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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Guru americano aposta em ações

Guru americano aposta em ações

Barton Biggs, gestor de fundo hedge que comprou ações quando o mercado estava
em seu ponto mais baixo, em março de 2009, disse que está otimista com as ações
americanas e que gosta de papéis do setor industrial, apesar de a economia
global estar desacelerando.
"As economias americana e mundial estão claramente desacelerando muito
significativamente", disse Biggs, responsável pelo Traxis Partners LP, de Nova
York. "Já estão surgindo os pessimistas, que acreditam que vamos escorregar
para uma correção suave na melhor das hipóteses ou talvez num duplo mergulho,
na pior das hipóteses", afirmou. "Eu não acho que isso está certo".
Biggs vê com bons olhos empresas como Caterpillar Inc. e Deere & Co. porque o
crescimento de seus lucros continuam a exceder as expectativas e a demanda por
equipamentos agrícolas e para construção permanece forte. "Eu não vejo
problemas com a Deere e a Caterpillar e as grandes empresas industriais
americanas, e, em termos de avaliação, elas ainda estão razoáveis", ele disse.
O Indice Standard & Poor's 500 (S&P 500) subiu para quase o nível mais alto em
três anos no último pregão de abril. Desde aquele ponto, tombou 3,4% até
anteontem, com dados econômicos abaixo das estimativas dos analistas e
investidores se preparando para o fim do programa de compra de bônus de US$ 600
bilhões do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), o chamado
"quantitative easing" 2, no fim de junho. O S&P 500 subiu 4,8% desde o fim de
2010 até anteontem, em meio a medidas de estímulos do governo e lucros maiores
que os estimados.
Biggs, que gerencia US$ 1,3 bilhão, disse na semana passada que investidores
estão reagindo de forma exagerada aos dados econômicos negativos, como a crise
da dívida soberana na Europa, números do mercado imobiliários e redução de
estímulos pelo Fed. A construção de casas nos Estados Unidos caiu
inesperadamente em abril, com inundações e tornados no sul do país parando
construções, disse o Departamento do Comércio no último dia 17. Esses problemas
serão resolvidos, enquanto o mercado americano permanece razoavelmente com o
preço ajustado de acordo com os lucros para o próximo ano.
"E eu também ainda acredito nos mercados emergentes, particularmente na Ásia",
disse Biggs. "A China vai ter um excelente mercado acionário no segundo
semestre deste ano, apesar de talvez ter mais um ou dois apertos monetários à
frente". Segundo Biggs, a China não vai crescer 10% ou 11% ao ano, mas 7% ou
8%, com uma taxa de inflação moderada. "Mas eu não vejo nada que nos impeça de
encontrar um monte de empresas atrativas", disse.

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