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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Café tem novo dia de queda, mas se mantém acima dos 145 cents 
    Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US finalizaram esta quinta-feira com quedas modestas, em mais uma sessão em que os preços não conseguiram demonstrar forças para testar intervalos básicos de alta, o que deu espaço para que os vendedores dominassem os negócios, ainda que suportes importantes tenham se mantido intactos.  Ao longo de todo o pregão, a posição março não conseguiu testar as máximas da sessão anterior e nem sequer chegou a bater no nível psicológico de 150,00 centavos, o que é uma sinalização de pouco fôlego dos compradores. Diante dessa apatia, níveis consistentes como os experimentados ao longo de parte de janeiro ficam cada vez mais distantes. Apesar da pressão vendedora dos últimos dias, o março, em Nova Iorque, conseguiu fechar janeiro no azul, com valorização de 2,19%. Tecnicamente, no entanto, a tendência atual para a commodity, no curto prazo, é de neutro a baixista, segundo a leitura gráfica de vários operadores.  No campo fundamental, no entanto, o mercado continua bastante preocupado com a situação da América Central. Essa região produtora vive uma infestação sem precedentes da ferrugem do colmo e deverá ter uma retração na produção deste ano e também poderá ter consequências ainda mais graves para a safra do próximo ano, já que esse mal afeta diretamente as plantas, provocando desfolhamento.  No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 75 pontos, com 146,95 centavos, sendo a máxima em 148,60 e a mínima em 146,55 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 70 pontos, com a libra a 150,00 centavos, sendo a máxima em 151,55 e a mínima em 149,60 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve alta de 41 dólares, com 2.009 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 29 dólares, com 2.011 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma predominância das ações vendedoras. No entanto, as liquidações não foram intensas e, desse modo, o março conseguiu se manter num range abaixo dos 150,00 centavos, porém acima dos 145,00 centavos, num viés consolidativo, que, aliás, vem sendo observado ao longo de toda esta semana.  "As perdas, em parte, também estiveram relacionadas ao segmento externo. Tivemos uma quinta-feira de estabilidade para as bolsas de valores nos Estados Unidos ou para o dólar, no entanto, sentimos uma pressão extra sobre algumas commodities, como foi o caso do petróleo e o café. A tendência parece ser de poucas alterações para o preço do grão, que se mostra relativamente confortável nessa tentativa de se manter acima dos 145,00 centavos", sustentou um trader.  As exportações mundiais de café para todos os destinos fecharam dezembro em 9,42 milhões de sacas, segundo estatística da Organização Internacional do Café. As remessas internacionais nos primeiros quatro meses do ano safra 2012/2013, iniciado em outubro passado, tiveram um incremento de 15%, para 28,3 milhões de sacas, contra 24,6 milhões de sacas do mesmo período da temporada anterior. No ano calendário 2012, as exportações globais de arábica atingiram 66,53 milhões de sacas, contra 67,04 milhões de 2011, ao passo que os envios de robustas chagaram a 46,62 milhões de sacas, contra 37,53 milhões do ano anterior.  As exportações brasileiras de café em janeiro, até o dia 30, totalizaram 1.853.566 sacas, queda de 14,65% em relação às 2.171.710 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.965 sacas, indo para 2.618.773 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 33.921 lotes, com as opções tendo 4.436 calls e 7.770 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 148,60, 149,00, 149,50, 149,90-150,00, 150,50, 150,80, 151,00, 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90-155,00, 155,50 e 156,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,55, 146,50-146,40, 146,00-145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00 e 141,50 centavos por libra. 
   Londres tem dia de força e fecha na máxima de quase quatro meses  
    Mais uma vez, Londres diverge do comportamento de Nova Iorque. Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com ganhos, em uma sessão movimentada e que teve a posição março conseguindo se posicionar acima do nível psicológico de 2.000 dólares. Foi o melhor fechamento para a posição desde o último dia 29 de outubro. Com isso, os robustas tomaram caminho oposto ao dos arábicas do outro lado do Atlântico, que voltaram a ter um dia de perdas.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por um volume expressivo de negócios e com o "desgarramento" do março, que vinha apresentando cotações relativamente deprimidas. Com esse movimento, o spread se tornou bastante curto. A predominância do dia foi de compras especulativas, ainda que o mercado tenha assumido uma volatilidade bastante interessante. "Chegamos a experimentar baixas ao longo do dia, no entanto, as origens voltaram a se mostrar reticentes nas mínimas, abrindo espaço para que novas ordens de compra fosse verificadas e o acionamento de alguns stops, o que possibilitou que o março rompesse os 2.000 dólares, numa demonstração de consistência", disse um trader.  O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 17,4 mil lotes, com o maio tendo 10,4 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 2 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve alta de 41 dólares, com 2.009 dólares por tonelada, com o maio tendo valorização de 29 dólares, com 2.011 dólares por tonelada.
    Dólar ignora mudança no IOF e fecha a R$ 1,99
Depois de três dias agitados, o mercado de câmbio desfrutou de um pregão relativamente tranquilo na quinta-feira, com o dólar marcando leve alta, e ignorando medida do governo, que zerou a alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado em aplicações de estrangeiros em fundos imobiliários. Para operadores, a mudança veio em "timing" ruim, acrescentando mais ruído ao mercado, ainda incerto após a confusão de sinais aparentemente conflitantes emitidos pelo Banco Central e pelo Ministério da Fazenda.A moeda americana fechou a quinta em alta de 0,05%, a R$ 1,990, após oscilar de R$ 1,983 a R$ 1,993 entre mínima e máxima. O ganho, porém, não foi suficiente para reverter as fortes perdas do início da semana e, no mês, o dólar acumulou queda de 2,59%.Profissionais encararam o corte de 6% para zero na alíquota de IOF para aplicações de estrangeiros em fundos imobiliários muito mais como uma correção na legislação, clarificando a natureza desses ativos, do que como uma intervenção propriamente dita no câmbio. Assim, o efeito imediato foi nulo sobre o dólar, embora alguns agentes acreditem que, no longo prazo, a mudança tem potencial para fortalecer o fluxo de recursos para o país e favorecer a alta do real."No longo prazo, isso ajuda a atrair mais recursos para o país", disse Solange Srour, economista-chefe do BNY Mellon Arx. "O país não tem poupança doméstica o suficiente e precisa atrair esse tipo de capital, que é mais de longo prazo e menos especulativo."Os sinais de que o interesse de estrangeiros por ativos latino-americanos pode estar voltando a crescer contribui para a expectativa de fluxo maior por meio desses fundos imobiliários, agora livres de IOF para estrangeiros. Segundo Eduardo Suarez, estrategista sênior de câmbio do Scotiabank, em recente operação de abertura de capital, a administradora imobiliária mexicana Fibra Uno levantou cerca de US$ 1,73 bilhão. Cerca de dois terços da demanda veio de estrangeiros, disse ele."O governo [brasileiro] conta com o setor imobiliário e de construção civil como um dos propulsores à aceleração da economia", disse Suarez. Para ele, a medida anunciada de ontem "é consistente com esse objetivo".Outros profissionais, porém, acreditam que a mudança não deve ter impacto, isoladamente, tão significativo sobre os fluxos ou potencial para alimentar uma alta do real ante o dólar. A importância da medida seria mais subjetiva, por ser uma sinalização do governo indicando que não quer um real muito desvalorizado, dadas as preocupações com a inflação."Essa medida [do IOF] foi branda, não deve trazer uma enxurrada de dólares. Mas o ponto é a sinalização do governo, que pelo visto não está disposto a deixar a moeda local se depreciar. E um dos principais motivos para isso é, sem dúvida, a inflação", disse Italo Lombardi, economista do Standard Chartered Bank para a América Latina.A força limitada da medida sobre o câmbio, inclusive, teria seu significado próprio, segundo Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para a América Latina do Goldman Sachs. Segundo ele, ainda que a ideia seja facilitar o fluxo, enfraquecendo o dólar e, assim, ajudar no controle da inflação, o sinal é que o espaço para a apreciação do real é limitado."A ideia não é olhar essa medida isoladamente. Ela se encaixa num conjunto de outras [ações] que mostram claramente uma preocupação crescente das autoridades com a inflação", disse ele. "Se essa medida fosse forte a ponto de apreciar demais o real, o governo não a adotaria."Para alguns agentes, o corte do IOF um dia após o BC e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, emitirem sinais aparentemente contraditórios sobre o câmbio apenas confundiu ainda mais o mercado."A escolha do timing não foi boa, dada a atuação do BC e as declarações do Mantega. Não sabemos se isso [a mudança no IOF] é uma coincidência ou se foi proposital", disse a economista do BNY.Independentemente da opinião sobre os efeitos dessa medida sobre o fluxo cambial, os profissionais concordam que ela não sinaliza que o governo esteja perto de alterar o IOF sobre aplicações de estrangeiros em outros ativos."Ninguém no mercado vê isso como o primeiro passo para retirar o IOF para renda fixa ou para derivativos", disse Srour. "O governo não quer uma apreciação muito rápida [do real]."As taxas de juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros fecharam em alta ontem influenciadas pela preocupação com as fontes de pressão inflacionária, como o câmbio e o mercado de trabalho aquecido. Diferentemente dos três dias anteriores, o volume movimentado ontem foi fraco, metade da média nesta semana. O contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em janeiro de 2015 (DI janeiro/2015) subiu a 7,94%, de 7,91% na véspera.
   PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:
 Dúvida sobre câmbio mantém dólar abaixo de R$ 2   São Paulo, 31 de janeiro de 2013 - Apesar de o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter declarado ontem que o câmbio não será usado como instrumento para controlar a inflação, os investidores seguem em dúvida sobre a políticamonetária do Banco Central (BC). Diante da percepção de que um dólar mais depreciado ajudaria a conter a alta dos preços, a divisa norte-americana segue cotada abaixo de R$ 2 ante o real.   A moeda norte-americana fechou hoje praticamente estável, com leve alta de 0,05%, cotada a R$ 1,9880 para compra e a R$ 1,9900 para venda.
Décio Pereira Filho, operador da corretora Socopa, afirma ver um "mal estar" no mercado em relação à autoridade monetária. "Em parte, isso é efeito da fala de ontem do Mantega, que deixou muitas interrogações não só entre os investidores estrangeiros, mas até mesmo entre os brasileiros sobre o que o BC pretende com sua política monetária". 
 O operador considera que, depois de o BC ter atuado durante meses para manter o dólar mais apreciado, o fato de a moeda norte-americana cair ante o real é "incoerente" no momento em que devem aumentar as exportações, citando os embarques de soja e milho. "O governo está privilegiando o combate à inflação, mas o dólar precisaria cair mais ainda para conter a alta dos preços, o que prejudicaria as empresas". 
 Meses atrás, de acordo com Pereira Filho, o mercado acreditava que haveria um patamar informal entre R$ 2,00 a R$ 2,10 para o dólar, mas atualmente o pisopode estar próximo de R$ 1,95.    Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,9830 e a máxima de R$ 1,9930. No mês, a divisa acumulou queda de 2,6%.
No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para fevereiro recuou0,07%, a R$ 1.988,000, e o contrato para março fechou estável a R$ 1.998,000.
   Juros
  Considerando que não há perspectivas de a que a Selic (taxa básica de juros) volte a subir no curto prazo, a maioria dos contratos de depósitos interfinanceiros (DIs) encerrou as negociações de hoje na BM&FBovespa em alta."Por enquanto, os juros devem continuar no patamar atual. No entanto, a leitura do mercado é que, quando o governo decidir subir os juros, vai fazer isso em uma intensidade maior", afirma Pereira Filho. 
 O operador destaca que os contratos mais curtos têm apresentado oscilaçãomenor, enquanto os títulos com vencimento mais no longo prazo apostam em um aumento maior da Selic.
   Para amanhã, o destaque são números do setor industrial. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), referente a 2012 e ao mês de dezembro. "A produção industrial não deve vir boa, o que não deve trazer grandes surpresas", diz. 
 O mercado estima que a produção industrial brasileira apresente retraçãode 2,8% em 2012, segundo a mediana das projeções do Termômetro CMA. Na comparação mensal, o mercado estima uma retração de 4,70% em dezembro de 2012 ante mesmo período de 2011. Em relação a novembro do ano passado, a expectativa é de queda de 0,30%. 
 O contrato mais líquido, com vencimento em janeiro de 2015 avançou de 7,91% para 7,94%, com giro de R$ 23,352 bilhões, seguido do para janeiro de 2017, que ficou estável em 8,84%, movimentando R$ 9,975 bilhões.     
  Entre os contratos com vencimento no curto prazo, o para janeiro de 2014 permaneceu em 7,21% (R$ 8,936 bilhões), o para julho de 2013 seguiu em 7,05% (R$ 7,377 bilhões) e o para abril de 2013 aumentou de 6,99% para 7,00% (R$ 6,277 bilhões).   
    No longo prazo, o DI para janeiro de 2016 subiu de 8,48% para 8,50% (R$ 3,358 bilhões) e o para julho de 2016 avançou de 8,66% para 8,67% (R$ 1,672 bilhão).    
O número de contratos negociados hoje atingiu 871.594, queda de 43,82% em relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das operações atingiu R$ 75,084 bilhões.   
Alta do último pregão de janeiro não reverte perda da bolsa no mês
As ações da Vale ajudaram o Ibovespa a se recuperar ontem. Depois de um dia volátil, o indicador fechou em alta de 0,72%, para 59.761 pontos. O ganho, no entanto, não foi suficiente para zerar as perdas de janeiro, que ficaram em 1,95%.Os papéis PNA da mineradora encerraram o pregão com ganho de 4%, para R$ 38,78, depois de terem a recomendação elevada pelo Bank of America Merrill Lynch, de neutro para compra. O volume financeiro foi forte, de R$ 1 bilhão, ante R$ 590 milhões da segunda colocada, Petrobras PN.Do outro lado, OGX despencou. As ações da companhia de petróleo caíram 6,17%, fechando cotadas em R$ 4,10.Os demais papéis do grupo de Eike Batista também recuaram pelo segundo pregão seguido. Na quarta-feira, o adiamento da entrada em operação de uma térmica da MPX fez os papéis recuarem 10,08% e puxou as outras ações do conglomerado. Ontem foi a vez de OGX liderar a lista. Segundo o chefe da mesa de operações da HSBC Corretora, André Moura, os papéis atingiram níveis que disparam ordens de "stop loss" (liquidação de contratos para evitar mais perdas).Além disso, operadores comentam que os investidores podem estar deixando a empresa à espera da abertura de capital da operadora de plataformas QGOG Constellation. A companhia, fornecedora da Petrobras, fez um registro no começo de janeiro para uma oferta de ações. MMX perdeu 2,86%,  LLX  caiu 0,88% e MPX recuou 1,2%.As units do Santander Brasil  abriram em queda, mas viraram e fecharam em alta de 0,83%, num dia de recuperação para os bancos. Bradesco ganhou 2,23% e Itaú PN subiu 0,76%. Num primeiro momento, analistas focaram no aumento da inadimplência do Santander. O nível de calotes passou de 5,1% para 5,5% entre o terceiro e o quarto trimestres de 2012.Mas outras linhas do balanço foram consideradas positivas, como o lucro, que ficou ligeiramente acima das expectativas. O resultado foi de R$ 1,598 bilhão no quarto trimestre, ante expectativa de analistas consultados pelo Valor de R$ 1,43 bilhão. Em relatório, o Espírito Santo Equity Research  diz que tem uma visão negativa dos resultados como um todo, apesar de a linha final ter vindo acima do consenso de mercado. Os analistas Gustavo Schroden e Mateus Renault citaram deterioração da qualidade de ativos e pressão de margens.Apesar da recuperação do dia, o Ibovespa fechou janeiro em queda, com investidores ainda receosos em relação ao crescimento da economia brasileira e a pressões inflacionárias, diz Moura, da HSBC Corretora. Em relatório de estratégia de ações, o banco inglês cita que os fundamentos do Brasil estão ficando mais desafiadores. Segundo o HSBC, a relação de risco/retorno das ações brasileiras piorou, depois das decepções do mercado em relação ao futuro da economia e dos receios sobre intervenções do governo.Os principais índices acionários da Europa fecharam em queda, com dados mistos nos Estados Unidos e investidores ainda cautelosos com o número do PIB americano, divulgado na quarta. Investidores aguardam os dados oficiais de emprego no país, que serão apresentados hoje pelo Departamento do Comércio. O índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,74%. CAC-40, de Paris, recuou 0,91%; e DAX, de Frankfurt, perdeu 0,40%.    PERSPECTIVA: Produção industrial e dados dos EUA direcionam pregão amanhã   São Paulo, 31 de janeiro de 2013 - A preocupação com o crescimento da economia brasileira deverá ser o principal destaque do pregão de amanhã, com a divulgação da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) referente ao mês de dezembroe ano de 2012, segundo destaca Nastássia Romanó Leite, economista da Omar Camargo. "A produção industrial brasileira será bem importante amanhã, já se espera uma nova queda em dezembro, mas dependendo de como vier deverá ter impacto maior na bolsa", diz Nastássia. "Nos Estados Unidos, os dados mais importantes serão os de criação de emprego e o ISM [Instituto de Gerência e Oferta]", aponta.   O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, aPesquisa Industrial Mensal. O mercado estima que a produção industrial brasileira apresente retração de 2,8% em 2012, segundo a mediana das projeções do Termômetro CMA. Na comparação mensal, o mercado estima uma retração de 4,70% em dezembro de 2012 ante mesmo período de 2011. Em relação a novembro do ano passado, a expectativa é de queda de 0,30%.   Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulga, às 11h30, a taxa dedesemprego e o número de vagas criadas ou eliminadas em janeiro. Em dezembro, foram criadas 155 mil novas vagas, e taxa de desemprego ficou estável em 7,8%. A expectativa é de aumento de 165 mil vagas e queda para 7,7% na taxa de desemprego.            O Instituto de Gerência e Oferta (ISM, na sigla em inglês) também informa, às13h, o resultado do índice que mede a atividade do segmento industrial do país em janeiro. Em dezembro, o índice registrou alta para 50,7 pontos. Analistas estimam leitura de 50,5 pontos.   Segundo Nastássia, os dados do PMI da China, previstos para hoje à noite, não devem ter grande impacto no pregão de amanhã, apesar da importância da China para as commodities brasileiras. "A prévia do PMI já veio boa e esses números não devem trazer surpresas", explica a economista da Omar Camargo.   O PMI de atividade industrial da China referente a janeiro será divulgado às 23h pela Associação de Logística e Compras da China (CFLP, na sigla em inglês), órgão ligado ao governo. Em dezembro, o índice ficou em 50,6 pontos. A leitura revisada do PMI de atividade industrial referente a janeiro medido pelo HSBC e pelo instituto Markit Economics será divulgado às 23h45. Naleitura preliminar, o índice subiu para 51,9 pontos.   
    Hoje o Ibovespa encerrou com alta de 0,72%, aos 59.761 pontos.
 O volume negociado na bolsa foi de R$ 8,9 bilhões. No mês, o índice acumula queda de 1,95%. A alta foi sustentada pela forte valorização das ações da Vale, apóso banco Merrill Lynch mudar a recomendação de neutro para compra. Os papéis preferenciais (VALE5) avançaram 3,78%, a R$ 38,70, movimentando R$ 1 bilhão, maior giro financeiro do dia. As ações ordinárias (VALE3) subiram 3,90%, a R$40,26. No mercado externo, os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ação de empresas estrangeiras negociados na Bolsa de Valores de Nova York) lastrados pelas ações preferenciais (VALE.P) subiram 3,85%, a US$ 19,42 e pelas ordinárias (VALE) avançaram 3,90%, a US$ 20,23.  
     Segundo relatório do Merrill Lynch, a preocupação com o crescimento da economia brasileira tem afetado a confiança de investidores em empresas nacionais, mas a alta exposição da Vale ao mercado externo seria positiva. Há também uma boa percepção em relação à estratégia de cortes de custos quea companhia vem adotando. 
 A Votorantim Corretora também abriu call de compra para as ações preferenciais da Vale (VALE5) no preço de R$ 37,72. Com base na análise gráfica, a corretora apontou que havia tendência de alta no gráfico diário, recomendando como objetivo o preço de R$ 39, com stop loss (mecanismo de venda automática a partir de um determinado valor) em R$ 36,50.O alerta de compra ainda apontava que o papel deveria romper os R$38, devendo avançar pelo R$ 38,50, podendo chegar até R$ 39,50. 

  MERCADO EUA: Indices caem com aumento nos pedidos de seguro-desemprego
  São Paulo, 31 de janeiro de 2013 - Os índices do mercado de ações dos Estados Unidos encerraram as negociações de hoje em queda, refletindo a alta nos pedidos de seguro-desemprego da última semana, que ficaram acima do esperado. O Dow Jones perdeu 0,36%, em 13.860,58 pontos, e o S&P 500 recuou 0,25%, em 1.498,11 pontos. O Nasdaq Composto encerrou praticamente estável, comligeira variação negativa de 0,01%, em 3.142,13 pontos.   No acumulado no mês de janeiro, porém, os índices tiveram resultados positivos, com a aprovação da lei que suspende o teto da dívida temporariamente e a redução dos receios com o chamado abismo fiscal, que preocupou os agentes de mercado no final do ano passado. Em janeiro, o Dow Jonesacumulou alta de 5,77%, o S&P 500 subiu 5,04%, e o Nasdaq Composto ganhou 4,06%.   Hoje, foi divulgado que o número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu em 38 mil na semana encerrada em 26 de janeiro, para 368 mil, após ter registrado 330 mil na semana anterior. Os números foram divulgados pelo Departamento do Trabalho, já ajustados pelos fatores sazonais. O resultado foi maior que o esperado por analistas, que previam alta para 345 mil pedidos, de 330 mil pedidos anunciados originalmente para a semana passada.   O indicador aumentou os receios em relação à taxa de desemprego e o número de vagas criadas ou eliminadas em janeiro, que serão informadas amanhãpelo Departamento do Trabalho norte-americano. Em dezembro, foram criadas 155 mil novas vagas, e taxa de desemprego ficou estável em 7,8%. A expectativa é de aumento de 165 mil vagas e queda para 7,7% na taxa de desemprego. 
       A queda dos índices acionários, hoje, foram atenuadas pela divulgação doíndice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) de atividade industrial de Chicago, que subiu de 50 pontos em dezembro para 55,6 pontos em janeiro, superando as projeções de analistas, que previam uma leitura de 50,5 pontos esse mês.   Também foi considerada positiva a notícia de que a renda dos norte-americanos subiu 2,6% em dezembro na comparação com o mês anterior, aumentando em US$ 352,4 bilhões, enquanto os gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) subiram 0,2%, ou US$ 22,6 bilhões, segundo dados do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Analistas esperavam que a renda tivesse alta de 0,7% em dezembro, após avanço de 0,6% inicialmente reportados no mês anteriore que os gastos subissem 0,3%, após ganho de 0,4%.    Bolsa americana tem maior ganho mensal desde outubro de 2011São Paulo, SP (FolhaNews) - As Bolsas americanas fecharam em baixa nesta quinta-feira (31) devido à cautela antes da publicação de um importante relatório sobre emprego nos Estados Unidos, mas o índice SP 500 da Bolsa de Nova York mesmo assim conseguiu registrar seu maior ganho mensal desde outubro de 2011.O Dow Jones, referência de Wall Street, recuou 0,36%, para 13.860 pontos; o Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 0,26%, para 1.498 pontos, e o termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 0,01%, para 3.142 pontos.O S&P 500 avançou 5,1% em janeiro após parlamentares em Washington temporariamente contornarem o "abismo fiscal" que seria o aumento de impostos e os cortes de gastos automáticos que poderiam ter jogado a economia do país em recessão.Além da euforia sobre o acordo, resultados corporativos melhores do que o esperado ajudaram o índice a ampliar os ganhos neste mês.Foi a maior alta mensal do S&P 500 desde um ganho de mais de 6% em outubro de 2011 e o melhor avanço em janeiro desde um salto de 6,1% em 1997.O Dow Jones avançou 5,8% em janeiro e o Nasdaq, 4,1% no período.
TRABALHO
Investidores agora esperam um recuo nas ações. Amanhã, o governo vai publicar dados sobre folhas de pagamento não agrícolas que devem mostrar que o mercado de trabalho gerou 160 mil postos de trabalho em janeiro. Em dezembro, foram criados 155 mil."É a calma antes da possível tempestade. A incerteza sobre os números de amanhã vem do fato de que tivemos um relatório decente da ADP, mas os ganhos da semana não foram tão bons", avaliou o diretor de gestão de operações Randy Frederick, do Charles Schwab.O relatório de emprego da ADP mostrou ontem que o setor privado gerou mais postos de trabalho do que o esperado, sugerindo um sinal de crescimento no mercado laboral.Dados hoje, no entanto, mostraram que o número de americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego se afastou das mínimas de cinco anos na semana passada, voltando a níveis consistentes devido ao modesto crescimento do emprego. 
  PETRÓLEO: Indicador de desemprego dos EUA impulsiona queda do WTI   São Paulo, 31 de janeiro de 2013 - Os contratos futuros do petróleo internacional encerraram as negociações de hoje em campos opostos. Enquanto a alta inesperada dos pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos impulsionou a queda nos contratos do WTI, o Brent subiu, refletindo novas tensões no oriente médio. Na plataforma ICE, os futuros do Brent com vencimento em março subiram 0,55%, a US$ 115,55 o barril. Na Nymex, os futuros do WTI para o mesmo mês perderam 0,45%, a US$ 97,49 o barril.   O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu em 38 mil na semana encerrada em 26 de janeiro, para 368 mil, após ter registrado 330 mil na semana anterior. Os números foram divulgados pelo Departamento do Trabalho, já ajustados pelos fatores sazonais.  O resultado foi maior que o esperado por analistas, que previam alta para 345 mil pedidos, de 330 mil pedidos anunciados originalmente para a semana passada.   Na Síria, o exercito acusou Israel de mandar um ataque em direção a um centro de pesquisa militar próximo de Damasco ontem, agravando a situação política da Síria, e aumentando as preocupações em relação a uma interrupção da oferta de petróleo do oriente médio.    Petrobras vence licitação e volta a investir na Bolívia Quase sete anos após a estatização de seus ativos pelo presidente Evo Morales, a Petrobras volta a investir na Bolívia. Em 30 de dezembro, a estatal venceu licitação para explorar um campo de 1,1 milhão de hectares no Departamento de Santa Cruz, região que abriga as maiores reservas de gás natural do país.A Petrobras informou ao Valor que vai assinar contrato de prestação de serviço com a estatal boliviana YPFB e estimou que os trabalhos no local podem começar no segundo trimestre. Não divulgou, porém, dados sobre o investimento previsto ou o tamanho das reservas.Uma preocupação do governo é que a produção nas jazidas hoje operadas pela Petrobras na Bolívia deve começar a declinar a partir de 2017. Em um quadro de alta do consumo torna-se fundamental encontrar novas reservas, uma vez que o gás boliviano continuará sendo estratégico para o abastecimento no Brasil. Essa importância aumenta à medida que o país vai batendo recordes na demanda por gás. Só em novembro foram 70,9 milhões de metros cúbicos diários, alta de 41,5% em relação ao mesmo período de 2011, por conta do acionamento de termelétricas devido ao baixo nível dos reservatórios. De janeiro a novembro, a alta foi de 18,2%.Fontes do governo brasileiro disseram que interessa ao Brasil continuar contando com o gás da Bolívia após o fim do contrato atual, em 2019. Ao Valor, a Petrobras informou que "pretende negociar oportunamente a renovação".Do ponto de vista boliviano, o governo Evo Morales tenta assegurar a manutenção de seu principal cliente. O contrato entre Petrobras e YPFB prevê a exportação de 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil, através do gasoduto Brasil-Bolívia. Só no ano passado, as exportações de gás da Bolívia somaram US$ 5,741 bilhões, sendo 75% desse valor ao Brasil. O gás é um produto essencial para a balança comercial do país vizinho, representando 48,8% de suas exportações.