O americano tranquilo demais
Agora ficou evidente que os Estados Unidos são o principal culpado pelo fato das negociações multilaterais de comércio exterior, iniciadas há dez anos e conhecidas como Rodada Doha, não serem concluídas neste ano. Os EUA menosprezaram até a tentativa desesperada do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, de fazer os países membros apoiarem um acordo reduzido - descrito pelos críticos como Doha Descafeinada -, que basicamente se limitaria a algumas concessões de países menos desenvolvidos.Embora alguns participantes coadjuvantes também possam ser visto como vilões, foi o embaixador dos EUA na OMC, Michael Punke, quem assumiu o papel de "senhor Não" do comércio mundial. O problema, no entanto, não é Punke. A oposição dos EUA vem das altas esferas do governo do país, a começar pela falta de liderança do presidente Obama.Desde o início de sua presidência, a defesa de um regime liberal de comércio, por parte de Obama, vem sendo inadequada. Ele disse diversas vezes que as exportações são positivas para o país: criam empregos. As exportações americanas, contudo, são importações de outros países, portanto o argumento de Obama significa dizer aos outros que percam seus empregos. Ele precisa recordar aos americanos que as importações também são positivas: ele certamente pode pedir ao seu público para pensar nos empregos em aviões de carga da UPS, em trens de carga e nos caminhões que transportam importações ao interior dos EUA.O principal problema, contudo, é que Obama não foi capaz de enfrentar e acabar com a hostilidade ao comércio dos sindicatos trabalhistas dos EUA, originada pelo medo. Também não mostrou disposição de confrontar os lobbies empresariais interessados em manter a Rodada de Doha como refém para ganhar ainda mais concessões de outros países, mesmo sabendo que as negociações serão sugadas pelo Triângulo das Bermudas que são as eleições presidenciais americanas, em 2012.Obama não mostrou disposição de confrontar os lobbies empresariais que querem manter a Rodada de Doha como refém para ganhar ainda mais concessões de outros países, mesmo sabendo que as negociações serão sugadas pelas eleições presidenciais de 2012.Ainda assim, há pouco na oposição de sindicatos assustados e lobbies empresariais gananciosos que Obama não poderia rebater com argumentos convincentes. Além disso, como a respeitada analista de pesquisas Karlyn Bowman demonstrou recentemente, o público dos EUA não é, de forma alguma, altamente contrário ao comércio exterior. Isso, em parte, porque praticamente em todos os Estados há muitos empregos atualmente - e não apenas na UPS - que dependem do comércio. O protecionismo, na verdade, pode ser um dinossauro eleitoral.De qualquer forma, grandes estadistas da história sempre mostraram seu valor resistindo a tendências políticas por questões de princípios. Se Obama realmente escrevesse menos e lesse mais, encontraria pelo menos dois episódios históricos de brava liderança em questões comerciais que são dignos de serem admirados e imitados pelo presidente.Um foi a rejeição da Lei do Trigo inglesa pelo então primeiro-ministro Robert Peel, em 1848. Na votação crucial de rejeição, que acabou com sua carreira política, Peel ganhou apenas 106 votos de seu Partido Conservador, enquanto 222 colegas da legenda foram contrários. Ele ganhou, mas perdeu o apoio de seu partido. Como lorde Ashley observou em seu diário: "Peel liderou os tories (conservadores) e acompanhou os whigs (liberais)."O outro exemplo é Winston Churchill, eleito como deputado conservador da cidade industrial de Oldham, norte da Inglaterra. Depois de converter-se ao livre comércio em 1904, ele teve de deixar o partido. Juntou-se, então, ao Partido Liberal, ao aceitar convite da Associação Liberal do Noroeste de Manchester.Churchill também era a favor da livre imigração e se opunha firmemente ao projeto de lei sobre estrangeiros (em parte, porque via traços de antissemitismo no medo de uma "invasão estrangeira", desencadeado pela entrada de imigrantes judeus do Leste Europeu). Churchill era um político de princípios que, assim como Peel, lutou contra seu próprio partido e, ao contrário de Peel, sobreviveu para alcançar um triunfo político ainda maior, na épica batalha contra os nazistas.Esses "perfis de coragem", para pegar emprestada a famosa frase de John F. Kennedy, deveriam inspirar Obama em um momento no qual há necessidade gritante em Washington de liderança presidencial em questões econômicas cruciais. Obama faz campanha com o lema "Sim, nós podemos", e não "Sim, nós podemos, mas não faremos". Enquanto ele vê a economia americana ser atacada pela ignorância econômica, tenho um novo, e melhor, lema para ele: "Nec aspera terrent", ou seja, "danem-se as dificuldades".Jagdish Bhagwati é professor de Economia e Direito na Columbia University e membro associado em questões de economia internacional do Conselho de Relações Exteriores. Foi copresidente do grupo de especialistas em comércio indicado pelos governos da Grã-Bretanha, Alemanha, Indonésia e Turquia.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Moeda valorizada e infraestrutura ameaçam expansão 25/07
Moeda valorizada e infraestrutura ameaçam expansão A sobrevalorização da moeda e os gargalos de infraestrutura são apontados como duas das principais ameaças ao crescimento do Uruguai nos próximos anos. Especialistas advertem sobre o possível esgotamento da capacidade do porto de Montevidéu até 2015. Quanto à taxa de câmbio, a preocupação é com a perda de competitividade das exportações, já que o peso uruguaio acumula valorização de quase 40% frente ao dólar, em relação a meados de 2004.Essa é outra evidência da interconexão crescente com o Brasil. Até 2002, quando o Uruguai abandonou o sistema de bandas cambiais e deixou sua moeda flutuar livremente, o peso uruguaio vinha seguindo os passos do peso argentino. Desde então, a moeda uruguaia tem mantido uma relação cada vez mais direta com as variações do real."A partir do governo de Tabaré Vásquez (2005-2010), houve um alinhamento do peso uruguaio com o real e o euro. No governo Mujica (desde março de 2010), o peso ficou, na prática, atado ao real", observa Álvaro Queijo, vice-presidente da União de Exportadores do Uruguai.Em artigo publicado há três semanas no jornal "El País", intitulado "Brasil domina o nosso dólar", os economistas Horacio Bafico e Gustavo Michelin demonstraram como as projeções recolhidas periodicamente pelos bancos centrais do Brasil e do Uruguai, com analistas do mercado financeiro, indicam movimentos praticamente idênticos das respectivas moedas nacionais entre março de 2010 e junho de 2011. A valorização do peso é apontada como uma das responsáveis pelo déficit em conta corrente. "O problema maior não é o valor nominal do dólar, mas o aumento dos custos de produção", diz Queijo. A inflação acumulada em 12 meses, até junho, alcançou 8,6%, enquanto trabalhadores negociam reajustes salariais em torno de 10% e o governo reluta em frear o gasto público. "A taxa de câmbio deveria estar em 22 pesos por dólar ou, no mínimo, em 20 pesos", afirma o empresário. Na semana passada, havia chegado a 18,46.O que também preocupa é a saturação da infraestrutura. A estatal de energia Ancap apresentou ao presidente José Mujica um plano para investir na recuperação e expansão da malha ferroviária, a fim de transportar seus produtos, afirmou ao Valor o presidente da empresa, Raúl Sendic. Na área aeroportuária, o novo terminal de Montevidéu - sob concessão do grupo Aeropuertos Argentina - foi inaugurado no fim de 2009 e é provavelmente um dos mais modernos da América do Sul.A questão portuária desperta temores no setor privado. Em junho, a movimentação de contêineres no porto de Montevidéu bateu recorde histórico, alcançando 80.040 teus (contêineres de 20 pés). O crescimento no primeiro semestre foi de 45% em relação a igual período do ano passado. "Vemos uma saturação da estrutura atual até 2015", comenta Roberto Mérola, diretor da Schandy, holding que controla a Montecon, maior operadora portuária de Montevidéu, com cerca de 200 mil teus anuais.Um dos grandes gargalos, segundo Mérola, é a existência de apenas um cais com calado superior a 34 pés. A última licitação para expandir o porto, realizada em 2010, terminou sem a apresentação de propostas.Apesar disso, Mérola demonstra otimismo com o futuro da economia uruguaia. "Há um fator conjuntural, que não sabemos como se comportará, que é o preço das commodities. Mas essas oportunidades se podem aproveitar bem ou mal, e o Uruguai está aproveitando bem."mesmp
Câmbio valorizado mostra fragilidade na crise, avalia Belluzzo
Câmbio valorizado mostra fragilidade na crise, avalia Belluzzo
A grave crise de endividamento público atravessada pelos Estados Unidos e os países da União Europeia expõe uma fragilidade no "sólido" modelo de crescimento brasileiro - o câmbio valorizada, que impulsiona o consumo via aumento do poder de compra, e sustenta a inflação, via importação. Essa é a avaliação do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, para quem a principal missão do governo brasileiro, no segundo semestre, será centrar esforços no câmbio."Uma desvalorização, brusca, não está descartada, o que encareceria os importados imediatamente, além de onerar pesadamente os empréstimos externos tomados pelas empresas", diz Belluzzo, que conversou com o Valor de Florença (Itália), na noite de quinta-feira, sobre os impactos que a economia brasileira pode sofrer com o recrudescimento da crise nos países ricos.Como um espectador privilegiado da crise da dívida pública que avança pelos países europeus, e que fez da Itália a mais recente protagonista, Belluzzo avalia que o resgate da Grécia, cuja dívida bruta beira o patamar de 120% do PIB, está incutindo entre os países ricos a percepção de que, para escapar de um estresse do mercado financeiro e da possibilidade de um calote, é preciso apertar os gastos."Assim como a crise foi pegando os países, um a um, a ideia de que é preciso apertar a política fiscal de maneira muito firme tem se tornado consenso, passando de um país para o outro", afirma Belluzzo. "Os europeus estão perplexos com o que está acontecendo, eles não têm nenhuma experiência com esse tipo de situação, que é mais comum em países pobres."O grande risco para o Brasil, diz o economista, é uma política coordenada de aperto nos gastos na União Europeia e nos EUA. "A Alemanha, único país ainda dinâmico na União Europeia, graças às exportações, não resistiria a um aperto coletivo na política fiscal, porque ficaria sem mercado", avalia Belluzzo. "E nós ficaríamos sem os fluxos de capitais externos, que chegaram em velocidade impressionante no primeiro semestre."Para Belluzzo, que foi, ao lado do ex-ministro Antonio Delfim Netto, um dos principais conselheiros econômicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro está "um tanto prisioneiro" do atual modelo de crescimento. Ainda que a situação fiscal esteja "muito boa", quando comparada ao resto do mundo, e a inflação permaneça sob o controle do Banco Central, o economista avalia que o governo "não tem como evitar o enorme fluxo de capitais que chegou e chega ao Brasil". A missão da equipe econômica, portanto, passa por "evitar que uma turbulência muito séria nos países ricos, algo que não está descartado, resulte em uma desvalorização absurda do real". O elevado nível de reservas acumulado pelo BC - US$ 340 bilhões (dos quais cerca de US$ 220 bilhões aplicados em títulos públicos americanos - e a dívida bruta em torno de 55% do PIB deixam o Brasil em situação confortável para enfrentar uma deterioração adicional nos países ricos."O governo não deveria ter permitido uma valorização tão excessiva do real", diz Belluzzo. "No momento em que os fluxos do exterior se reverterem, independentemente da velocidade com que isso aconteça, o modelo de crescimento sustentado de maneira firme no mercado doméstico e no controle de inflação, via ingresso de bens importados, sofrerá um baque".A situação de impasse vivida por europeus e americanos intriga o economista que, entre a segunda metade de 1985 e os primeiros meses de 1987, teve como principal tarefa encontrar uma solução que evitasse um calote do enorme passivo acumulado pelo Estado brasileiro. Belluzzo era secretário de Política Econômica. Naquele período, Belluzzo passou do céu, representado pelos passos iniciais do Plano Cruzado, que impulsionou o crescimento de 7,5% do PIB em 1986, ao inferno, quando o país declarou a moratória.Como acontece hoje com os países europeus, quando a descrença quanto à solvência da Grécia, em 2010, atingiu Irlanda, Portugal e, mais recentemente, a Itália, os países latino-americanos foram alvos dos bancos americanos e europeus entre 1982, quando o México foi o primeiro a declarar moratória, e 1994, quando o Brasil finalizou a renegociação da dívida externa. "A União Europeia passa, hoje, pelo que a América Latina passou entre o fim da década de 80 e o início dos anos 90", diz Belluzzo, "quando todos os agentes do mercado sabiam que as dívidas eram impagáveis e precisavam ser renegociadas, mas ninguém queria arcar com o prejuízo". Mesmo assim, pondera Belluzzo, a renegociação da dívida externa brasileira, entre 1993 e 1994, só foi possível devido à crise econômica que os americanos atravessaram durante o governo Bush (1989-1992), que permitiu ao Brasil acumular as reservas internacionais que serviram de garantia nas reuniões com os credores.Para Belluzzo, uma política fiscal mais apertada só faz sentido em tempo de bonança - o que não é o caso. "Os países europeus e os EUA precisam resolver o alto desemprego, principal problema da economia real. Isso só acontece com crescimento", afirma.A situação americana beira a "irracionalidade econômica", diz o economista. Em vez de utilizar a política fiscal como estímulo para a redução da elevada taxa de desemprego, que oscila entre 9% e 10% há um ano, o governo de Barack Obama lançou mão da política monetária. "Foi a agressiva política de emissão de moeda adotada pelo Fed [Federal Reserve, o banco central americano] que propiciou a enxurrada de capital que chegou ao Brasil desde o fim do ano passado, e pouco serviu para ampliar o crescimento interno ou gerar empregos", afirma Belluzzo.A crise fiscal americana é o reflexo da crise financeira privada, desencadeada pela falência de grandes bancos de investimento, em 2008. "O governo gastou a política fiscal na salvação do sistema financeiro, algo que era necessário, e acabou sendo tímido no incentivo ao crescimento. Agora, a irresponsabilidade será maior, caso decidam por cortes de programas sociais, na hora errada".
A grave crise de endividamento público atravessada pelos Estados Unidos e os países da União Europeia expõe uma fragilidade no "sólido" modelo de crescimento brasileiro - o câmbio valorizada, que impulsiona o consumo via aumento do poder de compra, e sustenta a inflação, via importação. Essa é a avaliação do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, para quem a principal missão do governo brasileiro, no segundo semestre, será centrar esforços no câmbio."Uma desvalorização, brusca, não está descartada, o que encareceria os importados imediatamente, além de onerar pesadamente os empréstimos externos tomados pelas empresas", diz Belluzzo, que conversou com o Valor de Florença (Itália), na noite de quinta-feira, sobre os impactos que a economia brasileira pode sofrer com o recrudescimento da crise nos países ricos.Como um espectador privilegiado da crise da dívida pública que avança pelos países europeus, e que fez da Itália a mais recente protagonista, Belluzzo avalia que o resgate da Grécia, cuja dívida bruta beira o patamar de 120% do PIB, está incutindo entre os países ricos a percepção de que, para escapar de um estresse do mercado financeiro e da possibilidade de um calote, é preciso apertar os gastos."Assim como a crise foi pegando os países, um a um, a ideia de que é preciso apertar a política fiscal de maneira muito firme tem se tornado consenso, passando de um país para o outro", afirma Belluzzo. "Os europeus estão perplexos com o que está acontecendo, eles não têm nenhuma experiência com esse tipo de situação, que é mais comum em países pobres."O grande risco para o Brasil, diz o economista, é uma política coordenada de aperto nos gastos na União Europeia e nos EUA. "A Alemanha, único país ainda dinâmico na União Europeia, graças às exportações, não resistiria a um aperto coletivo na política fiscal, porque ficaria sem mercado", avalia Belluzzo. "E nós ficaríamos sem os fluxos de capitais externos, que chegaram em velocidade impressionante no primeiro semestre."Para Belluzzo, que foi, ao lado do ex-ministro Antonio Delfim Netto, um dos principais conselheiros econômicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo brasileiro está "um tanto prisioneiro" do atual modelo de crescimento. Ainda que a situação fiscal esteja "muito boa", quando comparada ao resto do mundo, e a inflação permaneça sob o controle do Banco Central, o economista avalia que o governo "não tem como evitar o enorme fluxo de capitais que chegou e chega ao Brasil". A missão da equipe econômica, portanto, passa por "evitar que uma turbulência muito séria nos países ricos, algo que não está descartado, resulte em uma desvalorização absurda do real". O elevado nível de reservas acumulado pelo BC - US$ 340 bilhões (dos quais cerca de US$ 220 bilhões aplicados em títulos públicos americanos - e a dívida bruta em torno de 55% do PIB deixam o Brasil em situação confortável para enfrentar uma deterioração adicional nos países ricos."O governo não deveria ter permitido uma valorização tão excessiva do real", diz Belluzzo. "No momento em que os fluxos do exterior se reverterem, independentemente da velocidade com que isso aconteça, o modelo de crescimento sustentado de maneira firme no mercado doméstico e no controle de inflação, via ingresso de bens importados, sofrerá um baque".A situação de impasse vivida por europeus e americanos intriga o economista que, entre a segunda metade de 1985 e os primeiros meses de 1987, teve como principal tarefa encontrar uma solução que evitasse um calote do enorme passivo acumulado pelo Estado brasileiro. Belluzzo era secretário de Política Econômica. Naquele período, Belluzzo passou do céu, representado pelos passos iniciais do Plano Cruzado, que impulsionou o crescimento de 7,5% do PIB em 1986, ao inferno, quando o país declarou a moratória.Como acontece hoje com os países europeus, quando a descrença quanto à solvência da Grécia, em 2010, atingiu Irlanda, Portugal e, mais recentemente, a Itália, os países latino-americanos foram alvos dos bancos americanos e europeus entre 1982, quando o México foi o primeiro a declarar moratória, e 1994, quando o Brasil finalizou a renegociação da dívida externa. "A União Europeia passa, hoje, pelo que a América Latina passou entre o fim da década de 80 e o início dos anos 90", diz Belluzzo, "quando todos os agentes do mercado sabiam que as dívidas eram impagáveis e precisavam ser renegociadas, mas ninguém queria arcar com o prejuízo". Mesmo assim, pondera Belluzzo, a renegociação da dívida externa brasileira, entre 1993 e 1994, só foi possível devido à crise econômica que os americanos atravessaram durante o governo Bush (1989-1992), que permitiu ao Brasil acumular as reservas internacionais que serviram de garantia nas reuniões com os credores.Para Belluzzo, uma política fiscal mais apertada só faz sentido em tempo de bonança - o que não é o caso. "Os países europeus e os EUA precisam resolver o alto desemprego, principal problema da economia real. Isso só acontece com crescimento", afirma.A situação americana beira a "irracionalidade econômica", diz o economista. Em vez de utilizar a política fiscal como estímulo para a redução da elevada taxa de desemprego, que oscila entre 9% e 10% há um ano, o governo de Barack Obama lançou mão da política monetária. "Foi a agressiva política de emissão de moeda adotada pelo Fed [Federal Reserve, o banco central americano] que propiciou a enxurrada de capital que chegou ao Brasil desde o fim do ano passado, e pouco serviu para ampliar o crescimento interno ou gerar empregos", afirma Belluzzo.A crise fiscal americana é o reflexo da crise financeira privada, desencadeada pela falência de grandes bancos de investimento, em 2008. "O governo gastou a política fiscal na salvação do sistema financeiro, algo que era necessário, e acabou sendo tímido no incentivo ao crescimento. Agora, a irresponsabilidade será maior, caso decidam por cortes de programas sociais, na hora errada".
Café oscila forte na ICE e consegue fechar dia com ganhos
Café oscila forte na ICE e consegue fechar dia com ganhos
Em uma sessão de alta volatilidade, o café finalmente voltou a experimentar altas na ICE Futures US nesta sexta-feira. Depois de uma abertura positiva, o mercado voltou a sentir a pressão vendedora e operou grande parte do dia abaixo do nível psicológico de 240,00 centavos. No entanto, na parte final da sessão, os compradores conseguiram voltar a dar as cartas e os ganhos, ainda que consideravelmente tímidos, conseguiram ser aferidos. Mais uma vez, o mercado operou baseado em parâmetros técnicos, numa continuidade do rompimento dos suportes, como já observado ao longo de boa parte desta semana. Abaixo dos 240,00 centavos, no entanto, o mercado encontrou uma linha compradora, o que impediu a ampliação das perdas e também deu espaço para uma recuperação modesta. No after-hours, o mercado ainda ampliou ligeiramente os ganhos finais do intraday. No campo externo, o dia também foi de recuperação, o que também auxiliou os arábicas. Os grãos robustas, em Londres, que vinham despencando constantemente, terminaram o dia com ganhos, assim como o índice CRB, que ascendeu pouco mais de 0,70%. O dólar teve um dia de ligeiro ganho em relação a uma cesta de moedas internacionais. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 70 pontos com 241,50 centavos, sendo a máxima em 246,30 e a mínima em 238,00 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 85 pontos, com a libra a 245,75 centavos, sendo a máxima em 250,15 e a mínima em 242,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 72 dólares, com 2.074 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 63 dólares, com 2.098 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por consideráveis variações, com o setembro oscilando quase 800 pontos ao longo do dia. Assim como nas sessões anteriores, os ganhos foram verificados pela manhã e, na sequência, uma pressão vendedora foi acionada. No entanto, abaixo dos 240,00 centavos o mercado encontrou novos compradores especulativos e indústrias de torrefação, o que deu suporta para que a recuperação pudesse ser empreendida. "O mercado, efetivamente, continua em um viés baixista. é claro que tivemos alguma recuperação hoje, mas os vários suportes rompidos recentemente nos permitem uma leitura negativa do mercado, com os gráficos, diários e de curto prazo, também tendendo a isso. Os bullishs (altistas) continuam muito reticentes", indicou um trader. "Em nossa opinião os fundamentos apontam para um equilíbrio delicadíssimo no abastecimento mundial de café, neste e nos próximos dois anos. O cenário só pode se alterar se a crise econômica europeia e americana evoluir para um quadro de catástrofe", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal, que sustenta ainda que as informações obtidas sobre o andamento da atual colheita brasileira de café já permitem afirmar que seu volume ficará perto dos números estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento. Na avaliação do Escritório, esse montante seria insuficiente para repetir o desempenho do último ano-safra, com 54,5 milhões de sacas comercializadas. A produção de café da Índia na próxima temporada deverá ter um aumento de 7%, indo para 322.250 toneladas métricas, principalmente devido à ampliação da safra de arábica, indicou o Escritório de Café da Índia. A produção total desse tipo de café, cuja safra se inicia em 1 de outubro, deve crescer 11%, para 104.525 toneladas, ao passo que a de robusta deverá ter aumento de 5%, com 217.725 toneladas métricas. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 20, somaram 1.095.656 sacas, contra 827.990 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 3.394 sacas indo para 1.543.176 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 20.557 lotes, com as opções tendo 8.190 calls e 3.997 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 246,30, 246,50, 247,00, 247,50, 248,00, 248,50, 249,00, 249,50, 249,90-250,00, 250,50, 251,00 e 251,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 238,00, 237,50, 237,00, 236,50, 236,00, 235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50 e 233,00 centavos por libra.
Em uma sessão de alta volatilidade, o café finalmente voltou a experimentar altas na ICE Futures US nesta sexta-feira. Depois de uma abertura positiva, o mercado voltou a sentir a pressão vendedora e operou grande parte do dia abaixo do nível psicológico de 240,00 centavos. No entanto, na parte final da sessão, os compradores conseguiram voltar a dar as cartas e os ganhos, ainda que consideravelmente tímidos, conseguiram ser aferidos. Mais uma vez, o mercado operou baseado em parâmetros técnicos, numa continuidade do rompimento dos suportes, como já observado ao longo de boa parte desta semana. Abaixo dos 240,00 centavos, no entanto, o mercado encontrou uma linha compradora, o que impediu a ampliação das perdas e também deu espaço para uma recuperação modesta. No after-hours, o mercado ainda ampliou ligeiramente os ganhos finais do intraday. No campo externo, o dia também foi de recuperação, o que também auxiliou os arábicas. Os grãos robustas, em Londres, que vinham despencando constantemente, terminaram o dia com ganhos, assim como o índice CRB, que ascendeu pouco mais de 0,70%. O dólar teve um dia de ligeiro ganho em relação a uma cesta de moedas internacionais. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 70 pontos com 241,50 centavos, sendo a máxima em 246,30 e a mínima em 238,00 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 85 pontos, com a libra a 245,75 centavos, sendo a máxima em 250,15 e a mínima em 242,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 72 dólares, com 2.074 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 63 dólares, com 2.098 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por consideráveis variações, com o setembro oscilando quase 800 pontos ao longo do dia. Assim como nas sessões anteriores, os ganhos foram verificados pela manhã e, na sequência, uma pressão vendedora foi acionada. No entanto, abaixo dos 240,00 centavos o mercado encontrou novos compradores especulativos e indústrias de torrefação, o que deu suporta para que a recuperação pudesse ser empreendida. "O mercado, efetivamente, continua em um viés baixista. é claro que tivemos alguma recuperação hoje, mas os vários suportes rompidos recentemente nos permitem uma leitura negativa do mercado, com os gráficos, diários e de curto prazo, também tendendo a isso. Os bullishs (altistas) continuam muito reticentes", indicou um trader. "Em nossa opinião os fundamentos apontam para um equilíbrio delicadíssimo no abastecimento mundial de café, neste e nos próximos dois anos. O cenário só pode se alterar se a crise econômica europeia e americana evoluir para um quadro de catástrofe", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal, que sustenta ainda que as informações obtidas sobre o andamento da atual colheita brasileira de café já permitem afirmar que seu volume ficará perto dos números estimados pela Companhia Nacional de Abastecimento. Na avaliação do Escritório, esse montante seria insuficiente para repetir o desempenho do último ano-safra, com 54,5 milhões de sacas comercializadas. A produção de café da Índia na próxima temporada deverá ter um aumento de 7%, indo para 322.250 toneladas métricas, principalmente devido à ampliação da safra de arábica, indicou o Escritório de Café da Índia. A produção total desse tipo de café, cuja safra se inicia em 1 de outubro, deve crescer 11%, para 104.525 toneladas, ao passo que a de robusta deverá ter aumento de 5%, com 217.725 toneladas métricas. As exportações de café do Brasil em julho, até o dia 20, somaram 1.095.656 sacas, contra 827.990 sacas registradas no mesmo período de junho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 3.394 sacas indo para 1.543.176 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 20.557 lotes, com as opções tendo 8.190 calls e 3.997 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 246,30, 246,50, 247,00, 247,50, 248,00, 248,50, 249,00, 249,50, 249,90-250,00, 250,50, 251,00 e 251,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 238,00, 237,50, 237,00, 236,50, 236,00, 235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50 e 233,00 centavos por libra.
Gold Surges to Record After U.S. Debt Limit Discussions Stall
Gold Surges to Record After U.S. Debt Limit Discussions Stall
July 25 (Bloomberg) --
Gold climbed to a record on demand for an investment haven as failure to raise the federal debt limit intensified concern of a default in the U.S.
Gold for August delivery climbed as much as 1.4 percent to $1,624.30 an ounce in New York. The metal traded at $1,617.20 an ounce at 7:41 a.m. in Singapore. Immediate-delivery gold also gained as much as 1.4 percent to $1,624.07 an ounce.
“There was more of an investor response to debt fears in both Europe and the U.S. which took hold and drove interest in gold,” Gavin Wendt, director at Sydney-based Mine Life Pty Ltd., said by telephone. “We saw a situation where investors were shying away from the U.S. dollar and showing a preference for a safe haven.”
House Speaker John Boehner told Republicans that there’s no agreement on a plan for raising the ceiling before a default threatened for Aug. 2. The impasse has boosted the chance Standard & Poor’s will cut the U.S. credit rating from AAA within three months to 50 percent, the company said July 21.
“EU resolve on Greece shifts market focus to stalled U.S. debt-ceiling talks, which gold prices are likely to track,” James Steel, an analyst at HSBC Securities USA Inc., wrote in a note. “A sudden agreement on the debt ceiling is always possible, and we would expect gold to react quickly and negatively to any such news.”
A Republican congressional official said Boehner, speaking by telephone to lawmakers, is reporting that discussions are continuing on raising the $14.3 trillion debt ceiling. The Dollar Index, a six-currency gauge of the dollar’s value, declined as much as 0.3 percent today.
‘Uncertainty’
“The longer the uncertainty goes on, the greater the investor appetite for gold, that is without doubt,” Wendt said. “What we’re seeing is a reaction to that uncertainty.”
Republicans prepared to force action on a shorter-term extension of the limit than Obama has requested, defying a veto threat. The president would veto a measure that doesn’t extend the limit into 2013, White House Chief of Staff Bill Daley said in an interview on NBC’s “Meet the Press” on July 24.
Daley warned that “markets around the world” would react negatively to a short-term measure offering less than $2.4 trillion in borrowing authority.
Silver futures for September delivery jumped 1.1 percent to $40.56 an ounce on the Comex. The metal for immediate delivery climbed 1.2 percent to $40.5537 an ounce.
To contact the reporter on this story: Phoebe Sedgman in Melbourne at psedgman2@bloomberg.net
To contact the editor responsible for this story: Richard Dobson at rdobson4@bloomberg.net
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July 25 (Bloomberg) --
Gold climbed to a record on demand for an investment haven as failure to raise the federal debt limit intensified concern of a default in the U.S.
Gold for August delivery climbed as much as 1.4 percent to $1,624.30 an ounce in New York. The metal traded at $1,617.20 an ounce at 7:41 a.m. in Singapore. Immediate-delivery gold also gained as much as 1.4 percent to $1,624.07 an ounce.
“There was more of an investor response to debt fears in both Europe and the U.S. which took hold and drove interest in gold,” Gavin Wendt, director at Sydney-based Mine Life Pty Ltd., said by telephone. “We saw a situation where investors were shying away from the U.S. dollar and showing a preference for a safe haven.”
House Speaker John Boehner told Republicans that there’s no agreement on a plan for raising the ceiling before a default threatened for Aug. 2. The impasse has boosted the chance Standard & Poor’s will cut the U.S. credit rating from AAA within three months to 50 percent, the company said July 21.
“EU resolve on Greece shifts market focus to stalled U.S. debt-ceiling talks, which gold prices are likely to track,” James Steel, an analyst at HSBC Securities USA Inc., wrote in a note. “A sudden agreement on the debt ceiling is always possible, and we would expect gold to react quickly and negatively to any such news.”
A Republican congressional official said Boehner, speaking by telephone to lawmakers, is reporting that discussions are continuing on raising the $14.3 trillion debt ceiling. The Dollar Index, a six-currency gauge of the dollar’s value, declined as much as 0.3 percent today.
‘Uncertainty’
“The longer the uncertainty goes on, the greater the investor appetite for gold, that is without doubt,” Wendt said. “What we’re seeing is a reaction to that uncertainty.”
Republicans prepared to force action on a shorter-term extension of the limit than Obama has requested, defying a veto threat. The president would veto a measure that doesn’t extend the limit into 2013, White House Chief of Staff Bill Daley said in an interview on NBC’s “Meet the Press” on July 24.
Daley warned that “markets around the world” would react negatively to a short-term measure offering less than $2.4 trillion in borrowing authority.
Silver futures for September delivery jumped 1.1 percent to $40.56 an ounce on the Comex. The metal for immediate delivery climbed 1.2 percent to $40.5537 an ounce.
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U.S. Stock Futures, Treasuries Drop as Gold Gains on Debt Talks
U.S. Stock Futures, Treasuries Drop as Gold Gains on Debt Talks
July 25 (Bloomberg) --
U.S. equity futures and Treasuries dropped while gold rose to a record as President Barack Obama and Congress failed to reach a deal on raising the debt limit, intensifying concern the nation will default. Asian shares fell.
Standard & Poor’s 500 Index futures expiring in September lost 0.9 percent to 1,329.40 at 9:19 a.m. in Tokyo, indicating the measure will decline after rising within 1.4 percent of a three-year high. The MSCI Asia Pacific Index of shares in the region slipped 0.6 percent. Yields on 10-year Treasuries gained three basis points. Gold added as much as 1.4 percent to $1,624.30 an ounce. Oil fell 0.8 percent.
House Speaker John Boehner told Republicans that there’s no agreement on a plan for raising the ceiling before a default threatened for Aug. 2. A Republican congressional official said Boehner, speaking by telephone to lawmakers, is reporting that discussions are continuing. S&P said last week the impasse has boosted the chance it will cut the U.S. credit rating from AAA within three months to 50 percent.
“Stock markets around the globe will look to price in a greater uncertainty premium on account of political squabbles in the world’s largest economy and the increasing risk that it may lose its sacred AAA rating,” Mohamed A. El-Erian, chief executive officer and co-chief investment officer at Pacific Investment Management Co., wrote in an e-mail. His firm is the world’s biggest manager of bond funds. “A last-minute political compromise will avoid a default but will leave the AAA rating extremely vulnerable,” he said.
Japan, Australia
Japan’s Nikkei 225 Stock Average fell 0.8 percent, retreating from its highest level since July 8, and South Korea’s Kospi index slumped 0.8 percent. Australia’s S&P/ASX 200 Index slipped 0.6 percent.
Oil retreated for the first time in five days in New York, sliding to $99.04 a barrel. Corn futures sank 1.9 percent to $6.7225 a bushel. Wheat fell 1.5 percent to $6.82 a bushel.
“There’s a broad risk that it takes down global equities and commodity prices and causes a big selloff in the dollar,” Barry Knapp, head of U.S. equity strategy in New York at Barclays Plc, said in a telephone interview. “This is the center of capital markets and the global economic universe, so if we can’t get our act together and the market truly does become concerned about our political will, we could get a major global risk event.”
Stocks Whipsawed
The S&P 500 closed at 1,345.02 on July 22. When the measure climbed to 1,363.61 on April 29, it was the highest level since June 2008. The Dow Jones Industrial Average slid 0.3 percent on July 22 to 12,681.16, paring its weekly increase to 1.6 percent. Dow futures fell 103 points, or 0.8 percent, to 12,518 today. U.S. equities rallied last week as Europe pledged support for Greece to end the region’s debt crisis and companies from Apple Inc. to Morgan Stanley and Advanced Micro Devices Inc. beat earnings projections.
Negotiations in Washington over the nation’s debt limit have whipsawed U.S. stocks. The S&P 500 jumped 1.6 percent on July 19, the biggest gain since March, amid optimism Obama and congressional Republicans would agree to raise the ceiling before an Aug. 2 deadline. Stocks fell the next day on concern a Senate plan to help the nation avoid default faced resistance from House Republicans.
Treasuries fell, extending last week’s decline, its first in three weeks. Yields on benchmark 10-year notes rose three basis points, or 0.03 percentage point, to 2.99 percent from 2.96 percent on July 22, according to Bloomberg Bond Trader prices. That’s below the five-year average of 3.71 percent.
Avoiding Default
“The U.S. should avoid default but may get downgraded by the ratings agencies if the White House and Congressional Republicans are unable to agree on significant medium-term fiscal tightening,” Mansoor Mohi-uddin, the Singapore-based chief currency strategist at UBS AG, wrote in a note to clients.
Investors outside the U.S. own $4.51 trillion in U.S. Treasuries, or about 50 percent of the marketable government debt outstanding, according to the Treasury Department.
The dollar fell 0.6 percent to 81.45 Swiss centimes from 81.92 last week and traded at 78.43 yen from 78.54 on July 22. The Australian dollar weakened against 14 of its 16 most- actively traded counterparts and fell 0.5 percent to 84.86 yen as speculation that the U.S. may default sapped demand for higher-yielding assets.
Forcing Action
Republicans prepared to force action on a shorter-term extension of the limit than Obama has requested, defying a veto threat. The president would block a measure that doesn’t extend the limit into 2013, White House Chief of Staff Bill Daley said in an interview on NBC’s “Meet the Press” yesterday.
Daley warned that “markets around the world” would react negatively to a short-term measure offering less than $2.4 trillion in borrowing authority.
U.S. Treasury Secretary Timothy F. Geithner said he hopes lawmakers can agree on the framework of a debt-limit agreement because the House of Representatives must start deliberations July 25 to meet the Aug. 2 deadline.
“They need to get this process moving in the House by Monday night,” Geithner said yesterday on ABC’s “This Week” program. “To achieve that deadline, they need to have a framework that they know with complete confidence will pass both houses of Congress that is acceptable to the president.”
Boehner, an Ohio Republican, said on the “Fox News Sunday” program that while he’d prefer a bipartisan package, “if that’s not possible,” House Republicans are “prepared to move on our own.” “There is going to be a two-stage process,” Boehner said. “This is about what’s doable.”
U.S. Downgrade
Both S&P and Moody’s Investors Service are weighing a downgrade of the U.S. credit rating. Even if the country defaults on some obligations after Aug. 2 and pays bondholders, S&P said short- and long-term interest rates would rise by 0.50 percentage point and 1 point, respectively.
“The rating agencies are driving the bus here,” Matt McCormick, a money manager at Cincinnati-based Bahl & Gaynor Inc., said in a telephone interview. His firm oversees $4 billion. “What’s going to matter is what they say.”
To contact the reporters on this story: Rita Nazareth in New York at rnazareth@bloomberg.net Shiyin Chen in Singapore at schen37@bloomberg.net
To contact the editor responsible for this story: Nick Baker at nbaker7@bloomberg.net
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July 25 (Bloomberg) --
U.S. equity futures and Treasuries dropped while gold rose to a record as President Barack Obama and Congress failed to reach a deal on raising the debt limit, intensifying concern the nation will default. Asian shares fell.
Standard & Poor’s 500 Index futures expiring in September lost 0.9 percent to 1,329.40 at 9:19 a.m. in Tokyo, indicating the measure will decline after rising within 1.4 percent of a three-year high. The MSCI Asia Pacific Index of shares in the region slipped 0.6 percent. Yields on 10-year Treasuries gained three basis points. Gold added as much as 1.4 percent to $1,624.30 an ounce. Oil fell 0.8 percent.
House Speaker John Boehner told Republicans that there’s no agreement on a plan for raising the ceiling before a default threatened for Aug. 2. A Republican congressional official said Boehner, speaking by telephone to lawmakers, is reporting that discussions are continuing. S&P said last week the impasse has boosted the chance it will cut the U.S. credit rating from AAA within three months to 50 percent.
“Stock markets around the globe will look to price in a greater uncertainty premium on account of political squabbles in the world’s largest economy and the increasing risk that it may lose its sacred AAA rating,” Mohamed A. El-Erian, chief executive officer and co-chief investment officer at Pacific Investment Management Co., wrote in an e-mail. His firm is the world’s biggest manager of bond funds. “A last-minute political compromise will avoid a default but will leave the AAA rating extremely vulnerable,” he said.
Japan, Australia
Japan’s Nikkei 225 Stock Average fell 0.8 percent, retreating from its highest level since July 8, and South Korea’s Kospi index slumped 0.8 percent. Australia’s S&P/ASX 200 Index slipped 0.6 percent.
Oil retreated for the first time in five days in New York, sliding to $99.04 a barrel. Corn futures sank 1.9 percent to $6.7225 a bushel. Wheat fell 1.5 percent to $6.82 a bushel.
“There’s a broad risk that it takes down global equities and commodity prices and causes a big selloff in the dollar,” Barry Knapp, head of U.S. equity strategy in New York at Barclays Plc, said in a telephone interview. “This is the center of capital markets and the global economic universe, so if we can’t get our act together and the market truly does become concerned about our political will, we could get a major global risk event.”
Stocks Whipsawed
The S&P 500 closed at 1,345.02 on July 22. When the measure climbed to 1,363.61 on April 29, it was the highest level since June 2008. The Dow Jones Industrial Average slid 0.3 percent on July 22 to 12,681.16, paring its weekly increase to 1.6 percent. Dow futures fell 103 points, or 0.8 percent, to 12,518 today. U.S. equities rallied last week as Europe pledged support for Greece to end the region’s debt crisis and companies from Apple Inc. to Morgan Stanley and Advanced Micro Devices Inc. beat earnings projections.
Negotiations in Washington over the nation’s debt limit have whipsawed U.S. stocks. The S&P 500 jumped 1.6 percent on July 19, the biggest gain since March, amid optimism Obama and congressional Republicans would agree to raise the ceiling before an Aug. 2 deadline. Stocks fell the next day on concern a Senate plan to help the nation avoid default faced resistance from House Republicans.
Treasuries fell, extending last week’s decline, its first in three weeks. Yields on benchmark 10-year notes rose three basis points, or 0.03 percentage point, to 2.99 percent from 2.96 percent on July 22, according to Bloomberg Bond Trader prices. That’s below the five-year average of 3.71 percent.
Avoiding Default
“The U.S. should avoid default but may get downgraded by the ratings agencies if the White House and Congressional Republicans are unable to agree on significant medium-term fiscal tightening,” Mansoor Mohi-uddin, the Singapore-based chief currency strategist at UBS AG, wrote in a note to clients.
Investors outside the U.S. own $4.51 trillion in U.S. Treasuries, or about 50 percent of the marketable government debt outstanding, according to the Treasury Department.
The dollar fell 0.6 percent to 81.45 Swiss centimes from 81.92 last week and traded at 78.43 yen from 78.54 on July 22. The Australian dollar weakened against 14 of its 16 most- actively traded counterparts and fell 0.5 percent to 84.86 yen as speculation that the U.S. may default sapped demand for higher-yielding assets.
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Republicans prepared to force action on a shorter-term extension of the limit than Obama has requested, defying a veto threat. The president would block a measure that doesn’t extend the limit into 2013, White House Chief of Staff Bill Daley said in an interview on NBC’s “Meet the Press” yesterday.
Daley warned that “markets around the world” would react negatively to a short-term measure offering less than $2.4 trillion in borrowing authority.
U.S. Treasury Secretary Timothy F. Geithner said he hopes lawmakers can agree on the framework of a debt-limit agreement because the House of Representatives must start deliberations July 25 to meet the Aug. 2 deadline.
“They need to get this process moving in the House by Monday night,” Geithner said yesterday on ABC’s “This Week” program. “To achieve that deadline, they need to have a framework that they know with complete confidence will pass both houses of Congress that is acceptable to the president.”
Boehner, an Ohio Republican, said on the “Fox News Sunday” program that while he’d prefer a bipartisan package, “if that’s not possible,” House Republicans are “prepared to move on our own.” “There is going to be a two-stage process,” Boehner said. “This is about what’s doable.”
U.S. Downgrade
Both S&P and Moody’s Investors Service are weighing a downgrade of the U.S. credit rating. Even if the country defaults on some obligations after Aug. 2 and pays bondholders, S&P said short- and long-term interest rates would rise by 0.50 percentage point and 1 point, respectively.
“The rating agencies are driving the bus here,” Matt McCormick, a money manager at Cincinnati-based Bahl & Gaynor Inc., said in a telephone interview. His firm oversees $4 billion. “What’s going to matter is what they say.”
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