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segunda-feira, 12 de março de 2012

Café cai novamente na ICE; baixista continuam a dar as cartas

Café cai novamente na ICE; baixista continuam a dar as cartas  
   Os contratos futuros de café arábica encerraram esta segunda-feira com quedas na ICE Futures US, com o predomínio das vendas especulativas e de fundos. Operadores ressaltaram que o Brasil também se mostrou ativo ao longo do dia, com os vendedores dessa origem aproveitando as altas do dólar em relação ao real para também promover algumas liquidações. Ao longo do dia, perdas consideráveis foram registradas, no entanto, essas baixas desaceleraram antes do encerramento da sessão e as perdas finais foram relativamente modestas.  Tecnicamente, o mercado continua se mostrando efetivamente baixista. Os compradores mantêm-se reticentes e nem sequer resistências mais básicas conseguem ser suplantadas. Fundamentalmente, o mercado não registra maiores novidades, com os players continuando a avaliar a safra brasileira como um ponto de referência para as perdas recentes. Alguns desses participantes trabalham com números consideravelmente altos para a produção do país, o que permitiria desatar o nó da oferta curta do grão.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 135 pontos com 184,85 centavos, sendo a máxima em 185,75 e a mínima em 181,05 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 145 pontos, com a libra a 187,45 centavos, sendo a máxima em 188,20 e a mínima em 183,85 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 64 dólares, com 1.986 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 40 dólares, com 1.971 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por novas liquidações especulativas, com os preços atingindo os menores níveis em 17 meses. Os players trabalham com projeções baixistas, com perspectivas de que um patamar entre 180,00 e 175,00 centavos podendo ser testado. "Continuamos a ver uma fraqueza por parte dos compradores, que não se animam em buscar resistências básicas. Ao longo do dia, também sofremos com a pressão dos mercados externos, com quedas do índice CRB e do petróleo, por exemplo", indicou um trader, que ressaltou que algumas vendas mais significativas do Brasil sendo reportadas, principalmente por conta da alta do dólar em relação ao real, após medidas anunciada pelo governo do país para valorização do câmbio. "com a forte queda do terminal das últimas semanas, vimos os diferenciais enfraquecerem, o contrário do imaginado e do que sempre aconteceu, e o que faz os baixistas ficarem ainda mais baixistas, dizendo estarmos longe de uma recuperação dos preços.  Se o custo da mercadoria serve como divisor de águas para uma análise de longo prazo, assim como o volume de estoques e as perspectivas de mudanças do mesmo, então tudo indica que podemos ver Nova Iorque achando um equilíbrio ao redor de 180,00 centavos, com variações talvez de 20 a 30 centavos para um ou outro lado", indicou Rodrigo Corrêa da Costa consultor da Archer Consulting.  As exportações de café do Brasil em março, até o dia 8, somaram 242.095 sacas, contra 170.917 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 17.697 sacas, indo para 1.560.099 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 26.148 lotes, com as opções tendo 3.467 calls e 2.100 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 185,75, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,40, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00 e 194,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 181,05-181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00 e 175,50 centavos por libra.     CAFÉ: NOVA YORK SE RECUPERA NAS MÍNIMAS MAS AINDA FECHA EM BAIXA Nova York, 12 - Os contratos futuros do café arábica registraram hoje mais uma vez o menor fechamento em 17 meses na bolsa ICE Futures US, em Nova York. Mas a uma rápida recuperação dos preços durante a sessão sinalizou que a tempestade de vendas pode perder força. O contrato maio atingiu a mínima de 181,05 cents/lb, mas fechou a 184,85 cents/lb, em baixa de 135 pontos ou 0,73%. "Acho que isso ficou muito ridículo", disse o analista Jack Scoville, da corretora Price Futures, sobre a queda dos preços. Ele especula que as torrefadoras provavelmente contribuíram para a recuperação observada durante o pregão nesta segunda-feira. Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.    NYA Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços mais baixos mais uma vez, mantendo as cotações nos patamares mais baixos em 17 meses. Mas, o mercado teve uma notável reação em relação às mínimas do dia, sugerindo que o momento pode ser de reação técnica.     Fatores técnicos/gráficos e o desempenho de outros mercados pressionaram as cotações em NY. Por outro lado, a recuperação veio de sinais de que o mercado está sobrevendido e que é iminente uma recuperação. Compras do setortorrefador contribuíram para a sustentação. As informações partem de agências internacionais de notícias.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 184,85 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 1,35 centavo, ou de 0,7%. A posição julho fechou a 187,45 cents, com queda de 1,45 cent, ou de 0,8%.   

  Londres cai forte e volta a se posicionar abaixo dos US$ 2 mil

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com quedas consistentes, com a posição maio voltando a se posicionar abaixo dos 2.000 dólares. Vendas generalizadas de especuladores e fundos foram observadas, com a mínima do dia chegando aos 1.980 dólares. De acordo com analistas internacionais, o dia interrompeu uma boa tendência de altas, sendo que os especuladores passaram a liquidar com mais efetividade, num movimento de realização de lucros. As perdas também seguiram a tendência negativa de Nova Iorque. "Tivemos uma ampliação das vendas e o mercado continua a girar por volta do patamar de 2.000 dólares. É um nível interessante e parece ser um patamar que vem sendo 'perseguido' pelas origens, notadamente o Vietnã", indicou um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 5,92 mil lotes, com o julho tendo 2,12 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 15 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 64 dólares, com 1.986 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 40 dólares, com 1.971 dólares por tonelada.

    BC ALTERA IOF DE NOVO E DÓLAR ASSUME PATAMAR DE R$ 1,80
 São Paulo, 12 - A ampliação de três para até cinco anos do prazo de cobrança de IOF de 6% sobre empréstimos externos, válida a partir de hoje, provocou um movimento em manada de zeragem de posições vendidas em dólar, que garantiu a subida da moeda norte-americana ante o real pela sétima sessão consecutiva, na contramão da queda externa. O dólar à vista e os contratos futuros oscilaram em alta durante toda a sessão, refletindo a percepção do mercado de que a divisa assumiu um novo patamar de negociação, acima de R$ 1,80, disse o economista Ítalo Abucater, gerente da mesa de câmbio da Icap Brasil. Desse modo, o dólar à vista fechou a R$ 1,8050, em alta de 1,18%, no balcão, após mover-se da mínima de R$ 1,8010 (+0,95%) à máxima de R$ 1,8210 (+2,07%). O resultado ampliou a valorização acumulada nestas sete sessões em campo positivo para 5,43%. Em março, o ganho contabilizado é de 5,19% mas, no ano, a desvalorização do dólar ainda é de 3,42%. Na BM&F, o dólar spot encerrou a R$ 1,8094 (+1,48%). O giro financeiro total à vista registrado até 16h56 na clearing de câmbio somava US$ 1,783 bilhão, sendo US$ 1,537 bilhão em D+2. No mercado futuro, nesse mesmo horário, os quatro vencimentos de dólar negociados projetavam taxas em alta, com giro de US$ 22,660 bilhões. O contrato para abril de 2012 avançava 0,78%, a R$ 1,8160, com giro de US$ 22,472 bilhões; e o dólar maio subia 0,99%, a R$ 1,8350. A medida de hoje é a segunda adotada este ano a fim de alargar o prazo de incidência de IOF sobre as captações externas, que até 1º de março atingia apenas operações de até dois anos. Para Italo Abucater, o governo ajustou a medida anterior porque grande parte das captações que vêm sendo internalizadas desde o começo do ano têm prazos entre cinco e dez anos. "Agora, as operações externas de prazos maiores passam a estar dentro de um radar mais amplo do governo, uma vez que a medida anterior não era tão abrangente e excluía a maior parte das emissões fechadas recentemente", avaliou. "O impacto da nova medida tende a ser maior que o da anterior", avalia, justificando que agora a tributação deve atingir um perfil de captação mais usual no mercado. Do ponto de vista do mercado, segundo Abucater, também é vantajosa a subida do dólar. "Como as instituições financeiras e estrangeiros estão comprados em dólar à vista e no mercado futuro, a oferta de moeda ao mercado (sobretudo ao BC nos leilões de compra de dólares) passa a ser feita com o preço num nível bem melhor, acima de R$ 1,80", observou.  
   Câmbio  
 O dólar comercial encerrou as negociações hoje com alta de 1,12%, a R$ 1,8030 para compra e R$ 1,8050 para venda. Na sexta-feira, a divisa havia encerrado com alta de 1,3%, cotada a R$ 1,7850.     A cotação de hoje é a maior desde o dia 9 de janeiro deste ano, quando odólar havia finalizado a R$ 1,8350 na venda. Durante o pregão, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 1,8020 e a máxima de R$ 1,8340.    No mercado futuro, há pouco, o contrato de dólar com vencimento para abril de 2012 valorizava 0,77% a R$ 1.815,000, enquanto o vencimento para maio deste ano elevava 0,99% a R$ 1.825,500.    O governo estendeu, por meio de decreto publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU), a cobrança de 6% da alíquota de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre os empréstimos externos com prazo médio de até 1.800 dias, ou cinco anos. Essa alíquota era cobrada nos empréstimos de até três anos. Segundo o governo, a medida se aplica tanto aos financiamentos diretos, como aos realizados mediante emissão de títulos no mercado internacional. 

 BIS: MOVIMENTO CAMBIAL MUNDIAL DEVERÁ TER QUEDA FORTE EM 2012
Nova York, 12 - Os volumes de negociação cambial caíram acentuadamente no fim de 2011, à medida que a crise da dívida soberana da Grécia se aprofundou e os bancos europeus reduziram os empréstimos ao redor do mundo, afirmou o Banco de Compensações Internacionais (BIS, em inglês) em seu relatório trimestral. Os bancos não europeus e as emissões de bônus de mercados emergentes ajudaram a compensar as lacunas de financiamento, enquanto os credores europeus se retiravam dos mercados globais na parte final do ano passado, declaro o BIS. O movimento diário nos mercados cambiais mundiais provavelmente atingiu US$ 4,7 trilhões em média em outubro de 2011, mas os volumes devem ter caído acentuadamente no fim do ano passado e no começo deste ano, escreveu o pesquisador do BIS Morton Bech.  Os volumes cambiais foram duramente afetados durante 2011 pela crise da dívida da zona do euro, enquanto a volatilidade manteve os investidores de lado. Números de uma série de centros de negociação mostram que os volumes caíram pela primeira vez desde 2009 em outubro, quando os mercados estavam se recuperando do colapso do banco de investimentos Lehman Brothers nos EUA. A última vez que o BIS mediu os volumes de negociação cambial diários foi em abril de 2010, em seu relatório trienal. Na época, o banco previu que um movimento diário de US$ 4 trilhões.  Um número de corretores e plataformas de negociação reportou um declínio dos volumes cambiais durante os últimos meses.
 A ICAP, que opera a plataforma EBS, disse na semana passada que os volumes cambiais diários médios no mercado à vista para fevereiro foram de US$ 126,7 bilhões, uma alta de 9% em relação a janeiro, mas ainda 9% menor que os volumes observados em fevereiro do ano passado. Além do impacto negativo da crise europeia, a intervenção de bancos centrais também tem desempenhado um papel na queda dos volumes desde outubro do ano passado. O diretor de fundo de hedge para a região da Ásia e do Pacífico da FX Concepts, Bernard Lock, afirmou que a intervenção do Japão e da Suíça nos mercados para enfraquecer suas respectivas moedas fez com que os volumes subissem forte inicialmente, enquanto os traders correram para desfazer posições. "No começo, as pessoas tentaram ir contra isso mas, em seguida, elas correram para cobrir as suas posições e, depois, em última análise, eles tiveram que se render", disse ele. "US$ 4,7 trilhões é um número bastante especial. Nós não podemos contar que veremos isso de novo em breve", disse Lock. Os pesquisadores também indicaram que um aumento de aproximadamente 50% da emissão de bônus de mercados emergentes no quarto trimestre de 2011, na comparação com o trimestre anterior, ajudou a compensar a queda do crédito disponível pelos bancos como um resultado da desalavancagem europeia. Isso ajudou a dar suporte aos preços dos ativos e manteve o fluxo de financiamento do comércio, apesar dos bancos europeus terem vendido ativos e reduzido os empréstimos, afirmou o BIS. "Uma questão em aberto é se outras instituições financeiras poderão substituir os bancos europeus, visto que esses continuam a se desalavancar", escreveu o BIS em se relatório. As informações são da Dow Jones.