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segunda-feira, 31 de março de 2014

CAFÉ: ONU ALERTA QUE AQUECIMENTO GLOBAL AMEAÇA LAVOURAS BRASILEIRAS
Alimento mais consumido pelo brasileiro, à frente do arroz e
do feijão, o popular cafezinho pode perder o lugar cativo nas mesas de todo o
país devido às mudanças climáticas. Dados da segunda parte do quinto
relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU
(IPCC, na sigla em inglês), divulgada neste domingo (30), revelam que o aumento
da temperatura média global pode reduzir as áreas destinadas ao cultivo do
grão, especialmente o da variação arábica, que responde por 70% da demanda
global.
    O impacto seria maior em países como o Brasil, maior produtor e exportador
mundial de café. Hoje, uma a cada três xícaras de café consumidas no mundo
é produzida em solo brasileiro. Outros alimentos, como cacau e chá, também
poderiam ser severamente afetados pela onda de calor.
    Baseado em uma compilação de estudos já publicados sobre o efeito do
aquecimento global na produção de café, o relatório, divulgado em Yokohama,
no Japão, aponta que a combinação de altas temperaturas e escassez de
recursos hídricos diminuiria consideravelmente o cultivo do grão nos
principais Estados produtores no Brasil, como Minas Gerais e São Paulo.  Nesses
Estados, diz o IPCC, um aumento de 3 C na temperatura global reduziria o
potencial de cultivo das áreas destinadas ao plantio de café de 70-75% para
20-25%, enquanto que a produção em Goiás seria eliminada.
    Em São Paulo, que responde por 10% do total de café colhido no Brasil, o
aquecimento global reduziria a produção em 60%, causando perdas equivalentes a
US$ 300 milhões (R$ 680 milhões). "Essa tendência já vem sendo observada
nos últimos anos. Entre 1998 e 2008, somente o Estado de São Paulo perdeu 35%
de área cultivada com café arábica, a maioria substituídas por seringueira e
cana-de-açúcar, que são plantas mais tolerantes ao calor e às estiagens
mais longas. Nessas áreas, as temperaturas médias subiram mais de 1,5 C,
afetando diretamente o florescimento (dessas plantas)", afirmou à BBC Brasil
Hilton Silveira Pinto, professor da Unicamp e um dos autores do estudo citado no
relatório do IPCC.
    "Por outro lado, poderá haver um incremento de produção em regiões
hoje mais frias, como Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, mas esse
acréscimo não será capaz de compensar as perdas gerais da cultura",
acrescentou ele.
Cálculos matemáticos
    A partir de simulações matemáticas, Silveira Pinto, da Unicamp, e
Eduardo Assad, da Empraba, fizeram uma estimativa futura sobre a redução da
área destinada ao cultivo do café em dois cenários: um otimista (B2), segundo
o qual a temperatura global deve crescer entre 1,4C e 3,8C até 2100, e
outro pessimista (A1), que prevê uma onda de calor entre entre 2C e 5,4C no
mesmo período.
    No primeiro cenário, os pesquisadores estimaram uma queda de 6,75% na
área destinada ao cultivo do café até 2020. Mas em 2050, o total de terrenos
propícios ao plantio do grão poderia diminuir 18,3%, chegando a 27,6% em 2070.
Nesse contexto, o aquecimento global poderia trazer prejuízos de R$ 600
milhões em 2020, R$ 1,7 bilhão em 2050 e R$ 2,55 bilhões em 2070,
acrescentam.
    Já no segundo cenário, o mais pessimista, a queda da área de baixo risco
começa com 9,48% em 2020, subindo para 17,15% em 2050 e chegando a 33% em
2070, o que representaria um perda de R$ 882 milhões, R$ 1,6 bilhão e R$ 3
bilhões, respectivamente.
Brasil
    Em 2013, ano considerado de safra curta, a produção total de café no
Brasil foi de 2.918.652 quilos, o equivalente a 48,6 milhões de sacas de 60
quilos. Neste ano, o IBGE prevê um aumento de apenas 0,1% na produção, que
deve alcançar 2.922.303 quilos.
    No entanto, estima-se que haverá uma redução de 3,2% da área destinada
à colheita do café arábica, que responde por dois terços da produção
total. Se a previsão for confirmada, será a primeira vez em mais de 20 anos
que não será observada a alternância de safras.
    Isto é, safra cheia nos anos pares e safra curta nos ímpares. De 1992 a
2013, a tendência foi observada sem interrupções. As estimativas já levam em
consideração o impacto do clima extremo que atingiu as fazendas de café
brasileiras neste ano, depois que uma seca de grandes proporções eliminou 25%
das lavouras e forçou 140 cidades a racionar água.
    Porém, entidades do setor dizem que as previsões do IBGE estão
descoladas do mercado. Segundo elas, a produção será ainda menor do que a
prevista pelo instituto, dadas as intempéries relacionadas às mudanças
climáticas.
    Por causa das altas temperaturas, a colheita do café também teve de ser
antecipada neste ano entre 15 a 25 dias. No caso do arábica, a colheita, que
normalmente ocorre no final de maio, foi adiantada para o início do mesmo mês.
    Já os produtores da variação robusta (ou conilon) que tradicionalmente
é colhida antes do arábica devido à fenologia, deverão começar para valer a
colheita em meados de abril, quando isso seria feito somente no início de
maio, após chuvas abundantes terem antecipado as floradas e favorecido a
formação do grão, segundo a agência de notícias Reuters. As informações
são da BBC.


Café volta a ganhar corpo na ICE e suplanta resistência

O viés consolidativo do mercado de café não durou por muito tempo. Nesta sexta-feira, novamente os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US tiveram um significativo avanço e conseguiram fechar os trabalhos acima do nível psicológico de 180,00 centavos de dólar por libra peso. A sessão foi baseada em boas aquisições especulativas e coberturas deposições short. Depois de uma abertura modesta, rapidamente as ordens de compra passaram a ser processadas, até o rompimento da resistência de 180,00 centavos. O mercado demonstrou solidez ao conseguir se manter acima desse referencial. Já os vendedores, que deram demonstração de atividade ao longo dos últimos dias, ao longo deste pregão se mostram muito mais discretos, sem interferir na consolidação dos ganhos. A questão da disponibilidade global continua na pauta dos players e, diante de tantas incertezas quanto à safra brasileira, alguns players continuam a atuar de maneira mais conservadora, efetuando compras protetivas e, assim, dando um bom suporte para os preços nos terminais da casa de comercialização norte-americana.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 425 pontos, com 180,60 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 181,05 centavos e a mínima de 176,40 centavos, com o julho registrando avanço de 430 pontos, com 182,60 centavos por libra, com a máxima em 183,05 centavos e a mínima em 178,50 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de13 dólares, com 2.096 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 13 dólares, para 2.093 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ações técnicas e pela retomada de força dos compradores, que se viram, por vários pregões, de lado, diante de um movimento corretivo mais efetivo, após o maio tocar o teto de 200,00 centavos de dólar. No segmento externo, o dia foi de altas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, o dólar voltou a ter pouca oscilação, ao passo que, nas commodities, o petróleo teve mais uma alta, com a maior parte dos softs subindo, com destaque positivo para o café e algodão.

"Tivemos um dia interessante, com uma mudança de padrão, após as baixas da semana passada. Com isso, conseguimos fechar a semana com alta de mais de 5%, demonstrando que o mercado se mantém sustentado. No físico brasileiro, os produtores acreditam em bases ainda mais interessantes e os negócios são limitados", disse um trader.

"Os agrônomos inspecionam os cafezais, constatam os danos, mas informam que ainda é cedo para se falar em números. Há muitas décadas não enfrentamos uma anormalidade meteorológica tão séria e prolongada como esta, o que dificulta os prognósticos. Operadores de mercado se adiantam e começam a arriscar números. Aparecem estimativas para todos os gostos e interesses", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal. A empresa sustentou que "o mês com maior número de contratos em aberto na bolsa de Nova Iorque é maio próximo e o segundo é julho. Em maio estaremos no início dos trabalhos de colheita da safra brasileira de arábica e em julho em plena colheita, portanto ainda sem números precisos sobre o volume das perdas em nossa produção. O tamanho dos interesses envolvidos nesses dois vencimentos explica a guerra de informações que estamos assistindo", finalizou.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 26,totalizaram 1.545.623 sacas, queda de 8% em relação às 1.680.031 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.556 sacas, indo para 2.591.914 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência181,05, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50, 184,90-185,00,185,50, 186,00, 186,50, 187,00 e 187,50 centavos de dólar, com o suporte em176,40, 176,00, 175,50, 175,00, 174,50, 174,00, 173,60-173,50, 173,00,172,50,172,15, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00, 168,50,168,00, 167,50, 167,00, 166,50 e 166,00 centavos.




Londres tem dia de valorização , mas não se mantém acima dos US$ 2.100

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com ganhos leves, como maio chegando a testar o nível de 2.100 dólares, mas finalizando as operações do pregão abaixo desse patamar psicológico.


De acordo com analistas internacionais, o dia seguiu o bom desempenho dos arábicas em Nova Iorque e algumas ações de arbitragem contribuíram para as altas do pregão. A máxima desta sexta-feira foi de 2.108dólares. Nesse nível, contudo, algumas realizações foram identificadas, o que permitiu fazer com que o maio se posicionasse abaixo do referencial.

"Ao final, tivemos uma sessão relativamente calma e com poucas novidades. Os ganhos vieram, mas o maio ficou apenas próximo da resistência de 2.100 dólares. Estamos vendo um aumento das operações de rolagens, com o julho tendo hoje apenas 9 mil lotes em aberto a menos que o maio", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 6,25 mil contratos, contra 6,03 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 13 dólares, com2.096 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 13 dólares, para 2.093 dólares por tonelada

sexta-feira, 28 de março de 2014

SEMANA: VOLATILIDADE E INCERTEZAS MARCARAM CAFÉ NO MES DE MARÇO
No mercado internacional de café, março de 2014 vai ser
lembrado como um mês de extrema volatilidade e de incertezas. O começo de ano
vem sendo das maiores oscilações entre mínimas e máximas na Bolsa de Nova
York para o arábica deste século, e isso se justifica pela apreensão e falta
de convicção em relação ao que pode ter sido perdido da safra brasileira
deste ano em função do clima seco e das altas temperaturas de janeiro e
fevereiro.
    A quebra é certa, assim como também se sabe que a produção de 2015 deve
ser afetada. Mas a dúvida é o tamanho real que o problema causou. Assim, NY
subiu na primeira metade de março até atingir no contrato maio o pico de
fechamento de 205,95 centavos de dólar por libra-peso no dia 13. Aí vieram as
chuvas sobre o cinturão cafeeiro do Brasil e o mercado passou a ter fortes
ondas de realização de lucros e correções técnicas. O resultado foi que as
cotações caíram até atingir no último dia 25 um fechamento em 175,30
cents/lb. E isso que nas mínimas ao longo das sessões o mercado foi tanto mais
abaixo que esse valor mínimo na queda quanto mais acima do topo indicado de
fechamento quanto teve seus ganhos.
    "Esse comportamento apenas exemplifica a insegurança que toma conta do
mercado. O teor climático e a incerteza em torno da dimensão da quebra
brasileira marcam as idas e vindas do preço do café no mercado internacional.
E isso chegou a um ponto em que poucos querem arriscar uma previsão de safra do
Brasil, que está prestes a ser colhida", diz o analista de SAFRAS & Mercado,
Gil Barabach. Ele lembra que nos últimos meses já se falou de safra
brasileira de  8 a até 46 milhões de sacas, "uma diferença de 12 milhões
de sacas, maior que a produção colombiana nas últimas temporadas."
     A falta de um parâmetro confiável em relação à quebra brasileira deve
continuar trazendo volatilidade ao mercado, acredita o analista. Em meio à
nebulosidade, prevalece a ideia de que o Brasil terá uma safra abaixo de 50
milhões de sacas. "No entanto, o exportador e os operadores internacionais
acreditam que a produção ficará mais próxima dos 50 milhões, enquanto os
produtores acreditam em algo mais distante desse referencial produtivo. Assim,
se a safra ficar próxima desse referencial haverá menos espaço para alta, um
vez que o mercado já precificou essa quebra. Agora se a produção ficar muito
abaixo dessa linha produtiva, há ambiente para novo repique e o mercado pode
testar novas máximas de preços. Por isso, tem muita gente trabalhando com um
cenário de preço bastante largo, contemplando as duas realidades", avalia.
     O analista destaca que, além da safra 2014, também são grandes as
dúvidas em relação à produção no ano que vem. A estiagem associada às
temperaturas elevadas devem trazer sequelas também para a safra em 2015. "Tem
gente, inclusive, acreditando que a quebra na safra será ainda maior para o
próximo ano. E lógico, isso alimenta mais as especulações e favorece a
volatilidade nos preços", ressalta.
    O fato é que o café depois de ir além de 200 centavos, acabou devolvendo
parte dos ganhos e na queda chegou a trocar de mãos a 166 centavos de dólar
por libra na última segunda-feira (24) na ICE Futures em Nova York. "A perda
do suporte de 170 cents serviu de gatilho para uma nova correção altista,
expondo exageros e alertando para a falta de segurança produtiva que ainda
permeia o imaginário do mercado. E isso favoreceu a subida das cotações. A
irregularidade das chuvas sobre o cinturão produtivo brasileiro  também foi um
aliado para o avanço das cotações", indica Barabach
    "Em meio à toda a incerteza, o mercado de café busca consolidar o
suporte de 175 cents e voltar a se aproximar do patamar de 180 cents em NY, que
muitos acreditam deveria ser o patamar de acomodação pós-correção. Até que
se tenha uma ideia mais clara sobre a safra brasileira, que só deve vir com um
avanço sólido da colheita e do beneficiamento,  o mercado deve seguir
volátil e, por isso, sujeito a subidas e descidas expressivas", alerta o
analista
    O balanço de março mostra que na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE
Futures) o contrato maio do arábica acumulou desvalorização de 2,2% até o
fechamento do dia 27 (quinta-feira), passando de 180,30 centavos de dólar por
libra-peso do final de fevereiro para 176,35 cents/lb (fechamento de 27/03). Na
Bolsa de Londres (LIFFE), a posição maio no mesmo comparativo teve alta de 2%,
passando de US$ 2.043 a tonelada para US$ 2.083.
    Enquanto isso, no Brasil, a turbulência do mercado assustou os agentes e
diminuiu o ritmo das negociações nos tombos, com os produtores se afastando
dos negócios. No balanço mensal do mercado físico brasileiro, o café
arábica bebida boa do sul de Minas Gerais caiu de R$ 430,00 para R$ 425,00 a
saca até o dia 27, baixa de 1,2%. O conilon caiu de R$ 255,00 para R$ 250,00 a
saca no comparativo, baixa de 2%, para o tipo 7 em Vitória/Espírito Santo. A
baixa do dólar comercial de 3,3% no balanço do mês contribuiu para a pressão
sobre os preços do café em reais.


Produção do Brasil não deve passar de 40 milhões de sacas, diz Alemar Braga Rena
27/03/2014
A safra de café brasileira poderá ter perda acima dos 25% e seu volume não deve passar os 40 milhões de sacas, segundo Alemar Braga Rena, produtor rural e professor aposentado em fisiologia pela universidade de Viçosa-MG, que fez um amplo estudo sobre as perdas da cafeicultura no Brasil. “Diante da afirmação de alguns órgãos do governo, a situação não é tão grave, mas ela é grave!”.
Além de ter grãos de baixa qualidade, a produção total de café será pequena e deve ficar abaixo dos 40 milhões de sacas. “Isso estou falando em relação à quantidade, não estou falando em massa nem tipo... O café cereja descascada será uma jóia rara este ano no Brasil”.

Rena afirma que em sua propriedade, em Viçosa, os danos não são tão severos, já que ele deve colher uma média de 22% de grãos ‘bóia’. “O crescimento dos grãos foi muito pequeno... Esses frutos que irão boiar na hora da lavagem vão refletir no café CD (cereja descascada), que é o café de boa bebida... E nós aqui a 750 metros, e outras propriedades iguais, não bebe se não for CD, então haverá uma perda considerável de qualidade e de tipo de café”.

Rena afirma ainda que no país a perda pode ser ainda maior. “Em termos de Brasil, eu estimo que isto esteja acima de 25%, considerando todas as informações que me foram passada e (o que vi) em minhas viagens”.

O déficit hídrico registrado em toda a região produtora, segundo o professor, não teve impacto sobre as plantas, mas se refletiu nos grãos. “Eu não estou considerando a situação do Conillon, mas o que eu tenho de informações de pessoas da área de pesquisa o Conillon que não é irrigado também irá perder, e a maioria também não é irrigada”.

O Professor Alemar Braga Rena , será um dos palestrantes do 20.ª edição do Seminário Internacional de Café de Santos, que acontecerá  nos dias 7 e 8 maio de 2014,
em Guarujá, São Paulo, numa iniciativa da Associação Comercial de Santos.

Café dá sinais consolidativos na ICE e opera sem maiores oscilações
27/03/14

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US têm um dia de tranquilidade, com uma volatilidade bem mais amena que aquela verificada ao longo das últimas semanas. Há pouco, a posição maio tinha queda de 45 pontos, com 175,55 centavos de dólar por libra peso, depois de tocar a mínima de 173,60 centavos de dólar, com o julho tendo desvalorização de 30 pontos.

De acordo com analistas internacionais, o dia é consolidativo, ampliando ainda mais os sinais que já vinham sendo emitidos ao longo das sessões de terça e quarta-feira. Diferentemente desses dois pregões anteriores, nesta quinta o maio nem sequer buscou suportes e resistências mais efetivos, o que sinaliza efetivamente que o mercado pode estar buscando fôlego, após um início de ano dos mais atribulados, com preços flutuando num intervalo de milhares de pontos.

"Evidentemente, que questões como a safra brasileira e a disponibilidade global de café não saíram das pautas dos operadores. No entanto, era de se esperar que o mercado encontrasse alguns parâmetros para flutuar. O teto provavelmente já está mais claro para os players, que é o nível de 200,00 centavos de dólar e parece que estamos encontrando um piso próximo de 170 ou 175 centavos. É uma posição interessante, diante de tantas incertezas que ainda cercam a questão da oferta do grão para a atual temporada", disse um trader.

No segmento externo, o dia é caracterizado por quedas para as bolsas de valores nos Estados Unidos e poucas oscilações do dólar. Nas commodities, o petróleo consegue respirar e avança mais de 1%, ao passo que a maior parte das commodities softs têm ganhos, com o maior destaque para o açúcar, que tem valorização de mais de 2,5%.

As vendas de café da Colômbia ao exterior, entre outubro do ano passado e fevereiro último, alcançaram 4,8 milhões de sacas, 35,6% a mais que as 3,5 milhões de sacas da temporada passada. Esse avanço contrasta com os embarques dos outros oito países — Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Peru, República Dominicana e México —, que fazem parte do bloco produtor latino de cafés suaves lavados, informou a Anacafé (Associação Nacional do Café da Guatemala), responsável pelas estatísticas do grupo. As remessas do bloco, no referido período, caíram 5,7%, com 10,3 milhões de sacas, contra 10,9 milhões de 2012/2013. Segundo o levantamento, as exportações de El Salvador caíram 57,5%, ao passo que as do México recuaram 47,8%, as da Nicarágua tiveram retração de 47,3%, da República Dominicana diminuíram 30,8%,as da Costa Rica tiveram retração de 20,3%, ao passo que Honduras remeteu 18,2%a menos café ao exterior, com a Guatemala tendo uma queda de 17,3% e o Peru aferindo 8,1% a menos de café enviado aos vários destinos globais.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 26,totalizaram 1.545.623 sacas, queda de 8% em relação às 1.680.031 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência 176,80, 177,00, 177,50, 178,00, 178,50, 179,00, 179,40-179,50, 179,90-180,00,180,50, 181,00, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50 e184,90-185,00 centavos de dólar, com o suporte em 173,60-173,50, 173,00,172,50, 172,15, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00,168,50, 168,00, 167,50, 167,00, 166,50 e 166,00 centavos.




Londres tem dia de pouca volatilidade e fecha com alta ligeira
27/03/2014

Uma quinta-feira calma para os contratos de café robusta negociados na Euronext/Liffe. Os preços apresentam poucas alterações e as fortes volatilidades recentes deram lugar para um range estreito. A posição maio variou ao longo do dia dentro de um intervalo de apenas 19 dólares. Na sessão, o julho apresentou uma maior movimentação que a posição maio.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por poucas ações e por preços dentro de um intervalo curto. Nem mesmo a resistência de 2.100 dólares buscou ser testada, sendo que a máxima do pregão não passou do nível de 2.092 dólares.

"Tivemos uma sessão bastante calma, até sonolenta. Os preços ficaram presos em um intervalo bastante curto, seguindo também o comportamento verificado em Nova Iorque, onde os arábicas também não apresentaram oscilações mais nervosas. É um quadro consolidativo, enfim, após tantas oscilações", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 4,39 mil contratos, contra 7,14 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 3 dólares, com 2.083 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 7 dólares, para 2.080 dólares por tonelada.

quinta-feira, 27 de março de 2014

ICE Coffee Consolidates Above Support -Technical Analysis
Kira Brecht

  ICE May coffee futures have stabilized in recent days as 40-day moving average support stalled the
corrective selling pressure off the March 12 price peak. Very short-term, the trend outlook is
neutral as the market consolidates in a tight range.
ICE May coffee recently traded down 85 points at $1.7515 a pound.
  Looking back at market action in recent months, ICE May coffee bulls staged a strong rally move
off the late January low. The market climbed from the Jan. 28 low at $1.1555 to a high at $2.0975 on
March 12. Amid overbought conditions, the coffee market succumbed to a corrective pullback and
profit-taking and plunged to the March 24 daily low at $1.6600, which nearly coincided with 40-day
moving average support, at $1.6606 that day. The market rebounded and has been consolidating in a
tight range since that session.
   The March 24 session emerged as a bullish outside day formation on the daily chart, which
suggests a minor low has been found, at least for now, at the $1.6600 low, which is major short-term
support. On the upside, minor near-term resistance lies at $1.7940, the March 26 daily high. Those
are the two key levels for traders to monitor in the short-term.
   The rising 40-day moving average remains important support to watch as well and it comes in at
$1.7043 on Thursday. The market has been trading above the 40-day moving average since Jan. 29. The
moving average is sloping higher and rising each day. The willingness of the market to "bounce" from
a test of that level on March 24 is a positive signal.
  The market has seen volatile trading in February and March and a period of sideways consolidation
wouldn't be a surprise as coffee digests the recent action.
  However, if support at $1.6600 were to give way, it would open the door for additional declines,
with 50% retracement support of the February-March rally around $1.6250.
   On the upside gains through $1.7940 would be a positive signal, and could open the door back
toward the $1.8500 zone.
   Momentum isn't showing a strong signal currently and the coffee market may need some time to
"back and fill" near current levels.

Café chega a flutuar em um intervalo longo, mas fecha com ligeira alta na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, ainda que apenas modestas, com os volumes negociados sendo menos intensivos que os verificados nas sessões recentes na casa de comercialização norte-americana. A sessão do dia foi sem novidades, daquelas caracterizadas por funções efetivamente técnicas, ainda que a volatilidade tenha sido relativamente alta. Ao longo da manhã, algumas vendas foram identificadas, sendo que o primeiro contrato chegou a rondar o nível de172,00 centavos, sendo que, na sequência, várias recompras foram identificadas, invertendo o lado e com o maio chegando a se aproximar do patamar de 180,00 centavos, sem, contudo, testá-lo. Na segunda metade do dia, as ações variaram dentro de um range mais estreito, com o maio continuando a operar próximo do nível de encerramento do pregão passado. O mercado continua a operar baseado em aspectos técnicos, sendo que a questão da disponibilidade ainda é um fator considerável para desencadear a boa volatilidade recente. Afinal, se mantém a incerteza sobre se o mercado terá um forte déficit de oferta ou se a demandas era compensada com o que será colhido, ainda que com os problemas registrados no Brasil, América Central e outras origens. Segundo Ole Hansen, diretor de estratégia em commodities do Saxo Bank, os fortes rallies verificados no segmento agrícola, no primeiro trimestre do ano, começam a perder intensidade. O índice DJ UBS para a agricultura estaria próximo de voltar a operar no lado negativo. O momento negativo, segundo o especialista, teria sido acelerado pelo café e o açúcar, que tiveram correções consideráveis, depois que as chuvas voltaram a ser observadas em zonas produtoras do Brasil, após um período de seca.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 70 pontos, com 176,00 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 179,40 centavos e a mínima de 172,15 centavos, com o julho registrando avanço de 75 pontos, com 178,00 centavos por libra, com a máxima em 181,35 centavos e a mínima em 174,10 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de 7 dólares, com 2.080 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 6 dólares, para 2.073 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ações no lado vendedor e comprador, sem, contudo, um direcionamento ter sido firmado. A expectativa dos altistas era conseguir romper o patamar de180,00 centavos, intento que, contudo, foi frustrado. Ainda assim, a finalização do pregão no lado positivo teve uma leitura de que o mercado está relativamente mais consistente e pode ter encontrado um piso próximo dos atuais níveis. No segmento externo, o dia foi de perdas para as bolsas de valores nos Estados Unidos, ao passo que o dólar tem uma alta ligeira em relação a uma cesta de moedas internacionais. No segmento de commodities, o dia foi de avanço para o petróleo, ao passo que os softs tiveram ganhos para o açúcar e poucas mudanças nos preços do café e cacau.

"Apesar da volatilidade ligeiramente mais efetiva que ada sessão passada, ainda temos um quadro mais calmo na bolsa norte-americana. O maio parece tender a flutuar próximo do nível de 175,00 centavos, ao menos no curto prazo. Por sua vez, a tendência é que continuemos a especular fortemente sobre a questão da disponibilidade, já que muitos operadores ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre os números da safra do Brasil e também da oferta global", disse um trader.

Parte do segmento produtor de café da Colômbia anunciou que realizará uma greve nacional na próxima sexta-feira, 28 de março, caso o governo federal não cumpra os acordos que permitiriam o levantamento dos protestos do ano passado. A decisão de ir para o protesto foi tomada em uma assembleia do movimento "Dignidade Cafeeira", realizada nesta segunda-feira no município de Córdoba, no departamento (Estado) de Quindío, no centro do país. A "Dignidade Cafeeira" assinalou que a paralisação foi aprovada pelos delegados do movimento dos departamentos de Antioquia, Caldas, Risaralda, Quindío, Valle, Cauca, Nariño, Huila, Tolima, Santander, Cesar, Magdalena e Cundinamarca, que são os principais produtores do grão no país.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 25,totalizaram 1.433.532 sacas, queda de 14,67% em relação às 1.680.031 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.389 sacas, indo para 2.578.942 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência 179,40-179,50, 179,90-180,00, 180,50, 181,00, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00,183,50, 184,00, 184,50 e 184,90-185,00 centavos de dólar, com o suporte em172,15, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00, 168,50,168,00, 167,50, 167,00, 166,50 e 166,00 centavos.




Londres tem novo dia de calma e fecha com pequena alta

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com ganhos modestos, em um dia de bastante calma na bolsa londrina, com um volume bem mais modesto que o registrado ao longo das sessões recentes. Os preços flutuaram dentro de um intervalo não muito consistente, principalmente após o maio não ter conseguido romper o nível psicológico de 2.100 dólares.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por tentativas de altas e baixas. A mínima da sessão foi de 2.047 dólares, mas, a partir desse patamar, as vendas não tiveram prosseguimento, o que abriu espaço para recompras. A máxima tocou os 2.099 dólares e, sem romper a resistência, foram verificadas desacelerações.

"Foi uma típica sessão técnica, sem maiores oscilações, principalmente por não conseguirmos nos manter num fluxo vendedor ou comprador próximo dos suportes e resistências. Com a tranquilidade em Nova Iorque, não tivemos maiores pressões por conta das arbitragens", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 5,46 mil contratos, contra 3,08 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 7 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 7 dólares, com 2.080 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 6 dólares, para 2.073 dólares por tonelada.

Após quatro quedas seguidas, dólar termina o dia em leve alta

Depois de quatro pregões seguidos de queda, o dólar comercial fechou em ligeira
alta frente ao real, diante de incertezas sobre as atuações do Banco Central no
mercado de câmbio e da demanda maior por dólar por parte de importadores,
aproveitando a taxa de câmbio mais baixa. O fluxo positivo de recursos para o
Brasil, no entanto, continua limitando a alta da moeda americana no mercado
local.
O dólar comercial terminou o dia com elevação de 0,09% a R$ 2,3080. Já o
contrato futuro com vencimento em abril subia 0,02% para R$ 2,331. O contrato
para maio, no entanto, caía 0,12% para R$ 2,313.
Hoje pela manhã, o BC vendeu apenas 2.400 contratos de um total de 4.000
contratos de swap cambial ofertados no leilão diário do programa de intervenção
no câmbio. Os contratos foram colocados para vencimento em 1 de dezembro de
2014 e somaram R$ 118,9 milhões. A operação ocorreu quando a moeda americana
negociava na mínima do dia, abaixo de R$ 2,30.
Logo após a venda parcial dos contratos, o dólar passou a subir, encostando em
R$ 2,32. O BC anunciou, então, um segundo leilão de contratos de swap para
fazer a colocação dos contratos restantes. No segundo leilão foram vendidos
todos os 1.600 contratos ofertados, para vencimento em 1 de dezembro, cuja
operação somou R$ 79,1 milhões, completando assim a venda dos 4 mil contratos
previstos no programa.
Segundo analistas, o fato de o BC não ter feito a colocação integral dos
contratos no primeiro leilão trouxe incerteza para o mercado em relação à
atuação da autoridade monetária e teria contribuído para a alta do dólar. "O BC
parece desconfortável com um dólar abaixo de R$ 2,30, mas também não quer ver o
câmbio desancorado", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
A perspectiva de entrada de recursos para renda fixa e de captações externas,
no entanto, continua limitando a alta do dólar no mercado local, levando muitos
investidores a reduzir a posição comprada na moeda americana, que acumula queda
de 1,58% em março. Dados do BC divulgados hoje mostram que o fluxo cambial está
positivo em US$ 5,469 bilhões em março, até o dia 21, resultado de uma entrada
líquida de US$ 5,664 bilhões na conta financeira e de um déficit de US$ 195
milhões na conta comercial. Só na semana passada, houve entrada líquida de US$
2,454 bilhões. No ano, o saldo cambial é positivo em US$ 5,223 bilhões.




Taxas dos DIs terminam sessão da BM&FBovespa em queda
   São Paulo, 26 de março de 2014 - As taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão da BM&FBovespa desta quarta-feira no
campo negativo. Com o maior volume financeiro, a taxa dos papéis programados
para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%, movimentando R$ 26,7 bilhões.
   No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
   Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuaram de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões.




PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Mercado vai reagir a relatório de inflação e EUA
   São Paulo, 26 de março de 2014 - As negociações nos mercados de dólar
comercial e juros futuros vão refletir, principalmente, os dados apresentados
pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação, referente ao
primeiro trimestre de 2014, e a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos
Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado.
   "O relatório de inflação poderá causar volatilidade ao mercado,
principalmente no momento em que o BC tem deixado as últimas atas abertas em
relação às perspectivas à alta na Selic [taxa básica de juros]. Os
investidores aguardam se a postura de não se comprometer com as ações futuras
será mantida", diz o estrategista-chefe do Crédit Agricole, Vladimir
Caramaschi.
   No caso dos dados externos, os analistas esperam alta de 2,6% na leitura
final do PIB dos Estados Unidos, no quarto trimestre, após a segunda leitura
ter apontado alta de 2,4%. No terceiro trimestre, o Departamento do Comércio
que houve crescimento de 4,1%, ante o trimestre anterior, na comparação anual.
   Caramaschi destaca que o mercado continuará com a atenção voltada para a
tensão entre Rússia e Ucrânia e o possível desdobramento das sanções mais
fortes que os Estados Unidos querem impor ao governo russo. Hoje, o presidente
norte-americano Barack Obama afirmou, no Conselho da União Europeia (UE), que
as ações vão considerar a dependência energética e as consequências para
outros países.
   Nesta quarta-feira, o dólar comercial terminou as negociações com leve
alta de 0,08%, em relação ao real, cotado a R$ 2,3060 para compra e a R$
2,3080 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a
mínima de R$ 2,2940 e a máxima de R$ 2,3210. No mercado futuro, os contratos
da divisa com vencimento em abril caíram 0,43%, a R$ 2.306,000.
   "O discurso do Obama em Bruxelas alimentou a aversão ao risco, fazendo com
que tanto os mercados acionários quanto o de câmbio fossem impactados",
disse. O estrategista-chefe acredita que essa onda de bom humor com o Brasil
está com os dias contados, devido fatores negativos como racionamento de
energia, corte no rating, ajuste fiscal e arrecadação.
    Juros
   As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a
sessão da BM&FBovespa com queda. Com o maior volume financeiro, a taxa dos
papéis programados para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%,
movimentando R$ 26,7 bilhões.
     
   No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
    
   Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuou de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões. Caramaschi afirma que o recuo nas taxas neste pregão foi mais um
movimento técnico, pois vinham subindo muito nos meses anteriores, com a
entrada de estrangeiros nos ativos de renda fixa, instigados pela alta dos
juros.




PERSPECTIVA: Relatório de inflação e PIB dos EUA devem nortear negócios
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Após interromper a sequência de sete
pregões de alta, o Ibovespa, principal índice da BM&Fbovespa, deverá abrir a
sessão amanhã reagindo aos dados do relatório trimestral de inflação,
segundo Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos. Os dados de Produto
Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos também podem influenciar os negócios.
   "O relatório de inflação sem dúvida será o destaque, mas os números
dos Estados Unidos também serão importantes. Acredito que amanhã o Ibovespa
deva realizar mais um pouco, embora a tendência para a bolsa tenha invertido
para alta com o mercado olhando para o conjunto de possíveis estímulos da
China e manutenção de grau de investimento do Brasil por pelo menos mais um
ano. Isso traz certo alivio, dando tempo de arrumar a casa independente das
eleições", destaca Mesnik.
   O Banco Central divulga, às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação,
referente ao primeiro trimestre de 2014. Nos Estados Unidos, o Departamento do
Comércio informa, às 9h30, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do
quarto trimestre. No terceiro trimestre, houve expansão de 4,1% ante o
trimestre anterior em termos anualizados. Analistas esperam alta de 2,6% na
leitura final do quarto trimestre, após a segunda leitura ter apontado alta de
2,4%.
   Ainda na agenda norte-americana serão divulgados o número de novos pedidos
de seguro-desemprego na última semana, às 9h30, pelo Departamento do Trabalho
e às 11h, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em
inglês) divulga as vendas pendentes de imóveis residenciais referentes a
fevereiro. Em janeiro, as vendas subiram 0,1% ante dezembro. A expectativa é de
queda de 0,2%.
    
   Hoje, o Ibovespa encerrou em queda de 0,45%, a 47.965 pontos, refletindo
movimento de realização dos lucros, após as altas consecutivas. O giro
financeiro foi de R$ 6,4 bilhões. A inversão do sinal dos índices
norte-americanos, encerrando em queda, também colaborou com o recuo do
Ibovespa. Entre os papéis mais líquidos, as ações preferenciais da Petrobras
(PETR4) caíam 0,55%, a R$ 14,52, e as da Vale (VALE5) desvalorizaram 0,40%, a
R$ 27,66.





Bovespa fecha em queda com realização de lucros após 7 altas

A bolsa brasileira finalmente cedeu à realização nesta quarta-feira, após sete
pregões consecutivos de alta. A piora das bolsas americanas após declarações do
presidente Barack Obama acabou se refletindo por aqui.  Obama disse que os
Estados Unidos e a Europa estão enfrentando um "momento de teste", que desafia
a ordem internacional. Em discurso realizado em Bruxelas, Obama disse ainda que
a anexação da Crimeia pela Rússia viola as leis internacionais. Obama sugeriu
que as sanções contra a Rússia podem aumentar e afirmou que as atitudes de
Moscou não prejudicam somente a economia da Rússia, mas todo o sistema
internacional.. Por aqui, Petrobras e Vale demonstraram fraqueza após as altas
recentes, enquanto o setor bancário voltou a brilhar, mesmo após a confirmação
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P na madrugada de hoje. A nota do
Banco Central sobre operações de crédito deu fôlego ao setor. Porém, o
adiamento do julgamento no STJ sobre a correção da poupança da época dos planos
econômicos para abril tirou um pouco da força de alta dos papéis. O Ibovespa
fechou em baixa de 0,45%, para 47.965 pontos, com volume de R$ 6,431 bilhões.
Até ontem, a bolsa acumulava ganho de 7,15% em sete pregões seguidos de alta.
"Foi um dia clássico de realização de lucros após uma longa sequência de
altas", afirmou o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Como
o dólar terminou pra ticamente de lado [alta de 0,09%], tudo indica que não
teve tanta entrada de capital externo na bolsa hoje. Mas não é uma queda que
preocupa. O Ibovespa tem espaço para corrigir até os 47 mil pontos sem perder a
tendência de recuperação", disse o especialista. Entre as principais ações do
índice, Vale PNA caiu 0,39%, a R$ 27,50, e Petrobras PN recuou 0,55%, para R$
14,40. No setor bancário, Itaú PN subiu 0,86%, para R$ 32,73; Bradesco PN
ganhou 2,21%, a R$ 29,51; Banco do Brasil ON teve alta de 1,29%, para R$ 21,11;
e Santander Unit avançou 2,23%, para R$ 12,37. O Banco Central manteve hoje
suas projeções de expansão do crédito total neste ano em 13%. A expectativa é
que os bancos públicos tenham expansão de 17% e os privados de 10%. O anúncio
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P acabou não fazendo preço nos
ativos, já que era mais do que esperada. Segundo operadores, os investidores
estrangeiros puxam as compras no setor financeiro. A lista de maiores altas
trouxe, além dos bancos, TIM ON (4,00%), MRV ON (3,65%) e Light ON (2,16%). Na
outra ponta apareceram Oi PN (-11,14%), Rossi ON (-4,96%) e PDG Realty ON
(-4,47%). As ações da Oi registram forte queda no pregão de hoje, após do
colegiado da CVM ter decidido que os controladores da companhia podem votar na
assembleia que vai examinar o valor dos ativos da Portugal Telecom que serão
aportados em aumento de capital previsto no processo de fusão das duas
companhias. A CVM também manteve a assembleia da Oi, que discutirá o tema,
nesta quinta-feira. A decisão da CVM funciona praticamente como um sinal verde
para a operação, comenta John Keith, analista da Bernstein Research. De acordo
com Keith, agora não há muitos impedimentos para que o processo siga seu curso,
mas a casa de análise já acreditava que a união ocorreria por falta de opção
melhor aos minoritários. "Ainda acreditamos que a fusão é a melhor saída
possível para todas as partes", disse o especialista em entrevista aos
repórteres Renato Rostás e Daniela Meibak, do Valor. Com a certeza de aprovação
do aumento de capital, os acionistas que não participarem da operação serão
diluídos. Por isso, muitos minoritários estão insatisfeitos com essa potencial
diluição e decidiram vender seus papéi




Bolsa fecha em queda e encerra sequência de sete altas; bancos sobem
São Paulo, SP  - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
fechou esta quarta-feira (26) em queda de 0,45%, aos 47.965 pontos, encerrando
uma sequência de sete altas.
"O rali da Bolsa desde a semana passada abriu espaço para os investidores
embolsarem lucros", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria Leme
Investimentos.. "Além disso, o mercado nacional sofreu influencia dos EUA, onde
as Bolsas caíram após o discurso de Obama sobre a Crimeia e a tensão política
com a Rússia", acrescenta.
As ações da Oi lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com baixa de 11,14%. O
movimento reflete a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de
permitir que os controladores da companhia participem de assembleia sobre a
fusão com a Portugal Telecom.
Os acionistas minoritários haviam pedido à CVM para que impedisse os
controladores de participarem do evento, porque não concordavam com o laudo de
avaliação dos ativos da Portugal Telecom, elaborado pelo Santander.
O setor bancário também teve influência na Bolsa brasileira hoje. As ações dos
bancos fecharam em alta, apesar de terem reduzido os ganhos durante a tarde,
quando o Ibovespa, afetado pelos EUA, também perdeu força.
Para Brügger, o que motivou o ganho dos bancos hoje foi a reunião que a
presidente Dilma Rousseff teve ontem com os representantes dessas instituições.
"Ela parecia estar mais disposta a ouvir o setor, que sofreu nos últimos anos
com uma interferência do governo, como para uma redução do spread (diferença
entre o juro cobrado nos empréstimos e o pago aos clientes que investem), por
exemplo", avalia.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou o corte
na nota de 13 instituições financeiras, entre elas estão os cinco maiores
bancos do país. A medida veio um dia após a agência ter reduzido a nota do
Brasil de "BBB" para "BBB-".
"O corte já era esperado. Era sabido que quando a agência abaixasse a nota do
governo, também iria reduzir a avaliação das empresas de setores mais expostos
a ele. No geral, não tem impacto e não deve afetar a capacidade deles de tomar
recursos", Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.
As ações do Itaú Unibanco fecharam esta quarta-feira em alta de 0,86%, enquanto
Bradesco subiu 2,22% e Santander teve valorização de 2,23%. Já os papéis do
Banco do Brasil avançaram 1,30% no dia.
O setor também foi influenciado pela notícia de que o STJ (Superior Tribunal de
Justiça) adiou pela terceira vez o julgamento do processo que define com mais
precisão o custo das ações judiciais movidas por poupadores que afirmam ter
tido perdas com a edição de planos econômicos nos governos Sarney e Collor.
"O julgamento da correção das poupanças é algo que os bancos têm que se
preparar para arcar com uma possível decisão desfavorável. Eles precisam de um
prazo para poder montar uma estratégia para se provisionar. Ainda há muitas
dúvidas sobre o assunto e quanto mais demora para o julgamento acontecer, mais
perdido o mercado fica", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Na ponta positiva do Ibovespa, ganharam destaque os papéis da TIM
Participações, que subiram 4,01%. Segundo analistas, pode ter havido migração
de investimentos da Oi para TIM entre os aplicadores que querem manter posições
no setor de telecomunicações.
DÓLAR SOBE
Depois de sete dias em baixa, o dólar voltou a ganhar força em relação ao real
nesta quarta-feira, em meio a intervenções não convencionais do Banco Central.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,42%, a R$
2,312 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou
0,08%, para R$ 2,308.
O Banco Central realizou logo cedo um leilão de swap cambial tradicional, que
equivale à venda de dólares no mercado futuro, numa operação que estava
prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio.
A autoridade, no entanto, aceitou vender apenas 2.400 contratos dos 4.000
papéis oferecidos. Com isso, a avaliação de operadores foi de que o governo não
queria que a moeda americana caísse para menos de R$ 2,30, o que prejudicaria
as receitas das exportadoras brasileiras.
Mas, logo em seguida, o BC anunciou outro leilão de swap para ofertar 1.600
contratos ""mesmo valor que faltou para completar a oferta de 4.000 papéis na
operação anterior"", que foram todos vendidos.
A autoridade fez ainda um terceiro leilão. Desta vez, o objetivo era rolar os
contratos de swap que venceriam em 1 de abril deste ano. Todos os 10.000
papéis ofertados nesta operação foram vendidos.




MERCADO EUA: Indices caem com aumento de tensão após discurso de Obama
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos fecharam em queda, influenciados pelo aumento das
tensões em relação à Rússia, principalmente após declarações do
presidente Barack Obama. O Dow Jones caiu 0,60%, a 16.268 pontos; e o S&P 500
encerrou com queda de 0,70%, a 1.852 pontos. O Nasdaq Composto teve queda de
1,43%, a 4.173 pontos, influenciado pela forte desvalorização dos papéis da
estreante King Digital Entertainment, criadora do jogo "Candy Crush", que
recuou 15,6%.

   Os índices chegaram a operar em alta com o ânimo dos investidores
alimentado pelo resultado positivo de pedidos de bens duráveis nos Estados
Unidos. O Departamento de Comércio informou que os pedidos de bens duráveis
subiram 2,2% em fevereiro ante janeiro, para US$ 229,4 bilhões. Em janeiro, as
encomendas haviam caído 1,3% (dado revisado), na comparação mensal.
   O movimento virou após Obama declarar que a aplicação de sanções
econômicas mais fortes contra a Rússia tem que levar em consideração,
principalmente, a dependência energética e as consequências para outros
países. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e União
Europeia. Para irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas,
pois alguns países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá
consequências para todo mundo", alertou Obama.




PETRÓLEO: Preço do WTI fecha com maior alta em duas semanas
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em alta hoje, com a redução inesperada nos estoques de
gasolina nos Estados Unidos e com o discurso de Barack Obama sobre dependência
energética dos europeus frente à Rússia. Na Nymex, os preços dos contratos
futuros do WTI, com vencimento em maio, encerraram a sessão com alta de 1,07%,
a US$ 100,26 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos futuros do
Brent, com o mesmo vencimento, ficou praticamente estável, em US$ 107,03 o
barril
   O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) informou hoje que os
estoques de gasolina caíram em 5,1 milhões de barris (2,3%) para 217,2
milhões de barris na semana encerrada em 21 de março, enquanto os de petróleo
subiram em 6,6 milhões para 382,5 milhões.

   Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou que o
Ocidente está cauteloso em aplicar sanções econômicas mais fortes à
Rússia, pois países europeus ainda dependem muito do fornecimento de gás e
petróleo russos e incentivou a Europa a buscar suas próprias fontes de
energia. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e UE. Para
irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas, pois alguns
países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá consequências
para todo mundo", alertou Obama, em coletiva de imprensa no Conselho da União
Europeia (UE).Após quatro quedas seguidas, dólar termina o dia em leve alta

Depois de quatro pregões seguidos de queda, o dólar comercial fechou em ligeira
alta frente ao real, diante de incertezas sobre as atuações do Banco Central no
mercado de câmbio e da demanda maior por dólar por parte de importadores,
aproveitando a taxa de câmbio mais baixa. O fluxo positivo de recursos para o
Brasil, no entanto, continua limitando a alta da moeda americana no mercado
local.
O dólar comercial terminou o dia com elevação de 0,09% a R$ 2,3080. Já o
contrato futuro com vencimento em abril subia 0,02% para R$ 2,331. O contrato
para maio, no entanto, caía 0,12% para R$ 2,313.
Hoje pela manhã, o BC vendeu apenas 2.400 contratos de um total de 4.000
contratos de swap cambial ofertados no leilão diário do programa de intervenção
no câmbio. Os contratos foram colocados para vencimento em 1 de dezembro de
2014 e somaram R$ 118,9 milhões. A operação ocorreu quando a moeda americana
negociava na mínima do dia, abaixo de R$ 2,30.
Logo após a venda parcial dos contratos, o dólar passou a subir, encostando em
R$ 2,32. O BC anunciou, então, um segundo leilão de contratos de swap para
fazer a colocação dos contratos restantes. No segundo leilão foram vendidos
todos os 1.600 contratos ofertados, para vencimento em 1 de dezembro, cuja
operação somou R$ 79,1 milhões, completando assim a venda dos 4 mil contratos
previstos no programa.
Segundo analistas, o fato de o BC não ter feito a colocação integral dos
contratos no primeiro leilão trouxe incerteza para o mercado em relação à
atuação da autoridade monetária e teria contribuído para a alta do dólar. "O BC
parece desconfortável com um dólar abaixo de R$ 2,30, mas também não quer ver o
câmbio desancorado", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
A perspectiva de entrada de recursos para renda fixa e de captações externas,
no entanto, continua limitando a alta do dólar no mercado local, levando muitos
investidores a reduzir a posição comprada na moeda americana, que acumula queda
de 1,58% em março. Dados do BC divulgados hoje mostram que o fluxo cambial está
positivo em US$ 5,469 bilhões em março, até o dia 21, resultado de uma entrada
líquida de US$ 5,664 bilhões na conta financeira e de um déficit de US$ 195
milhões na conta comercial. Só na semana passada, houve entrada líquida de US$
2,454 bilhões. No ano, o saldo cambial é positivo em US$ 5,223 bilhões.




Taxas dos DIs terminam sessão da BM&FBovespa em queda
   São Paulo, 26 de março de 2014 - As taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão da BM&FBovespa desta quarta-feira no
campo negativo. Com o maior volume financeiro, a taxa dos papéis programados
para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%, movimentando R$ 26,7 bilhões.
   No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
   Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuaram de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões.




PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Mercado vai reagir a relatório de inflação e EUA
   São Paulo, 26 de março de 2014 - As negociações nos mercados de dólar
comercial e juros futuros vão refletir, principalmente, os dados apresentados
pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação, referente ao
primeiro trimestre de 2014, e a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos
Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado.
   "O relatório de inflação poderá causar volatilidade ao mercado,
principalmente no momento em que o BC tem deixado as últimas atas abertas em
relação às perspectivas à alta na Selic [taxa básica de juros]. Os
investidores aguardam se a postura de não se comprometer com as ações futuras
será mantida", diz o estrategista-chefe do Crédit Agricole, Vladimir
Caramaschi.
   No caso dos dados externos, os analistas esperam alta de 2,6% na leitura
final do PIB dos Estados Unidos, no quarto trimestre, após a segunda leitura
ter apontado alta de 2,4%. No terceiro trimestre, o Departamento do Comércio
que houve crescimento de 4,1%, ante o trimestre anterior, na comparação anual.
   Caramaschi destaca que o mercado continuará com a atenção voltada para a
tensão entre Rússia e Ucrânia e o possível desdobramento das sanções mais
fortes que os Estados Unidos querem impor ao governo russo. Hoje, o presidente
norte-americano Barack Obama afirmou, no Conselho da União Europeia (UE), que
as ações vão considerar a dependência energética e as consequências para
outros países.
   Nesta quarta-feira, o dólar comercial terminou as negociações com leve
alta de 0,08%, em relação ao real, cotado a R$ 2,3060 para compra e a R$
2,3080 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a
mínima de R$ 2,2940 e a máxima de R$ 2,3210. No mercado futuro, os contratos
da divisa com vencimento em abril caíram 0,43%, a R$ 2.306,000.
   "O discurso do Obama em Bruxelas alimentou a aversão ao risco, fazendo com
que tanto os mercados acionários quanto o de câmbio fossem impactados",
disse. O estrategista-chefe acredita que essa onda de bom humor com o Brasil
está com os dias contados, devido fatores negativos como racionamento de
energia, corte no rating, ajuste fiscal e arrecadação.
    Juros
   As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a
sessão da BM&FBovespa com queda. Com o maior volume financeiro, a taxa dos
papéis programados para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%,
movimentando R$ 26,7 bilhões.
     
   No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
    
   Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuou de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões. Caramaschi afirma que o recuo nas taxas neste pregão foi mais um
movimento técnico, pois vinham subindo muito nos meses anteriores, com a
entrada de estrangeiros nos ativos de renda fixa, instigados pela alta dos
juros.




PERSPECTIVA: Relatório de inflação e PIB dos EUA devem nortear negócios
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Após interromper a sequência de sete
pregões de alta, o Ibovespa, principal índice da BM&Fbovespa, deverá abrir a
sessão amanhã reagindo aos dados do relatório trimestral de inflação,
segundo Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos. Os dados de Produto
Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos também podem influenciar os negócios.
   "O relatório de inflação sem dúvida será o destaque, mas os números
dos Estados Unidos também serão importantes. Acredito que amanhã o Ibovespa
deva realizar mais um pouco, embora a tendência para a bolsa tenha invertido
para alta com o mercado olhando para o conjunto de possíveis estímulos da
China e manutenção de grau de investimento do Brasil por pelo menos mais um
ano. Isso traz certo alivio, dando tempo de arrumar a casa independente das
eleições", destaca Mesnik.
   O Banco Central divulga, às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação,
referente ao primeiro trimestre de 2014. Nos Estados Unidos, o Departamento do
Comércio informa, às 9h30, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do
quarto trimestre. No terceiro trimestre, houve expansão de 4,1% ante o
trimestre anterior em termos anualizados. Analistas esperam alta de 2,6% na
leitura final do quarto trimestre, após a segunda leitura ter apontado alta de
2,4%.
   Ainda na agenda norte-americana serão divulgados o número de novos pedidos
de seguro-desemprego na última semana, às 9h30, pelo Departamento do Trabalho
e às 11h, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em
inglês) divulga as vendas pendentes de imóveis residenciais referentes a
fevereiro. Em janeiro, as vendas subiram 0,1% ante dezembro. A expectativa é de
queda de 0,2%.
    
   Hoje, o Ibovespa encerrou em queda de 0,45%, a 47.965 pontos, refletindo
movimento de realização dos lucros, após as altas consecutivas. O giro
financeiro foi de R$ 6,4 bilhões. A inversão do sinal dos índices
norte-americanos, encerrando em queda, também colaborou com o recuo do
Ibovespa. Entre os papéis mais líquidos, as ações preferenciais da Petrobras
(PETR4) caíam 0,55%, a R$ 14,52, e as da Vale (VALE5) desvalorizaram 0,40%, a
R$ 27,66.





Bovespa fecha em queda com realização de lucros após 7 altas

A bolsa brasileira finalmente cedeu à realização nesta quarta-feira, após sete
pregões consecutivos de alta. A piora das bolsas americanas após declarações do
presidente Barack Obama acabou se refletindo por aqui.  Obama disse que os
Estados Unidos e a Europa estão enfrentando um "momento de teste", que desafia
a ordem internacional. Em discurso realizado em Bruxelas, Obama disse ainda que
a anexação da Crimeia pela Rússia viola as leis internacionais. Obama sugeriu
que as sanções contra a Rússia podem aumentar e afirmou que as atitudes de
Moscou não prejudicam somente a economia da Rússia, mas todo o sistema
internacional.. Por aqui, Petrobras e Vale demonstraram fraqueza após as altas
recentes, enquanto o setor bancário voltou a brilhar, mesmo após a confirmação
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P na madrugada de hoje. A nota do
Banco Central sobre operações de crédito deu fôlego ao setor. Porém, o
adiamento do julgamento no STJ sobre a correção da poupança da época dos planos
econômicos para abril tirou um pouco da força de alta dos papéis. O Ibovespa
fechou em baixa de 0,45%, para 47.965 pontos, com volume de R$ 6,431 bilhões.
Até ontem, a bolsa acumulava ganho de 7,15% em sete pregões seguidos de alta.
"Foi um dia clássico de realização de lucros após uma longa sequência de
altas", afirmou o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Como
o dólar terminou pra ticamente de lado [alta de 0,09%], tudo indica que não
teve tanta entrada de capital externo na bolsa hoje. Mas não é uma queda que
preocupa. O Ibovespa tem espaço para corrigir até os 47 mil pontos sem perder a
tendência de recuperação", disse o especialista. Entre as principais ações do
índice, Vale PNA caiu 0,39%, a R$ 27,50, e Petrobras PN recuou 0,55%, para R$
14,40. No setor bancário, Itaú PN subiu 0,86%, para R$ 32,73; Bradesco PN
ganhou 2,21%, a R$ 29,51; Banco do Brasil ON teve alta de 1,29%, para R$ 21,11;
e Santander Unit avançou 2,23%, para R$ 12,37. O Banco Central manteve hoje
suas projeções de expansão do crédito total neste ano em 13%. A expectativa é
que os bancos públicos tenham expansão de 17% e os privados de 10%. O anúncio
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P acabou não fazendo preço nos
ativos, já que era mais do que esperada. Segundo operadores, os investidores
estrangeiros puxam as compras no setor financeiro. A lista de maiores altas
trouxe, além dos bancos, TIM ON (4,00%), MRV ON (3,65%) e Light ON (2,16%). Na
outra ponta apareceram Oi PN (-11,14%), Rossi ON (-4,96%) e PDG Realty ON
(-4,47%). As ações da Oi registram forte queda no pregão de hoje, após do
colegiado da CVM ter decidido que os controladores da companhia podem votar na
assembleia que vai examinar o valor dos ativos da Portugal Telecom que serão
aportados em aumento de capital previsto no processo de fusão das duas
companhias. A CVM também manteve a assembleia da Oi, que discutirá o tema,
nesta quinta-feira. A decisão da CVM funciona praticamente como um sinal verde
para a operação, comenta John Keith, analista da Bernstein Research. De acordo
com Keith, agora não há muitos impedimentos para que o processo siga seu curso,
mas a casa de análise já acreditava que a união ocorreria por falta de opção
melhor aos minoritários. "Ainda acreditamos que a fusão é a melhor saída
possível para todas as partes", disse o especialista em entrevista aos
repórteres Renato Rostás e Daniela Meibak, do Valor. Com a certeza de aprovação
do aumento de capital, os acionistas que não participarem da operação serão
diluídos. Por isso, muitos minoritários estão insatisfeitos com essa potencial
diluição e decidiram vender seus papéi




Bolsa fecha em queda e encerra sequência de sete altas; bancos sobem
São Paulo, SP  - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
fechou esta quarta-feira (26) em queda de 0,45%, aos 47.965 pontos, encerrando
uma sequência de sete altas.
"O rali da Bolsa desde a semana passada abriu espaço para os investidores
embolsarem lucros", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria Leme
Investimentos.. "Além disso, o mercado nacional sofreu influencia dos EUA, onde
as Bolsas caíram após o discurso de Obama sobre a Crimeia e a tensão política
com a Rússia", acrescenta.
As ações da Oi lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com baixa de 11,14%. O
movimento reflete a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de
permitir que os controladores da companhia participem de assembleia sobre a
fusão com a Portugal Telecom.
Os acionistas minoritários haviam pedido à CVM para que impedisse os
controladores de participarem do evento, porque não concordavam com o laudo de
avaliação dos ativos da Portugal Telecom, elaborado pelo Santander.
O setor bancário também teve influência na Bolsa brasileira hoje. As ações dos
bancos fecharam em alta, apesar de terem reduzido os ganhos durante a tarde,
quando o Ibovespa, afetado pelos EUA, também perdeu força.
Para Brügger, o que motivou o ganho dos bancos hoje foi a reunião que a
presidente Dilma Rousseff teve ontem com os representantes dessas instituições.
"Ela parecia estar mais disposta a ouvir o setor, que sofreu nos últimos anos
com uma interferência do governo, como para uma redução do spread (diferença
entre o juro cobrado nos empréstimos e o pago aos clientes que investem), por
exemplo", avalia.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou o corte
na nota de 13 instituições financeiras, entre elas estão os cinco maiores
bancos do país. A medida veio um dia após a agência ter reduzido a nota do
Brasil de "BBB" para "BBB-".
"O corte já era esperado. Era sabido que quando a agência abaixasse a nota do
governo, também iria reduzir a avaliação das empresas de setores mais expostos
a ele. No geral, não tem impacto e não deve afetar a capacidade deles de tomar
recursos", Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.
As ações do Itaú Unibanco fecharam esta quarta-feira em alta de 0,86%, enquanto
Bradesco subiu 2,22% e Santander teve valorização de 2,23%. Já os papéis do
Banco do Brasil avançaram 1,30% no dia.
O setor também foi influenciado pela notícia de que o STJ (Superior Tribunal de
Justiça) adiou pela terceira vez o julgamento do processo que define com mais
precisão o custo das ações judiciais movidas por poupadores que afirmam ter
tido perdas com a edição de planos econômicos nos governos Sarney e Collor.
"O julgamento da correção das poupanças é algo que os bancos têm que se
preparar para arcar com uma possível decisão desfavorável. Eles precisam de um
prazo para poder montar uma estratégia para se provisionar. Ainda há muitas
dúvidas sobre o assunto e quanto mais demora para o julgamento acontecer, mais
perdido o mercado fica", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Na ponta positiva do Ibovespa, ganharam destaque os papéis da TIM
Participações, que subiram 4,01%. Segundo analistas, pode ter havido migração
de investimentos da Oi para TIM entre os aplicadores que querem manter posições
no setor de telecomunicações.
DÓLAR SOBE
Depois de sete dias em baixa, o dólar voltou a ganhar força em relação ao real
nesta quarta-feira, em meio a intervenções não convencionais do Banco Central.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,42%, a R$
2,312 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou
0,08%, para R$ 2,308.
O Banco Central realizou logo cedo um leilão de swap cambial tradicional, que
equivale à venda de dólares no mercado futuro, numa operação que estava
prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio.
A autoridade, no entanto, aceitou vender apenas 2.400 contratos dos 4.000
papéis oferecidos. Com isso, a avaliação de operadores foi de que o governo não
queria que a moeda americana caísse para menos de R$ 2,30, o que prejudicaria
as receitas das exportadoras brasileiras.
Mas, logo em seguida, o BC anunciou outro leilão de swap para ofertar 1.600
contratos ""mesmo valor que faltou para completar a oferta de 4.000 papéis na
operação anterior"", que foram todos vendidos.
A autoridade fez ainda um terceiro leilão. Desta vez, o objetivo era rolar os
contratos de swap que venceriam em 1 de abril deste ano. Todos os 10.000
papéis ofertados nesta operação foram vendidos.




MERCADO EUA: Indices caem com aumento de tensão após discurso de Obama
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos fecharam em queda, influenciados pelo aumento das
tensões em relação à Rússia, principalmente após declarações do
presidente Barack Obama. O Dow Jones caiu 0,60%, a 16.268 pontos; e o S&P 500
encerrou com queda de 0,70%, a 1.852 pontos. O Nasdaq Composto teve queda de
1,43%, a 4.173 pontos, influenciado pela forte desvalorização dos papéis da
estreante King Digital Entertainment, criadora do jogo "Candy Crush", que
recuou 15,6%.

   Os índices chegaram a operar em alta com o ânimo dos investidores
alimentado pelo resultado positivo de pedidos de bens duráveis nos Estados
Unidos. O Departamento de Comércio informou que os pedidos de bens duráveis
subiram 2,2% em fevereiro ante janeiro, para US$ 229,4 bilhões. Em janeiro, as
encomendas haviam caído 1,3% (dado revisado), na comparação mensal.
   O movimento virou após Obama declarar que a aplicação de sanções
econômicas mais fortes contra a Rússia tem que levar em consideração,
principalmente, a dependência energética e as consequências para outros
países. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e União
Europeia. Para irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas,
pois alguns países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá
consequências para todo mundo", alertou Obama.




PETRÓLEO: Preço do WTI fecha com maior alta em duas semanas
   São Paulo, 26 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em alta hoje, com a redução inesperada nos estoques de
gasolina nos Estados Unidos e com o discurso de Barack Obama sobre dependência
energética dos europeus frente à Rússia. Na Nymex, os preços dos contratos
futuros do WTI, com vencimento em maio, encerraram a sessão com alta de 1,07%,
a US$ 100,26 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos futuros do
Brent, com o mesmo vencimento, ficou praticamente estável, em US$ 107,03 o
barril
   O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) informou hoje que os
estoques de gasolina caíram em 5,1 milhões de barris (2,3%) para 217,2
milhões de barris na semana encerrada em 21 de março, enquanto os de petróleo
subiram em 6,6 milhões para 382,5 milhões.

   Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou que o
Ocidente está cauteloso em aplicar sanções econômicas mais fortes à
Rússia, pois países europeus ainda dependem muito do fornecimento de gás e
petróleo russos e incentivou a Europa a buscar suas próprias fontes de
energia. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e UE. Para
irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas, pois alguns
países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá consequências
para todo mundo", alertou Obama, em coletiva de imprensa no Conselho da União
Europeia (UE).