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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ENCAFÉ: SAFRA 2014 DO BRASIL DEVE CAIR PARA 52 / 53 MI SACAS-COOXUPÉ
A safra brasileira de café em 2013 deve ter fechado em
56,550 milhões de sacas de 60 quilos , segundo números apurados no mercado,
destacou o superintendente comercial da Cooxupé (Cooperativa Regional de
Cafeicultores em Guaxupé), Lúcio Araújo Dias, que participou do 21o Encafé
(Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro
no Guarujá, litoral de São Paulo.
    A safra 2013 é dita de ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade
cafeeira, que alterna anos de produção maiores com anos de queda no volume de
grãos nas árvores de café. Em 2014, entretanto, ano que tende a ser de maior
produção por esse aspecto bienal do café, a safra deverá cair para 52 a 53
milhões de sacas, estimou Lúcio Dias.
    Ele explicou que importantíssimas regiões produtoras do sul de Minas
Gerais e da Zona da Mata foram muito prejudicadas por condições climáticas
desfavoráveis recentemente, o que inverteu a bienalidade. Assim, em 2013 essas
regiões colheram uma safra melhor, que vai cair no ano que vem.
    Lúcio Dias comentou ainda que a qualidade da safra em 2013 está bem
abaixo do normal. Na região de atuação da Cooxupé no sul de Minas Gerais e
São Paulo, que em anos normais chega a colher 80% de cafés finos do total,
este ano o índice caiu para 43%. Já os grãos considerados de baixa qualidade
no sul de Minas Gerais e SP envolvem nessa safra 24% do total, quando em bons
anos podem ficar em apenas 5% ou menos. O cerrado mineiro teve condições
melhores, com 74% da safra sendo de cafés finos, 20% de grãos médios e 6% de
baixa qualidade.

ENCAFÉ: ESTOQUE FINAL 2013/14 BRASILEIRO DEVE FICAR EM TORNO DE 4 MI SCS-COOXUPÉ
O estoque final da safra brasileira de café 2013/14
(julho/julho) deverá ficar em cerca de 4 milhões de sacas de 60 quilos. A
projeção é do superintendente comercial da Cooxupé (Cooperativa Regional de
Cafeicultores em Guaxupé), Lúcio Araújo Dias, que participou do 21o Encafé
(Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro
no Guarujá, litoral de São Paulo.
    Como representante da maior cooperativa de café do Brasil e do mundo,
Lúcio Dias surpreendeu ao apresentar números de mercado para a safra
brasileira de café. Com base nesses números levantados, ele indicou que a
produção nacional em 2013 chegou a 56,550 milhões de sacas, sendo 40,450
milhões de sacas de arábica e 16,1 milhões de sacas de conilon. Ele indicou o
consumo no ano em 20,3 milhões de sacas.
    Ainda assim, Lúcio Dias ressaltou que não há sobras exorbitantes para a
próxima temporada. Balanço do estoque de café verde apresentado por ele
mostrou um saldo de 49,468 milhões de sacas em 31 de agosto de 2013 (30,839
milhões de sacas de arábica e 18,629 milhões de conilon).
    Ele comentou que não vê como se comenta uma explosão de consumo de
conilon no Brasil, com o arábica sendo deixado de lado. Para isso, demonstrou
que em setembro os dados mostram uma exportação brasileira de 2,287 milhões
de sacas (2,146 milhões de arábica e apenas 141 mil sacas de conilon). Houve
ainda embarque de 275 mil sacas de solúvel. E, mais, o consumo interno foi em
setembro apontado neste balanço em 1,692 milhão de sacas. Deste volume de
consumo, 1,353 milhão de sacas envolveu arábica e somente 339 mil sacas (20%
do total). "O que estão sendo comprado de verde agora e que deve ser comprado
em outubro e novembro dos produtores vai ser 80% de arábica e 20% de conilon",
disse, contestando outras palestras que alertaram para um empate na demanda por
conilon e arábica no Brasil.
    Com este consumo e exportações em setembro, e levando-se em
consideração um estoque de 49,468 milhões de sacas ao fim de agosto, Lúcio
Dias apresentou um estoque em 30 de setembro de 2013 de 45,214 milhões de
sacas, sendo 27,285 milhões de arábica e 17,929 milhões de conilon.
Mantendo-se as exportações e o consumo na média do mês de setembro, o Brasil
chegaria ao final de junho de 2014 com um estoque de passagem para a safra
2014/15 de 6,928 milhões de sacas. Tirando disso os 3 milhões de sacas das
opções, que deverão ser todas exercidas se o preço do café não melhorar, o
estoque de passagem ficaria em 3,9 milhões de sacas, comentou o
superintendente à Agência SAFRAS.
Encafé : Economista José Mendonça de Barros prevê sequências de preços baixos

Os preços internacionais do café deverão continuar baixos por um bom tempo. Essa é a estimativa do economista e consultor da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, que foi palestrante no 21o Encafé (Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro no Guarujá, litoral de São Paulo.

Para os produtores, segundo Mendonça de Barros, o desafio é o controle de custos, porque o cenário de preços não é favorável. Citou o aumento na utilização do robusta pelas indústrias globalmente, participação maior que “veio para ficar”, segundo ele.
A oferta vai crescer no curto a médio prazo, aponta Mendonça de Barros.

Ele observa que a Colômbia está crescendo e que no Brasil os efeitos da bienalidade são bem menores agora, com a melhora na produtividade e tecnologia na lavoura.

“A tendência é de baixa, e muito mais no arábica que no robusta”, comentou, referindo-se ao fato de que o aumento do uso de robusta nos blends pode dar melhor sustentação aos preços, o que já está sendo visto no mercado há um bom tempo. Apesar desse cenário desfavorável, o economista não concorda com a ideia do governo refazer grandes estoques de café, porque isso no passado custou caro adiante para o setor. “Refazer estoques é uma solução perdedora já na saída”, afirmou. O produtor terá de gerenciar melhor os custos e aumentar a produtividade para enfrentar as baixas cotações.

No lado da indústria, com a matéria prima mais barata, esse quadro deve ser um estímulo para as empresas buscarem fazer produtos diferenciados e com mais qualidade.
Coffee Board nixes options pricing strategy
The Gleaner – Jamaica - Friday | October 18, 2013

Risk-management training delivered by the World Bank has assisted in sensitising the group to the need for diversified markets given the price volatility of coffee, says the Coffee Industry Board (CIB).

Coffee producers were advised that they could hedge against falling coffee price by taking up positions in the coffee futures market. They can also sell coffee contracts in the futures market to cover the quantity of coffee to be produced.

However, Dave Gordon, senior information officer at the CIB, said the commodity board has no cause to apply such price-management strategies because it deals in a niche market product - Jamaica Blue Mountain coffee (BMC) - that is not traded on commodity exchanges.

CIB operates both as a regulator of the coffee market and marketer of the product.

The exposure to options trading was good information, "but BMC does not relate to futures and hedging. It's a premium product and scarce. Even when Japan is taking less it is still low in supply," Gordon said.

The World Bank seminars were delivered under a three-year project for improving agriculture risk management in the Caribbean, which ended in 2012.

The information officer said that local farmers had learned to spread their risk by organising groupings of family-run farms to sell to several buyers.

"When they are out there in the field transacting at the depot, they are not selling all their coffee to one man. They select a number of processors and coffee traders, so that if one develops cash flow problems they will have some income," he said.

World Bank training was conducted in five modules: understanding price risk and its impact on operations; risk assessment and break-even analyses; physical coffee contracts to manage price risk; hedging and options contracts; and integrating a price risk-management programme into business operations.
Goldman Sachs Cuts Arabica Coffee Forecasts by 7.7% on Weather
Isis Almeida - Oct 18, 2013 7:23 AM GMT-0300

Goldman Sachs Group Inc. cut its price forecasts for arabica coffee traded in New York by 7.7 percent, citing favorable weather and the biggest stockpiles of the variety favored by Starbucks Corp. (SBUX) in five years.

The beans traded on the ICE Futures U.S. exchange will be at $1.20 a pound in three, six and 12 months, the bank said in a report e-mailed today. That’s down from last month’s forecast for $1.30 a pound. Arabica coffee futures fell 20 percent this year on signs of bigger harvests in leading producer Brazil and Colombia, the second-biggest grower of the variety.

“Arabica coffee prices continued to decline last month on larger than expected Colombian production and favorable weather for the upcoming crop in Brazil,” Damien Courvalin, an analyst at the bank in New York, wrote in the report.

Futures are heading for a third year of declines, the longest losing streak since 1993. The commodity is the fourth worst performer this year in the Standard & Poor’s GSCI gauge of 24 raw materials, with only gold, silver and corn down by more. Stockpiles at the end of this season will be 30.5 million bags, the highest since 2008-09, estimates the U.S. Department of Agriculture. A bag of coffee weighs 60 kilograms (132 pounds).

Coffee prices could rebound if there are further cuts to production in Central America, where leaf rust disease has hit crops, or if funds decide to close out bets on lower prices, Goldman said. Large and small speculators excluding index funds have been betting on lower prices since 2011, data from the U.S. Futures Trading Commission compiled by Bloomberg showed.

Arabica coffee for December deliver was little changed at $1.1475 a pound on ICE by 5:53 a.m. in New York.

Sugar Surplus

While the global sugar surplus will be smaller this season than previously expected because of import demand from China and Indonesia, stockpiles will rise for a fourth consecutive season, Goldman said. Prices rallied 11 percent last month as rainfall reduced output in Brazil’s center south, the main growing region of the world’s leading producer, and funds started buying.

“We view the recent rally as likely excessive given current fundamentals, exacerbated by the covering of large net short ICE speculative positions,” Courvalin said.

Sugar prices will be at 17.50 cents a pound in three months and 19 cents a pound in six and 12 months, the bank forecasts. The sweetener, which fell to as low as 15.93 cents a pound in July, was trading today at 18.96 cents a pound for March delivery.

Cocoa Inventories

Global cocoa inventories will decline for a second year as processing rises. Bean grinding in Europe gained 4.7 percent in the third quarter, according to the European Cocoa Association. In Asia, grindings rose 12 percent and in North America advanced 8.2 percent in the same period, according to the Cocoa Association of Asia and the National Confectioners Association.

Futures will be at $2,500 a ton in three, six and 12 months, the bank said. The forecast is below current prices because of record bullish speculators bets at a time of “high” stocks-to-use ratio, the bank said.

Cocoa for December delivery was down 1 percent to $2,740 a ton in New York. The beans used to make chocolate gained 22 percent this year, this year’s best performing commodity on the GSCI, ahead of cotton and natural gas.
ENCAFÉ: SAFRA 2013 DO BRASIL FOI DE 52 MI DE SACAS - ASSOCAFÉ
 A safra brasileira de café em 2013 foi de 52 milhões de
sacas de 60 quilos, com um pequeno efeito da bienalidade - que alterna anos de
safras maiores com safras menores, já que a produção em 2012 deve ter ficado
em torno de 55 milhões de sacas. A opinião é do presidente da Associação
dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo. Ele concedeu
entrevista exclusiva à Agência SAFRAS durante o 21o Encafé (Encontro Nacional
das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro no Guarujá,
litoral de São Paulo.
    A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontou a safra 2013 do
Brasil em seu último levantamento em 47,5 milhões de sacas, contra 50,8
milhões de sacas em 2012. Para João Lopes, esses números estão fora da
realidade porque não batem com os dados de exportação e consumo. Por isso,
fora do Brasil o mercado não dá crédito a estimativa do governo brasileiro.
    A produção da Bahia em 2013 deve fechar em 2,0 milhões de sacas (1,1 a
1,2 milhão de sacas de arábica e 800 a 900 mil sacas de conillon). Para 2014,
João Lopes acredita numa produção de 2,5 milhões de sacas, com a produção
do conillon superando 1,0 milhão de sacas. A safra do ano que vem não será
maior na Bahia porque o arábica tem a produção já comprometida pela seca. Em
2015, a Bahia poderá alcançar produção de 3,0 a 3,5 milhões de sacas, com
o conillon atingindo 2,0 milhões.
    Esse crescimento na produção do conillon, segundo o dirigente da
Assocafé, é resultado do aumento do plantio. "Plantamos mais de 30 milhões
de mudas de conillon na Bahia nos últimos três anos", comentou.




ENCAFÉ: PRESIDENTE DA ASSOCAFÉ NÃO ACREDITA EM RECUPERAÇÃO NOS PREÇOS

Os preços do café no mercado internacional não devem se
recuperar nos próximos dois a três anos. A análise é do presidente da
Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes Araújo.
Ele concedeu entrevista exclusiva à Agência SAFRAS durante o 21o Encafé
(Encontro Nacional das Indústrias do Café), que ocorre de 16 a 20 de outubro
no Guarujá, litoral de São Paulo. Para João Lopes, só houve situação pior
em 2002, quando o café estava em US$ 40 / 42 a saca.
    Além das questões de oferta e demanda, o cenário atual é também
reflexo da "incompetência na política do café", afirma João Lopes. Lembra
que o Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) tinha R$ 3,1 bilhões
desde o ano passado. E com os produtores colhendo agora uma safra grande em
2013, mesmo em ciclo baixo produtivo dentro da bienalidade cafeeira, o governo
não liberou recursos em tempo adequado para a colheita. O resultado foi que os
cafeicultores colheram e tiveram de vender ao preço de mercado sem contar com
financiamentos de colheita.
    Agora, para João Lopes, o governo deveria entrar comprando café ao preço
mínimo, de R$ 307,00 a saca, via AGF (Aquisição do Governo Federal) ou por
outro meio. "O dinheiro das opções para os produtores só entra em março.
Mas é preciso um tratamento de choque no mercado agora", defende.
    Se não exercer agora o preço mínimo, as cotações seguirão
pressionadas, afirma o dirigente da Assocafé. Ele observa que o estoque de
passagem de 2013 para 2014 no Brasil será de 5 a 6 milhões de sacas. "Se o
governo tirar um pouco dessa sobra do mercado ajuda numa reação dos preços",
aponta. Sem isso, João Lopes aponta que não há forma do mercado
recuperar-se. "Existe uma sobra, mas não é tanto, então basta um pequeno
empurrão", sugere.
    "Não creio que Nova York caia mais que isso, mas não vai subir",
adverte. Ele afirma que os países produtores teriam de achar um jeito, junto à
Organização Internacional do Café (OIC), de ter um mecanismo para
referência aos preços internacionais diferente de NY. "Não tem nada a ver
com a oferta e demanda toda essa volatilidade dos preços de NY", critica.
    O dirigente da Assocafé afirmou ainda que em 2011 vendeu café despolpado
a R$ 520,00 a saca e hoje o preço é R$ 280,00. Mas, o preço no varejo não
caiu isso. "Com quem está todo esse lucro?", questiona.
    A participação cada vez maior do conillon (ou robusta) nos blends de
café, no Brasil e no mundo, é fator que preocupa, diz João Lopes. "Isso é
um tiro no pé que o industrial fez. Já há blends com mais robusta que
arábica. O resultado, que tenho dito, é que o café está perdendo o aroma e o
sabor", alerta, ressaltando que o robusta é importantíssimo para a Bahia e
para o Brasil, para os blends da indústria, mas não nas quantidades que estão
utilizando agora.