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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Volátil, café consegue se manter acima dos 180 cents na ICE

Volátil, café consegue se manter acima dos 180 cents na ICE 
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma quinta-feira de volatilidade. Depois de experimentarem ganhos expressivos e baterem nas máximas de nove meses, as cotações inverteram a tendência e chegaram a acumular baixas significativas, que também não tiveram continuidade. Ao final da sessão, os preços ficaram estáveis e como o setembro conseguindo se sustentar acima do nível psicológico de 180,00 centavos. A segunda posição chegou, em alguns momentos, a se posicionar acima da média móvel de 100 dias, hoje em 181,47 centavos.  Os bons ganhos da primeira parte do dia foram obtidos mesmo com a pressão externa, que teve a influência do dólar, que subiu consideravelmente em relação a uma cesta de moedas internacionais. O mercado continua a especular consideravelmente em relação ao clima no Brasil e aos efeitos das chuvas de junho sobre a safra agora colhida. Segundo a empresa Somar, ao longo do mês passado o nível de chuvas no centro-sul brasileiro foi cinco vezes maior que a média para o período.  No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve queda de 10 pontos, com 180,35 centavos, sendo a máxima em 187,10 e a mínima em 175,85 centavos por libra, com o dezembro tendo desvalorização de 10 pontos, com a libra a 183,25 centavos, sendo a máxima em 189,75 e a mínima em 179,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve alta de 1 dólar, com 2.099 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 2 dólares, com 2.104 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, os bulls (altistas), após um período considerável, conseguiram retomar o comando das ações no mercado, com uma formação interessante no médio prazo no gráfico diário. Os contratos entraram em uma escalada de baixa a partir de maio de 2011. No entanto, ao longo dos últimos dias uma retomada das ações compradoras foi observada, desde que o setembro bateu na mínina de 150,10 centavos, em 18 de junho, com rallies na continuidade, que permitiram o registro da máxima de 187,10 centavos. Assim, o mercado conseguiu sobressair da antiga faixa de alta, que havia sido observada em 16 de maio, quando a segunda posição atingiu o nível de 184,40 centavos. Para os analistas, se o mercado conseguir se fixar acima dessa linha, isso poderia sugerir um novo bottom de médio prazo.  A divergência bullish (altista) foi verificada na baixa diária de 18 de junho, em relação ao índice de força relativa de nove dias, dando, assim, apoio às altas recentes. Agora, esse indicador já bate em níveis sobrecomprados, o que poderia deixar o café vulnerável a correções no curto prazo e/ou a consolidações. Mas uma nova alta parece se desenvolver. Paul Hare, vice-presidente executivo do Linn Group, indicou que o café "está se movimentando bastante e há possibilidade de se ter um novo botton. Posicionamos-nos acima da média móvel de 40 dias e o movimento se transformou em uma tendência", apontou. A média móvel de 40 dias estaria no patamar de 166,67 centavos. Analisando o cenário atual, Hare avalia que ele ainda é altista para o café. "É provável que tentemos voltar a buscar as altas de abril, num patamar de 195,00 centavos", indicou o especialista, ao se referir a máxima de 4 de abril, quando o setembro tocou o nível de 195,55 centavos. O vice-presidente do Linn Group indicou que seria importante o fechamento da semana dentre de um gap positivo. "Se tivermos esse encerramento altista, de continuidade, em aberto, tecnicamente poderia haver a tendência para mais ganhos significativos nas próximas semanas. Um alvo básico seria os 200,00 centavos. Se o gap for verificado nesta sexta, isso pode abrir portas para avanços mais consideráveis, inclusive com a busca de uma área ao redor dos 219,00 centavos, que foi de onde tivemos o reinício das vendas atuais", observou. Se pudesse aconselhar um trader? "Poderia cobrir posições short. Poderia comprar no próximo break, mas de uma maneira cautelosa, já que o cenário já se configura sobrecomprado", complementou Hare.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 3.764 sacas, indo para 1.637.274 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 37.142 lotes, com as opções tendo 3.259 calls e 2.433 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 187,10, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00 e 193,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 175,85, 175,50, 175,10-175,00, 174,65, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00 e 169,50 centavos por libra.  

  Após altas e baixas, Londres fecha dia sem direcionamento

 Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira próximos da estabilidade, em mais uma sessão calma, na qual a posição setembro chegou a flutuar ao longo de boa parte do pregão acima do nível psicológico de 2.100, mas, no fechamento, o contrato se fixou abaixo desse patamar. O volume negociado no dia ficou ligeiramente abaixo da média recente da bolsa britânica. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por oscilações, entre altas e baixas, até encerrar sem um direcionamento concreto. O setembro chegou a bater na máxima de 2.117 dólares. Nas máximas, no entanto, algumas realizações foram observadas, com os players baixistas, que conseguiram pressionar as cotações na quarta, voltando a liquidar. Entretanto, nas mínimas, algumas compras de indústrias de torrefação foram reportadas, o que permitiu equilibrar as ações. "Efetivamente, sentimos que o mercado tendia a corrigir parte das perdas da sessão anterior, no entanto, com a pressão do dólar, que subiu em relação a várias moedas internacionais, foram observadas algumas novas vendas, que permitiram o equilíbrio final", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de setembro com uma movimentação de 4,06 mil lotes, com o novembro tendo 1,50 mil lotes negociados. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 5 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição setembro teve alta de 1 dólar, com 2.099 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 2 dólares, com 2.104 dólares por tonelada.   
  APÓS ATUAÇÕES VERBAIS E NOVIDADES EXTERNAS, DÓLAR BUSCA NOVO EQUILÍBRIO E CAI 
São Paulo, 05/07/2012 -
O comportamento do dólar ante o real descolou-se do exterior, hoje, e a cotação do mercado à vista de balcão encerrou o dia a R$ 2,027, com queda de 0,20%. No exterior, o dólar index, que relaciona a moeda norte-americana com seis divisas fortes, subia 1,25%, perto das 17h00. O que chamou mais a atenção no mercado doméstico de câmbio, no entanto, foi a volatilidade. Entre a mínima de R$ 2,015 e a máxima de R$ 2,039, a moeda norte-americana variou 1,2%.A principal responsável por isso, na percepção dos operadores, é a especulação, que foi recolocada nos negócios pelas declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, na terça-feira. Ele atrelou a política cambial ao desempenho da indústria e desagradou aos investidores. Posteriormente, a ideia foi endossada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega."Isso é um divisor que muda as perspectivas. E os investidores estão tentando achar um novo equilíbrio para a taxa de câmbio", disse o gerente de mesa de um grande banco. Segundo ele, antes das declarações, o mercado caminhava para acomodar-se ao redor de R$ 1,98.Porém, o vaivém das cotações teve um outro componente que pesou de forma significativa, principalmente no período da manhã. Trata-se das ações do Banco Central Europeu (BCE), Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Povo da China (PBOC) para incentivar a atividade econômica. Não se pode dizer que as novidades - corte de juro pelo BCE e pelo PBOC e ampliação do programa de compra de ativos do BoE - decepcionaram, mas a reação dos mercados foi predominantemente negativa.  Em parte, esse impacto deve-se ao fato de que as medidas concretizadas hoje estavam no rol das expectativas e foram fortemente antecipadas nos últimos pregões, mas também influenciou a constatação de que as preocupações com o desaquecimento global eram tão corretas, que precipitaram as ações. E mais, ficaram as dúvidas para o futuro e, consequentemente, o julgamento de que ainda é pouco.As maiores expectativas, agora, recaem sobre uma possível ação do Federal Reserve, o banco central norte-americano. "Há dúvidas quanto ao impacto efetivo das medidas. E, agora, falta o Fed. Como os outros BCs agiram, isso deve provocar uma reação nos Estados Unidos", disse o operador de uma corretora de câmbio de São Paulo.Às 17h26, o dólar agosto era cotado a R$ 2,035, com recuo de 0,20%. Lá fora, as demais moedas emergentes estavam perto da estabilidade, sustentando o comportamento que marcou o pregão do dia.
     EURO TEM QUEDA FORTE DEPOIS DE CORTE DE JUROS PELO BCE 
 Nova York, 05/07/2012 - O euro teve uma queda forte diante das principais moedas, depois de o Banco Central Europeu (BCE) reduzir sua taxa básica de juros ao nível mais baixo de todos os tempos, em um novo esforço para estimular a economia da região. Na mínima do dia, o euro caiu a US$ 1,2363, nível mais baixo em um mês."O euro levou uma surra, e isso ainda não terminou", disse o estrategista Peter Kinsella, do Commerzbank.Na entrevista coletiva ao fim da reunião do BCE, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que a redução de 25 pontos-base na taxa básica, para 0,75%, tem o objetivo de tentar reverter a debilidade econômica da zona do euro, depois da recente deterioração das condições de crédito para a Espanha e a Itália.Estrategistas do mercado opinaram que depois da decisão do BCE, o euro passará cada vez mais a ser visto como uma das moedas a vender para financiar apostas em outras moedas com taxas de retorno melhores. A medida do BCE coincidiu com ações de outros bancos centrais: o Banco da Inglaterra (BoE) ampliou seu programa de compra de bônus, o Banco do Povo da China (PBoC) reduziu sua taxa básica e sua taxa de depósitos e o Banco Nacional da Dinamarca baixou sua taxa de depósitos para -0,2%, em território negativo pela primeira vez na história, além de reduzir sua taxa básica.O dólar, por sua vez, foi beneficiado por essas medidas e também por dados positivos sobre a criação de empregos em junho.No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2390, de US$ 1,2525 ontem; frente ao iene, o euro estava cotado a ¥ 99,02, de ¥ 98,78 ontem; o iene estava cotado a 79,91 por dólar, de 79,86 por dólar ontem; o franco suíço estava cotado a 0,9691 por dólar, de 0,9590 por dólar ontem; a libra estava cotada a US$ 1,5521, de US$ 1,5595 ontem. As informações são da Dow Jones.