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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Café: NY encerra no patamar mais baixo desde julho com foco na safra 2015

Nesta sexta-feira (19), a Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou suas operações em mais um dia de baixa influenciada pela previsão de chuva nas regiões produtoras de café, que podem contribuir para safra 2015, e a valorização do dólar em relação ao real. As cotações fecharam no patamar mais baixo desde 23 de julho.
O vencimento dezembro/14 registrou 178,00 cents de dólar por libra peso com queda de 320 pontos. O contrato março/ 15 anotou 182,20 cents/lb, o maio/15 registrou 184,65 cents/lb e o julho/15 fechou com 186,25 cents/lb, ambos com recuo de 315 pontos.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o dia no mercado cafeeiro foi lento e marcado por oscilações negativas nos terminais internacionais. “Os investidores sem ter um palpite certeiro e com o mercado cafeeiro, recheado de declarações sobre clima, safras, eleições e até o referente na Escócia, resolveram adotar postura conservadora em suas posições em aberto no mercado e desta forma, nenhum grosseiro movimento especulativo acabou sendo visto”, afirma.
Segundo o analista, com este cenário, os patamares não conseguiram sustentar importantes suportes o que deixou os níveis de fechamento tanto em Nova York quanto em Londres, fragilizados e sem indicar postura agressiva na ponta compradora. 

Banco do Brasil libera R$ 2,6 bilhões à cafeicultura para atender demandas
Com a possível quebra para a próxima safra e a atual em comercialização, o Banco do Brasil anunciou na quarta-feira (17) a liberação de R$ 2,6 bilhões à cafeicultura para atender demandas nas linhas de custeio, investimento, capital de giro, aquisição e estocagem. Segundo o produtor de café, Marco Antônio Jacob, o investimento do BB pode ajudar os cafeicultores no financiamento de estocagem à medida que ele consegue segurar a mercadoria e negociar no futuro com preços melhores

Robusta encerra em baixa com aumento dos estoques
A Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) finalizou as operações desta sexta-feira (19) no campo negativo com informações sobre o aumento dos estoques certificados em Londres e a questão cambial com a valorização do dólar ante o real. O contrato novembro/14 fechou a sessão cotado a US$ 1.940 por tonelada, o janeiro/15 teve US$ 1.953, ambos com queda de US$ 21. O março/15 anotou US$ 1.966 e recuo de US$ 20 e o maio/15 teve baixa de US$ 16 com US$ 1.980 por tonelada. 


Fonte: Notícias Agrícolas // Jhonatas Simião
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Edição do dia 21/09/2014
21/09/2014 07h45 - Atualizado em 21/09/2014 07h56

Cultivo da próxima safra preocupa produtores de café arábica de MG

Estiagem prejudicou a safra do grão no sul do estado. 
Dados da CONAB apontam queda de 20% na produção do café na região.

Do Globo Rural
A colheita do café está no fim em minas gerais. A quebra na produção deve chegar a 20% por causa da estiagem e os produtores já se preocupam com a próxima safra.
Na propriedade do agricultor Hugo Afonso Dominguetti, em Varginha, no sul de Minas Gerais, a área com pés de café em produção aumentou de 65 para 90 hectares este ano. Ele esperava colher três mil sacas, mas, com a colheita praticamente no fim, ele acha que a plantação só deve render duas mil. “Devido à seca tivemos um perca de cerca de 30%”, avalia.
Segundo a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), , a safra brasileira de café deve ser de 45,1 milhões de sacas de 60 quilos, com redução de 8,16%  em relação a 2013. O café mais prejudicado foi do tipo arábica, que teve queda de 16%. No sul de Minas, principal região produtora, a queda chegou a 19,6%. O principal motivo foi a seca.
Na propriedade do agricultor Luiz Flávio Abreu Botrel a produção caiu 36% em relação a 2013. Ele já está preocupado com a próxima safra. Como ainda não choveu, os pés de café não estão se desenvolvendo bem. “Com baixo crescimento vegetativo, caiu muita folha”, diz.
A alternativa está sendo podar mais plantas. Normalmente, a poda é feita em até 25% da plantação para não comprometer a produtividade. Mas em algumas fazendas o trabalho está tendo que ser feito em até metade dos pés, o que deve impactar diretamente na safra de 2015.
As plantas que passam pela poda radical só voltam a produzir em 2016. No próximo ano, a produção do produtor será reduzida pela metade. “A gente vai ter que diminuir nossos gastos. Vamos ter que regrar mais. Então, vai ser um ano bastante difícil”, diz Botrel.
Nessa semana foi criada uma polêmica. A CONAB divulgou uma projeção de aumento para a safra de café de 2015, chegando a 48 milhões de sacas. O número foi contestado pela Confederação Nacional da Agricultura e pela Fundação Prócafé.
O presidente da cooperativa de Varginha também não acredita em um aumento da safra. “No mínimo, a safra quebra 20% pelo que aconteceu para trás e pode se agravar daqui para frente se as chuvas não se normalizarem”, diz 
Oswaldo Henrique Ribeiro.