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segunda-feira, 8 de abril de 2013


Pressão volta à ICE e café cai para menores níveis em duas semanas

  Os contratos futuros de café arábica voltaram a despencar na ICE Futures US e bateram nos menores níveis em duas semanas, em uma sessão bastante movimentada. Após se posicionar adequadamente acima dos 140,00 centavos de dólar por libra, a expectativa era que o maio conseguisse alçar novos vôos e buscasse algumas outras resistências. Nesta segunda-feira, no entanto, após uma primeira metade do dia bastante calma e com preços próximos da estabilidade, novas ordens de venda começaram a ser acionadas e, mais uma vez, os bears (baixistas) demonstraram consistência. Facilmente, eles conseguiram fazer com que a primeira posição batesse no nível psicológico de 135,00 centavos de dólar, com quedas consideráveis. As ações foram efetivamente técnicas, já que nenhuma novidade mais efetiva se verificou no mercado. Os vendedores, assim, se mostram com força para continuar a pressionar o café, numa evidência que ainda contam com as cartas para comandar o andamento dos preços.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve queda de 425 pontos, com 135,90 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 140,90 centavos e a mínima de 135,00 centavos, com o julho tendo desvalorização de 400 pontos, com 138,60 centavos por libra, com a máxima em 143,35 centavos e a mínima em 137,60 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, o maio teve queda de 3 dólares, com 2.008 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 1 dólar, no nível de 2.055 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o mercado trabalha com algumas projeções efetivas, que poderão direcionar os negócios e as cotações ao longo das próximas semanas. A nova safra de café do Brasil deve começar a ser colhida a partir de maio e muitos operadores trabalham com projeções de números altos para o país, apesar de a atual temporada ser de ciclo baixo. A boa fertilização das lavouras e a força da produtividade devem garantir um volume considerável de café, conforme já avaliou até o próprio governo do país em um levantamento recente da Conab.

Por outro lado, começa já a existir o temor com o frio. Todos os anos o mercado vê algum resguardo por parte dos players a partir de abril ou maio, já que as geadas no centro-sul do Brasil, mesmo com toda a mudança climática observada, não podem ser descartada. Adicionalmente, alguns desses analistas trabalham com uma perspectiva de que a disponibilidade do café arábica, mesmo com uma produção forte do Brasil, será bastante comprometida, principalmente devido à ferrugem do colmo, que afetou fortemente a produção da América Central, no México e em parte do Peru.

"São variáveis que estão sendo pesadas neste momento no mercado de café e que vão refletir nos preços. Provavelmente o fato de não voltar a testar as mínimas de 33 meses se deve a algumas dessas variáveis. Muitos players creem que o mercado não dever ser tão baixista quanto aquele que era verificado até há poucos dias", sustentou um operador baseado em Chicago.

"Como resultado da movimentação distinta do 'C' e do robusta em Londres a arbitragem alargou para US$ 49 centavos de libra, duas semanas depois de ter negociado a US$ 35 centavos por libra, ou seja não conseguiu se manter por muito tempo abaixo dos US$ 40 centavos como acreditávamos. Os volumes negociados em Nova Iorque vão aumentar nas próximas duas semanas em função da proximidade do primeiro dia de notificação do contrato de Maio. O spread deve alargar um pouco com a rolagem dos fundos de índice e o pouco interesse pelos certificados", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.178 sacas, indo para 2.744.449 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 70.643 lotes, com as opções tendo 4.450 calls e 2.103 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência em 140,90-141,00, 141,35, 141,50, 141,65, 142,00, 142,50, 143,00, 143,30, 143,50, 144,00, 144,45-144,50, 144,90-145,00, 145,50 e 146,00 com o suporte em 135,00, 134,50, 134,00, 133,50, 133,00, 132,50, 132,00, 131,50, 131,00, 130,50, 13,10-130,00, 129,50, 129,00, 128,50 e 128,00 centavos.




Londres: após alta inicial, preços fecham dia estáveis para café

  Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira próximos da estabilidade, em uma sessão relativamente calma e com os preços flutuando em um range estreito, de apenas 25 dólares. Com uma abertura positiva, a expectativa era de o mercado conseguir uma recuperação. A posição maio chegou a tocar os 2.030 dólares, mas foi, pouco a pouco, desacelerando e o encerramento do dia se deu próximo das mínimas da sessão.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por dois momentos distintos. Inicialmente, os compradores se mostraram mais ativos e a tendência parecia ser de um afastamento do maio do nível de 2.000 dólares. No entanto, na segunda metade do dia, as realizações foram percebidas e também algumas vendas de origens e rapidamente houve a desaceleração.

"Desde que as chuvas passaram a ser observadas no cinturão cafeeiro do Vietnã tivemos um 'aumento da desconfiança' de alguns players, que creem que as perdas da safra do país poderão ser menores que as esperada anteriormente. Diante disso, estamos sofrendo com as algumas quedas, ainda que intervalos importantes estejam preservados", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 5,27 mil contratos, contra 5,08 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 47 dólares. No encerramento do dia, o maio teve queda de 3 dólares, com 2.008 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 1 dólar, no nível de 2.055 dólares por tonelada.




Nesta safra América Central perde 2,5 milhões de sacas devido a ferrugem

  A praga da ferrugem que está afetando a América Central e no Caribe provocou a perda de 2,26 milhões de sacas neste ano de café, disse a Organização Internacional do Café (OIC), observando a "seriedade" da esta situação e avisa que a colheita do próximo ano "já perdeu" naquela região. De acordo com os dados mais recentes da organização, patrocinado pela ONU, com sede em Londres, desde outubro passado, quando começou o ano cafeeiro atual, foram perdidas eo número de sacos, apenas sob a 2,5 milhões inicialmente estimados. O diretor de operações da OIC, o colombiano Mauricio Galindo disse que o país mais afetado é a Guatemala, que viu desaparecer cerca de 270 milhões dólares pelos efeitos do fungo, o que levou o governo a declarar emergência fitossanitária. Os dados fornecidos pela OIC, que sublinha a "gravidade" da situação, correspondem a Guatemala, Costa Rica, Honduras, Jamaica, El Salvador, Panamá, Nicarágua e República Dominicana e México é excluído, o que também foi detectado praga. Galindo disse que a organização, que lista os produtores e consumidores de café, preparar "medidas concretas" a serem anunciadas em breve para ajudar os Estados afetados, incluindo, por exemplo, a prestação de assistência técnica de países que conseguiram combater a praga devastadora, como Colômbia e Brasil. Apesar da gravidade da situação atual ", os verdadeiros efeitos da ferrugem será sentida no ano cafeeiro de 2013-14", disse o chefe executivo operacional, que estimou perdas "facilmente, 40% da colheita" na América Central região responsável por 14% da produção mundial. "Isso vai ser muito substancial", diz o especialista, e avisa que isso pode eventualmente levar a uma escassez no mercado este ano no segmento árabe bem. "Essa será a grande questão para 2013-14", diz ele. As medidas tomadas agora para fumigar e higienizar plantações na América Central e no Caribe vai começar a ser sentida em um par de anos, de modo que "no próximo ano já está perdido", observa Galindo. Ele enfatiza: "A coisa mais importante, e que o trabalho é para ver como podemos ajudar estes agricultores a ganhar a vida, como dar-lhes acesso ao financiamento, até que possam retornar para o café." Espera-se, no entanto, que as perdas desta temporada ferrugem prejudicar o abastecimento do mercado de café, porque este "é suficientemente abastecido", disse Galindo. "A oferta permanecerá, porque estamos vendo que haverá boas colheitas na Colômbia e no Brasil, onde as culturas são esperados registro, e no Vietnã, onde ele vai ser melhor do que o esperado", diz ele. No entanto, o equilíbrio entre oferta e demanda pode ser frágil em 2012-13, a julgar pelas disposições do próprio OIC, que prevê uma produção de cerca de 143 milhões de sacas de café em café este ano para a demanda aproximadamente 142,2 milhões Apesar de as tensões sobre a oxidação, não é de esperar, neste momento um aumento significativo no preço de cafés Arábica no mercado matérias-primas, embora eles são esperados para aumentar a difusão dos países afectados, onde a produção, mais escassos ser citado mais. Quanto ao robusta, mantendo uma tendência de crescimento pela demanda crescente em países emergentes, espera-se que os preços vão se estabilizar. Em geral, o preço da cesta de referência de café é actualmente cerca de US $ 131. A crise de ferrugem, a pior desde o fungo foi detectado pela primeira vez na América Latina nos anos 70, com foco na reunião do Conselho de Março do OIC, seu órgão máximo de governo, que concordou em trabalhar com a Organização do das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para desenvolver um plano para ajudar as vítimas.




Prorrogação da estocagem evitará entrada de 2 milhões de sacas no mercado

- Prorrogação da estocagem evitará entrada imediata de 2 milhões de sacas no mercado.Valor definido para o preço mínimo condiz com a realidade e deve ser aprovado este mês.

ESTOCAGEM — Como já é de conhecimento, no dia 28 de março, o Conselho Monetário Nacional (CMN) atendeu a um dos pedidos das lideranças do setor produtor e aprovou o pagamento parcelado em 12 meses dos financiamentos de estocagem contraídos pelos cafeicultores junto a todas as fontes de recursos e não apenas o Funcafé. Os produtores interessados tem até 31 de maio para formalizar a reprogramação do pagamento e a primeira parcela deve ser quitada em junho. Essa decisão abrange 2 mil contratos, os quais correspondem a um volume aproximado de 2 milhões de sacas que deixarão de ingressar no mercado agora, evitando, portanto, uma sobreoferta às margens da entrada da nova safra.

PREÇO MÍNIMO — Por outro lado, o CMN não consolidou a aprovação do novo preço mínimo para o café, que, após estudos realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), saltaria de R$ 261,69 para R$ 336,13 por saca da variedade arábica. Porém, através de acordo que firmamos com o governo, estipulou-se que o valor seria elevado para R$ 340,00, sendo este, inclusive, o nível que constou no voto encaminhado pelo ministro da Agricultura, deputado federal Antônio Andrade, para o CMN.

Um dos motivos apresentados por representantes do governo federal para a não apreciação do voto foi que o assunto ficou para a “última hora”, argumentação da qual o CNC discorda completamente, haja vista que se trata de um tema que temos tratado há um ano, desde abril de 2012. Também não há razões para o governo mencionar que o preço precisaria de melhores análises, pois a definição desse patamar foi feita pela Conab, órgão estatal, a qual apurou com total idoneidade e responsabilidade as informações para se chegar a ele.

Por outro lado, o interessante é que, em conversas realizadas com representantes dos Ministérios da Agricultura e da Fazenda ao longo desta semana, tivemos a confirmação de que o novo preço mínimo para o café será avaliado e aprovado pelo Conselho Monetário Nacional na reunião ordinária desse mês, prevista para o dia 25.

Como o processo de colheita no Brasil se inicia, de fato, em maio, acreditamos que a definição dos R$ 340 para a saca de arábica sinaliza qual o investimento que o produtor poderá fazer em seus cafezais, acabando com a incerteza sobre quais patamares seriam os mais indicados para comercializar em função das oscilações de preço no mercado. Ao se concretizar o novo valor, teremos a certeza de que negociaremos, pelo menos, a R$ 340 nossa saca de café arábica, nível a partir do qual é permitida a continuidade da aplicação de bons tratos nas lavouras, o que evita o retorno de bienalidades acentuadas a cada ano safra.

Temos ciência que os custos de produção variam nas diversas regiões produtoras de café do Brasil, pois dependem da gestão do negócio, da qualidade e da condução da lavoura, da topografia da propriedade, do escoamento, das condições climáticas e da consequente produtividade. Entendemos, porém, que valores a partir de R$ 340 – piso para a plataforma de comercialização – são satisfatórios para que a maior parte do cinturão cafeeiro obtenha renda na atividade.

INFORMAÇÕES DISTORCIDAS — Um fato que sempre nos chamou e continua a chamar atenção ao longo de nossa vivência no mundo do café é como as crises desencadeiam especulações. Sejam para o bem ou para o mal, elas surgem aos montes e isso não contribui em nada, a não ser aos operadores/especuladores de mercado, que não compram e vendem, de fato, o café. É necessário salientar que há duas instituições que representam os cafeicultores do Brasil, que são o CNC, por meio das cooperativas e associações, e a Comissão Nacional do Café da CNA, através dos sindicatos e das federações estaduais.

E é válido frisar que tanto o CNC quanto a Comissão de Café da CNA endossam os estudos realizados pela Conab para a definição do novo preço mínimo, pois acompanhamos o levantamento e a metodologia empregada por meio de nossas representações regionais. Destacamos, também, que não se devem considerar propostas mirabolantes que vem surgindo nos últimos dias, haja vista que não há como implementar ideias e projetos sem o embasamento legal.

Além disso, já estão traçadas as proposições do setor produtor – conforme temos difundido em nossos balanços semanais –, que, na conjuntura atual, já tiveram a prorrogação da estocagem aprovada, restando, agora, a definição do novo preço mínimo e as subsequentes implementações dos programas de Leilões de Opções e do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).

MERCADO — A semana foi marcada por alta volatilidade nas cotações dos contratos com vencimento em maio do café arábica, em Nova York (ICE Futures US), e do robusta, em Londres (Euronext Liffe), com este último mantendo a tendência de queda.

Fatores controversos resultaram em sucessivas quedas e elevações nos preços do arábica, que variaram entre os limites mínimo e máximo de, respectivamente, US$ 1,36 e US$ 1,40 por libra-peso. Durante as altas, os investidores focaram a atenção na redução da quantidade ofertada de café pelos países da América Central afetados pela ferrugem, recomprando algumas posições vendidas anteriormente. A desvalorização do dólar ante as principais moedas também fortaleceu as cotações. Porém, a proximidade da colheita da safra brasileira contrabalanceou os temores quanto ao impacto do fungo roya na oferta da safra 2013/14, impedindo altas mais significativas dos preços.

Em Londres, predominou a tendência de queda nas cotações do robusta. O prognóstico de precipitações no planalto central do Vietnã tem se sobreposto à pequena probabilidade de recuperação do déficit hídrico e à perspectiva de quebra da safra 2013/14 desse país.

De acordo com o Centro Nacional de Previsões Hidrometeorológicas do Vietnã, nos dez primeiros dias de abril a província de Dak Lak (principal região cafeicultora) deverá receber entre 15 e 25 milímetros de chuvas, amenizando a situação de severa estiagem. Nos últimos 11 dias de março, foram registradas precipitações de 16 mm, 57% inferiores em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do volume exportado pelo Vietnã em março também é um fator de pressão nos preços. O número divulgado pelo Escritório Geral de Estatísticas (GSO, em inglês) é de 3,17 milhões de sacas, volume 90% maior que o registrado em fevereiro.

No mercado doméstico, prevalece o baixo volume de negócios, situação fortalecida pela reprogramação dos pagamentos da linha de financiamento à estocagem do café colhido na safra 2012/13. Até quinta-feira, os indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) acompanharam a tendência das respectivas bolsas internacionais, com a saca do arábica acumulando ganhos aproximados a R$ 8,00. Em função da escassez de oferta, o mercado brasileiro de robusta apresentou queda menos acentuada em relação a Londres, com a saca desvalorizando apenas 0,5% - no terminal londrino a perda foi de aproximadamente 2% até o fechamento deste boletim. O diferencial de preços entre as variedades expandiu-se nesta semana em R$ 9,30/sc, atingindo o maior valor desde 04 de março, de acordo com a série do Cepea.

A definição do preço mínimo a vigorar na safra 2013/14, concomitante ao lançamento de instrumentos de garantia de renda, como Opções e Pepro, é fundamental para que o mercado de arábica encontre sustentação acima da barreira psicológica de US$ 1,40 por libra-peso. Nesse sentido, o CNC tem realizado gestões junto aos Ministérios da Agricultura e da Fazenda para que seja confirmado oficialmente o lançamento desses instrumentos no futuro próximo, de forma a reduzir as assimetrias de informação e apostas especulativas nas quedas das cotações.

Atenciosamente,

Dep. federal Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC




México vê situação de dificuldade para comércio de café

  A continuar a atual situação de comercialização do café e se os preços de referência na bolsa de café de Nova Iorque diminuírem, a produção de café será pouco rentável para a grande maioria dos produtores. A advertência é da CNOC (Coordenadoria Nacional de Organizações Cafeeiras do México). O problema se aprofundou com a continuação do "atual vazio de interlocução com o governo federal, devido à ausência de representação governamental", apontou o presidente da União Nacional de Produtores de Café da Confederação Nacional Camponesa do México, Eleuterio González Martínez. "Na Secretaria de Agricultura continuam tomando decisões rígidas, sem considerar as condições sócio-econômicas das regiões produtoras e a participação dos governos dos Estados", complementou. González Martínez insistiu em que o Legislativo deve fazer algumas mudanças no projeto de lei de desenvolvimento integral e sustentável da cafeicultura mexicana, parada há vários anos e sem perspectiva de volto, para que se considere a participação dos produtores, se aprove por consenso e gere um equilíbrio do setor. A lei terá de ser uma mola propulsora de um sistema produto operativo, criar caminhos de desenvolvimento para a cafeicultura, fomentar o consumo e fortalecer a organização econômica dos 500 mil produtores locais que, entre altos e baixos, têm ajudado a incrementar a economia do México. O México, segundo as entidades, estaria perdendo competitividade diante de países como Guatemala, Peru, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua, que também produzem arábicas lavados. Essa perda seria decorrente dos maiores custos de colheita, redução da produtividade e menores preços de venda do café verde. Na análise realizada sobre a diminuição dos preços de venda do grão, a CNOC destacou que essa falta de competitividade se deve a atual estrutura de oligopólio do mercado mexicano, dominado por cinco empresas multinacionais que pagam preços baixos aos produtores, mantendo uma ampla margem de lucros. A Coordenadoria assinalou que no caso do Vietnã os custos de produção não passam de 30 dólares por 100 libras, ao passo que no México esse custo é de 105 dólares, com um custo de comercialização de 19 dólares e um diferencial negativo de 6 dólares. Esse retrospecto não afeta os grandes comercializadores, já que transferem aos produtores a carga dos baixos preços de venda externa.




Governo de El Salvador já fala na pior quebra de safra em 33 anos

A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou relatório nesta segunda-feira em que prevê que a ferrugem nas lavouras da América Central deve reduzir a produção da região em 2,3 milhões de sacas de 60 kg na safra de 2012/13. Ao citar estudo realizado pelo instituto Promecafé, a OIC diz, ainda, que os prejuízos da região devem atingir US$ 550 milhões e haverá perda de 441 mil empregos diretos. Mesmo com o forte impacto da ferrugem nas plantações, a entidade estima que as projeções para a safra 2012/13 não serão afetadas pelo menos inicialmente. 'Mesmo com a ocorrência, a estimativa de produção mundial para a safra 2012/13 continua na estimativa de 144,6 milhões de sacas', informa a OIC. A OIC alerta para o fato de que o impacto será pior e mais visível na safra 2013/14. 'O atual surto da ferrugem na América Central é considerado um dos piores já registrados. A produção de café na safra 2012/13 foi severamente afetada, mas é provável que o impacto sobre a safra 2013/14 seja ainda pior', revela o documento divulgado em Londres. Ainda não há estimativas fechadas sobre o impacto na safra 2013/14, mas a OIC cita algumas projeções nacionais que demonstram o impacto crescente. Na Costa Rica, por exemplo, a perda de produção estimada para 2012/13 é de 74 mil sacas e o prejuízo crescerá para entre 190 mil e 230 mil sacas na safra 2013/14. Em El Salvador, a situação se repete e o governo já fala na pior quebra de safra em 33 anos.




OIC: deve subir as perdas na América Central na próxima safra

Os suprimentos de café globais não são susceptíveis de ser severamente prejudicada, por agora, pelo crescimento do surto de ferrugem nos países da América Central , com altas de suprimentos em outros países. A Organização Internacional do Café, em seus primeiros números sobre os danos causados pelas plantações de fungos Roya devastadoras em países como Guatemala e Honduras, citou estimativas regionais de perdas de 2,3 milhões de sacas. A OIC informou uma safra mundial ligeiramente superior em 100 mil sacas de sacas para 144,6 milhões sua previsão anterior. As perdas na América Central, estão sendo "compensado pelo aumento da produção em outros países, particularmente no Brasil, Indonésia e Etiópia", disse. O grupo também sinalizado o início forte de 2012-13, na Colômbia, onde a produção, como um dos cinco primeiros meses, aumentou 14,6% para 3,8 milhões de sacas - se recuperando de uma queda de quatro anos causada pela ferrugem e um programa de replantio, com resistente árvores, para se proteger contra novos surtos. "O atual surto de ferrugem na América Central é considerado um dos piores já registrados", acrescentou. Perdas em 2013-14 provavelmente "ser ainda pior" do que os 2,3 milhões de sacas de estima para esta temporada. A epidemia também foi causando um "custo social profunda" sobre os países onde o café é uma grande indústria e mais ganhos de exportação, custando 441 mil empregos na cadeia do café direta sozinho. Os produtores de café pode levar algum alívio, no entanto, que parece improvável que o surto era de uma cepa virulenta nova de ferrugem, mas sim a tensão existente explorando clima ideal numa altura em que os preços do café baixos desestimularam o uso de fertilizantes, o enfraquecimento da condição das árvores. "As condições perfeitas para um surto em larga escala da doença parece ter ocorrido. Quer tais mudanças nas condições climáticas estão de alguma forma ligados a mudança climática continua aberto para o debate. "O que é inegável, no entanto, é que o efeito cumulativo de mudanças incrementais pode resultar em um ponto de inflexão muito mais graves conseqüências."




Debate sobre apoio ao café da Colômbia continua intenso

O debate sobre interesses particulares de comercializadores e empresas de café da Colômbia que buscam se beneficiar do subsídio de 145 mil pesos (79,7 dólares) que se reconhece aos produtores por cada carga de 125 quilos do produto, não cessa. O alarme foi disparado logo depois que foram apresentadas uma série de denúncias por parte de produtores e da Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia), sobre supostas ações de fraude com as faturas de liquidação do auxílio, que poderia estar chegando às mãos das comercializadoras com cafés armazenados e estocados, ou seja, prontos para a exportação. De fato, fontes que preferiram não divulgar seus nomes, estimaram que o montante poderia ir além de 100 bilhões de pesos (55 milhões de dólares), o que converteria as empresas de café nas verdadeiras ganhadoras com a paralisação do setor cafeeiro ao longo do mês de fevereiro. Para Eduardo Sarmiento, diretor do Centro de Pesquisas Econômicas da Escola de Engenharia Julio Garavito, essas possíveis "manobras" fraudulentas que estaria beneficiando as comercializadoras não são uma novidade, pois são resultado do anúncio de subsídios sob pressões e de maneira desmesurada. "As comercializadoras compram o café barato e o armazenaram sabendo que iam contar com essas ajudas do governo para os produtores e agora querem esse lucro", disse Sarmiento. Não obstante, o ministro da Fazenda, Maurício Cárdenas, foi enfático ao dizer que o auxílio, que busca compensar as baixas cotações do grão diante da queda dos preços no mercado internacional e da valorização do peso ante o dólar, somente poderá ser recebido pelos produtores. Nessa ordem de idéias, o governo nacional prepara uma medida de controle com revisão de faturas de maneira aleatória, monitores nas regiões cafeeiras e um plano de choque contra o contrabando, com a finalidade de "blindar" o auxílio cafeeiro. "Se não está chegando aos produtores há de se indagar o motivo e olhar para quem estaria retendo esse recurso", complementou Andrés García, vice-ministro da Agricultura do país.




TECNOLOGIA IMPULSIONA PRODUÇÃO DE CONILLON NO ES - EMBRAPA
O cultivo dos cafezais capixabas, iniciado na metade do
século XIX, representa hoje mais de 40% da renda agrícola estadual. O
Espírito Santo é o maior produtor de café conillon do Brasil, com 78% da
produção nacional, e o segundo maior produtor nacional de café (somando-se a
produção de café arábica e conillon) - representando cerca de 25% da
produção do país. Contudo, para que o negócio mantenha a lucratividade e
competitividade, é preciso que os produtores estejam sempre reciclando
conhecimentos e adotando novas tecnologias. A notícia parte da assessoria de
comunicação da Embrapa Café.
    Nesse contexto, surgiu o Projeto Conillon eficiente, parceria do Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Espírito Santo (Sebrae-ES) com a
Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel - Cooabriel, que tem como
meta levar educação ao produtor rural. Para isso, são ensinadas novas
práticas tecnológicas e métodos de gestão que permitem ao próprio produtor
acompanhar os resultados de seu negócio.
    A produção no Estado do Espírito Santo, berço dessas tecnologias com
café conillon no Brasil, saltou de 2,4 milhões de sacas em 1993 para 9,7
milhões de sacas na safra de 2012. O produtor Antônio Carlos Soares, do
município de Vila Valério (ES), é um dos beneficiados pelo programa.
Participante do projeto desde 2006, Antônio conseguiu dobrar sua área de
plantação de café. No início do projeto, sua área plantada era de 5,9
hectares e em novembro de 2012, já contava com uma área de 12,4 hectares.
Nesse mesmo período, o lucro por saca aumentou 695% e o lucro por hectare
aumentou 2439%.
   Entre as práticas tecnológicas introduzidas pelo Projeto, o pesquisador da
Embrapa Café no Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e
Extensão Rural - Incaper Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca destaca o
desenvolvimento e a disponibilização de variedades melhoradas (variedades
clonais e propagadas por sementes), as adequações nas recomendações para
adubação e calagem (nutrição), o ajustamento dos sistemas de condução e
manejo de plantas (manejo da poda) e os processos de colheita e pós-colheita.
Todas essas tecnologias foram desenvolvidas e ajustadas no âmbito do Consórcio
Pesquisa Café. Aymbiré destaca ainda o uso intensivo de irrigação e o
controle integrado de pragas e doenças, sobretudo a broca do café, praga que
chegou a ser responsável por mais da metade dos defeitos do café conillon
capixaba durante a primeira metade da década de 90.
    Existem, atualmente, seis variedades de conillon lançadas e recomendadas
pelo Incaper para o Estado do Espírito Santo. Três novas variedades clonais
desenvolvidas com apoio do Consórcio Pesquisa Café estão com lançamento
previsto para o ano de 2013. Aymbiré explica que as novas variedades
diferenciam-se, sobretudo, pela qualidade do café produzido e por seu
comportamento em relação à ferrugem, doença que provoca lesões e queda de
folhas e a capacidade produtiva das plantas. Outra característica marcante das
novas variedades é a alta produtividade. Os trabalhos de pesquisa estão em
processo final e incluem análises físico-químicas e sensoriais. "Essa é a
primeira vez que características qualitativas são incorporadas no processo de
seleção de clones para a formação de uma variedade clonal. Esse é um marco
nas pesquisas, pois destaca a qualidade final do café. Temos certeza de que o
mercado mundial vai consumir mais o nosso conillon, pois é um produto de
qualidade incontestável", avaliou Romário Gava Ferrão, pesquisador do
Incaper e coordenador de cafeicultura do Estado.

Planejamento para o futuro - Até 2025, a cafeicultura do Espírito Santo tem o
Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (PEDEAG), que
estabelece metas para o café, como dobrar a produtividade e produção estadual
com a produção de 30% de café superior, sem aumento de áreas plantadas.
Para isso, ações foram definidas para curto, médio e longo prazo.
Prioritariamente está o desenvolvimento de novas variedades, melhor manejo de
irrigação, associação de cafés com árvores, certificação, mercado, a
implantação do Programa Renova Sul Conillon e a continuidade do programa
Renovar Café Arábica e ainda programas realizados pelo Governo do Estado, por
meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca
(Seag), Incaper e demais parceiros.
Agronegócio café no ES - O uso das tecnologias tem contribuído para que
desde o período de lançamento das primeiras variedades clonais de café em
1993 até o presente a produtividade média estadual aumentasse em 277% saltando
de 9,2 para 34,7 sacas beneficiadas/ha, enquanto a produção aumentou cerca de
304%, passando de 2,4 para 9,7 milhões de sacas, com um aumento de apenas 11%
da área plantada. Presente nos municípios capixabas, exceto Vitória, a
cafeicultura é a atividade com grande poder de geração de empregos no Estado.
É o sustentáculo econômico de 80% dos municípios e responde por 43% do PIB
agrícola capixaba. Toda a cadeia produtiva gera aproximadamente 400 mil postos
de trabalho ao ano, de forma direta e indireta. Só no setor de produção
envolve 131 mil famílias, sendo o tamanho médio das lavouras em torno de 8,3
hectares. O estado é o único que tem produção significativa das duas
espécies - arábica e conillon - com produção anual de cerca de 12,5
milhões de sacas colhidas em 60 mil propriedades, das quais, mais de 73% são
de base familiar. A produtividade média registrada é de 27,77 sacas por
hectare e a produção em 2012 foi de 12,5 milhões de sacas. Esses números
colocam o Estado como o segundo maior produtor do Brasil, no ranking interno é
o maior produtor de café conillon e o terceiro de café arábica.



ICE Cocoa Settles at 2-Month High; Arabica-Coffee Drops 3%
Dow Jones

NEW YORK - Cocoa gained 2.5% Monday as concerns over the size and quality of
West Africa's mid-crop encouraged traders to buy futures, sending prices to a
two-month high.
  Double-digit increases in coffee exports from South America's two biggest
growers pushed arabica-coffee prices down 3%.
  Cocoa for delivery in May on ICE Futures U.S. settled at $2,185 a ton, up $53
on the day.
  West Africa, the source of more than two-thirds of the world's cocoa, begins
this month the smaller of two harvests in the trees' cycle. Dry weather earlier
this year could hurt the size and quality of the crop, analysts said.
  But for the rally to continue, the region would have to report lower output,
since chocolate demand still faces headwinds, said Chris Narayanan, head of
agricultural commodities research at Societe Generale.
  "You have your concerns about West Africa, but the economic outlook is still
shaky," he said, pointing to a disappointing U.S. jobs report last week.
  Cocoa grindings, considered a barometer of chocolate demand, for the first
quarter in Europe and North America are scheduled to be released in April 17
and April 18, respectively. The two regions are the world's largest consumers
of cocoa and chocolate.
  Arabica coffee futures for delivery in May lost 4.25 cents to settle at
$1.3590 a pound, the lowest settlement in two weeks.
  Top coffee grower Brazil exported 11% more coffee in March than a year ago,
while Colombia's coffee exports that month rose 12%. Colombia's coffee
production rose 7% in March, despite a two-week strike by thousands of the
nation's farmers.
  Higher shipments from the two countries--the source of more than one-third of
the world's coffee--are helping to counter crop loss due to an outbreak of a
coffee-eating fungus in Central America and Mexico.
  The International Coffee Organization said in a report on Monday that
increased production in other countries has "compensated" for the damage caused
by coffee-leaf rust in Central America.
  Benchmark cotton futures declined 1.6% with fiber deliverable next month
settling at 85.38 cents a pound, the lowest since Feb. 27, as last week's
disappointing U.S. jobs data raised worries about consumer spending on apparel
and a recent slide in grains prices is expected to encourage more U.S. farmers
to grow cotton.
  Frozen orange-juice concentrate for delivery in May lost 1.6% to settle at
$1.4545 a pound. Raw sugar for May ended 0.3% higher at 17.70 cents a pound,
its highest settlement since March 27.