CNC ACREDITA EM RECUPERAÇÃO NO MERCADO NESTA PRÓXIMA SEMANA
O balanço semanal do Conselho Nacional do Café (CNC) sobre o mercado do café apontou uma perspectiva positiva para a próxima semana, que,segundo o CNC, poderá ser de recuperação nos preços. O CNC indicou que o contrato de café com vencimento maio na bolsa de Nova York perdeu quase 2% na semana, ao passo que as cotações permaneceram estáveis no mercado físico, com o café arábica de boa qualidade tendo sido negociado na faixa de R$ 385,00a saca pelos produtores. Já o câmbio, aponta o balanço, após alcançar a cotação de R$ 1,83 nomeio da semana, a moeda americana terminou a sexta-feira a cerca de R$ 1,80 pelo terceiro dia consecutivo, com o mercado aparentemente demonstrando que encontrou uma estabilidade neste nível. Para a próxima semana, há diversos fatores que sugerem uma recuperação nos preços do café, indica o CNC. Do lado dos fundamentos do mercado, os estoques nos países importadores seguem caindo, em parte, devido à grande queda nas exportações brasileiras nos dois últimos meses. Outro fator de suporte é o reduzido estoque nas mãos dos produtores, que, com pouco café remanescente da última safra, aguardam uma melhor oportunidade de venda, não pressionando o mercado, comenta o Conselho. Pelo lado dos fatores técnicos, coloca o CNC, os fundos e os especuladoresreduziram as suas posições compradas, favorecendo, desta forma, uma possívelrecuperação. O mercado de Nova York parece ter encontrado um bom suporte nos níveis próximos a 182,00 centavos de dólar por libra peso, que é o menor nível nos últimos 17 meses, e resistência a 186,00 centavos, conclui o boletim do CNC.
sábado, 17 de março de 2012
CAFÉ: COMERCIALIZAÇÃO DA SAFRA 2011/12 DO BRASIL ATINGE 85%
SAFRAS (16) – A comercialização da safra de café do Brasil 2011/12 (julho/junho) fechou o mês de fevereiro em 85% do total. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 29 de fevereiro. Com isso, já foram comercializados pelos produtores brasileiros 40,47 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2011/12 de café brasileira de 47,7 milhões de sacas.
A comercialização está abaixo de igual período do ano passado, quando 87% da então safra 2010/11 estava negociada. Em fevereiro, a comercialização evoluiu 6 pontos percentuais contra janeiro, que fechara com vendas de 79% da safra.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os negócios ganharam mais ritmo em fevereiro, diante da melhora no interesse de venda das últimas semanas. “A confirmação da queda nos preços e o fantasma da safra nova que se aproxima explicam o interesse de venda. Isso não significa pressão vendedora, apenas uma maior predisposição à venda”, comenta Barabach.
Quanto à safra nova 2012/13, o analista de SAFRAS pondera que as vendas antecipadas da produção estão bem abaixo do normal para o período. Nas regiões de negociação mais dinâmicas, onde o normal negociaria algo entre 30% a até 35% da safra antecipadamente, o comprometimento gira em torno de 15% a 20%. Barabach afirma que o produtor ainda está “arredio” à venda antecipada, ainda se recompondo da frustração com a queda do mercado internacional.
Estoques nos EUA
Os estoques norte-americanos de café verde (em grão) registraram uma queda de 6.793 sacas de 60 quilos no mês de fevereiro de 2012 na comparação com janeiro. O total de café verde depositado nos armazéns credenciados pela GCA em 29 de fevereiro de 2012 chegava a 4.500.017 sacas, ante as 4.506.810 sacas em 31 de janeiro de 2012. As informações foram divulgadas pela Green Coffee Association (GCA)
A comercialização está abaixo de igual período do ano passado, quando 87% da então safra 2010/11 estava negociada. Em fevereiro, a comercialização evoluiu 6 pontos percentuais contra janeiro, que fechara com vendas de 79% da safra.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os negócios ganharam mais ritmo em fevereiro, diante da melhora no interesse de venda das últimas semanas. “A confirmação da queda nos preços e o fantasma da safra nova que se aproxima explicam o interesse de venda. Isso não significa pressão vendedora, apenas uma maior predisposição à venda”, comenta Barabach.
Quanto à safra nova 2012/13, o analista de SAFRAS pondera que as vendas antecipadas da produção estão bem abaixo do normal para o período. Nas regiões de negociação mais dinâmicas, onde o normal negociaria algo entre 30% a até 35% da safra antecipadamente, o comprometimento gira em torno de 15% a 20%. Barabach afirma que o produtor ainda está “arredio” à venda antecipada, ainda se recompondo da frustração com a queda do mercado internacional.
Estoques nos EUA
Os estoques norte-americanos de café verde (em grão) registraram uma queda de 6.793 sacas de 60 quilos no mês de fevereiro de 2012 na comparação com janeiro. O total de café verde depositado nos armazéns credenciados pela GCA em 29 de fevereiro de 2012 chegava a 4.500.017 sacas, ante as 4.506.810 sacas em 31 de janeiro de 2012. As informações foram divulgadas pela Green Coffee Association (GCA)
Café na ICE tem dia mais agitado, mas mantém intervalo da semana
Café na ICE tem dia mais agitado, mas mantém intervalo da semana
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma nova sessão de perdas, em um dia em que os volumes comercializados foram relativamente superiores aos da média observada ao longo da semana. A exemplo das sessões passadas, as retrações não foram suficientes para romper o primeiro suporte atual e, assim, as cotações fecham a semana dentro de um intervalo consolidativo, construído após a sequência de baixas recentes que atingiram o mercado. Ao longo do dia, uma tentativa de alta foi buscada na primeira metade do dia, mas, novamente, o patamar de 186,00 centavos se mostrou uma barreira para o maio e, progressivamente, novas ordens de venda passaram a ser registradas, com as perdas se dando ao final do processo. As baixas não estiveram relacionadas ao segmento externo, que viveu uma sexta-feira positiva para boa parte das commodities. O dólar experimentou uma perda de quase meio por cento em relação a uma cesta de moedas internacionais, o que animou especuladores a apostar em segmentos de maior risco, algo comprovado pelo desempenho do índice CRB, que voltou a ter valorização. Para operadores, o café vive um momento de pressão contínua. Apesar de ter sofrido perdas consideráveis ao longo das ultimas sessões, ainda existe um perfil baixista nos negócios. Nem mesmos as formações gráficas indicativas de que há um cenário sobrevendido dão alento para que uma correção seja produzida. Alguns players já trabalham com a perspectiva de o maio buscar um intervalo entre 180,00 e 175,00 centavos No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 295 pontos com 182,35 centavos, sendo a máxima em 186,50 e a mínima em 181,70 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 280 pontos, com a libra a 185,20 centavos, sendo a máxima em 189,15 e a mínima em 184,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 6 dólares, com 2.040 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.002 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi "previsível", sendo que, mesmo com as quedas, o suporte inicial, em 181,05 conseguiu ser preservado. Esses analistas avaliam que o mercado assumiu um perfil de consolidação, algo normal após a trepidante oscilação para baixo verificada há pouco. Eles se dividem, porém, sobre a tendência que deverá ser seguida, com muitos acreditando em uma correção e com a possibilidade de o maio tentar voltar, ao menos momentaneamente, para próximo dos 200,00 centavos, ao passo que outros creem que a tendência é se desconsiderar o quadro sobrevendido e continuar a busca por novas baixas. "Efetivamente, a tendência é baixista e mesmo se tivermos uma correção nada garante que ela não será o 'trampolim' para voltarmos a recuar com mais força. Por enquanto, ainda trabalhamos com uma perspectiva de baixa, com a possibilidade de o maio flutuar por volta dos 175,00 centavos", disse um trader. "Sem novos fatos no cenário dos fundamentos, os números sobre a próxima safra brasileira e a valorização do dólar frente ao real continuaram pressionando as cotações em Nova Iorque, apesar do cenário mais calmo nos mercados financeiros da zona do euro", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal. As exportações de café do Brasil em março, até o dia 15, totalizaram 676.846 sacas de café, queda de 12,28% em relação às 771.147 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.135 sacas, indo para 1.551.170 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.242 lotes, com as opções tendo 1.315 calls e 2.049 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,40, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00 e 194,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 181,70, 181,50, 181,05-181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50 e 177,00 centavos por libra.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços mais baixos, em mais uma sessão de volatilidade. O mercado esboçou uma alta, dando sequência ao movimento da quinta-feira, mas não conseguiu manter os ganhos. A proximidade da entrada da safra brasileira não sustentou a valorizaçãoe o mercado foi perdendo forças. Quando rompeu de volta a linha de US$ 1,85 a libra-peso (contrato maio) houve maior intensidade na ponta vendedora e tecnicamente as cotações retornaram ao lado negativo. As informações partem de agências internacionais de notícias. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 182,35 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,95 centavos,ou de 1,6%. A posição julho fechou a 185,20 cents, com queda de 2,80 cents, ou de 1,5%. No balanço da semana, o contrato maio teve queda de 2,1%. Em março, as perdas chegam a 10,3%, e no ano de 2012 a baixa acumulada é de 20,6%. Em sessão esvaziada, Londres flutua próximo da estabilidade
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma sexta-feira esvaziada, com poucos negócios reportados e com as cotações variando entre ligeira alta para as posições mais imediatas e retrações mínimas para os contratos mais a futuro, com o maio ficando, ao longo de todo dia, dentro do intervalo de 2.000 dólares. Na máxima, em 2.054 dólares, algumas vendas especulativas e de origens foram registradas. De acordo com analistas internacionais, o dia foi de extrema calma, sem nenhuma grande mudança de direcionamento ou alteração daquilo que já vem sendo praticado na bolsa londrina. O volume exígio de negócios apenas contribuiu para que até as cotações tivessem poucas oscilações. "O março está abrindo um pouco em relação ao julho e demais contratos, mas esse diferencial ainda é limitado. Alguns operadores se questionam se seria possível verificar o mesmo movimento detectado com a posição março, que abriu um substancial diferencial sobre os demais contratos", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 2,32 mil lotes, com o julho tendo 1,20 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 38 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou alta de 6 dólares, com 2.040 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.002 dólares por tonelada.
DÓLAR CAI, MAS FAZENDA E BC SUSTENTAM NÍVEL DE R$ 1,80 São Paulo, 16 -
Mais uma medida cambial voltada ao exportador hoje cedo ajudou a limitar a queda intraday do dólar, que resgatou o patamar de R$ 1,80 no começo da tarde em meio à expectativa de que o Banco Central pudesse atuar na sessão vespertina, o que se confirmou perto do fechamento do mercado à vista. Embora essas intervenções tenham sustentado a moeda acima deste piso informal pela quinta sessão consecutiva, não impediram o recuo de preço à vista pela segunda sessão seguida. Além da desvalorização externa do dólar, pesou na formação de preço da moeda hoje a percepção de que o fluxo cambial seguirá favorável ao País, uma vez que mesmo que a Selic caia a um piso de 9% ao ano, sugerido pela ata da última reunião do Copom ontem, este nível de taxa ainda garante ao investidor estrangeiro e local um diferencial de juros bastante rentável ante as taxas internacionais. Num dia marcado pela fraca volatilidade e o baixo volume de negócios, o dólar à vista fechou em queda de 0,11%, a R$ 1,8020 no balcão, após oscilar 0,45% entre R$ 1,7970 (-0,39%) e R$ 1,8050 (+0,06%). Na semana, a moeda acumulou ganho de 1,01%, que elevou a valorização no mês para 5,01%. No ano, porém, o dólar no balcão ainda embute perda de 3,58%. Na BM&F, a moeda spot encerrou com recuo de 0,28%, a R$ 1,8004. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio até 16h29 somava US$ 1,510 bilhão (25% inferior ao volume ontem), dos quais apenas US$ 1,245 bilhão em D+2. No mercado futuro, somente três vencimentos de dólar foram negociados até 16h32 e mostravam sinais mistos. Enquanto o vencimento abril de 2012 subia levemente 0,06%, a R$ 1,8085, o dólar para maio 2012 estava na mínima, a R$ 1,8190, com queda de 0,16%. O Ministério da Fazenda isentou hoje os exportadores brasileiros de pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as posições vendidas em dólar futuro, desde que as vendas sejam feitas em 12 meses. A isenção é para operações até o limite de 1,2 vez do valor exportado. Desde 16 de setembro de 2011, as operações de derivativos estão taxadas em 1%. Por isso, pela medida atual, o IOF apurado nas operações realizadas por exportadores até ontem terá que ser compensado no pagamento de outros tributos à Receita Federal. Na última segunda-feira, o governo já havia elevado para até 1.800 dias (cinco anos) o prazo mínimo para a isenção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir daquele dia. Toda operação com menos de 1.800 dias passou a ser tributada em 6%. O objetivo dessa medida também é o de conter a valorização do real. Esta foi a quarta vez que o governo ampliou esse Prazo, sendo que a última foi em 1º de março, quando o prazo mínimo aumentou de 720 dias para três anos. A semana também foi marcada pelo anúncio do governo de que o País passou a ter um câmbio administrado e que uma margem de oscilação aceitável para o dólar seria dentro de uma banda entre R$ 1,70 e R$ 1,90. Ainda assim, os leilões de compra de dólar realizados ontem e hoje confirmaram que o piso informal desejado seria o patamar de R$ 1,80, tendo em vista que o Banco Central fixou taxas de corte sempre acima desse nível de preço, mesmo com o preço à vista abaixo desse valor. Hoje, a taxa de corte no leilão foi de R$ 1,8025.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações hoje com queda de 0,05%, a R$ 1,8010 para compra e R$ 1,8030 para venda. Na quinta-feira, a divisa havia encerrado com queda de 0,16%, cotada a R$ 1,8040. Sem uma tendência muito definida, o dólar encerrou a sessão praticamenteestável. Enquanto perdeu força em relação a outras divisas, a moeda estadunidense, a medida do governo para proteger exportadores brasileiros de zerar o IOF deixou o mercado sem rumo definido.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma nova sessão de perdas, em um dia em que os volumes comercializados foram relativamente superiores aos da média observada ao longo da semana. A exemplo das sessões passadas, as retrações não foram suficientes para romper o primeiro suporte atual e, assim, as cotações fecham a semana dentro de um intervalo consolidativo, construído após a sequência de baixas recentes que atingiram o mercado. Ao longo do dia, uma tentativa de alta foi buscada na primeira metade do dia, mas, novamente, o patamar de 186,00 centavos se mostrou uma barreira para o maio e, progressivamente, novas ordens de venda passaram a ser registradas, com as perdas se dando ao final do processo. As baixas não estiveram relacionadas ao segmento externo, que viveu uma sexta-feira positiva para boa parte das commodities. O dólar experimentou uma perda de quase meio por cento em relação a uma cesta de moedas internacionais, o que animou especuladores a apostar em segmentos de maior risco, algo comprovado pelo desempenho do índice CRB, que voltou a ter valorização. Para operadores, o café vive um momento de pressão contínua. Apesar de ter sofrido perdas consideráveis ao longo das ultimas sessões, ainda existe um perfil baixista nos negócios. Nem mesmos as formações gráficas indicativas de que há um cenário sobrevendido dão alento para que uma correção seja produzida. Alguns players já trabalham com a perspectiva de o maio buscar um intervalo entre 180,00 e 175,00 centavos No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve queda de 295 pontos com 182,35 centavos, sendo a máxima em 186,50 e a mínima em 181,70 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 280 pontos, com a libra a 185,20 centavos, sendo a máxima em 189,15 e a mínima em 184,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou alta de 6 dólares, com 2.040 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.002 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi "previsível", sendo que, mesmo com as quedas, o suporte inicial, em 181,05 conseguiu ser preservado. Esses analistas avaliam que o mercado assumiu um perfil de consolidação, algo normal após a trepidante oscilação para baixo verificada há pouco. Eles se dividem, porém, sobre a tendência que deverá ser seguida, com muitos acreditando em uma correção e com a possibilidade de o maio tentar voltar, ao menos momentaneamente, para próximo dos 200,00 centavos, ao passo que outros creem que a tendência é se desconsiderar o quadro sobrevendido e continuar a busca por novas baixas. "Efetivamente, a tendência é baixista e mesmo se tivermos uma correção nada garante que ela não será o 'trampolim' para voltarmos a recuar com mais força. Por enquanto, ainda trabalhamos com uma perspectiva de baixa, com a possibilidade de o maio flutuar por volta dos 175,00 centavos", disse um trader. "Sem novos fatos no cenário dos fundamentos, os números sobre a próxima safra brasileira e a valorização do dólar frente ao real continuaram pressionando as cotações em Nova Iorque, apesar do cenário mais calmo nos mercados financeiros da zona do euro", indicou o Escritório Carvalhaes em seu comentário semanal. As exportações de café do Brasil em março, até o dia 15, totalizaram 676.846 sacas de café, queda de 12,28% em relação às 771.147 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.135 sacas, indo para 1.551.170 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.242 lotes, com as opções tendo 1.315 calls e 2.049 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,40, 189,50, 189,90-190,00, 190,50, 191,00, 191,50, 192,00, 192,50, 193,00, 193,50, 194,00 e 194,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 181,70, 181,50, 181,05-181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50 e 177,00 centavos por libra.
Nova York
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com preços mais baixos, em mais uma sessão de volatilidade. O mercado esboçou uma alta, dando sequência ao movimento da quinta-feira, mas não conseguiu manter os ganhos. A proximidade da entrada da safra brasileira não sustentou a valorizaçãoe o mercado foi perdendo forças. Quando rompeu de volta a linha de US$ 1,85 a libra-peso (contrato maio) houve maior intensidade na ponta vendedora e tecnicamente as cotações retornaram ao lado negativo. As informações partem de agências internacionais de notícias. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 182,35 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,95 centavos,ou de 1,6%. A posição julho fechou a 185,20 cents, com queda de 2,80 cents, ou de 1,5%. No balanço da semana, o contrato maio teve queda de 2,1%. Em março, as perdas chegam a 10,3%, e no ano de 2012 a baixa acumulada é de 20,6%. Em sessão esvaziada, Londres flutua próximo da estabilidade
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe tiveram uma sexta-feira esvaziada, com poucos negócios reportados e com as cotações variando entre ligeira alta para as posições mais imediatas e retrações mínimas para os contratos mais a futuro, com o maio ficando, ao longo de todo dia, dentro do intervalo de 2.000 dólares. Na máxima, em 2.054 dólares, algumas vendas especulativas e de origens foram registradas. De acordo com analistas internacionais, o dia foi de extrema calma, sem nenhuma grande mudança de direcionamento ou alteração daquilo que já vem sendo praticado na bolsa londrina. O volume exígio de negócios apenas contribuiu para que até as cotações tivessem poucas oscilações. "O março está abrindo um pouco em relação ao julho e demais contratos, mas esse diferencial ainda é limitado. Alguns operadores se questionam se seria possível verificar o mesmo movimento detectado com a posição março, que abriu um substancial diferencial sobre os demais contratos", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 2,32 mil lotes, com o julho tendo 1,20 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 38 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou alta de 6 dólares, com 2.040 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 2 dólares, com 2.002 dólares por tonelada.
DÓLAR CAI, MAS FAZENDA E BC SUSTENTAM NÍVEL DE R$ 1,80 São Paulo, 16 -
Mais uma medida cambial voltada ao exportador hoje cedo ajudou a limitar a queda intraday do dólar, que resgatou o patamar de R$ 1,80 no começo da tarde em meio à expectativa de que o Banco Central pudesse atuar na sessão vespertina, o que se confirmou perto do fechamento do mercado à vista. Embora essas intervenções tenham sustentado a moeda acima deste piso informal pela quinta sessão consecutiva, não impediram o recuo de preço à vista pela segunda sessão seguida. Além da desvalorização externa do dólar, pesou na formação de preço da moeda hoje a percepção de que o fluxo cambial seguirá favorável ao País, uma vez que mesmo que a Selic caia a um piso de 9% ao ano, sugerido pela ata da última reunião do Copom ontem, este nível de taxa ainda garante ao investidor estrangeiro e local um diferencial de juros bastante rentável ante as taxas internacionais. Num dia marcado pela fraca volatilidade e o baixo volume de negócios, o dólar à vista fechou em queda de 0,11%, a R$ 1,8020 no balcão, após oscilar 0,45% entre R$ 1,7970 (-0,39%) e R$ 1,8050 (+0,06%). Na semana, a moeda acumulou ganho de 1,01%, que elevou a valorização no mês para 5,01%. No ano, porém, o dólar no balcão ainda embute perda de 3,58%. Na BM&F, a moeda spot encerrou com recuo de 0,28%, a R$ 1,8004. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio até 16h29 somava US$ 1,510 bilhão (25% inferior ao volume ontem), dos quais apenas US$ 1,245 bilhão em D+2. No mercado futuro, somente três vencimentos de dólar foram negociados até 16h32 e mostravam sinais mistos. Enquanto o vencimento abril de 2012 subia levemente 0,06%, a R$ 1,8085, o dólar para maio 2012 estava na mínima, a R$ 1,8190, com queda de 0,16%. O Ministério da Fazenda isentou hoje os exportadores brasileiros de pagar Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as posições vendidas em dólar futuro, desde que as vendas sejam feitas em 12 meses. A isenção é para operações até o limite de 1,2 vez do valor exportado. Desde 16 de setembro de 2011, as operações de derivativos estão taxadas em 1%. Por isso, pela medida atual, o IOF apurado nas operações realizadas por exportadores até ontem terá que ser compensado no pagamento de outros tributos à Receita Federal. Na última segunda-feira, o governo já havia elevado para até 1.800 dias (cinco anos) o prazo mínimo para a isenção da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir daquele dia. Toda operação com menos de 1.800 dias passou a ser tributada em 6%. O objetivo dessa medida também é o de conter a valorização do real. Esta foi a quarta vez que o governo ampliou esse Prazo, sendo que a última foi em 1º de março, quando o prazo mínimo aumentou de 720 dias para três anos. A semana também foi marcada pelo anúncio do governo de que o País passou a ter um câmbio administrado e que uma margem de oscilação aceitável para o dólar seria dentro de uma banda entre R$ 1,70 e R$ 1,90. Ainda assim, os leilões de compra de dólar realizados ontem e hoje confirmaram que o piso informal desejado seria o patamar de R$ 1,80, tendo em vista que o Banco Central fixou taxas de corte sempre acima desse nível de preço, mesmo com o preço à vista abaixo desse valor. Hoje, a taxa de corte no leilão foi de R$ 1,8025.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações hoje com queda de 0,05%, a R$ 1,8010 para compra e R$ 1,8030 para venda. Na quinta-feira, a divisa havia encerrado com queda de 0,16%, cotada a R$ 1,8040. Sem uma tendência muito definida, o dólar encerrou a sessão praticamenteestável. Enquanto perdeu força em relação a outras divisas, a moeda estadunidense, a medida do governo para proteger exportadores brasileiros de zerar o IOF deixou o mercado sem rumo definido.
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