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terça-feira, 11 de março de 2014

Prof. Rena: Estiagem e calor podem afetar safras de café até 2016

Estiagem e calor podem afetar safras de café até 2016


Condições das lavouras afetadas pela falta de chuva e altas temperaturas foram debatidas em palestra na Cooxupé com a presença do Professor Alemar Braga Rena

A estiagem e as altas temperaturas que surpreenderam as lavouras de café no início do ano foram alvos de discussão em palestra realizada na Cooxupé, no último dia 28, com a presença do agrônomo e professor Alemar Braga Rena. O evento aconteceu no auditório da cooperativa, reunindo técnicos, agrônomos e, também, produtores.
Um dos pontos da discussão foi o comprometimento da safra de 2014. Segundo o Professor Rena, a produção brasileira de café esperada para este ano seria cerca de 50 milhões de sacas, mas a falta de chuva aliada à alta temperatura comprometeu a produção estimada. Questionado sobre as próximas safras, o especialista afirma que no momento é difícil prever, “mas a perda será grande também”, enfatiza.
Lavouras do Sul de Minas, da Zona da Mata mineira, do Cerrado Mineiro e da região de Franca, segundo o Prof. Rena, foram bastante atingidas por conta da situação climática. “No Sul de Minas algumas lavouras estão até bonitas, mas afetadas. Parte das lavouras do Espírito Santo e da Bahia também estão com problemas. Em suma, todo o parque cafeeiro do Brasil foi, de certa forma, afetado”, pontua.
De acordo com o especialista, o que mais percebemos são frutos com mau desenvolvimento do endosperma, ou seja, a má formação da semente, do grão do café. “Trata-se do pior efeito da seca e da alta temperatura”, aponta. Rena ainda complementa os efeitos gerados pelo clima. “Eu diria que neste ano a temperatura (radiações infravermelhas) e as radiações ultravioletas tiveram um efeito muito grande, determinando fortes inibições (foto-inibições) e ações degenerativas (foto-oxidações) do sistema fotossintético. A cada 11 anos, o sol entra em erupção superficial emitindo massas coronais, das quais somos protegidos, até certo ponto, pela magnetosfera. Este ano, por alguma razão, esse pico está entre os maiores em décadas. Fica até difícil dizer o que foi mais prejudicial às plantas, se foram as radiações eletromagnéticas, as temperaturas muito altas ou sua consequência, a seca”, completa.
Especialista em fisiologia vegetal, Prof. Rena também apontou as consequências geradas pelo calor excessivo e pela estiagem ao sistema radicular das plantações. A morte do sistema radicular, ou seja, os danos nas raízes das plantações cafeeiras é o principal motivo que também afetará as próximas duas safras, conforme Rena. “Se não for por demais  afetada, a parte aérea acaba voltando a brotar bem (efeito pós-traumático), mas o sistema radicular é lento. Mesmo se a parte aérea tiver brotando bem, o sistema radicular fica para trás quando há deficiência de energia. Ele recebe por último, pois é o dreno ou importador mais fraco do cafeeiro. Infelizmente, o sistema radicular é algo como o cérebro do vegetal e o que comanda boa parcela das atividades fisiológicas da parte aérea, especialmente o equilíbrio hormonal. Tanto é que se essa planta em 2016 estiver aparentemente recuperada e possuir boa carga, caso haja nova adversidade biótica ou abiótica, parecida com a que vivemos no início deste ano, as consequências poderão também ser graves”, prevê o palestrante.
O especialista ainda alerta para outra consequência da estiagem e da alta temperatura: o aumento da bienalidade. “A planta que sofrer morte em seu sistema radicular estrutural dificilmente será normal outra vez. No entanto, plantas jovens, de até 4 ou 5 anos, poderão se recuperar bastante. Porém, qualquer ameaça futura de desvio do clima comprometerá as lavouras adultas ainda mais”, declara Rena, apontando que essas alterações climáticas também podem gerar outra mudança na cafeicultura: a bienalidade dando lugar à trienalidade de produção.
Questionado sobre possíveis alternativas para os cafeicultores tentarem reduzir os prejuízos em futuras lavouras, Rena indicou o gesso como uma forma de prevenção. “Durante o plantio é adicionar gesso à cova. Foi um experimento feito pela Epamig em São Sebastião do Paraíso e em Patrocínio na década de 70 e que terminou nos anos 80. Sem calcário, as raízes das plantas chegaram a 30 cm. Com calcário, de 60 a 70 cm. Já com o gesso (sulfato de cálcio), as raízes atingiram 2 metros de profundidade” revela o especialista, alertando que essa medida  não se trata de irrigação branca, que também parece ser uma boa alternativa.
Rena ainda complementa: “na hipótese de chover bem até o período da colheita e a temperatura não cair muito, as plantas que não sofreram em demasia poderão ainda crescer 1,5 a 2,0 nós. Mas, chover significa salvar o que se tem e não o que já foi comprometido em 2014. Essa opinião é também compartilhada por outros especialistas”, conclui.

Assessoria de Imprensa Cooxupé
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Commodities Market Impact Weather: Colder Trend for Midwest

  OMAHA  -  A new round of chilly temperatures for the Midwest along with limited rain in the
southwestern Plains are the primary weather items for the commodity trade's attention Tuesday.
COOLER MIDWEST TEMPERATURE FORECAST
  The DTN ag weather forecast calls for Midwest temperatures to return to below-normal values during
the next week to 10 days. This pattern will hinder soil warming for spring field work. Another round
of snow is also likely for the northern and eastern areas, further delaying soil conditioning.
Temperatures do not appear to be cold enough to threaten the soft red winter wheat crop. Soil
moisture is adequate to surplus in the east and drier in the west.
CONTINUED SOUTHWEST PLAINS DRYNESS
  Dry areas of the southwestern Plains have little rainfall in store during the next ten days.
Concerns for this portion of the wheat crop will increase during the spring season if rainfall does
not improve. There are shower threats for eastern growing areas during this period, especially
through southeast areas. If realized this will help maintain more favorable conditions for wheat in
these locations.
HARVEST-DELAYING RAIN IN BRAZIL
  Soil moisture for second-crop corn, late-filling soybeans and late-filling early corn is adequate
to surplus at this time. Rainfall may increase somewhat during this week. This would favor
late-filling crops but could be unfavorable for early-maturing crops and early harvests.
DRY STRETCH FOR BRAZIL COFFEE AREAS
  Another period of below-normal rains and above-normal temperatures should last about seven to
eight days. This again increases stress on developing crops, especially since temperatures will
average above normal.
LATE-WEEK RAIN FOR ARGENTINA
  Mostly favorable conditions for filling and maturing corn and soybeans in central Argentina remain
in effect at this time. Scattered thundershower activity later this week should maintain favorable
soil moisture for crops and may be somewhat unfavorable for early maturing crops.

Arabica Coffee Gains as Dry Weather Remains in Brazil

  NEW YORK  -  Arabica-coffee futures climbed to fresh two-year highs on Tuesday, buoyed by concerns
that a lack of precipitation in Brazil will continue to damage the crop.
  The worst drought in decades in top-coffee grower and exporter Brazil has pushed the market up 84%
since the start of 2014, as growers and analysts slashed their forecasts for the upcoming harvest.
Additional dry weather could crimp output further, traders and analysts have said.
  "We're only looking more and more into the red every day it stays dry," said Hector Galvan, senior
market strategist at RJO Futures in Chicago, of coffee output from Brazil.
   Arabica coffee for delivery in May on the ICE Futures U.S. exchange was recently 2.1% higher at
$2.0765 a pound, the highest intraday level since Feb. 14, 2012.
  "As long as we hold above $2, that should give people a little bit more incentive to hold their
longs and look at how the market responds to the dry weather" later in the week, Mr. Galvan said.
  In other markets, cotton for delivery in May on ICE was less than 0.1% higher at 91.58 cents a
pound, and raw sugar for delivery in May was 0.2% lower at 18.18 cents a pound. Orange juice for May
delivery was 0.3% lower at $1.5470 a pound.

Brazil Coffee Weather - Mar 11

SAO PAULO AND MINAS GERAIS

SUMMARY- Mostly dry or a few light showers, locally heavier during the past 24
hours. Temperatures 77-87F (25-31C).

FORECAST-
TODAY...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 78-88F (26-31C).
TONIGHT...Mostly dry weather. Temperatures 59-68F (15-20C).
TOMORROW...Mostly dry or a few light showers. Temperatures 80-89F (27-31C).
OUTLOOK...Mostly dry or a few light showers Thursday through Saturday.
Temperatures near to above normal.

BRAZIL COFFEE PROSPECTS...

Scattered showers and thundershowers today could ease stress on developing
citrus. Drier weather returns for the remainder of the week.

Café atinge maior alta em dois anos diante de déficit global de oferta

A agência de notícias Reuters publicou na sexta-feira (7) uma estimativa que aponta para perdas acima de 10% para a safra brasileira, além de um volume total de 48,9 milhões de sacas de 60kg.
“O Brasil precisa produzir no mínimo 50 milhões de sacas para que o mercado mundial de arábica se mantenha equilibrado”, afirmou Andrea Thompson, analista da Coffee Network, que faz parte do grupo FCStone.
Analistas também afirmam que o clima seco irá reduzir o tamanho da safra 2015/16, que já seria uma safra menor, devido ao ciclo das safras brasileiras.
“O déficit de café arábica na safra 2014/15, agravado pelo impacto esperada para a safra 2015/16, aumentam as chances do café chegar aos US$ 3,00 por libra-peso”, afirmou Thompson.
O café arábica ultrapassou a marca US$ 3,00 por libra-peso em 2011, quando o mercado registrou o último grande rally.
Apesar das perspectivas de grandes perdas e preços em alta, alguns negociadores afirmam que ainda há muita incerteza a respeito do tamanho da safra brasileira deste ano, já que o padrão climático observado não tem precedentes na história recente.
Michaela Kuhl, analista da Commerzbank, confirma que o mercado carece de informações. “Temos uma gama muito ampla de previsões de safra no momento e ninguém sabe realmente qual será o resultado”.
A analista afirma ainda o humor no mercado está “bastante próximo do pânico”.
“É muito difícil prever quando este rally irá acabar, mas acreditamos que preços de US$ 2,00 por libra-peso estão exagerados na situação atual”, complementa Michaela.
Os preços do robusta, que é usado prioritariamente na produção de café robusta, não está acompanhando as fortes altas do arábica, mas também registram alguns aumentos de preços.

O Brasil é o maior produtor mundial de arábica e o Vietnã é o mais importante produtor de robusta.
Café mantém vigor na ICE e volta a ficar a fechar acima dos 200 cents

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira dando um novo demonstrativo de força em uma sessão caracterizada pela predominância das compras especulativas, o maio conseguiu se posicionar acima dos 200,00 centavos de dólar por libra peso, numa continuidade do movimento que caracteriza essa casa de comercialização há semanas. Diante da preocupação com o clima no Brasil, com as perdas a serem aferidas nas lavouras desse país, devido à seca e ao calor, assim como com a preocupação com a oferta em queda no mercado internacional, os terminais vão dando demonstração de consistência e rompem patamares que seriam praticamente inimagináveis ao final de 2013, quando a expectativa era se o contrato de maior liquidez teria fôlego para se sustentar com uma cotação de três dígitos. Os estoques globais não se mostravam em níveis expressivos, são apenas regulares e deverão ter de ser usados a miúde para cobrir o déficit de oferta. Como apontam muitos especialistas, a pressão sobre os estoques em geral redunda em preços mais consistentes. O cenário de preocupação atual envolve os grandes fundos, que continuam a se posicionar no lado comprador. De acordo com o último relatório da Commodity Trading Comission, no dia 04 de março, esses players contavam com 34.650 posições líquidas compradas, entre futuros e opções, nível ligeiramente superior às 34.569 posições líquidas da semana anterior.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 655 pontos, com 203,40 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 206,85 centavos e a mínima de 199,00 centavos, com o julho registrando avanço de 650 pontos, com 205,20 centavos por libra, com a máxima em 208,40 centavos e a mínima em 200,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de 48 dólares, com 2.147 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 47dólares, para o nível de 2.142 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ganhos desde a abertura dos terminais e, ainda pela manhã, o nível psicológico de 200,00 centavos foi rompido e novos stops de compra puderam ser acionados. A máxima da sessão chegou a expressivos 206,85 centavos, no entanto, nesse nível foram observadas algumas realizações, o que apenas fez com que ligeiras desacelerações fossem proporcionadas, já que o fechamento se deu com ganhos ainda bastante expressivos. No segmento externo, dia de quedas mínimas para as bolsas de valores nos Estados Unidos e pouca oscilação do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities softs, ganhos para praticamente todas as matérias-primas, com o destaque ficando para o café.

"Muitos players não estão convencidos de que as chuvas recentes possam ter interrompido os problemas de déficit hídrico nas lavouras brasileiras. E mesmo quem já trabalha com um cenário menos problemático em relação ao clima também avalia o quanto de perdas se acumulou. A safra vai ser menor e também em 2015 haverá reflexos e isso influencia diretamente os terminais, garantindo preços expressivos", disse um trader.

"Só saberemos qual será a máxima do mercado depois que os preços estiverem caindo, e como o que causou os ganhos até agora foi em grande parte um 'squeeze' de dinheiro em função da seca no Brasil, o mais prudente é diminuir seus estoques e cuidar das dívidas e da lavoura. Muitos pedem um palpite do 'teto' do mercado. Missão impossível, mas já que tantos pedem palpite eu diria ser difícil ver preços acima 220 centavos de dólar por libra. Tecnicamente, Nova Iorque só perde força se romper os 180 centavos, e pode ganhar mais gás com um fechamento acima de 205 centavos por libra", apontou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

O Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos relatou um tremor de magnitude 5,8 na escala Richter no sul do México. O terremoto teve epicentro no mar, a 42 quilômetros ao sul da cidade costeira de Pinotepa Nacional, às 17h38 do horário local. Instituições locais apontaram que, em um primeiro momento, não há relatos de vítimas ou de danos na cidade.

As exportações de café arábica da República dos Camarões, no acumulado do ano safra 2013/2014, até dezembro, recuaram 85% ante igual período de 2012/2013, indo de 605 toneladas para apenas 88 toneladas, revelou o Conselho Nacional de Café e Cacau de Camarões. De acordo com a entidade, o clima seco prejudicou as lavouras e, consequentemente, os embarques. Na última temporada foram exportadas 2.524 toneladas do grão. O ciclo de arábica em Camarões vai de outubro a setembro. O governo pretende elevar a produção em 25 mil toneladas por ano até 2020, mas não deu detalhes de como esse plano poderá sair do papel. O Conselho informou ainda que as exportações de café robusta, no acumulado da safra, até dezembro, caíram 65%, de 629 toneladas para 236 toneladas.

As exportações brasileiras de café no mês de março, até o dia 10, totalizaram 465.785 sacas, queda de 32,50% em relação ás embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 600 sacas, indo para 2.589.648 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência  206,85, 207,00, 207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50, 209,90-210,00, 210,50, 211,00,211,50, 212,00, 212,50, 213,00, 213,50, 214,00 e 214,50 centavos de dólar, como suporte em 199,00, 198,50, 198,00, 197,50, 197,00, 196,50, 196,00, 195,50,195,10-195,00, 194,50, 194,10-194,00, 193,50, 193,05-193,00 e 192,50 centavos.




Londres sobe com compras especulativas e arbitragens

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com ganhos, consolidando a posição maio acima do referencial de 2.100 dólares. A sessão foi marcada pela predominância das compras especulativas, com a máxima atingindo os 2.167 dólares. Nesse patamar foram verificadas realizações ligeiras que, contudo, não comprometeram os bons ganhos finais do pregão.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por aquisições especulativas, que também tiveram amparo nas arbitragens, uma vez que os arábicas em Nova Iorque voltaram a operar com ganhos bastante expressivos, dando, desse modo, suporte para que o terminal londrino também avançasse.

"Os robustas se mostram bem procurados e a expectativa é de que possamos ver preços ainda mais sólidos. As origens, por sua vez, se mantêm reticentes e vendem apenas o essencial, o que dá uma boa sustentação para as cotações. Alguns players trabalham com foco no 'target' de 2.200dólares, que poderia dar um 'start' para vendas mais efetivas por parte dos asiáticos. A ver", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 12,1 mil contratos, contra 9,88 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 5 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 48 dólares, com2.147 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 47 dólares, para o nível de 2.142 dólares por tonelada.