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domingo, 25 de novembro de 2012

A crise global e a cafeicultura, ainda vai doer!


A crise global e a cafeicultura, ainda vai doer!

 

A crise mundial que foi deflagrada em 2.008 onde o estopim ou a ponta do ice Berg foi à quebra do gigante Leman Brother, algo inesperado na época, ainda não tinha batido na porta da cafeicultura.

Após o estouro da crise varias tentativas de segurar que as economias fossem sugadas pelo buraco negro, os dirigentes e presidentes de países e banco centrais se viram forçados, a fazer varias praticas não heterodoxas jogando bilhões de dólares e euros sem lastro no mercado, onde o mais famoso chamado de Q.E, Q.E2, e agora o Q.E3 que seria o quantitative easy ou recompra por parte do FED, banco central norte americano, dos títulos do governo. Estas praticas de socorro que também vimos em bancos privados em países e elas tiveram reações diferentes nos mercados. Com o Q.E e Q.E2 tivemos uma reação de imediato nas commodites que se valorizaram inclusive o café vem também à alta do petróleo, ouro, prata, entre outros produtos das commodites. Com estas altas, que no nosso café começou em uma super. Safra de 2010 se prolongou ate maio de 2011 onde as cotações superaram $3,00 dólares por libra peso, que foi refletido de pronto aos preços e houve uma capitalização dos produtores de café ao redor do mundo.

Como a matemática é igual em todo lugar do mundo o que tivemos foi um aumento de área plantada e melhoria dos tratos culturais em todas as partes produtoras de café no mundo que começam a refletir em produção neste próximo ano safra da OIC que começou em outubro e acaba em setembro do próximo ano deste ano a sobra de mercadoria é algo inevitável.

A produção brasileira não encontra sua bi anualidade só aumenta Colômbia, Vietnã, Indonésia só se fala em aumento de produção, um cenário que não promete bons preços para os produtores.

A exportação brasileira que nos últimos dois anos bateram recorde alavancada pelo incentivo fiscal botou o pé no freio quando o governo tirou o incentivo da PIS/COFINS que era a única forma de lucro da grande parte dos exportadores brasileiros, ou seja, foi exportada uma quantidade de café além do necessário simplesmente para aproveitar o incentivo e hoje.

Este excesso de mercadoria provocada nos dois últimos anos hoje atrapalha as exportações.

A tentativa de melhorar as economias ainda não teve o resultado esperado somente jogando o lixo para baixo do tapete e os resultados que vemos é ainda economias que não saem da recessão e desemprego em alta.

Se os resultados continuarem negativos nas economias e as produções em alta não temos assim um cenário favorável para o setor cafeeiro.

Graficamente o mercado desenha tendência de baixa com preços abaixo das medias rápidas como 9, ou 21, mas a baixo das medias longas como 100 e 200 mostra que a tendência ainda será longa.

A crise esta batendo na porta os custos estão aumentando e em minha opinião vai bater forte e vai doer ainda a crise na cafeicultura.

Boa semana a todos, que Deus os abençoe.

Wagner Pimentel

www.cafezinhocomamigos.blogspot