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terça-feira, 22 de setembro de 2009

DESAFIO TROFEU INEFICIENCIA

DESAFIO TROFEU INEFICIENCIA


Na semana passada tivemos acesso a um relatório feito por funcionários de 3 ministérios dentre eles o da agricultura, onde foram feitas algumas observações algumas infelizes como a do ministro Sr.Stefanes dizendo que algumas regiões estariam destinadas a acabar.

Moro na cidade de Manhuaçu Mg há 20 anos onde Com área de 20.000ha. Apresenta um índice de ocupaçaode17 habitantes por quilometro Em 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) foi de 507 milhões de reais. O PIB per capita corresponde a R$ 6.905,95 – o mais alto da região. Em Caratinga, o valor é de pouco mais de quatro mil reais e em Muriaé R$ 4.587,92. Os números são de 2006. O PIB anual de Manhuaçu supera Coronel Fabriciano, empata com Teófilo Otoni e perde para Timóteo, Ipatinga e Governador Valadares. Somente em Impostos sobre Serviços (ISS), o município arrecadou em 2006, 17 milhões e 260 mil reais, segundo dados oficiais do IBGE. O município está situado próximo ao Parque Nacional do Caparaó e da divisa com o Espírito Santo.

É um importante produtor de café, a cidade já recebeu o nome de "Capital do Café" com mais de 68milhões de pés de café plantados, além de possuir a maior bacia leiteira da região. Como podemos ver a região vive do café e do comercio local onde a maior fonte de renda é o café arábico.

Sabemos que o município e a região são de montanha, portanto estamos naquela parte onde os custos são mais elevados pelo emprego excessivo de mão-de-obra. Gostaria de saber quem deu os dados relativos a custo para os funcionários dos ministérios chegarem a esta conclusão:
“O custo de produção varia muito de região para região, e mais ainda, entre os diferentes sistemas de produção. Segundo dados do próprio setor, variam entre R$ 240 a R$ 370 por saca de 60 kg de café arábica;”

Segundo uma matéria editada no site "http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=26239&opiniao---relatorio-do-governo-sobre-a-cafeicultura--nao-tras-nada-de-novo-para-analisar.html
Diz assim: Quem tem lavoura na montanha (e não faz parte da agricultura familiar) está fora do mercado... Assim como a indústria têxtil quebrou na Europa e migrou para a Ásia em função de baixos custos de mão-de-obra, o café de montanha vai ter que migrar para o plano... E ponto final. ““

Com certeza se tiver conseguido produzir um café dourado ao custo de R$370, 00, é um café certamente folheado a ouro para conseguir um custo deste.
Para se obter esse valor, qual a produtividade, qual método empregado, quero saber quem são esses produtores, ou qual é o irresponsável que deu esses dados para se apurar esse custo?

Não se pode denegrir a imagem de uma região pegando como exemplo alguns incompetentes de plantão. A nossa região quase veio à falência na época da erradicação cafeeira, agora que a região esta crescendo chegam com um relatório e dizem que temos que ir para "plano" ou mudar de ramo como isso fosse uma solução fácil de fazer, não temos como por nossas propriedades nas costa e leva-las para o "plano" mudar uma infra-estrutura que já existe há anos.

Gostaria que aparecesse o produtor ou produtores que tem este custo para mandar confeccionar o troféu de ineficiente do ano, esse ou esses sim são verdadeiros ineficientes.
O desafio esta lançado!!!!!!!!

WAGNER PIMENTEL
www.cafezinhocomamigos.blogspot.com

MANHUAÇU MG 22/09/09

Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira” – O que significa isto?

OPINIÃO - “Análise Estrutural da Cafeicultura Brasileira” – O que significa isto?




Parte 1

Entende-se por cafeicultura como sendo o cultivo de cafeeiros - produção primária.
Desta forma, qualquer outro tema que não tenha relação direta à atividade produtiva cafeeira não se procede a este.

Ao elaborar um relatório sobre a análise estrutural da cafeicultura brasileira, torna-se técnica recomendada focar os elementos formadores de cenários nacional e mundial, que afetem diretamente seu desenvolvimento.

Retratar o cenário atual, apontando clara e precisamente todos os elementos formadores deste é o ponto inicial para a avaliação, indicando correções de rumo, para a formação dos demais cenários futuros, sendo estes: o mais provável, o pessimista e o otimista.

Porém, em todos estes, devem necessariamente ser apontadas as melhores e eficazes soluções, baseadas em fundamentos técnicos, e de comprovação científica.
O relatório em questão é falho em sua essência; omisso em informações; inverídico em algumas afirmativas, impreciso em avaliações e principalmente inconclusivo. Sendo inconclusivo, não poderia sugerir ações ou recomendações.

Não apresenta análise de cenários, sendo este um fator fundamental e necessário para projetar tendências e recomendações para alterações de rumo.

Não apresenta soluções para nenhum aspecto relacionado à cafeicultura.

Além do mais, desenvolve outros temas não relacionados à cafeicultura. Seu descredenciamento na condição de relatório técnico é procedente, invalidando seu conteúdo, justificado por não atender a requisitos técnicos e científicos.

Reforçando os aspectos técnicos, sendo estes o foco a que pretenderam dar, seria necessário a apresentação das credenciais de capacitação e competências técnicas dos integrantes da elaboração destes estudos, devidamente atestadas.

Para os leigos, que não entendam o significado do exposto acima, segue uma explicação: Imaginem um enfermo, internado em um hospital, com grave moléstia. Após um longo período de tratamento, sem que os resultados de melhora aconteçam, a direção deste hospital resolve convocar uma junta médica para avaliar seu estado de saúde, identificando a moléstia e prescrevendo a recomendação adequada ao tratamento; mas, ao invés de convocar uma equipe formada por profissionais médicos, resolve convocar uma equipe de enfermeiros. O resultado obtido não poderia ser outro a não ser a morte do paciente.

Pois é. Este foi o procedimento utilizado neste relatório e sua conclusão, precisamente apontada, aconselha e indica a morte de muitos cafeicultores.

Aceitar tamanho desrespeito e agressão a esta atividade produtiva não é possível e muito menos aceitável, devendo haver contestações firmes e precisas. (continua na parte 2)

José Eduardo Reis Leão Teixeira