Chamou a atenção esta semana uma matéria divulgada pelo CNC – Conselho Nacional do Café em seu “Clipping” sobre as reexportações de café por países consumidores. Baseada em números conhecidos pelo mercado, regularmente divulgados pela OIC – Organização Internacional do Café, a matéria consegue colocar luz em um assunto pouco discutido - a agregação de valor - nos debates e na elaboração das políticas da cafeicultura brasileira.
A tabela apresentada na matéria mostra que os números mensais de reexportação dos países consumidores suplantam os das exportações de café verde do Brasil, maior produtor e exportador, e deixa claro que as lideranças brasileiras têm de dar uma atenção maior ao assunto.
As exportações brasileiras de café solúvel são cerceadas por barreiras alfandegárias e não alfandegárias de países importadores de nosso café verde e as de café torrado, apesar do empenho e persistência da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café e da APEX – Brasil, são muito pequenas, perdendo até para as de países com pouca tradição no mercado de café.
A grande agregação de valor fica para os países importadores, sobrando para os cafeicultores brasileiros exigências cada vez maiores, através de certificações impostas pelos compradores. O preço do café verde é limitado pelas bolsas de futuro e seus derivativos, esbarrando sempre em seus níveis históricos.
Não temos marcas conhecidas no exterior e as mais conhecidas pelos consumidores do Brasil, segundo maior mercado consumidor de café do mundo, já estão em mãos de grandes torrefações multinacionais.
Somos responsáveis por mais de 50% das exportações mundiais de café arábica verde, grandes produtores de conillon e, como segundo maior mercado consumidor, temos também um grande e moderno parque torrefador, possivelmente o segundo do mundo. Portanto não é a proibição de importação de café verde de outras origens que impede a maior presença brasileira na exportação de café industrializado. Necessitamos é de vontade política e empenho na mudança do foco de nossas exportações, que precisa ser centrada na agregação de valor.
O anúncio de que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) vai injetar mais US$ 600 bilhões para tentar recuperar a economia americana, agitou os mercados esta semana. Investidores correram para commodities, ações e moedas de países emergentes. O dólar fraco e a perspectiva de excesso de dinheiro inflaram as bolsas de commodities ao redor do mundo. As negociações de grãos, metais e petróleo cresceram de modo impressionante. A alta dos preços é boa para os produtores de commodities e os agricultores brasileiros deverão ter renda recorde este ano.
As bolsas de café, já pressionadas pela escassez de estoques em todo mundo, acompanharam o movimento de alta, que também foi influenciado pela rolagem de posições de dezembro para março. Ontem, na ICE Futures US, os contratos com vencimento em março próximo chegaram a ser negociados acima de 2,11 cents por libra-peso. No físico brasileiro, os cafeicultores , ao contrário dos produtores de outras commodities, praticamente não foram beneficiados pela forte alta. Muitos compradores se retiraram do mercado aguardando uma melhor definição do quadro e os negócios realizados tiveram preços apenas 5 a 10 reais por saca acima das cotações do início da semana.
Até o dia 30, os embarques de outubro estavam em 2.769.441 sacas de arábica e 106.192 sacas de conillon, somando 2.875.633 sacas de café verde, mais 261.295 sacas de solúvel, contra 2.444.206 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.378.485 sacas, contra 3.056.133 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 29, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 5, subiu nos contratos para entrega em dezembro próximo, 170 pontos ou US$ 2,24 (R$ 3,76) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE fecharam no dia 29, a R$ 457,51/saca e hoje, dia 5, a R$ 455,63/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 65 pontos.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Lavazza lança no Brasil plano de apoio aos cafeicultores
mundo dos negócios tem vários jargões, boa parte deles em inglês. Um deles é o \"win-win situation\", usado para descrever situações em que todos ganham. Foi essa expressão que Giuseppe Lavazza usou para descrever o programa ¡Tierra!, de apoio a pequenos cafeicultores da maior empresa familiar de café expresso do mundo, a italiana Lavazza. Em prática na Colômbia, no Peru e em Honduras, o ¡Tierra! está sendo implantado no Brasil, onde a companhia compra 40% do café que moi e processa.
O orçamento do projeto para o ano que vem é de € 1,7 milhão e boa parte desse dinheiro, segundo Lavazza, virá para o Brasil por intermédio da Giuseppe and Pericle Lavazza Foundation - braço social da empresa que homenageia os irmãos fundadores da companhia, respectivamente o bisavô e o tio-avô de Giuseppe, atual vice-presidente executivo da Lavazza.
\"A meta do ¡Tierra! é ajudar a aumentar a produção de café, tanto em quantidade quanto em qualidade\", diz Lavazza. De 450 a 500 produtores da região de Lambari, em Minas Gerais, deverão ser beneficiados. O projeto também está sendo estendido para 400 produtores de café robusta na Índia e mais 700 na Tanzânia.
\"O ¡Tierra! trabalha de três maneiras: socialmente, economicamente e ambientalmente\", diz Lavazza. Socialmente, o projeto levanta prédios onde funcionarão escolas e até hospitais. A fundação também constrói estrada e fornece computadores para os produtores. Economicamente, ensina aos cafeicultores melhores práticas de agricultura e de manejo da cultura para melhores resultados financeiros. Ambientalmente, mostra maneiras de preservar os recursos naturais das áreas de plantio, como água e solo. Também ensina técnicas aos produtores para redução do uso de fertilizantes com aumento da produção, em volume e quantidade.
Auxiliando comunidades produtoras de café na Colômbia, no Peru e em Honduras, a Lavazza conseguiu desenvolver um novo tipo de café, chamado Lavazza ¡Tierra!, que é 100% arábica e sustentável, com o prestigiado selo do sapinho verde da Rainforest Alliance Certified, conferido pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS).
No Brasil, o projeto foi iniciado no primeiro semestre deste ano e também deve culminar com o lançamento de um \"blend\" sustentável. Na Colômbia, a fundação atua há seis anos e ajudou cerca de 100 pessoas que puderam ir à escola graças ao projeto. Casas de produtores e novas instalações para a secagem do café também foram levantadas na região de La Esperanza, no Vale Huila. Em Honduras e no Peru, o projeto também começou há seis anos e promoveu a construção de escolas, cantinas, postos médicos e também a concessão de microcrédito para pequenos produtores.
Em todas as localidades, o ¡Tierra! tem a certificação da Rainforest Alliance. No Brasil, o programa tem parceria com a organização não governamental alemã Hans R. Neumann Stiftung (especializada em ajudar comunidades produtoras de café em vários países), com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Fundação do Banco do Brasil e a Cooperativa Agropecuária de Lambari.
A Lavazza, fundada em Turim, na Itália, em 1895 processa por ano 138 milhões de quilos de café. Tem quatro fábricas, todas na Itália (Turim, Gattinara, Verres e Pozzilli) e está investindo 10 milhões para construir a quinta, na cidade de Queimados, no Rio de Janeiro.
A jornalista viajou a convite da empresa
O orçamento do projeto para o ano que vem é de € 1,7 milhão e boa parte desse dinheiro, segundo Lavazza, virá para o Brasil por intermédio da Giuseppe and Pericle Lavazza Foundation - braço social da empresa que homenageia os irmãos fundadores da companhia, respectivamente o bisavô e o tio-avô de Giuseppe, atual vice-presidente executivo da Lavazza.
\"A meta do ¡Tierra! é ajudar a aumentar a produção de café, tanto em quantidade quanto em qualidade\", diz Lavazza. De 450 a 500 produtores da região de Lambari, em Minas Gerais, deverão ser beneficiados. O projeto também está sendo estendido para 400 produtores de café robusta na Índia e mais 700 na Tanzânia.
\"O ¡Tierra! trabalha de três maneiras: socialmente, economicamente e ambientalmente\", diz Lavazza. Socialmente, o projeto levanta prédios onde funcionarão escolas e até hospitais. A fundação também constrói estrada e fornece computadores para os produtores. Economicamente, ensina aos cafeicultores melhores práticas de agricultura e de manejo da cultura para melhores resultados financeiros. Ambientalmente, mostra maneiras de preservar os recursos naturais das áreas de plantio, como água e solo. Também ensina técnicas aos produtores para redução do uso de fertilizantes com aumento da produção, em volume e quantidade.
Auxiliando comunidades produtoras de café na Colômbia, no Peru e em Honduras, a Lavazza conseguiu desenvolver um novo tipo de café, chamado Lavazza ¡Tierra!, que é 100% arábica e sustentável, com o prestigiado selo do sapinho verde da Rainforest Alliance Certified, conferido pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS).
No Brasil, o projeto foi iniciado no primeiro semestre deste ano e também deve culminar com o lançamento de um \"blend\" sustentável. Na Colômbia, a fundação atua há seis anos e ajudou cerca de 100 pessoas que puderam ir à escola graças ao projeto. Casas de produtores e novas instalações para a secagem do café também foram levantadas na região de La Esperanza, no Vale Huila. Em Honduras e no Peru, o projeto também começou há seis anos e promoveu a construção de escolas, cantinas, postos médicos e também a concessão de microcrédito para pequenos produtores.
Em todas as localidades, o ¡Tierra! tem a certificação da Rainforest Alliance. No Brasil, o programa tem parceria com a organização não governamental alemã Hans R. Neumann Stiftung (especializada em ajudar comunidades produtoras de café em vários países), com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Fundação do Banco do Brasil e a Cooperativa Agropecuária de Lambari.
A Lavazza, fundada em Turim, na Itália, em 1895 processa por ano 138 milhões de quilos de café. Tem quatro fábricas, todas na Itália (Turim, Gattinara, Verres e Pozzilli) e está investindo 10 milhões para construir a quinta, na cidade de Queimados, no Rio de Janeiro.
A jornalista viajou a convite da empresa
Consumo de café no Brasil deve crescer 6%
08/11/10 - 05:38
SÃO PAULO - O consumo de café no Brasil deverá fechar 2010 com um crescimento de 6%, que representa 19,5 milhões de sacas de 60 quilos, ante 2009, que fechou com 18,4 milhões. Segundo Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) essa previsão supera as expectativas do início do ano impulsionado pela crescente renda da população, e com uma taxa de câmbio no País que atenua no mercado interno o rali dos preços internacionais. Para o diretor executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, a fraqueza do dólar frente ao real inibe um aumento maior da cotação do grão no mercado brasileiro na esteira da cotação externa, facilitando a vida dos consumidores.
Herszkowicz disse que a oferta tende a ficar mais apertada no Brasil no primeiro semestre do ano que vem, uma vez que o maior produtor mundial terminou de colher a sua safra de ciclo alta de produção do arábica. Porém, ele rejeita a tese de que vai faltar café para a exportação do País, o principal exportador mundial, diante do crescimento do consumo interno e de exportações em níveis elevados.
SÃO PAULO - O consumo de café no Brasil deverá fechar 2010 com um crescimento de 6%, que representa 19,5 milhões de sacas de 60 quilos, ante 2009, que fechou com 18,4 milhões. Segundo Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) essa previsão supera as expectativas do início do ano impulsionado pela crescente renda da população, e com uma taxa de câmbio no País que atenua no mercado interno o rali dos preços internacionais. Para o diretor executivo da entidade, Nathan Herszkowicz, a fraqueza do dólar frente ao real inibe um aumento maior da cotação do grão no mercado brasileiro na esteira da cotação externa, facilitando a vida dos consumidores.
Herszkowicz disse que a oferta tende a ficar mais apertada no Brasil no primeiro semestre do ano que vem, uma vez que o maior produtor mundial terminou de colher a sua safra de ciclo alta de produção do arábica. Porém, ele rejeita a tese de que vai faltar café para a exportação do País, o principal exportador mundial, diante do crescimento do consumo interno e de exportações em níveis elevados.
Produção global de café deve cair
VALOR ECONÔMICO -SP
08/11/2010
| De São Paulo
As perspectivas que apontam para uma colheita menor que a inicialmente esperada no Brasil deverão levar à redução da produção mundial de café na próxima temporada, confirmou a Organização Internacional do Café (OIC). Segundo José Sette, diretor-executivo da entidade, o Brasil responde por uma fatia tão grande da produção global que, a menos que ocorra algo imprevisto em outros países a oferta inevitavelmente será menor.
Conforme Sette, a colheita na atual campanha ficará entre 133 milhões e 135 milhões de sacas de 60 quilos. Influenciados por chuvas acima da média que prejudicaram as colheitas na Colômbia e em nações da América Central, os preços internacionais estão nos mais altos patamares em 13 anos na bolsa de Nova York. Com a bienalidade negativa característica da safra, no ano que vem é possível que o Brasil colha 36 milhões de sacas, ante as 47,2 milhões de 2010 (bienalidade positiva) e as 39,5 milhões de 2009 (bienalidade negativa), segundo informações do Conselho Nacional de Café (CNC).
Nos países produtores da commodity, os estoques de café recuaram para cerca de 12 milhões de sacas este ano, menor nível desde a década de 60, quando a OIC, com sede em Londres, começou a fazer esse tipo de levantamento. \"Se de fato tivermos um problema importante de produção (...) haverá espaço para que os preços cheguem às nuvens\", afirmou Sette. (Bloomberg)
08/11/2010
| De São Paulo
As perspectivas que apontam para uma colheita menor que a inicialmente esperada no Brasil deverão levar à redução da produção mundial de café na próxima temporada, confirmou a Organização Internacional do Café (OIC). Segundo José Sette, diretor-executivo da entidade, o Brasil responde por uma fatia tão grande da produção global que, a menos que ocorra algo imprevisto em outros países a oferta inevitavelmente será menor.
Conforme Sette, a colheita na atual campanha ficará entre 133 milhões e 135 milhões de sacas de 60 quilos. Influenciados por chuvas acima da média que prejudicaram as colheitas na Colômbia e em nações da América Central, os preços internacionais estão nos mais altos patamares em 13 anos na bolsa de Nova York. Com a bienalidade negativa característica da safra, no ano que vem é possível que o Brasil colha 36 milhões de sacas, ante as 47,2 milhões de 2010 (bienalidade positiva) e as 39,5 milhões de 2009 (bienalidade negativa), segundo informações do Conselho Nacional de Café (CNC).
Nos países produtores da commodity, os estoques de café recuaram para cerca de 12 milhões de sacas este ano, menor nível desde a década de 60, quando a OIC, com sede em Londres, começou a fazer esse tipo de levantamento. \"Se de fato tivermos um problema importante de produção (...) haverá espaço para que os preços cheguem às nuvens\", afirmou Sette. (Bloomberg)
Impulsan comercialización de bióxido de carbono en Chiapas
06/11/2010 19:11:58 - Yahoo! México
Tapachula, Chis., 6 Nov. (Notimex).- El presidente de la Comisión Especial de café en el Congreso de la Unión, Carlos Martínez, informó que dentro del Presupuesto de Egresos de 2011 se considera un fuerte impulso a la cafeticultura, pero con un nuevo enfoque.
Refirió que no sólo impulsará la producción de café, sino también se protegerán los bosques, porque con ello México estará en amplias posibilidades de comercializar bióxido de carbono (CO2) con el mundo.
En entrevista, aseguró que hay algunas regiones del país que ya cuentan con la certificación, como el caso de la finca Argovia, en la zona alta del municipio de Tapachula, en donde ya se empezó con la venta del CO2.
De consolidarse este proyecto impulsado desde el Poder Legislativo, los primeros beneficiados serán los casi medio millón de productores de café en México, de los cuales cerca de 200 mil son de Chiapas, destacó.
Para lograrlo, resaltó, se busca que el presupuesto de la cafeticultura mexicana para 2011 sea de mil 600 millones de pesos, con los que se impulsará la producción pero también se empleará gran parte en capacitación, comercio justo, fondos de garantía, coberturas en precios, activos productivos y certificación orgánica.
El legislador indicó que la protección y certificación de bosques de maderables y sombra, para que los productores puedan comercializar desde sus propias comunidades el CO2, a solicitud de las empresas de cualquier parte del mundo que requieran de ese tipo de bonos.
Señaló que sus actividades industriales ocasionan daño al medio ambiente, y por tanto están obligados a invertir en reparación.
Los ingresos por el CO2 desde los campos sembrados con café en México y de sus bosques, pudieran ser mayor que los que genera el aromático grano, y por tanto, repercutiría
positivamente en los 12 estados en donde se producen los arábigos, robusta y otros.
Sin embargo, dijo, antes se tendrán que superar una serie de problemas por los que atraviesa el café en el país, como el hecho de que hay una plantación que aún no se ha renovado por completo y que se ve reflejado en una baja producción.
\"Tenemos plantas de café muy viejas que tienen que ser renovadas lo más pronto posible, porque de lo contario no podremos aprovechar tampoco que los precios del café han ido repuntando de manera gradual en los dos últimos años\", insistió Martínez.
De acuerdo con cifras de la Comisión del café, hay estados como San Luis Potosí en el que la producción es de apenas un quintal por hectárea.
Chiapas, como primer productor nacional, promedia siete quintales por hectárea, pero en el sector privado se llega a cosechar hasta 25 quintales por hectárea.
Aseguró que por parte del gobierno no ha faltado apoyo, aunque reconoció que no se han aprovechado al máximo los programas y que hace falta poner en marcha nuevas estrategias, como la venta del CO2 y la industrialización.
\"En los últimos nueve años se han canalizado para el café de México más de nueve mil millones de pesos, y por lo tanto consideramos que es hora de que esas inversiones empiecen a dar frutos positivos para el beneficio de los productores\", indicó el legislador panista.
Por eso, consideró que la construcción de la planta liofilizadora de café en Tapachula -la más grande en América Latina- representa un gran avance para la cafeticultura en México.
\"Con ese proceso no sólo los productores de Chiapas podrán darle un valor agregado a sus cultivos, sino también el resto de los cafeticultores en el país, además de que México podría acaparar los mercados internacionales que demandan cada día mejor calidad para los consumidores finales\", expuso.
Tapachula, Chis., 6 Nov. (Notimex).- El presidente de la Comisión Especial de café en el Congreso de la Unión, Carlos Martínez, informó que dentro del Presupuesto de Egresos de 2011 se considera un fuerte impulso a la cafeticultura, pero con un nuevo enfoque.
Refirió que no sólo impulsará la producción de café, sino también se protegerán los bosques, porque con ello México estará en amplias posibilidades de comercializar bióxido de carbono (CO2) con el mundo.
En entrevista, aseguró que hay algunas regiones del país que ya cuentan con la certificación, como el caso de la finca Argovia, en la zona alta del municipio de Tapachula, en donde ya se empezó con la venta del CO2.
De consolidarse este proyecto impulsado desde el Poder Legislativo, los primeros beneficiados serán los casi medio millón de productores de café en México, de los cuales cerca de 200 mil son de Chiapas, destacó.
Para lograrlo, resaltó, se busca que el presupuesto de la cafeticultura mexicana para 2011 sea de mil 600 millones de pesos, con los que se impulsará la producción pero también se empleará gran parte en capacitación, comercio justo, fondos de garantía, coberturas en precios, activos productivos y certificación orgánica.
El legislador indicó que la protección y certificación de bosques de maderables y sombra, para que los productores puedan comercializar desde sus propias comunidades el CO2, a solicitud de las empresas de cualquier parte del mundo que requieran de ese tipo de bonos.
Señaló que sus actividades industriales ocasionan daño al medio ambiente, y por tanto están obligados a invertir en reparación.
Los ingresos por el CO2 desde los campos sembrados con café en México y de sus bosques, pudieran ser mayor que los que genera el aromático grano, y por tanto, repercutiría
positivamente en los 12 estados en donde se producen los arábigos, robusta y otros.
Sin embargo, dijo, antes se tendrán que superar una serie de problemas por los que atraviesa el café en el país, como el hecho de que hay una plantación que aún no se ha renovado por completo y que se ve reflejado en una baja producción.
\"Tenemos plantas de café muy viejas que tienen que ser renovadas lo más pronto posible, porque de lo contario no podremos aprovechar tampoco que los precios del café han ido repuntando de manera gradual en los dos últimos años\", insistió Martínez.
De acuerdo con cifras de la Comisión del café, hay estados como San Luis Potosí en el que la producción es de apenas un quintal por hectárea.
Chiapas, como primer productor nacional, promedia siete quintales por hectárea, pero en el sector privado se llega a cosechar hasta 25 quintales por hectárea.
Aseguró que por parte del gobierno no ha faltado apoyo, aunque reconoció que no se han aprovechado al máximo los programas y que hace falta poner en marcha nuevas estrategias, como la venta del CO2 y la industrialización.
\"En los últimos nueve años se han canalizado para el café de México más de nueve mil millones de pesos, y por lo tanto consideramos que es hora de que esas inversiones empiecen a dar frutos positivos para el beneficio de los productores\", indicó el legislador panista.
Por eso, consideró que la construcción de la planta liofilizadora de café en Tapachula -la más grande en América Latina- representa un gran avance para la cafeticultura en México.
\"Con ese proceso no sólo los productores de Chiapas podrán darle un valor agregado a sus cultivos, sino también el resto de los cafeticultores en el país, además de que México podría acaparar los mercados internacionales que demandan cada día mejor calidad para los consumidores finales\", expuso.
IMPRESSÃO DE DÓLARES PUXANDO ATIVOS
IMPRESSÃO DE DÓLARES PUXANDO ATIVOS
O FED americano anunciou na quarta-feira o “afrouxamento quantitativo II” (em inglês: “quantitative easing II” ou “QE2”) que terá US$ 600 bilhões destinados para compra de bonds de médio-prazo, e outros US$ 250 bilhões para compra de títulos ligados à hipoteca. O novo pacote provocou uma forte desvalorização da moeda americana, que negociou no nível mais baixo desde dezembro de 2009. Como consequência inversa os investidores correram para ativos de risco e reais, fazendo com que o índice de ações S&P atingisse o maior nível desde o dia da quebra do Lehman Brothers e os índices de commodities atingissem patamares apenas vistos em outubro de 2008.
A medida gerou reclamações de diversos países, principalmente dos que estão sofrendo com uma valorização acentuada de suas moedas. O próprio Brasil acusou os Estados Unidos de estarem transferindo seus problemas para o resto do mundo. Um contribuidor assíduo comparou o que os americanos estão fazendo o que o Brasil fazia na década de 80 – bem, a grande diferença é que a moeda brasileira não tinha (tem) o status de reserva como o dólar. Enfim, as reclamações servirão apenas para que a China não faça ajustes na relação de seu superávit da balança com seu PIB sugeridos pelo secretário do tesouro americano.
Uma nova enxurrada de “impressão” de dólares, em um mundo carente de retornos em investimentos menos arriscados, leva investidores a comprar mais títulos de alta-rentabilidade (também chamados de junk-bonds). Outras alternativas têm sido investir em mercados emergentes que estão (por enquanto) indo muito bem, e comprar commodities para se proteger de uma eventual inflação.
Tudo isso serve para explicar os motivos pelos quais o mercado de café reverteu as fortes baixas vistas no começo da semana. A volatilidade, principalmente na recuperação do mercado, foi tão forte que fez com que o contrato de dezembro negociasse de US$ 192.80 centavos na quarta-feira para US$ 209.25 centavos, um dia depois. São US$ 21.76 dólares por saca em menos de 24 horas. Isto não é exclusividade apenas do café, pois o açúcar, e mesmo o mercado de moedas experimentaram volatilidades absurdas em um curtíssimo espaço de tempo.
Bem-vindos mais uma vez a interligação dinâmica dos mercados, que graças a diversos computadores que automaticamente calculam correlações entre dezenas (talvez centenas) de mercados, colocam ordens de compra e venda eletronicamente e acabam trazendo movimentos de curto-prazo que os hedgers não conseguem explicar (e os analistas só conseguem culpando os high-frequency traders e os traders de algoritmos). Enfim, é a realidade atual, e só nos resta nos adaptarmos.
Na bolsa de café em Nova Iorque, e mesmo em Londres, muito embora os preços atingidos sejam os mais altos em 13 anos e 2 anos, respectivamente, o volume negociado não foi grande, salvo na negociação dos spreads. A insana volatilidade no intra-day faz com que produtores, exportadores, comerciantes, e torrefadores (hedgers) participem mais como espectadores do que negociadores na bolsa.
Entre os receios que os comerciais têm, está o de não ter tempo de fazer o hedge no momento da compra ou venda do físico (que tanto pode resultar em melhores como piores fixações) - sair da frente da tela ficou proibido.
No mercado físico o volume negociado foi razoável, porém menor do que se imaginaria com a alta que tivemos dos futuros. Como a saca de café não subiu tanto quanto a bolsa, os diferenciais em geral baratearam, tanto no Brasil, como na América Central, Colômbia, África e Ásia. Ao menos em diferenciais os torradores tem conseguido cobrir parte de suas necessidades. Já com relação ao livro de futuros, os altistas apostam que há muito a ser comprado, e portanto crêem que o mercado subirá ainda mais. Sem falar, claro, que o contrato de Dezembro de 2010 em Nova Iorque entra em período de entrega a partir de 19 de novembro, e deve ter gente que precisa fixar até esta data.
Para finalizar vale registrar que a ICE divulgou que a idade média das 1,819,055 sacas de seu estoque era de 829 dias no fim de outubro. O desconto médio dos cafés era de US$ 13.44 centavos por libra, mas não custa lembrar que há lotes que tem desconto de quase US$ 40 centavos. Muito embora o café é barato, a manutenção dos preços altos dos terminais barateiam ainda mais os cafés novos nas origens, o que pode diminuir o índice de utilização dos certificados da bolsa.
No curto prazo continuaremos vendo a atividade concentrada nas rolagens das posições de dezembro para março. Como este spread chegou rápido nos US$ -2.50 centavos (que mencionamos no comentário da semana passada), e os fundos ainda têm bastante para rolar, devemos ver a diferença abrir para mais de US$ -3.00 centavos – valor que paga os custos até mesmo do carrego nos armazéns da Europa e dos Estados Unidos. A influência do macro continuará grande, assim como o cuidado dos participantes em não aumentar a exposição, tentando minimizar o risco do fluxo de caixa.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
O FED americano anunciou na quarta-feira o “afrouxamento quantitativo II” (em inglês: “quantitative easing II” ou “QE2”) que terá US$ 600 bilhões destinados para compra de bonds de médio-prazo, e outros US$ 250 bilhões para compra de títulos ligados à hipoteca. O novo pacote provocou uma forte desvalorização da moeda americana, que negociou no nível mais baixo desde dezembro de 2009. Como consequência inversa os investidores correram para ativos de risco e reais, fazendo com que o índice de ações S&P atingisse o maior nível desde o dia da quebra do Lehman Brothers e os índices de commodities atingissem patamares apenas vistos em outubro de 2008.
A medida gerou reclamações de diversos países, principalmente dos que estão sofrendo com uma valorização acentuada de suas moedas. O próprio Brasil acusou os Estados Unidos de estarem transferindo seus problemas para o resto do mundo. Um contribuidor assíduo comparou o que os americanos estão fazendo o que o Brasil fazia na década de 80 – bem, a grande diferença é que a moeda brasileira não tinha (tem) o status de reserva como o dólar. Enfim, as reclamações servirão apenas para que a China não faça ajustes na relação de seu superávit da balança com seu PIB sugeridos pelo secretário do tesouro americano.
Uma nova enxurrada de “impressão” de dólares, em um mundo carente de retornos em investimentos menos arriscados, leva investidores a comprar mais títulos de alta-rentabilidade (também chamados de junk-bonds). Outras alternativas têm sido investir em mercados emergentes que estão (por enquanto) indo muito bem, e comprar commodities para se proteger de uma eventual inflação.
Tudo isso serve para explicar os motivos pelos quais o mercado de café reverteu as fortes baixas vistas no começo da semana. A volatilidade, principalmente na recuperação do mercado, foi tão forte que fez com que o contrato de dezembro negociasse de US$ 192.80 centavos na quarta-feira para US$ 209.25 centavos, um dia depois. São US$ 21.76 dólares por saca em menos de 24 horas. Isto não é exclusividade apenas do café, pois o açúcar, e mesmo o mercado de moedas experimentaram volatilidades absurdas em um curtíssimo espaço de tempo.
Bem-vindos mais uma vez a interligação dinâmica dos mercados, que graças a diversos computadores que automaticamente calculam correlações entre dezenas (talvez centenas) de mercados, colocam ordens de compra e venda eletronicamente e acabam trazendo movimentos de curto-prazo que os hedgers não conseguem explicar (e os analistas só conseguem culpando os high-frequency traders e os traders de algoritmos). Enfim, é a realidade atual, e só nos resta nos adaptarmos.
Na bolsa de café em Nova Iorque, e mesmo em Londres, muito embora os preços atingidos sejam os mais altos em 13 anos e 2 anos, respectivamente, o volume negociado não foi grande, salvo na negociação dos spreads. A insana volatilidade no intra-day faz com que produtores, exportadores, comerciantes, e torrefadores (hedgers) participem mais como espectadores do que negociadores na bolsa.
Entre os receios que os comerciais têm, está o de não ter tempo de fazer o hedge no momento da compra ou venda do físico (que tanto pode resultar em melhores como piores fixações) - sair da frente da tela ficou proibido.
No mercado físico o volume negociado foi razoável, porém menor do que se imaginaria com a alta que tivemos dos futuros. Como a saca de café não subiu tanto quanto a bolsa, os diferenciais em geral baratearam, tanto no Brasil, como na América Central, Colômbia, África e Ásia. Ao menos em diferenciais os torradores tem conseguido cobrir parte de suas necessidades. Já com relação ao livro de futuros, os altistas apostam que há muito a ser comprado, e portanto crêem que o mercado subirá ainda mais. Sem falar, claro, que o contrato de Dezembro de 2010 em Nova Iorque entra em período de entrega a partir de 19 de novembro, e deve ter gente que precisa fixar até esta data.
Para finalizar vale registrar que a ICE divulgou que a idade média das 1,819,055 sacas de seu estoque era de 829 dias no fim de outubro. O desconto médio dos cafés era de US$ 13.44 centavos por libra, mas não custa lembrar que há lotes que tem desconto de quase US$ 40 centavos. Muito embora o café é barato, a manutenção dos preços altos dos terminais barateiam ainda mais os cafés novos nas origens, o que pode diminuir o índice de utilização dos certificados da bolsa.
No curto prazo continuaremos vendo a atividade concentrada nas rolagens das posições de dezembro para março. Como este spread chegou rápido nos US$ -2.50 centavos (que mencionamos no comentário da semana passada), e os fundos ainda têm bastante para rolar, devemos ver a diferença abrir para mais de US$ -3.00 centavos – valor que paga os custos até mesmo do carrego nos armazéns da Europa e dos Estados Unidos. A influência do macro continuará grande, assim como o cuidado dos participantes em não aumentar a exposição, tentando minimizar o risco do fluxo de caixa.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
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