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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Lavazza lança no Brasil plano de apoio aos cafeicultores

mundo dos negócios tem vários jargões, boa parte deles em inglês. Um deles é o \"win-win situation\", usado para descrever situações em que todos ganham. Foi essa expressão que Giuseppe Lavazza usou para descrever o programa ¡Tierra!, de apoio a pequenos cafeicultores da maior empresa familiar de café expresso do mundo, a italiana Lavazza. Em prática na Colômbia, no Peru e em Honduras, o ¡Tierra! está sendo implantado no Brasil, onde a companhia compra 40% do café que moi e processa.

O orçamento do projeto para o ano que vem é de € 1,7 milhão e boa parte desse dinheiro, segundo Lavazza, virá para o Brasil por intermédio da Giuseppe and Pericle Lavazza Foundation - braço social da empresa que homenageia os irmãos fundadores da companhia, respectivamente o bisavô e o tio-avô de Giuseppe, atual vice-presidente executivo da Lavazza.

\"A meta do ¡Tierra! é ajudar a aumentar a produção de café, tanto em quantidade quanto em qualidade\", diz Lavazza. De 450 a 500 produtores da região de Lambari, em Minas Gerais, deverão ser beneficiados. O projeto também está sendo estendido para 400 produtores de café robusta na Índia e mais 700 na Tanzânia.

\"O ¡Tierra! trabalha de três maneiras: socialmente, economicamente e ambientalmente\", diz Lavazza. Socialmente, o projeto levanta prédios onde funcionarão escolas e até hospitais. A fundação também constrói estrada e fornece computadores para os produtores. Economicamente, ensina aos cafeicultores melhores práticas de agricultura e de manejo da cultura para melhores resultados financeiros. Ambientalmente, mostra maneiras de preservar os recursos naturais das áreas de plantio, como água e solo. Também ensina técnicas aos produtores para redução do uso de fertilizantes com aumento da produção, em volume e quantidade.

Auxiliando comunidades produtoras de café na Colômbia, no Peru e em Honduras, a Lavazza conseguiu desenvolver um novo tipo de café, chamado Lavazza ¡Tierra!, que é 100% arábica e sustentável, com o prestigiado selo do sapinho verde da Rainforest Alliance Certified, conferido pela Rede de Agricultura Sustentável (RAS).

No Brasil, o projeto foi iniciado no primeiro semestre deste ano e também deve culminar com o lançamento de um \"blend\" sustentável. Na Colômbia, a fundação atua há seis anos e ajudou cerca de 100 pessoas que puderam ir à escola graças ao projeto. Casas de produtores e novas instalações para a secagem do café também foram levantadas na região de La Esperanza, no Vale Huila. Em Honduras e no Peru, o projeto também começou há seis anos e promoveu a construção de escolas, cantinas, postos médicos e também a concessão de microcrédito para pequenos produtores.

Em todas as localidades, o ¡Tierra! tem a certificação da Rainforest Alliance. No Brasil, o programa tem parceria com a organização não governamental alemã Hans R. Neumann Stiftung (especializada em ajudar comunidades produtoras de café em vários países), com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a Fundação do Banco do Brasil e a Cooperativa Agropecuária de Lambari.

A Lavazza, fundada em Turim, na Itália, em 1895 processa por ano 138 milhões de quilos de café. Tem quatro fábricas, todas na Itália (Turim, Gattinara, Verres e Pozzilli) e está investindo 10 milhões para construir a quinta, na cidade de Queimados, no Rio de Janeiro.

A jornalista viajou a convite da empresa

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