ENCAFÉ: SAFRA 2014 DO BRASIL DEVE CAIR PARA 52 / 53 MI SACAS-COOXUPÉ
A safra brasileira de café em 2013 deve ter fechado em
56,550 milhões de sacas de 60 quilos , segundo números apurados no mercado,
destacou o superintendente comercial da Cooxupé (Cooperativa Regional de
Cafeicultores em Guaxupé), Lúcio Araújo Dias, que participou do 21o Encafé
(Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro
no Guarujá, litoral de São Paulo.
A safra 2013 é dita de ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade
cafeeira, que alterna anos de produção maiores com anos de queda no volume de
grãos nas árvores de café. Em 2014, entretanto, ano que tende a ser de maior
produção por esse aspecto bienal do café, a safra deverá cair para 52 a 53
milhões de sacas, estimou Lúcio Dias.
Ele explicou que importantíssimas regiões produtoras do sul de Minas
Gerais e da Zona da Mata foram muito prejudicadas por condições climáticas
desfavoráveis recentemente, o que inverteu a bienalidade. Assim, em 2013 essas
regiões colheram uma safra melhor, que vai cair no ano que vem.
Lúcio Dias comentou ainda que a qualidade da safra em 2013 está bem
abaixo do normal. Na região de atuação da Cooxupé no sul de Minas Gerais e
São Paulo, que em anos normais chega a colher 80% de cafés finos do total,
este ano o índice caiu para 43%. Já os grãos considerados de baixa qualidade
no sul de Minas Gerais e SP envolvem nessa safra 24% do total, quando em bons
anos podem ficar em apenas 5% ou menos. O cerrado mineiro teve condições
melhores, com 74% da safra sendo de cafés finos, 20% de grãos médios e 6% de
baixa qualidade.
ENCAFÉ: ESTOQUE FINAL 2013/14 BRASILEIRO DEVE FICAR EM TORNO DE 4 MI SCS-COOXUPÉ
O estoque final da safra brasileira de café 2013/14
(julho/julho) deverá ficar em cerca de 4 milhões de sacas de 60 quilos. A
projeção é do superintendente comercial da Cooxupé (Cooperativa Regional de
Cafeicultores em Guaxupé), Lúcio Araújo Dias, que participou do 21o Encafé
(Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro
no Guarujá, litoral de São Paulo.
Como representante da maior cooperativa de café do Brasil e do mundo,
Lúcio Dias surpreendeu ao apresentar números de mercado para a safra
brasileira de café. Com base nesses números levantados, ele indicou que a
produção nacional em 2013 chegou a 56,550 milhões de sacas, sendo 40,450
milhões de sacas de arábica e 16,1 milhões de sacas de conilon. Ele indicou o
consumo no ano em 20,3 milhões de sacas.
Ainda assim, Lúcio Dias ressaltou que não há sobras exorbitantes para a
próxima temporada. Balanço do estoque de café verde apresentado por ele
mostrou um saldo de 49,468 milhões de sacas em 31 de agosto de 2013 (30,839
milhões de sacas de arábica e 18,629 milhões de conilon).
Ele comentou que não vê como se comenta uma explosão de consumo de
conilon no Brasil, com o arábica sendo deixado de lado. Para isso, demonstrou
que em setembro os dados mostram uma exportação brasileira de 2,287 milhões
de sacas (2,146 milhões de arábica e apenas 141 mil sacas de conilon). Houve
ainda embarque de 275 mil sacas de solúvel. E, mais, o consumo interno foi em
setembro apontado neste balanço em 1,692 milhão de sacas. Deste volume de
consumo, 1,353 milhão de sacas envolveu arábica e somente 339 mil sacas (20%
do total). "O que estão sendo comprado de verde agora e que deve ser comprado
em outubro e novembro dos produtores vai ser 80% de arábica e 20% de conilon",
disse, contestando outras palestras que alertaram para um empate na demanda por
conilon e arábica no Brasil.
Com este consumo e exportações em setembro, e levando-se em
consideração um estoque de 49,468 milhões de sacas ao fim de agosto, Lúcio
Dias apresentou um estoque em 30 de setembro de 2013 de 45,214 milhões de
sacas, sendo 27,285 milhões de arábica e 17,929 milhões de conilon.
Mantendo-se as exportações e o consumo na média do mês de setembro, o Brasil
chegaria ao final de junho de 2014 com um estoque de passagem para a safra
2014/15 de 6,928 milhões de sacas. Tirando disso os 3 milhões de sacas das
opções, que deverão ser todas exercidas se o preço do café não melhorar, o
estoque de passagem ficaria em 3,9 milhões de sacas, comentou o
superintendente à Agência SAFRAS.