Uma luz no fundo do túnel
Esta semana vimos uma reportagem no programa globo rural que já sabíamos que vinha acontecendo, onde produtores disputavam às mudas de café a disposição no mercado e já pagavam ágios para poder te-las a tempo de plantar novas áreas de café. Já começavam a responder com novos plantios.
Como venho já há algum tempo escrevendo neste espaço que estamos em uma tendência de alta e esta tendência pode ser duradoura ou passageira, basta apenas os produtores entenderem o que esta acontecendo e medir o tamanho do plantio para novas áreas, pois o excesso de plantio agora sinaliza a uma tendência de baixa amanha.
Para o mercado de café isto soa como musica uma luz no fundo do túnel, e não é um trem na direção contraria, pois sabemos que o produtor fisgado pela isca dos preços já começavam a responder com novos plantios. Os vendidos sabem que o mercado uma hora vai retroceder e devolver as milionárias margens que vem pagando desde que o mercado acelerou a tendência em junho de 2010.
O produtor deve procurar produtividade e talvez aumentar a quantidade de área plantada, mas só os produtores que conseguiram obter lucros enquanto o mercado vinha desfavorável.
Para o novo governo que irá se montar espero de coração, que o café tenha um carinho maior por seus responsáveis pelo setor, uma coisa que estamos jogados ao mercado desde que o ex presidente Collor acabou com antigo IBC, e o acordo internacional acabou, sem orientação o produtor chuta para onde o nariz aponta e na maioria das vezes chuta fora do gol e o contra ataque é simplesmente mortal.
A tendência de alta ainda não muda , pois o cenário também não mudou, consumo em alta, estoque em baixa, portanto este plantio ainda simplesmente reflete o que poderá vir no próximo momento do mercado.
A força que esta tendência tomou em junho deste ano foi por motivos climáticos, que ajudaram a um produtor moribundo e descapitalizado, se não fosse por estes fatores, o produtor irá continuar a ser explorado por um mercado que registra 95% do faturamento, e para o coitado 5%.
Enquanto os responsáveis pela classe produtora não entenderem que têm negociar com a indústria de igual valor, pois não existe indústria sem produto, com certeza vão ficar em suas propriedades a ouvir os pássaros a cantar quero-quero, quero-quero, quero-quero, e como se diz na roça, quer..., vai querendo..., Põe a mão no chão, e sai correndo.
Não vamos conquistar nada desta forma, o governo do Estado de Mias Gerais , hoje representado por seu governador , Anastásia, e o novo ministério da presidente Dilma ,deve fazer uma pesquisa de viabilidade de plantio e a quantidade que devera ser plantado, quais são as áreas que trarão maior retorno ,em sua ultima crise no final da década de 80 e começo da de 90 o mercado virou a tendência de baixa depois de ser pego por uma geada no ano de 1.994, com estoques baixos vimos mercado batendo em topos históricos, o que trouxe o plantio de forma desenfreada,e fez com que em 2.002 tivéssemos o fundo histórico, portanto temos dados o suficiente para que não cairmos no mesmo erro.O produtor precisa e tem o direito de ser melhor orientado e representado.
O mercado começa a tomar ares de fim de ano onde normalmente faz uma parada para recomeçar no próximo ano, o gráfico em consolidação acima de 2,00 dólares por libra peso mostra força e que devera nos dar novos topos. Esta consolidação já comentada neste espaço entre 198,4 e 212,00 deverá mudar quando romper um dos dois lados, onde o rompimento abaixo de 198 reflete 170,00, o que particularmente não acredito que possa acontecer e o rompimento acima de 212,00 joga para um alvo entre 223,00 a 230,00 dólares por libra peso,
Vamos esperar para ver o que o futuro nos espera.
Uma boa semana a todos, bons negócios e que Deus nos abençoe
Wagner Pimentel
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