Páginas

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Café abre semana sem grandes oscilações na ICE Futures US

Café abre semana sem grandes oscilações na ICE Futures US
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, de volumes regulares de comercialização e com uma volatilidade mínima, com a posição março variando apenas 385 pontos.
Após uma semana fraca, o mercado cafeeiro assume uma posição consolidativa, abaixo do nível psicológico de 150,00 centavos de dólar por libra. Ao longo da primeira metade desta segunda, a primeira posição chegou a se aproximar desse intervalo psicológico, no entanto, encontrou uma barreira vendedora, o que fez com que as cotações desacelerassem e até algumas quedas fossem experimentadas.
As baixas, no entanto, não tiveram prosseguimento e o fechamento do dia se deu com ganhos ligeiros. Tecnicamente, o mercado se mostra de neutro a baixista, sem que resistências básicas consigam ser testadas, o que poderia permitir uma nova tentativa de buscar os patamares conquistados ao longo das primeiras semanas de janeiro. No longo prazo, o café continua tendo uma tendência baixista. As cotações se mantêm abaixo de médias móveis de maior abrangência, o que tem uma leitura consideravelmente negativa.
No plano fundamental, o mercado continua bastante atento a questão fitossanitária nos países centro-americanos. A ferrugem do colmo levou a Nicarágua a suspender seu principal evento cafeeiro para escolha de cafés de qualidade e países como a Costa Rica já emitiram sinalização de estado de emergência devido ao problema. Entre as entidades representativas do setor desses países é unânime a opinião de que uma quebra será observada nesta temporada e que ela pode até ser mais acentuada no próximo ano, devido ao forte desfolhamento que a doença provoca no parque cafeeiro.
Por outro lado, os baixistas continuar a apontar para a safra brasileira de café como um fator de pressão sobre os preços, indicando que o país colheu um volume consideravelmente expressivo no ano passado e que, nesta temporada, apesar da bianualidade de baixa, o volume colhido deverá ser muito bom.
No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou alta de 70 pontos, com 149,00 centavos, sendo a máxima em 149,80 e a mínima em 146,45 centavos por libra, com o maio tendo valorização de 60 pontos, com a libra a 151,85 centavos, sendo a máxima em 152,55 e a mínima em 149,85 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve queda de 17 dólares, com 1.942 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 17 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado pela calma e com poucas alternativas de preço. Os ganhos foram limitados num patamar inferior aos 150,00 centavos, ao passo que as baixas também não passaram um nível básico próximo dos 147,00 centavos. Os mercados externos pouco influenciaram o andamento das cotações, com o dólar se mantendo estável, o que favoreceu alguns ganhos limitados para operações de maior risco, como o de commodities.
"Tivemos uma sessão com um perfil consolidativo, sem que os preços assumissem um direcionamento mais concreto. Não rompemos suportes ou resistências básicas. As origens se mostram reticentes, vendem escalonadamente, ao passo que as torrefações também não se arriscam e não buscam formar estoques mais significativos, preferindo a aquisição de lotes de volumes próximos àqueles necessários para atender suas demandas. Após a pressão dos fundos na semana passada, o quadro técnico voltou a se mostrar bastante tranqüilo, dentro desse quadro de preços presos em um range estreito", disse um trader.
O banco holandês Rabbobank emitiu relatório no qual avalia que o mercado de café pode ter um primeiro trimestre de alta. A instituição indica que os players internacionais poderão passar a precificar de maneira mais efetiva a safra brasileira deste ano, de volume menor, e também o claro quadro de oferta extremamente apertada do grão. O banco ainda lembrou os números dos últimos relatórios da CFTC, nos quais aparecem uma retração consistente das posições vendidas dos fundos, o que teria uma leitura positiva. Outro ponto altista seria a diminuição dos diferenciais entre arábicas e robustas negociados em Nova Iorque e Londres, respectivamente.
As exportações brasileiras de café no mês de janeiro, até o dia 28, totalizaram 2.171.710 sacas, queda de 26,82% em relação às 2.171.710 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.590 sacas, indo para 2.621.834 sacas.
O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 25.073 lotes, com as opções tendo 4.617 calls e 3.485 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 149,80, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50 e 154,90-155,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,95, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra.
Londres tem maior pressão vendedora e fecha dia com retração
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com queda, em uma sessão com um volume apenas modesto de comercialização. Mais uma vez, o março se posicionou abaixo do nível psicológico de 1.950 dólares por tonelada, mas manteve o atual range.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi, novamente, técnico, com algumas vendas mais expressivas, com a colaboração das origens, que permitiram ao março chegar na mínima de 1.939 dólares. Apesar de o fechamento da sessão ter se dado próximo a esse patamar, os vendedores não se mostraram com consistência para testar novos intervalos ou suportes e, desse modo, o fechamento de deu apenas com quedas modestas. "Tivemos uma sessão sem grandes novidades, com os vendedores sendo um pouco mais efetivos. No entanto, o mercado se mantém constante ao redor do patamar de 1.950 dólares e nos mantemos tranqüilamente num range de aproximadamente 100 dólares, que não demonstra, de parte a parte, intenção de ser rompido", indicou um trader.
O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 4,75 mil lotes, com o maio tendo 1,78 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 20 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve queda de 17 dólares, com 1.942 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 17 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.
Dólar fecha no menor nível desde julho de 2012, a R$ 2,002; BC faz leilão
A atuação do Banco Central (BC) no período da manhã, que surpreendeu muitos profissionais da área de câmbio, determinou a queda do dólar ante o real nos mercados à vista e futuro, em meio à percepção de que a autoridade monetária está bastante preocupada com a inflação no Brasil. Ao vender 37 mil contratos de swap cambial tradicional, em um total de US$ 1,847 bilhão, numa operação que equivale à venda da moeda americana no mercado futuro, o BC rolou antecipadamente os contratos que vencem em 1º de fevereiro. Com isso, o dólar terminou o dia em baixa de 1,38% e fechou cotado a R$ 2,0020 no balcão, no menor patamar desde 2 de julho de 2012, quando estava em R$ 1,9890.
Na máxima do dia, vista pela manhã, a moeda americana marcou R$ 2,0370 (+0,34%) e, na mínima, verificada à tarde, atingiu R$ 2,0010 (-1,43%). Da máxima para a mínima, a moeda americana oscilou 1,77 pontos porcentuais no balcão. Pouco depois das 16h30 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,468 bilhões, sendo US$ 2,113 bilhões. Já o dólar pronto da BM&F, com apenas quatro negócios, fechou em baixa de 0,81%, a R$ 2,01650. No mercado futuro, o dólar com vencimento em fevereiro era cotado a R$ 2,00250, em baixa de 1,52%.
Profissionais ouvidos pela Agência Estado interpretaram a atuação do BC como um sinal de que a inflação, de fato, incomoda. “O swap é mais uma indicação de que o Banco Central está interessado em deixar o câmbio numa banda bem estreita, com R$ 2,05 como teto das cotações”, comentou Maurício Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi UFJ. “O leilão do BC não era esperado e sinaliza que, para ele, um dólar entre R$ 2,05 e R$ 2,10 não é mais desejável”, acrescentou Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.
Ao fazer a cotação no balcão se reaproximar de R$ 2,00, o Banco Central, na visão dos profissionais, alivia um pouco a pressão cambial sobre a inflação, em um momento em que vários índices de inflação mostram pressão sobre os preços. Hoje, por exemplo, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciou a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para 1,04% na terceira quadrissemana de janeiro, ante taxa de 0,96% na segunda leitura do mês. Além disso, a Fipe elevou a previsão para o IPC no encerramento de janeiro, de 0,98% para 1,06%. No relatório Focus do Banco Central, a mediana das estimativas para o IPCA em janeiro subiu de 0,81% para 0,85%, enquanto a inflação prevista para 2013 avançou de 5,65% para 5,67%.
O movimento de baixa para o dólar ante o real foi intensificado pelo interesse, no mercado futuro, dos bancos, que seguem vendidos em dólar, faltando poucos dias para a determinação da Ptax que servirá de referência para a liquidação dos derivativos cambiais em 1º de fevereiro. Na prática, os bancos atuam para que o dólar permaneça em patamares menores, o que vai favorecer seus ganhos.
Neste contexto, alguns profissionais já enxergam espaço para que o dólar, no balcão, recue nos próximos dias a patamares inferiores a R$ 2,00, com o mercado também testando a disposição do BC em atuar novamente – desta vez, para segurar a moeda.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: Dólar testará patamar abaixo de R$ 2
São Paulo, 28 de janeiro de 2013 - Após cair mais de 1% em decorrência de
um swap cambial realizado hoje pelo Banco Central, o câmbio deve abrir o
pregão de amanhã com novas quedas, com o mercado testando novo patamar abaixo
de R$ 2. "Pode até abrir um pouco mais alto, mas o mercado vai testar o limite
do Banco Central, ver se ele vai intervir. Acredito que o próximo piso mais
forte seja R$ 1,90 e não acho que o banco irá intervir", avalia Reginaldo
Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.
O dólar comercial encerrou as operações desta segunda-feira com queda de
1,33%, cotado a R$ 1,9990 para compra e a R$ 2,0010 para venda. Durante o dia, a
divisa oscilou entre a mínima de R$ 2,0010 e a máxima de R$ 2,0370.
No mercado futuro, os contratos da moeda norte-americana com vencimento em
fevereiro registraram queda de 1,81%, negociado a R$ 1.996,500, e os que expiram
em março caíram 1,69%, cotado a 2.005,000.
O Banco Central vendeu 37.000 contratos de swap cambial ofertados em
operação realizada entre 11h30 e 11h40 de hoje, por US$ 1,848 bilhão.
"O Banco Central já vem sinalizando que quer um dólar como instrumento
para prender inflação. Qual é a intenção de fazer um leilão hoje? Essa é
a forma que o Banco Central encontrou para mostrar ao mercado que eles estão
atentos e que a preocupação do governo agora é com a inflação", afirma
Galhardo.
Com a sinalização de que o Banco Central não elevará a Selic (taxa
básica de juros) no curto ou médio prazos, evidenciada pelo swap cambial
realizado hoje com o objetivo de segurar a inflação, a maior parte dos
contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) com vencimento até janeiro de
2015 encerraram as negociações de hoje da BM&FBovespa em queda.
Para amanhã, a previsão é de continuidade nos reajustes das taxas tendo
em vista de que não devem ocorrer mudanças na Selic por relativamente longo
período.
O contrato mais líquido do dia foi o com vencimento em janeiro de 2015, que
recuou de 7,96% para 7,93%, com giro de R$ 50,287 bilhões, seguido do DI para
janeiro de 2014, que caiu de 7,25% para 7,23%, com movimento de R$ 19,929
bilhões.
No longo prazo, o contrato com vencimento em janeiro de 2017 saiu de 8,76%
para 8,80%, girando R$ 16,500 bilhões. Voltando para o curto prazo, o DI com
vencimento para julho de 2013 fechou em queda de 7,08% para 7,06%, com
movimentação financeira de R$ 5,596 bilhões, e o para janeiro de 2016 subiu
de 8,46% para 8,48%, girando R$ 4,237 bilhões.
De volta ao médio prazo, o DI para julho de 2014 registrou queda de 7,54%
para 7,52%, com giro de R$ 3,421 bilhões e o contrato para abril de 2014 recuou
de 7,36% para 7,34%, movimentando R$ 2,001 bilhões.
O número de contratos negociados atingiu 1.330.181, queda de 32,2% em
relação aos negócios realizados no pregão da última quinta-feira. O volume
financeiro das operações atingiu R$ 107,231 bilhões.
Pressionada por desempenho de bancos, Bolsa brasileira cai 1,87%
São Paulo, SP - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
caiu 1,87% nesta segunda-feira (28), pressionado pelo desempenho negativo das
ações do setor financeiro. O índice terminou o dia em 60.027 pontos.
As ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco, as mais negociadas,
tiveram baixa, apesar da divulgação de lucro do banco em 2012 acima do esperado
pelo mercado, segundo o analista Elad Ravid, da Spinelli Corretora. Os papéis
mostraram queda de preço de 3,07%, para R$ 36,59.
O Bradesco anunciou ganho de R$ 11,381 bilhões no ano passado, valor 3%
superior ao registrado em 2011. O lucro ajustado do banco --que descarta
eventos extraordinários-- ficou em R$ 11,523 bilhões, aproximadamente 3% acima
da cifra registrada um ano antes.
"O balanço conseguiu superar as expectativas do mercado e isso é muito bom. Não
apenas o lucro foi maior que o esperado, mas a carteira de crédito também ficou
bem. A inadimplência ficou um pouco maior que em 2011, mas não é nada que possa
ter impacto negativo. Apesar disso, este é um ponto que deve ser observado nos
próximos trimestres", avalia Ravid.
De acordo com o analista Victor Martins, da Planner Corretora, o movimento de
baixa apresentado pelas ações do Bradesco neste pregão já era esperado.
"Com base nos resultados apresentados, e levando em conta também a forte
performance dos papéis do banco em janeiro, acreditamos numa possível
realização de lucros [quando investidores vendem ações para embolsar o ganho
com altas recentes dos papéis] na sessão de hoje. Contudo, mantemos nossa
recomendação de compra para o Bradesco, com preço justo de R$ 41,20 por ação",
diz Martins.
Além dos papéis do Bradesco, outras ações de bancos registraram quedas no dia.
É o caso dos papéis preferenciais do Itaú Unibanco (-2,63%) e das ações
ordinárias (com direito a voto) do Banco do Brasil (-2,71%).
A baixa das ações da Petrobras e da Vale --que são os ativos com maior peso no
Ibovespa-- também contribuíram para a tendência negativa do índice.
ECONOMIA AMERICANA
A agenda de indicadores econômicos também esteve no radar dos investidores,
especialmente dados vindos da economia norte-americana. Por lá, o número de
bens duráveis feitos à indústria dos EUA teve avanço de 4,6% em dezembro.
Apesar disso, ao longo dos últimos 12 meses, o indicador revela um leve
declínio de 0,3%.
No final dos negócios, o Federal Reserve (banco central norte-americano)
revelou que está conduzindo testes de estresse (análise criteriosa nos
balanços) dos principais bancos dos EUA e os primeiros resultados serão
divulgados em breve. A notícia é importante, pois o resultado vai mostrar se as
instituições financeiras do país estão fortes ou não para ajudar o país a lidar
com a crise internacional
PERSPECTIVA: Ibovespa terá mais um dia de receio de investidores amanhã
São Paulo, 28 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deverá passar por mais um pregão marcado pelo receio dos
investidores amanhã, mantendo a tendência de baixa, aponta Mitsuko Kaduoka,
diretora de análise de investimento do Banco Indusval& Partners (BI&P). "A
tendência é mais negativa. O mercado já começou a olhar para os balanços, e
depois da confirmação do corte da energia elétrica a dúvida permanece em
torno de que setor pode sofrer intervenção e compensar esses custos do
governo", diz Mitsuko.
Na agenda econômica, o destaque fica com a divulgação do índice de
confiança do consumidor de janeiro nos Estados Unidos, às 13h. Em dezembro,
houve queda para 65,1 pontos. Estimativas apontam estabilidade. "Esse deverá
ser o principal dado do dia lá fora, mas o mercado ainda deve respeitar uma
lógica interna", explica.
O Ibovespa fechou o pregão de hoje em queda de 1,87%, aos 60.027 pontos. O
volume negociado na bolsa foi de R$ 7,405 bilhões. Segundo a diretora de
análise de investimento do BI&P, houve uma forte entrada de capital estrangeiro
na bolsa brasileira entre o final de dezembro e começo de janeiro e que agora,
com as incertezas da economia, abriu um espaço para a realização na falta de
notícias positivas nos últimos pregões. Os papéis mais líquidos encerraram
com forte queda. As ações preferenciais da Vale (VALE5) recuaram 2,43%, a R$
37,69, movimentando R$ 423,5 milhões.
Segundo Eduardo Matsura, analista gráfico da Souza Barros, as ações da
Vale romperam, no último pregão da BM&FBovespa, quinta-feira, dia 24, o
suporte de R$ 39 e seguem com tendência de queda sob o ponto de vista gráfico.
"Agora as ações PN da Vale tem um suporte no R$ 37,50, devendo encontrar uma
reação compradora mais forte entre esse suporte e o de R$ 36,40", explica
Matsura.
"Também já se está olhando para os balanços. Sabemos que a Vale deverá
apresentar prejuízo, mas o que vai mais pesar no resultado é a geração de
caixa e a política de dividendos nesse novo cenário", diz Mitsuko. A
diretoria executiva da Vale aprovou, há pouco, a propostas de remuneração
mínima aos acionistas de US$ 4 bilhões para 2013. A proposta ainda será
submetida à aprovação do conselho de administração da mineradora. O valor
é 33% inferior ao dividendo mínimo de 2012, quando a companhia pagou US$ 6
bilhões aos acionistas.
As ações da Petrobras (PETR4) deram sequência com a liquidez de R$
335,148 milhões, registrando queda de R$ 1,22%, a R$ 19,37, após a notícia de
que a greve dos trabalhadores da Petrobras paralisa atividades em 35 das 45
plataformas da companhia na Bacia de Campos.
Com o terceiro maior volume encerraram as ações do Bradesco (BBDC4),
movimentando R$ 284,692 milhões e registrando queda de 3,07%, a R$ 36,59. Hoje,
o Banco informou que registrou lucro líquido ajustado de R$ 2,918 bilhões no
quarto trimestre de 2012, alta de 5,3%, na comparação com igual período de
2011 (R$ 2,771 bilhões). O resultado é o maior lucro líquido trimestral da
instituição financeira, apesar disso ficou um pouco abaixo do esperado pelo
mercado, que previa lucro de R$ 3,030 bilhões, de acordo com a média das
projeções das instituições consultadas pela Agência CMA.
Bolsa dos EUA encerra série positiva; índice de tecnologia sobe com Apple
São Paulo, SP - Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 fechou com
leve baixa nesta segunda-feira (28) após acumular sua maior série de ganhos em
oito anos e o de tecnologia Nasdaq avançou com um "rebote" do papel da Apple.
Apesar da perda, o S&P se manteve no patamar de 1.500 pontos após fechar acima
desse nível pela primeira vez em mais de cinco anos na sexta-feira.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa americana, recuou 0,10%, para 13.881
pontos, o Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,18%, para exatos 1.500
pontos, e o Nasdaq subiu 0,15%, para 3.154 pontos.
"Eu acho que essa máxima em anos é algo que influencia tanto operadores de
curto prazo quanto o pessoal com investimento para um prazo maior", disse o
vice-presidente sênior do BB&T Wealth Management em Birmingham, Alabama, Bucky
Hellwig.
A ação da Caterpillar ajudou a conter as perdas do Dow Jones mesmo após a
companhia anunciar uma queda de 55% em seu lucro trimestral devido a um encargo
relacionado a fraude contábil em uma subsidiária chinesa e fraca demanda por
equipamentos.
Investidores em busca de barganhas impulsionaram o papel da Apple, que subiu
2,3% (US$ 449,83), após a ação da gigante tecnológica despencar 14,4% nos
últimos dois pregões.
Com a alta, a fabricante do iPad e do iPhone recuperou o título de maior
companhia americana em termos de valor de mercado.
A Exxon caiu 0,7% (US$ 91,11) hoje e voltou para o segundo lugar.
Petróleo fecha em alta em Londres a US$ 113,48 o barril
São Paulo, SP - Os preços dos contratos futuros de petróleo
fecharam em alta nesta segunda-feira em Londres e em Nova York, em um mercado
mais otimista sobre as perspectivas econômicas mundiais e a demanda de petróleo.
O barril de petróleo do mar do Norte para entrega em março subiu US$ 0,20, para
US$ 113,48, e o WTI , US$ 0,56, para US$ 96,44.
"Foi um dia díspar em termos de indicadores econômicos, com pedidos de bens
duráveis alentadores, mas uma decepção em relação aos compromissos de compra e
venda nos EUA", disse David Bouckhout, da TD Securities.
Os pedidos de bens duráveis em alta constituem "um novo sinal de melhoria do
contexto econômico, o que significa uma maior atividade e demanda de energia",
destacou John Kilduff, da Again Capital.
A redução dos compromissos de compra e venda, após três meses de alta, provocou
a queda temporária do mercado.
Por outro lado, os riscos geopolíticos no Oriente Médio e no norte da África,
que ameaçavam a oferta de petróleo, continuam sustentando os preços, "inclusive
se uma parte deles já foi integrada aos preços", disse Bouckhout em relação à
taxa de risco do barril.
No Egito, um país chave para a passagem de petróleo devido ao controle do canal
de Suez, o estado de emergência entrou em vigor hoje em três províncias do país
atingidas por incidentes violentos que deixaram 50 mortos em três dias.
Frente de parlamentos da América Central se une para apoiar café
A preocupação com o avanço de pragas fungicas, como a ferrugem do colmo e a antracnose, nos cultivos de café da América Central chegou aos parlamentos dessa região, cujos presidentes decidiram efetuar uma abordagem para que o tema ganhe uma perspectiva como problema regional, segundo apontou uma fonte legislativa. O presidente da Assembléia Nacional da Nicarágua, René Núñez, que neste final de semana assumiu a presidência do Foprel (Fórum de Presidentes de Poderes Legislativos da América Central), anunciou a formação de uma comissão especial dos parlamentos da região para apoiar os esforços nacionais contra as pragas que dizimam os cafezais desses países. "Se é necessário que os parlamentos apóiem, com legislações, a luta contra a ferrugem do colmo. E vamos fazer isso. Como Foprel, vamos fortalecer o processo de harmonização das leis em temas relevantes, como é o caso da ferrugem do colmo e da antracnose na região", sustentou Núñez em entrevista coletiva. Na Nicarágua, de acordo com a União Nacional de Produtores, 41.095 hectares de café estão prejudicados com a doença, o que representa 35% da área cultiva e, segundo cálculos dessa entidade representativa, as perdas poderão chegar a 100 milhões de dólares. Segundo dados dos produtores centro-americanos, a lista dos países mais afetados por essas doenças de fungos são a Guatemala, com 80%, seguida de El Salvador, com 30% de comprometimento e Nicarágua, com 35%. Honduras e Costa Rica também encaram problemas com a praga, porém em menor escala. O fungo da ferrugem do colmo, segundo especialistas, é uma praga que ganha força devido aos efeitos das mudanças climáticas, pelas altas temperaturas e pela ausência de chuvas regulares na região.