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quinta-feira, 20 de maio de 2010

20/05 06:32 Crise europeia "sangra", aos poucos, os preços das commodities agrícolas

20/05 06:32 Crise europeia "sangra", aos poucos, os preços das commodities agrícolas

Embora ainda não tenha motivado erosões consideráveis nas cotações
internacionais das principais commodities agrícolas negociadas pelo Brasil no
exterior, o recrudescimento da crise financeira europeia nas últimas semanas
tornou-se um fator de pressão baixista permanente sobre os mercados.
De oito produtos negociados nas bolsas de Nova York (açúcar, café, café, suco
de laranja e algodão) e Chicago (soja, milho e trigo), apenas os futuros
(segunda posição de entrega) de açúcar e suco de laranja, que registraram forte
queda em abril, aparecem com variações positivas em maio - 1,25% e 6,57%,
respectivamente. Há baixas para café (1,11%), cacau (1,82%), algodão (6,98%),
soja (6,86%), milho (1,93%) e trigo (3,23%), segundo o Valor Data.
Entre outras consequências, os movimentos financeiros derivados dos tremores
europeus estão provocando a queda do euro e a valorização do dólar.
Referenciadas nas bolsas dos EUA, as commodities agrícolas costumam reagir
negativamente ao fortalecimento da moeda americana, até porque as pujantes
exportações agrícolas do país perdem competitividade. Para os preços agrícolas,
o balanço das moedas também não é bom pelo lado dos europeus, que tem de gastar
mais em suas compras - e a situação não permite excessos.
Na mesma linha de raciocínio, só que na frente dos fundamentos de oferta e
demanda, o prolongamento da crise europeia tende a reprimir as compras no Velho
Continente, importante destino das exportações mundiais de commodities. A União
Europeia tradicionalmente é o principal destinos das exportações brasileiras do
agronegócio, posto que passou a ser ameaçado - e usurpado em alguns períodos -
pela Ásia, sempre puxada pelo apetite da China.
É verdade que a crise na Europa motivou o aumento da demanda por ouro, que tem
peso importante nas carteiras de commodities de grandes fundos de investimentos
e até agora ajudou a segurar as cotações de outros produtos presentes nos
mesmos cardápios, como notou recentemente o analista Vinícius Ito, da Newedge,
em Nova York. Mas, em geral, a fase é de pessimismo e de previsões de queda das
commodities nos próximos meses, exceto em casos de problemas na oferta. Em
tempo: ontem o as cotações do ouro recuaram.

illycaffè fecha 2009 volume de negócios consolidado de 283,4 milhões de euros e investirá na América do Sul

illycaffè fecha 2009 volume de negócios consolidado de 283,4 milhões de euros e investirá na América do Sul

Durante a assembléia geral de acionistas, em Trieste (Itália), a illycaffè anunciou os resultados do balanço financeiro de 2009. Em um cenário econômico global crítico, principalmente no primeiro semestre do ano passado, a companhia terminou 2009 com resultados positivos e um volume de negócios consolidado de 283,4 milhões de euros (+1,2% em relação a 2008). O EBITDA representou 39,624 milhões de euros, isto é, 3,6% mais do que o ano retrasado. Já o lucro líquido foi de 5,2 milhões de euros(lucro de 8 milhões de euros em 2008). O total de vendas, fora da Itália, representou 55%.

O encontro geral de acionistas renovou a liderança da illycaffè, com a confirmação do corpo diretivo, dos auditores e com a nomeação do engenheiro Giancarlo Michellone, presidente do Parque Tecnológico em Trieste e diretor do Centro de Pesquisa da Fiat, como novo membro do conselho da empresa.

Em 2010, a illycaffè vai expandir suas atividades no mercado internacional. Em junho, abre uma nova subsidiária no Brasil, em São Paulo: a illycaffè Sud America fortalecerá a presença da companhia no Brasil e, posteriormente, nos países sul americanos onde já atua.

\"Em um ano complexo, a illycaffè manteve sua posição no mercado e foi bem sucedida ao preservar os projetos estratégicos iniciados no começo da crise\", declarou Andrea Illy, presidente e CEO da companhia.

Em 2009, a illycaffè confirmou o compromisso com projetos estratégicos iniciados no passado, tais como:

- Desenvolvimento da estratégia para a espressamente illy, sua cadeia franqueada de cafeterias ao estilo italiano, com o objetivo de promover a cultura da illycaffè e os produtos da marca. Atualmente, existem 230 lojas espressamente illy ao redor do mundo e os planos envolvem a abertura de outras 120 lojas nos próximos três anos;

- O projeto Artisti del Gusto, uma rede internacional de clientes de qualidade que a illycaffè apóia e promove. Hoje, já existem mais de 1000 cafeterias Artisti del Gusto em todo o mundo, com mais de 300 outras unidades previstas até o final do ano;

- Continuidade dos investimentos relacionados ao revolucionário Método iperEspresso, o sistema de cápsulas da illycaffè, de altíssima qualidade, desenvolvido para uso doméstico. Com a expansão global da marca, está previsto um novo formato de comunicação e vendas online para o sistema lançado em 2007;

- illy issimo, um café \"ready-to-drink\" feito pela Ilko Coffee International (uma joint venture da illycaffè e a The Coca Cola Company), tem visto o crescimento das vendas e uma ampla distribuição em países estratégicos como Itália, Estados Unidos e Japão;

- Mitaca, uma joint venture com a participação da illycaffè, abriu recentemente uma nova unidade para o setor de escritórios e apresenta uma nova linha de máquinas para cápsulas, disponíveis na Itália e em mais de 30 novos países.

Sobre a illycaffè
Sediada em Trieste, na Itália, a torrefadora italiana illycaffè produz e comercializa um único blend de café espresso sob uma única marca, líder em qualidade. Presente em mais de 140 países, o espresso illy está disponível em mais de 50 mil dos melhores restaurantes e bares ao redor do mundo, onde, diariamente, são vendidas mais de 6 milhões de xícaras.

A espressamente illy, sua cadeia de franquia de cafeterias no estilo italiano, está presente em mais de 30 países com 230 lojas e espera em três anos abrir mais 120. Com o objetivo de espalhar a cultura do café, a illycaffè fundou a Universidade do café, um centro de excelência, com quatorze unidades, que oferece treinamento prático e teórico sobre todos os aspectos do café para produtores, baristas e entusiastas. No Brasil, desde sua criação, em 2000, foram treinadas mais de 7 mil pessoas.

Mundialmente conta com aproximadamente 800 colaboradores e um faturamento consolidado de mais de € 283,4 milhões em 2009. Seu lucro líquido representou € 5,2 milhões e as exportações responderam por mais de 55% do total das vendas.

A illycaffè compra café verde arábica da melhor qualidade diretamente dos cafeicultores, por meio de parcerias que se baseiam na sustentabilidade e reciprocidade. A empresa estimula esta cooperação a longo prazo – com os melhores produtores de café do Brasil, América Central, Índia e África – fornecendo know-how e tecnologia, além de preços acima da média do mercado.

Sobre a illycaffè Sud America
Em busca do desenvolvimento de seus negócios no Brasil, a illycaffè vai estruturar uma nova subsidiária a partir de junho deste ano. A illycaffè Sud America, como será chamada, é parte do novo plano de ações da empresa para fortalecer sua presença no país que deverá tornar-se o maior consumidor de café do mundo.

Posteriormente ao desenvolvimento e ao estabelecimento de sua rede de vendas no Brasil, a illycaffè Sud America tem planos para expandir sua atuação aos demais mercados sul americanos, onde a empresa já atua. No caso do Brasil, ao longo de 20 anos de estreito relacionamento estabelecido com seus fornecedores de café, a illycaffè pôde acompanhar o desenvolvimento desse mercado. Desse sólido relacionamento, surge a percepção do crescimento do mercado consumidor de café e, tendo em vista essa demanda, a illycaffè Sud America vai investir para atender, cada vez melhor, seus clientes e consumidores.

O projeto que visa estruturar a rede de vendas da illycaffè no Brasil envolve a centralização da distribuição de toda a sua linha de produtos em uma filial comercial, localizada em São Paulo (SP). A illycaffè Sud America vai focar os canais HoReCa (hotéis, restaurantes, cafeterias), o comércio eletrônico, além do consumo em residências e escritórios para estar cada vez mais presente com a introdução da linha de produtos ligada ao revolucionário Método iperEspresso.

A illycaffè Sud America cobrirá, totalmente, o fornecimento de produtos da illycaffè, o que significa a distribuição do café (pó, grão, sachê e cápsulas), das máquinas de café espresso, da coleção de xícaras illy Art Collection, e de outros produtos do Grupo illy; tais como os chocolates de alta qualidade da fabricante Domori; os chás da casa francesa Dammann Frères; os vinhos da vinícola Mastrojanni; e os produtos de alta pastelaria, entre os quais marron glacê e marmeladas, da empresa Agrimontana. Além dos produtos, a subsidiária cuidará da cadeia de lojas franqueadas espressamente.

Estoques estão baixos e cenário de preço é otimista

Estoques estão baixos e cenário de preço é otimista


O secretário de Produção e Agroenergia, Manoel Bertone, do Ministério da Agricultura, afirmou ontem (19) que o cenário para o café é otimista. Segundo ele, os estoques estão caindo no mundo. Ele disse ainda que o Brasil nunca teve estoques tão baixos. O governo teria em mãos cerca de 1,7 milhão de sacas de café, referentes ao exercício dos contratos de opção, lançados no ano passado, e mais cerca de 400 mil sacas de grãos de safras velhas. Já o estoque da iniciativa privada é uma incógnita, que precisa ser desvendada, mas também está em baixa.

Ele acrescentou que países concorrentes do Brasil enfrentam problemas na produção, principalmente de natureza climática. "A Colômbia, por exemplo, perdeu a posição de segundo maior produtor mundial, para agora ficar atrás de Brasil, Vietnã e Indonésia".

Bertone disse que há espaço para otimismo, mas os preços do café não vão 'explodir'. De acordo com ele, o governo estuda como financiar a safra deste ano, que promete ser volumosa. "O governo vê com bons olhos a reivindicação dos produtores", disse ele. Os cafeicultores pedem crédito para financiar 20 milhões de sacas, mas cujo volume solicitado, "talvez, represente exagero de preocupação", comentou.

O secretário, que participou do 18º Seminário Internacional de Café de Santos, em Guarujá/SP, nos dias 18 e 19, informou que seriam necessários entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões para financiar a pré-comercialização com menor risco, "liberando o maior volume de recurso por saca, em relação ao preço de garantia". Além disso, Bertone acrescentou que também está em estudo a realização de leilões de contratos de opção de venda ao governo, como forma de sustentar os preços do produto.

O presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Carlos Alberto Paulino da Costa, disse que a oferta de café no Brasil pode ficar crítica em 2011 e 2012. Ele concorda que os estoques estão praticamente no fim, e o país colherá em 2011 uma safra menor do que a deste ano por causa da bienalidade da cultura.

Estimativas que circulam no mercado preveem a safra deste ano de 55 milhões até 60 milhões de sacas. Considerando que o Brasil consome 50 milhões de sacas (31 milhões de sacas em exportação e 19 milhões de sacas para consumo interno), "haveria excedente mínimo para 2011, quando o país colherá uma safra pequena, podendo faltar determinadas qualidades de café", comentou Paulino da Costa, que também participou do 18º Seminário Internacional de Café de Santos.

Nesse sentido, Paulino da Costa ressalta que o Brasil deve administrar bem a comercialização da volumosa safra deste ano. "O produtor não deve vender a qualquer preço, pois a tendência é que as cotações melhorem mais para o fim do ano".

Paulino da Costa explica que o setor produtivo, liderado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), reivindica do governo mecanismos de financiamento da produção. Os produtores querem crédito para 20 milhões de sacas pelo preço mínimo de R$ 261,69. "Quem conseguir segurar a produção vai poder vender melhor mais à frente", informou.

Hoje (20), o Comitê de Planejamento do Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC) vai se reunir em Brasília, a partir das 10 horas, para tentar avançar nas propostas de financiamento da safra deste ano.