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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Café na ICE volta a sofrer pressão e fecha dia com nova retração

Café na ICE volta a sofrer pressão e fecha dia com nova retração 
     Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com novas queda, mas com a posição setembro conseguindo se manter acima do nível de 180,00 centavos, ainda que tenha rompido esse intervalo ao longo do pregão.  O dia foi caracterizado por novas vendas especulativas, com os baixistas, aos poucos, conseguindo efetuar alguns movimentos corretivos, após as altas consistentes registradas para o café ao longo das últimas semanas. A sessão foi caracterizada por atividades predominantemente técnicas, com algumas vendas mais efetivas ao longo do dia. No entanto, nas mínimas, foram observadas algumas aquisições de empresas comerciais, que permitiram fazer com que as perdas desacelerassem relativamente.  Vários players continuam atentos ao clima no Brasil. Algumas das mais importantes áreas cafeeiras do país tiveram chuvas nas últimas horas, ainda que não tenham sido das mais fortes. As chuvas já afetaram consideravelmente a safra do país, ao provocar quedas de grãos e colocar em xeque o potencial da produção de grãos de maior qualidade, em uma temporada em que vários participantes trabalhavam com a perspectiva de um volume recorde de produção.  No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve queda de 210 pontos, com 181,85 centavos, sendo a máxima em 184,35 e a mínima em 179,00 centavos por libra, com o dezembro tendo desvalorização de 210 pontos, com a libra a 185,05 centavos, sendo a máxima em 187,50 e a mínima em 182,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro teve queda de 6 dólares, com 2.083 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 4 dólares, com 2.079 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o café sofreu alguma pressão ao longo do dia, principalmente, devido ao dólar, que voltou a registrar alguns ganhos e estimulou os vendedores a processar algumas liquidações, aproveitando, desse modo, para realizar lucros em outras moedas. Por sua vez, o café conseguiu sustentar alguns patamares e fechou o dia, por exemplo, acima da média móvel de 100 dias, que hoje está em 179,25 centavos por libra e que é um importante referencial de médio prazo. "Ainda estamos conseguindo manter patamares importantes, sendo que o setembro tem um suporte mais efetivo no patamar de 175,10 centavos. Caso esse nível sejam rompido, é possível que tenhamos uma ampliação das liquidações. Por outro lado, a principal resistência para o café neste momento está em 192,20 centavos por libra. Tecnicamente, o mercado tendo a ficar próximo da estabilidade, principalmente após as correções destes dois primeiro dia da semana, mas também temos de ficar atento aos mercados externos, já que o nervosismo com a crise na zona do euro e a fraqueza da economia norte-americana se mantém constante", disse um trader.  Ao longo desta terça, vários mercados se mostraram mais apreensivos país o presidente do Federal Reserve (equivalente ao banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, indicar, em discurso no Congresso norte-americano, que os dados sobre a economia do país têm sido decepcionantes e que a redução do número de desempregados e a recuperação da economia devem ser frustrantemente lentas. Segundo Bernanke, os indicadores recentes representam um revés para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, antes das eleições presidenciais de novembro. Ele previu um desempenho lento da economia norte-americana para 2012 e 2013.  As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 16, somaram 496.235 sacas, contra 510.367 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 10.765 sacas, indo para 1.714.046 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.674 lotes, com as opções tendo 1.227 calls e 727 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 184,35, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,20 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00 e 190,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 179,00, 178,50, 178,15, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50 e 173,00 centavos por libra.   

  Londres varia pouco e fecha dia com retração ligeira     
 Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta terça-feira com ligeiras quedas, após as cotações passaram, a maior parte do dia, flutuando no lado positivo da escala de preços. O setembro buscou testar o nível de 2.100 dólares, mas encontrou algumas vendas mais efetivas próximas desse objetivo. Sem esse rompimento, algumas realizações foram processadas e o fechamento ficou no lado negativo. De acordo com analistas internacionais, o dia não apresentou maiores novidades.  No clima de "mais do mesmo", o setembro variou, ao longo desta terça num range de 23 dólares. A segunda posição chegou a bater no nível de 2.073 dólares, mas nessa marca encontrou algumas aquisições por parte de comerciais torrefadores. O volume negociado foi bastante limitado e focado apenas no setembro e novembro. "Tivemos alguns movimentos para cima e para baixo, sem, no entanto, conseguirmos construir uma tendência, algo que ficou efetivado no encerramento com apenas ligeiras retrações. O mercado se mostra consolidado, com uma tendência à neutralidade, ao menos no curto prazo", disse um trader.  O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de setembro com uma movimentação de 4,64 mil lotes, com o novembro tendo 2,29 mil lotes negociados. O spread entre as posições setembro e novembro ficou em 4 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição setembro teve queda de 6 dólares, com 2.083 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 4 dólares, com 2.079 dólares por tonelada.  

   BERNANKE E FLUXO ALIMENTAM VAIVÉM DE EXPECTATIVAS E COTAÇÕES DO DÓLAR 
São Paulo, 17/07/2012 -
 O dia foi do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, que deu seu depoimento semestral sobre as condições da economia e política monetária dos Estados Unidos no Comitê de Bancos do Senado daquele país e foi ouvido pelos mercados financeiros do mundo inteiro. Primeiro, os investidores operaram na expectativa de que ele sinalizasse a adoção de uma nova medida de estímulo à atividade. Num segundo momento, mostraram-se decepcionados com a falta de indícios de que haverá uma ação no curto prazo. Por fim, retomaram certo otimismo diante da declaração de que o Fed está disposto a agir, tem instrumentos e perante o fato de Bernanke ter incluído um outro programa de compra de bônus, mais conhecido como relaxamento monetário quantitativo (QE, na sigla em inglês), entre as possibilidades.No mercado doméstico de câmbio, esse vaivém das expectativas refletiu-se em volatilidade e colocou o dólar a R$ 2,027 no fechamento, com perda de 0,44%, no mercado à vista de balcão. Na BM&F, o pronto encerrou o dia a R$ 2,025, com queda de 0,49% e o contrato futuro de agosto negociava a moeda norte-americana a R$ 2,0275, com recuo de 0,64% às 17h10.Lá fora, o euro também oscilou. Às 17h16, valia US$ 1,2297, acima de US$ 1,2272 registrado no fim da tarde de ontem em Nova York, mas abaixo de US$ 1,2301 registrado logo cedo, quando as expectativas em relação ao pronunciamento de Bernanke estavam no auge do otimismo.Internamente, o destaque do dia ficou com o volume negociado, que se mostrou acima do normal desde cedo. Segundo operadores, a movimentação foi ampliada por uma operação de saída de recursos pelo segmento financeiro, que junto com a frustração inicial sobre o discurso de Bernanke, ajudou a levar o dólar à máxima de R$ 2,040 no mercado à vista de balcão. Porém, nenhum dos profissionais ouvidos pela Agência Estado arriscou identificar os investidores envolvidos."Deu para perceber o movimento mais fortemente pelo cupom cambial (taxa de juros em dólar)", explicou um especialista. Segundo ele, a taxa, que ficou em 0,93% no fim do pregão de ontem, chegou a bater máxima de 1,24% nesta terça-feira, e terminou o dia a 1,10%. Na clearing da BM&F, às 17h13, o volume registrado estava em US$ 2,9 bilhões.Hoje, com o rompimento para baixo da marca de R$ 2,03, depois de melhoradas as expectativas no exterior e absorvida a saída de dólares, surgiu no mercado a percepção de que se não houver notícia ruim nova no exterior, bem lentamente, o dólar caminhará para encostar em R$ 2,00. Se isso se confirmar, devem ser retomada a especulação em torno de eventuais atuações do Banco Central. A conferir.