as grandes empresas industriais
americanas, e, em termos de avaliação, elas ainda estão razoáveis", ele disse.
O Indice Standard & Poor's 500 (S&P 500) subiu para quase o nível mais alto em
três anos no último pregão de abril. Desde aquele ponto, tombou 3,4% até
anteontem, com dados econômicos abaixo das estimativas dos analistas e
investidores se preparando para o fim do programa de compra de bônus de US$ 600
bilhões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o chamado
"quantitative easing" 2, no fim de junho. O S&P 500 subiu 4,8% desde o fim de
2010 até anteontem, em meio a medidas de estímulos do governo e lucros maiores
que os estimados.
Biggs, que gerencia US$ 1,3 bilhão, disse na semana passada que investidores
estão reagindo de forma exagerada aos dados econômicos negativos, como a crise
da dívida soberana na Europa, números do mercado imobiliários e redução de
estímulos pelo Fed. A construção de casas nos Estados Unidos caiu
inesperadamente em abril, com inundações e tornados no sul do país parando
construções, disse o Departamento do Comércio no último dia 17. Esses problemas
serão resolvidos, enquanto o mercado americano permanece razoavelmente com o
preço ajustado de acordo com os lucros para o próximo ano.
"E eu também ainda acredito nos mercados emergentes, particularmente na Ásia",
disse Biggs. "A China vai ter um excelente mercado acionário no segundo
semestre deste ano, apesar de talvez ter mais um ou dois apertos monetários à
frente". Segundo Biggs, a China não vai crescer 10% ou 11% ao ano, mas 7% ou
8%, com uma taxa de inflação moderada. "Mas eu não vejo nada que nos impeça de
encontrar um monte de empresas atrativas", disse.
Barton Biggs, gestor de fundo hedge que comprou ações quando o mercado estava
em seu ponto mais baixo, em março de 2009, disse que está otimista com as ações
americanas e que gosta de papéis do setor industrial, apesar de a economia
global estar desacelerando.
"As economias americana e mundial estão claramente desacelerando muito
significativamente", disse Biggs, responsável pelo Traxis Partners LP, de Nova
York. "Já estão surgindo os pessimistas, que acreditam que vamos escorregar
para uma correção suave na melhor das hipóteses ou talvez num duplo mergulho,
na pior das hipóteses", afirmou. "Eu não acho que isso está certo".
Biggs vê com bons olhos empresas como Caterpillar Inc. e Deere & Co. porque o
crescimento de seus lucros continuam a exceder as expectativas e a demanda por
equipamentos agrícolas e para construção permanece forte. "Eu não vejo
problemas com a Deere e a Caterpillar e as grandes empresas industriais
americanas, e, em termos de avaliação, elas ainda estão razoáveis", ele disse.
O Indice Standard & Poor's 500 (S&P 500) subiu para quase o nível mais alto em
três anos no último pregão de abril. Desde aquele ponto, tombou 3,4% até
anteontem, com dados econômicos abaixo das estimativas dos analistas e
investidores se preparando para o fim do programa de compra de bônus de US$ 600
bilhões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o chamado
"quantitative easing" 2, no fim de junho. O S&P 500 subiu 4,8% desde o fim de
2010 até anteontem, em meio a medidas de estímulos do governo e lucros maiores
que os estimados.
Biggs, que gerencia US$ 1,3 bilhão, disse na semana passada que investidores
estão reagindo de forma exagerada aos dados econômicos negativos, como a crise
da dívida soberana na Europa, números do mercado imobiliários e redução de
estímulos pelo Fed. A construção de casas nos Estados Unidos caiu
inesperadamente em abril, com inundações e tornados no sul do país parando
construções, disse o Departamento do Comércio no último dia 17. Esses problemas
serão resolvidos, enquanto o mercado americano permanece razoavelmente com o
preço ajustado de acordo com os lucros para o próximo ano.
"E eu também ainda acredito nos mercados emergentes, particularmente na Ásia",
disse Biggs. "A China vai ter um excelente mercado acionário no segundo
semestre deste ano, apesar de talvez ter mais um ou dois apertos monetários à
frente". Segundo Biggs, a China não vai crescer 10% ou 11% ao ano, mas 7% ou
8%, com uma taxa de inflação moderada. "Mas eu não vejo nada que nos impeça de
encontrar um monte de empresas atrativas", disse.
Market international coffee today
Market international coffee today
Colombians, UGQ, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 20¢ to 22¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 24¢ to 28¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 12¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 17¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for June shipment from 15¢ to 14¢ under July “C,” and offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for June shipment from 3¢ to 5¢ over July London.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June crossing from 7¢ over July “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 5¢ to 6¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 7¢ to 8¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $9 to $10 over, per 46 kilos, the relevant months “C,”
and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $27 to $28 over, per 46 kilos, the relevant months “C,”
and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $32 to $34 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $13 to $14 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for June/July/Aug. equal shipment were offered FOB from $16 to $17 the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $1 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $6 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment, per 46 kilos, from $2 under the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June shipment from 15¢ over July London. Vietnam robustas, grade 1, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June shipment from 8¢ over July London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Colombians, UGQ, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 20¢ to 22¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for June through Nov. equal shipment from 24¢ to 28¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 12¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for July through Dec. equal shipment from 17¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for June shipment from 15¢ to 14¢ under July “C,” and offered FOB for July through Dec. equal shipment from 27¢ to 25¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for June shipment from 3¢ to 5¢ over July London.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for June crossing from 7¢ over July “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 5¢ to 6¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for June/July/Aug. equal shipment from 7¢ to 8¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $9 to $10 over, per 46 kilos, the relevant months “C,”
and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $17 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $27 to $28 over, per 46 kilos, the relevant months “C,”
and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $32 to $34 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $7 over the relevant months “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $13 to $14 over per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment from $17 over, per 46 kilos, the relevant months “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for June/July/Aug. equal shipment were offered FOB from $16 to $17 the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $1 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for June/July/Aug. equal shipment from $6 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for June/July/Aug. equal shipment, per 46 kilos, from $2 under the relevant months “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for June shipment from 15¢ over July London. Vietnam robustas, grade 1, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for June shipment from 8¢ over July London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for June shipment from 10¢ over July London.
Petróleo voltará a US$ 120, dizem bancos
Petróleo voltará a US$ 120, dizem bancos
Após período de "ajuste" nos preços, instituições recomendam compra diante de perspectiva de oferta apertada
Para 2012, estimativas chegam a US$ 140; mercado reage e preço do barril tem alta de 2% em Londres
Dois grandes bancos de investimento elevaram, ontem, as suas estimativas para o preço do petróleo neste e no próximo anos.
Apesar de incerto no curto prazo, o cenário é de oferta apertada, o que elevará as cotações, segundo analistas do Goldman Sachs e do Morgan Stanley.
Pouco mais de um mês após prever que o barril do tipo Brent cairia de US$ 120 para US$ 105, o Goldman agora estima que ele voltará aos US$ 120 neste ano.
A previsão para os próximos 12 meses passou de US$ 107 para US$ 130 e a expectativa para o fim de 2012 foi de US$ 120 para US$ 140.
O Goldman considera que a recente queda de preços -em 30 dias o Brent perdeu 9%- trouxe as commodities a nível mais condizente com o crescimento econômico.
Mas isso não significa menor demanda por óleo. A avaliação é que as cotações estavam influenciadas pela expectativa de um choque de oferta devido às tensões no Oriente Médio e na África.
"Apesar de a economia ter desacelerado para um ritmo mais lento, mas sustentável, esperamos que o crescimento econômico seja suficiente para deixar a relação entre oferta e demanda apertada no segundo semestre deste ano, provocando preços mais altos", diz o banco.
O Morgan também aumentou a sua estimativa para o Brent para US$ 120 em 2011 e US$ 130 por barril em 2012 -as projeções anteriores eram de US$ 100 e US$ 105, respectivamente.
Além do aumento da demanda pelos emergentes, o banco cita a ausência da produção da Líbia como fator de alta. Sem um aumento da produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), os estoques cairão no segundo semestre.
O Goldman Sachs acrescenta que, com a Líbia fora do mercado, a capacidade de produção excedente da Opep chegará à exaustão no início do próximo ano.
EFEITOS
As recomendações de compra pelos dois bancos resultaram em aumento de preço do Brent, que fechou em alta de 2,21%, a US$ 112,53. O WTI avançou 1,93% e atingiu US$ 99,59 por barril.
O preço mais alto do petróleo contribuirá para um crescimento econômico mais modesto na China. Em outro relatório, ontem, o Goldman Sachs cortou a previsão para o PIB chinês de 10% para 9,4% em 2011 e de 9,5% para 9,2% em 2012.
Empresas são acusadas de manipular preço
A Comissão de Negócios com Contratos Futuros de Commodities (CFTC, em inglês) -órgão dos EUA que fiscaliza os negócios no mercado futuro- acusou ontem dois traders (corretores) e suas empregadoras de manipular preços do petróleo em 2008, quando o tipo WTI chegou a US$ 147 por barril.
As empresas envolvidas são a americana Parnon Energy e Arcadia Petroleum. Os acusados teriam obtido lucro ilegal superior a US$ 50 milhões com a manipulação de contratos futuros.
A decisão da CFTC acontece no momento em que a fiscalização sobre o mercado de commodities, especialmente na área de energia, tornou-se um assunto político nos EUA.
Em documento divulgado anteontem, um grupo de democratas pediu que o Congresso coloque limites aos especuladores no mercado de petróleo, que acumula alta de 58% em 12 meses.
"Debater a especulação excessiva oferece a oportunidade mais significativa de reduzir o preço da gasolina para os consumidores americanos", diz o documento.
Segundo o Goldman Sachs, o preço da gasolina no atacado atingiu o maior preço da história na semana passada nos EUA. Com eleições no próximo ano, o combate à alta do combustível ganhou espaço na pauta do Congresso norte-americano.
Após período de "ajuste" nos preços, instituições recomendam compra diante de perspectiva de oferta apertada
Para 2012, estimativas chegam a US$ 140; mercado reage e preço do barril tem alta de 2% em Londres
Dois grandes bancos de investimento elevaram, ontem, as suas estimativas para o preço do petróleo neste e no próximo anos.
Apesar de incerto no curto prazo, o cenário é de oferta apertada, o que elevará as cotações, segundo analistas do Goldman Sachs e do Morgan Stanley.
Pouco mais de um mês após prever que o barril do tipo Brent cairia de US$ 120 para US$ 105, o Goldman agora estima que ele voltará aos US$ 120 neste ano.
A previsão para os próximos 12 meses passou de US$ 107 para US$ 130 e a expectativa para o fim de 2012 foi de US$ 120 para US$ 140.
O Goldman considera que a recente queda de preços -em 30 dias o Brent perdeu 9%- trouxe as commodities a nível mais condizente com o crescimento econômico.
Mas isso não significa menor demanda por óleo. A avaliação é que as cotações estavam influenciadas pela expectativa de um choque de oferta devido às tensões no Oriente Médio e na África.
"Apesar de a economia ter desacelerado para um ritmo mais lento, mas sustentável, esperamos que o crescimento econômico seja suficiente para deixar a relação entre oferta e demanda apertada no segundo semestre deste ano, provocando preços mais altos", diz o banco.
O Morgan também aumentou a sua estimativa para o Brent para US$ 120 em 2011 e US$ 130 por barril em 2012 -as projeções anteriores eram de US$ 100 e US$ 105, respectivamente.
Além do aumento da demanda pelos emergentes, o banco cita a ausência da produção da Líbia como fator de alta. Sem um aumento da produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), os estoques cairão no segundo semestre.
O Goldman Sachs acrescenta que, com a Líbia fora do mercado, a capacidade de produção excedente da Opep chegará à exaustão no início do próximo ano.
EFEITOS
As recomendações de compra pelos dois bancos resultaram em aumento de preço do Brent, que fechou em alta de 2,21%, a US$ 112,53. O WTI avançou 1,93% e atingiu US$ 99,59 por barril.
O preço mais alto do petróleo contribuirá para um crescimento econômico mais modesto na China. Em outro relatório, ontem, o Goldman Sachs cortou a previsão para o PIB chinês de 10% para 9,4% em 2011 e de 9,5% para 9,2% em 2012.
Empresas são acusadas de manipular preço
A Comissão de Negócios com Contratos Futuros de Commodities (CFTC, em inglês) -órgão dos EUA que fiscaliza os negócios no mercado futuro- acusou ontem dois traders (corretores) e suas empregadoras de manipular preços do petróleo em 2008, quando o tipo WTI chegou a US$ 147 por barril.
As empresas envolvidas são a americana Parnon Energy e Arcadia Petroleum. Os acusados teriam obtido lucro ilegal superior a US$ 50 milhões com a manipulação de contratos futuros.
A decisão da CFTC acontece no momento em que a fiscalização sobre o mercado de commodities, especialmente na área de energia, tornou-se um assunto político nos EUA.
Em documento divulgado anteontem, um grupo de democratas pediu que o Congresso coloque limites aos especuladores no mercado de petróleo, que acumula alta de 58% em 12 meses.
"Debater a especulação excessiva oferece a oportunidade mais significativa de reduzir o preço da gasolina para os consumidores americanos", diz o documento.
Segundo o Goldman Sachs, o preço da gasolina no atacado atingiu o maior preço da história na semana passada nos EUA. Com eleições no próximo ano, o combate à alta do combustível ganhou espaço na pauta do Congresso norte-americano.
Fundamentos das commodities vão além da oferta e demanda
Fundamentos das commodities vão além da oferta e demanda
Analistas de commodities tendem a considerar que somente são justificáveis mudanças de preços decorrentes de alterações nos chamados fundamentos do mercado, ou seja, nas forças de oferta (custos, tecnologia, clima etc.) e demanda (renda, população etc.) correntes e futuras, contemplando, portanto, também as oscilações de estoques.
Quando ocorrem variações de preços não explicáveis por essas forças microeconômicas, é comum atribuí-las à especulação ou à irracionalidade dos agentes econômicos, o que exigiria atuação corretiva e disciplinadora do poder público.
Entretanto, à medida que os mercados, as instituições e a economia em geral evoluem (e o conhecimento científico sobre eles se expande), é importante atualizar o conceito de fundamentos. Pelo menos desde os anos 1970, fatores macroeconômicos vêm sendo associados à evolução dos preços das mais diversas commodities.
Isso ficou claro tanto na alta que se seguiu à quebra do sistema de Bretton Woods como na queda decorrente da implementação das políticas do governo Reagan.
De 2000 até 2010, a liquidez mundial duplicou ou triplicou, dependendo do critério usado, com queda dos juros e aumento dos retornos esperados dos ativos. Disseminou-se o uso de instrumentos financeiros para os investidores aplicarem tais recursos.
Entre 2003 e 2008, houve aumento de 15 vezes das aplicações dos investidores institucionais (bancos, seguradoras, fundos de pensão e de hedge etc.) nos instrumentos vinculados a índices de commodities.
Os valores dos índices resultam da ponderação das cotações nos mercados de futuros de uma determinada cesta de commodities. Ou seja, um índice típico acompanha a evolução da performance de detentores de posições passivas compradas num conjunto de mercados.
Uma alta das cotações futuras devido à intensificação nas aplicações desses fundos poderia se transmitir aos mercados físicos, nos quais os agentes se colocariam em posição vendida acompanhada de retenção de estoques e tendência de alta de preços. Configura-se o que alguns chamariam de financeirização das commodities.
Sabe-se hoje, portanto, que as oscilações de preços das commodities não se fundamentam simplesmente em oferta e demanda específicas, mas também em variáveis macroeconômicas e financeiras mundiais.
Não tem mais cabimento conduzir políticas macroeconômicas, em nível nacional ou internacional, sem que sejam considerados seus impactos sobre os mercados de commodities, como têm feito os Estados Unidos.
Nem tampouco deve-se ignorar o efeito do que se passa nesses mercados sobre a eficácia das políticas macroeconômicas, como se tentou fazer no Brasil quanto ao controle da inflação em curso. É claro que uma bem fundamentada regulação dos mercados pode ajudar a estabilizá-los. Dispensam-se, todavia, os préstimos de xerifes oportunistas cujas bravatas só fazem aumentar as incertezas e as turbulências dos mercados.
GERALDO BARROS é professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP.
Analistas de commodities tendem a considerar que somente são justificáveis mudanças de preços decorrentes de alterações nos chamados fundamentos do mercado, ou seja, nas forças de oferta (custos, tecnologia, clima etc.) e demanda (renda, população etc.) correntes e futuras, contemplando, portanto, também as oscilações de estoques.
Quando ocorrem variações de preços não explicáveis por essas forças microeconômicas, é comum atribuí-las à especulação ou à irracionalidade dos agentes econômicos, o que exigiria atuação corretiva e disciplinadora do poder público.
Entretanto, à medida que os mercados, as instituições e a economia em geral evoluem (e o conhecimento científico sobre eles se expande), é importante atualizar o conceito de fundamentos. Pelo menos desde os anos 1970, fatores macroeconômicos vêm sendo associados à evolução dos preços das mais diversas commodities.
Isso ficou claro tanto na alta que se seguiu à quebra do sistema de Bretton Woods como na queda decorrente da implementação das políticas do governo Reagan.
De 2000 até 2010, a liquidez mundial duplicou ou triplicou, dependendo do critério usado, com queda dos juros e aumento dos retornos esperados dos ativos. Disseminou-se o uso de instrumentos financeiros para os investidores aplicarem tais recursos.
Entre 2003 e 2008, houve aumento de 15 vezes das aplicações dos investidores institucionais (bancos, seguradoras, fundos de pensão e de hedge etc.) nos instrumentos vinculados a índices de commodities.
Os valores dos índices resultam da ponderação das cotações nos mercados de futuros de uma determinada cesta de commodities. Ou seja, um índice típico acompanha a evolução da performance de detentores de posições passivas compradas num conjunto de mercados.
Uma alta das cotações futuras devido à intensificação nas aplicações desses fundos poderia se transmitir aos mercados físicos, nos quais os agentes se colocariam em posição vendida acompanhada de retenção de estoques e tendência de alta de preços. Configura-se o que alguns chamariam de financeirização das commodities.
Sabe-se hoje, portanto, que as oscilações de preços das commodities não se fundamentam simplesmente em oferta e demanda específicas, mas também em variáveis macroeconômicas e financeiras mundiais.
Não tem mais cabimento conduzir políticas macroeconômicas, em nível nacional ou internacional, sem que sejam considerados seus impactos sobre os mercados de commodities, como têm feito os Estados Unidos.
Nem tampouco deve-se ignorar o efeito do que se passa nesses mercados sobre a eficácia das políticas macroeconômicas, como se tentou fazer no Brasil quanto ao controle da inflação em curso. É claro que uma bem fundamentada regulação dos mercados pode ajudar a estabilizá-los. Dispensam-se, todavia, os préstimos de xerifes oportunistas cujas bravatas só fazem aumentar as incertezas e as turbulências dos mercados.
GERALDO BARROS é professor titular da USP/Esalq e coordenador científico do Cepea/Esalq/USP.
Café na ICE registra retração, mas intervalos são mantidos
Café na ICE registra retração, mas intervalos são mantidos
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas relativas, em um dia caracterizado por compras e vendas consideráveis, com as cotações não apresentando direcionamento concreto. Ao longo do dia, os ganhos foram predominantes na bolsa, no entanto, na parte final da sessão, algumas vendas foram observadas, o que permitiu algumas perdas, mas sem que o nível psicológico de 260,00 centavos fosse rompido.
Na parte inicial do dia, algumas compras expressivas foram registradas, mas, ao não suplantar o patamar de 265,50 centavos, algumas ordens de venda passaram a ser observadas. Operadores ressaltaram que tecnicamente, o mercado demonstra um quadro de estabilidade, após as fortes oscilações das últimas semanas. O suporte de 256,00 centavos por libra não foi testado, o que não deu margem para que baixas mais consideráveis não fossem verificadas. Ao mesmo tempo, as cotações não conseguem registrar avanços consistentes, com resistências mais básicas ainda não sendo testadas. Fundamentalmente, o mercado se mostra sem grandes alterações. O momento atual é caracterizado por um "status" climático, sem, contudo, contar com uma força mais considerável para mudar o direcionamento das cotações.
No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve perda de 135 pontos com 261,20 centavos, sendo a máxima em 265,50 e a mínima em 260,70 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação negativa de 130 pontos, com a libra a 264,20 centavos, sendo a máxima em 268,35 e a mínima em 264,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou alta de 19 dólares, com 2.558 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 19 dólares, com 2.595 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi considerado de calma para os contratos de café, sem grandes oscilações tendo sido registradas. As cotações não tiveram um grande referencial externo, uma vez que as commodities variaram consideravelmente ao longo de todo o dia, até a cesta expressada pelo índice CRB ter encerrado o dia com altas. No entanto, outras commodities, como foi o caso do petróleo, tiveram um dia de predominância da pressão, até encerrar com perdas. "O café não teve nesta semana um grande direcionamento. Conseguimos manter o patamar de 260,00 centavos por libra, o que foi algo positivo, mas também não conseguimos avançar um pouco além dos 265,00 centavos. Após as fortes oscilações recentes, temos uma semana de calma e com as variações de preço em níveis relativamente modestos", disse um trader.
A demanda pelo café no mercado global deve continuar evoluindo. Dados revelados pela Organização Internacional do Café destacam que o consumo mundial cresceu 2,4% em 2010, observando um patamar recorde de 134 milhões de sacas. A entidade ostenta que o crescimento da demanda vai continuar, apesar dos preços elevados observados ao longo dos últimos tempos. "Não há impacto dos preços em termos de redução da demanda, que continua bastante dinâmica", indicou o estrategista da área econômica da entidade, Denis Seudieu.
O crescimento da procura pelo café na China, principalmente devido às cafeterias, não deverá contar com interrupção. "Beber café se transforma em um hábito e as pessoas que se habituam a consumir a bebida todos os dias não vão mudar isso só porque ficou um pouco mais caro", ressaltou Fu Jingya, secretário-geral para o setor de café de uma associação de marketing chinesa.
Apesar do cenário externo positivo, ainda não conseguimos avançar consideravelmente. Pela manhã desta terça conseguimos alguns ganhos mais interessantes, mas no nível de 265,00 centavos foram detectadas ordens de vendas mais fortes. E, posteriormente, o mercado teve baixas", disse um trader.
As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 23, somaram 1.386.082 sacas, contra 1.844.582 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.525 sacas indo para 1.665.396 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 16.112 lotes, com as opções tendo 3.198 calls e 3.556 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 265,50, 266,00, 267,50, 268,00, 268,50, 269,00, 269,20, 269,50 e 269,90-270,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 261,20, 261,00, 260,50, 260,10-260,00, 259,50, 259,00, 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00, 256,50, 256,00, 255,50 e 255,10-255,00 centavos por libra.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas relativas, em um dia caracterizado por compras e vendas consideráveis, com as cotações não apresentando direcionamento concreto. Ao longo do dia, os ganhos foram predominantes na bolsa, no entanto, na parte final da sessão, algumas vendas foram observadas, o que permitiu algumas perdas, mas sem que o nível psicológico de 260,00 centavos fosse rompido.
Na parte inicial do dia, algumas compras expressivas foram registradas, mas, ao não suplantar o patamar de 265,50 centavos, algumas ordens de venda passaram a ser observadas. Operadores ressaltaram que tecnicamente, o mercado demonstra um quadro de estabilidade, após as fortes oscilações das últimas semanas. O suporte de 256,00 centavos por libra não foi testado, o que não deu margem para que baixas mais consideráveis não fossem verificadas. Ao mesmo tempo, as cotações não conseguem registrar avanços consistentes, com resistências mais básicas ainda não sendo testadas. Fundamentalmente, o mercado se mostra sem grandes alterações. O momento atual é caracterizado por um "status" climático, sem, contudo, contar com uma força mais considerável para mudar o direcionamento das cotações.
No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve perda de 135 pontos com 261,20 centavos, sendo a máxima em 265,50 e a mínima em 260,70 centavos por libra, com o setembro registrando oscilação negativa de 130 pontos, com a libra a 264,20 centavos, sendo a máxima em 268,35 e a mínima em 264,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho registrou alta de 19 dólares, com 2.558 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 19 dólares, com 2.595 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi considerado de calma para os contratos de café, sem grandes oscilações tendo sido registradas. As cotações não tiveram um grande referencial externo, uma vez que as commodities variaram consideravelmente ao longo de todo o dia, até a cesta expressada pelo índice CRB ter encerrado o dia com altas. No entanto, outras commodities, como foi o caso do petróleo, tiveram um dia de predominância da pressão, até encerrar com perdas. "O café não teve nesta semana um grande direcionamento. Conseguimos manter o patamar de 260,00 centavos por libra, o que foi algo positivo, mas também não conseguimos avançar um pouco além dos 265,00 centavos. Após as fortes oscilações recentes, temos uma semana de calma e com as variações de preço em níveis relativamente modestos", disse um trader.
A demanda pelo café no mercado global deve continuar evoluindo. Dados revelados pela Organização Internacional do Café destacam que o consumo mundial cresceu 2,4% em 2010, observando um patamar recorde de 134 milhões de sacas. A entidade ostenta que o crescimento da demanda vai continuar, apesar dos preços elevados observados ao longo dos últimos tempos. "Não há impacto dos preços em termos de redução da demanda, que continua bastante dinâmica", indicou o estrategista da área econômica da entidade, Denis Seudieu.
O crescimento da procura pelo café na China, principalmente devido às cafeterias, não deverá contar com interrupção. "Beber café se transforma em um hábito e as pessoas que se habituam a consumir a bebida todos os dias não vão mudar isso só porque ficou um pouco mais caro", ressaltou Fu Jingya, secretário-geral para o setor de café de uma associação de marketing chinesa.
Apesar do cenário externo positivo, ainda não conseguimos avançar consideravelmente. Pela manhã desta terça conseguimos alguns ganhos mais interessantes, mas no nível de 265,00 centavos foram detectadas ordens de vendas mais fortes. E, posteriormente, o mercado teve baixas", disse um trader.
As exportações de café do Brasil em maio, até o dia 23, somaram 1.386.082 sacas, contra 1.844.582 sacas registradas no mesmo período de abril, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.525 sacas indo para 1.665.396 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 16.112 lotes, com as opções tendo 3.198 calls e 3.556 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 265,50, 266,00, 267,50, 268,00, 268,50, 269,00, 269,20, 269,50 e 269,90-270,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 261,20, 261,00, 260,50, 260,10-260,00, 259,50, 259,00, 258,90, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00, 256,50, 256,00, 255,50 e 255,10-255,00 centavos por libra.
Boi Gordo
Mercado físico do boi gordo volta a
apresentar queda de suas cotações na maior parte do país.
As escalas de abate dos frigoríficos seguem posicionadas
com grande conforto, e diversos frigoríficos optam por não
atuar de maneira agressiva nas compras para evitar a
formação de estoque no atacado, e obter um melhor preço
pela carne bovina. No entanto até o momento esse tipo de
estratégia não alcançou o resultado almejado. A expectativa
é por contínua queda das cotações até o final desta semana.
No estado de São Paulo o preço médio pela arroba do boi
cedeu para o patamar de R$ 97/98, livre a prazo. As escalas
de abate posicionadas em média para daqui a quatro dias
úteis, alcançado o patamar de seis dias úteis em algumas
praças.
Cotações voltam a apresentar forte queda no Mato Grosso, o
preço médio no estado recuou ao patamar de R$ 86, livre a
prazo, escalas no estado estão confortáveis, na casa dos
cinco dias úteis.
No estado de Goiás a cotação voltou a ceder e o preço médio
recuou ao valor de R$ 89/90, livre a prazo, com escalas de
abate posicionadas em média para daqui quatro dias úteis.
apresentar queda de suas cotações na maior parte do país.
As escalas de abate dos frigoríficos seguem posicionadas
com grande conforto, e diversos frigoríficos optam por não
atuar de maneira agressiva nas compras para evitar a
formação de estoque no atacado, e obter um melhor preço
pela carne bovina. No entanto até o momento esse tipo de
estratégia não alcançou o resultado almejado. A expectativa
é por contínua queda das cotações até o final desta semana.
No estado de São Paulo o preço médio pela arroba do boi
cedeu para o patamar de R$ 97/98, livre a prazo. As escalas
de abate posicionadas em média para daqui a quatro dias
úteis, alcançado o patamar de seis dias úteis em algumas
praças.
Cotações voltam a apresentar forte queda no Mato Grosso, o
preço médio no estado recuou ao patamar de R$ 86, livre a
prazo, escalas no estado estão confortáveis, na casa dos
cinco dias úteis.
No estado de Goiás a cotação voltou a ceder e o preço médio
recuou ao valor de R$ 89/90, livre a prazo, com escalas de
abate posicionadas em média para daqui quatro dias úteis.
Assinar:
Postagens (Atom)