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terça-feira, 11 de março de 2014

Café mantém vigor na ICE e volta a ficar a fechar acima dos 200 cents

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira dando um novo demonstrativo de força em uma sessão caracterizada pela predominância das compras especulativas, o maio conseguiu se posicionar acima dos 200,00 centavos de dólar por libra peso, numa continuidade do movimento que caracteriza essa casa de comercialização há semanas. Diante da preocupação com o clima no Brasil, com as perdas a serem aferidas nas lavouras desse país, devido à seca e ao calor, assim como com a preocupação com a oferta em queda no mercado internacional, os terminais vão dando demonstração de consistência e rompem patamares que seriam praticamente inimagináveis ao final de 2013, quando a expectativa era se o contrato de maior liquidez teria fôlego para se sustentar com uma cotação de três dígitos. Os estoques globais não se mostravam em níveis expressivos, são apenas regulares e deverão ter de ser usados a miúde para cobrir o déficit de oferta. Como apontam muitos especialistas, a pressão sobre os estoques em geral redunda em preços mais consistentes. O cenário de preocupação atual envolve os grandes fundos, que continuam a se posicionar no lado comprador. De acordo com o último relatório da Commodity Trading Comission, no dia 04 de março, esses players contavam com 34.650 posições líquidas compradas, entre futuros e opções, nível ligeiramente superior às 34.569 posições líquidas da semana anterior.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 655 pontos, com 203,40 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 206,85 centavos e a mínima de 199,00 centavos, com o julho registrando avanço de 650 pontos, com 205,20 centavos por libra, com a máxima em 208,40 centavos e a mínima em 200,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de 48 dólares, com 2.147 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 47dólares, para o nível de 2.142 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ganhos desde a abertura dos terminais e, ainda pela manhã, o nível psicológico de 200,00 centavos foi rompido e novos stops de compra puderam ser acionados. A máxima da sessão chegou a expressivos 206,85 centavos, no entanto, nesse nível foram observadas algumas realizações, o que apenas fez com que ligeiras desacelerações fossem proporcionadas, já que o fechamento se deu com ganhos ainda bastante expressivos. No segmento externo, dia de quedas mínimas para as bolsas de valores nos Estados Unidos e pouca oscilação do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities softs, ganhos para praticamente todas as matérias-primas, com o destaque ficando para o café.

"Muitos players não estão convencidos de que as chuvas recentes possam ter interrompido os problemas de déficit hídrico nas lavouras brasileiras. E mesmo quem já trabalha com um cenário menos problemático em relação ao clima também avalia o quanto de perdas se acumulou. A safra vai ser menor e também em 2015 haverá reflexos e isso influencia diretamente os terminais, garantindo preços expressivos", disse um trader.

"Só saberemos qual será a máxima do mercado depois que os preços estiverem caindo, e como o que causou os ganhos até agora foi em grande parte um 'squeeze' de dinheiro em função da seca no Brasil, o mais prudente é diminuir seus estoques e cuidar das dívidas e da lavoura. Muitos pedem um palpite do 'teto' do mercado. Missão impossível, mas já que tantos pedem palpite eu diria ser difícil ver preços acima 220 centavos de dólar por libra. Tecnicamente, Nova Iorque só perde força se romper os 180 centavos, e pode ganhar mais gás com um fechamento acima de 205 centavos por libra", apontou Rodrigo Corrêa da Costa, da Archer Consulting.

O Centro de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos relatou um tremor de magnitude 5,8 na escala Richter no sul do México. O terremoto teve epicentro no mar, a 42 quilômetros ao sul da cidade costeira de Pinotepa Nacional, às 17h38 do horário local. Instituições locais apontaram que, em um primeiro momento, não há relatos de vítimas ou de danos na cidade.

As exportações de café arábica da República dos Camarões, no acumulado do ano safra 2013/2014, até dezembro, recuaram 85% ante igual período de 2012/2013, indo de 605 toneladas para apenas 88 toneladas, revelou o Conselho Nacional de Café e Cacau de Camarões. De acordo com a entidade, o clima seco prejudicou as lavouras e, consequentemente, os embarques. Na última temporada foram exportadas 2.524 toneladas do grão. O ciclo de arábica em Camarões vai de outubro a setembro. O governo pretende elevar a produção em 25 mil toneladas por ano até 2020, mas não deu detalhes de como esse plano poderá sair do papel. O Conselho informou ainda que as exportações de café robusta, no acumulado da safra, até dezembro, caíram 65%, de 629 toneladas para 236 toneladas.

As exportações brasileiras de café no mês de março, até o dia 10, totalizaram 465.785 sacas, queda de 32,50% em relação ás embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 600 sacas, indo para 2.589.648 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência  206,85, 207,00, 207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50, 209,90-210,00, 210,50, 211,00,211,50, 212,00, 212,50, 213,00, 213,50, 214,00 e 214,50 centavos de dólar, como suporte em 199,00, 198,50, 198,00, 197,50, 197,00, 196,50, 196,00, 195,50,195,10-195,00, 194,50, 194,10-194,00, 193,50, 193,05-193,00 e 192,50 centavos.




Londres sobe com compras especulativas e arbitragens

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com ganhos, consolidando a posição maio acima do referencial de 2.100 dólares. A sessão foi marcada pela predominância das compras especulativas, com a máxima atingindo os 2.167 dólares. Nesse patamar foram verificadas realizações ligeiras que, contudo, não comprometeram os bons ganhos finais do pregão.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por aquisições especulativas, que também tiveram amparo nas arbitragens, uma vez que os arábicas em Nova Iorque voltaram a operar com ganhos bastante expressivos, dando, desse modo, suporte para que o terminal londrino também avançasse.

"Os robustas se mostram bem procurados e a expectativa é de que possamos ver preços ainda mais sólidos. As origens, por sua vez, se mantêm reticentes e vendem apenas o essencial, o que dá uma boa sustentação para as cotações. Alguns players trabalham com foco no 'target' de 2.200dólares, que poderia dar um 'start' para vendas mais efetivas por parte dos asiáticos. A ver", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 12,1 mil contratos, contra 9,88 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 5 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 48 dólares, com2.147 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 47 dólares, para o nível de 2.142 dólares por tonelada.

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