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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Café volta a ter liquidações especulativas e recua na ICE
   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com novas quedas, que permitiram fazer com que a posição março voltasse a atingir o nível de 146,00 centavos por libra. Na primeira metade do dia, alguns ganhos chegaram a ser esboçados, com as cotações se posicionando no patamar de 151,00 centavos. Entretanto, ordens de venda de especuladores e fundos começaram a ser emitidas, o que permitiu que rapidamente a tendência inicial fosse invertida e retrações consideráveis passassem a ser identificadas.

O primeiro suporte efetivo para o março, em 147,50 centavos conseguiu ser rompido, sendo que o mercado avalia se os bears (baixistas) teriam consistência para buscar um nível em 145,00 centavos, o que poderia abrir espaço para novas liquidações. Tecnicamente, o café vem perdendo consistência, ao se afastar efetivamente de níveis importantes obtidos recentemente. A expectativa de vários operadores era que, após as vendas efetivas observadas na terça-feira e a ligeira recuperação na quarta, o mercado abrisse espaço para novas coberturas de posição, retomando assim os ganhos. Essa tendência, no entanto, não se concretizou e alguns players já trabalham com a perspectiva de que os vendedores voltem a "tomar as rédeas" do mercado e busquem testar novos níveis de baixa.

No encerramento do dia, o março em Nova Iorque apresentou queda de 385 pontos, com 146,55 centavos, sendo a máxima em 151,30 e a mínima em 146,10 centavos por libra, com o maio tendo desvalorização de 385 pontos, com a libra a 149,50 centavos, sendo a máxima em 154,20 e a mínima em 149,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve queda de 16 dólares, com 1.946 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 16 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por momentos distintos, com a tentativa de ganhos mais efetivos ao longo da primeira metade do dia e com o "contra-ataque vendedor" vendedor na seqüência e até o rompimento de um suporte básico. O comportamento do café se dissociou de outros mercados, que tiveram um dia de calma, com estabilidade para várias commodities e pouca variação das bolsas de valores e do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. "O mercado demonstra uma nova pressão sobre os preços, em um momento em que esperávamos uma continuidade da força técnica que se mostrava nos gráficos de curto prazo. Essa tendência não parece mais tão clara e os bears vão demonstrando uma retomada da força, algo que não vinha sendo efetivo ao longo deste mês de janeiro", observou um trader.

O Vietnã deve produzir 1,393 milhão de toneladas de café (23,2 milhões de sacas) na temporada de 2012-2013, iniciada em outubro, de acordo com Nedcoffee BV. Essa nova estimativa representa uma queda 5,87% em relação à estimativa anterior de 1,48 milhão de toneladas (24,6 milhões de sacas) e queda de 14% ante a safra de 1,62 milhão de toneladas do ano passado.

O Equador embarcou 1,57 milhão de sacas de café em 2012, aumento de 1% em relação aos 1,55 milhão de sacas vendidas ao exterior no ano anterior, informou a Associação de Exportadores de Café do Equador. Os números de exportação equatorianos incluem robusta, arábica, verde, solúvel, torrado, entre outros tipos. A receita com exportações de café também cresceu 1% ante a temporada anterior, para 273 milhões de dólares.

As exportações de café do Brasil em janeiro, até o dia 23, somaram 1.305.609 sacas, contra 1.265.106 sacas registradas no mesmo período de dezembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 2.092 sacas, indo para 2.615.052 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 29.799 lotes, com as opções tendo 3.442 calls e 4.151 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o março na ICE Futures US tem uma resistência em 151,30, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00, 154,50, 154,90- 156,45-156,50, 157,00 e 157,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 146,10-146,00, 145,95, 145,65, 145,50, 145,10-145,00, 144,50, 144,00, 143,50, 143,00, 142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50 e 140,10-140,00 centavos por libra.




Londres volta a ser pressionada e cai em dia de boa volatilidade
   
  Os contratos futuros de café robusta na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com quedas, numa predominância de vendas especulativas, em um dia em que os preços variaram dentro de um range mais extenso. A posição março flutuou num intervalo de 47 dólares.

De acordo com analistas internacionais, o março chegou a registrar ganhos ao longo do dia, batendo na máxima de 1.985 dólares. No entanto, seguindo a reversão dos ganhos dos arábicas em Nova Iorque, ordens de venda passaram a ser emitidas e a segunda posição atingiu a mínima de 1.938 dólares. "Tivemos uma sessão semelhante àquela verificada na terça-feira, com a pressão externa afetando as cotações dos robustas. No entanto, em nenhum momento a posição março tentou testar o patamar de 1.900 dólares. O que temos neste momento é um intervalo um pouco mais largo que o anteriormente verificado, mas com a manutenção de parâmetros importantes", disse um trader.

O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de março com uma movimentação de 8,92 mil lotes, com o maio tendo 2,28 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 16 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição março teve queda de 16 dólares, com 1.946 dólares por tonelada, com o maio tendo desvalorização de 16 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.





Dólar tem menor cotação em 2 semanas por ata do Copom
São Paulo, SP - O dólar fechou em queda, na menor cotação em duas
semanas, puxado pelo que o mercado considerou um sinal de que o Banco Central
continuará usando o câmbio para conter a inflação. O recado veio na ata da
última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje.
A moeda americana recuou 0,29%, a R$ 2,031, menor cotação desde a registrada no
último dia 10. Ao longo da sessão, a divisa chegou a cair abaixo de R$ 2,03, o
que não acontecia desde o dia 8 de janeiro. Na semana, a queda acumulada do
dólar é de 0,59%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de dólar
futuro para fevereiro caiu 0,19%, a R$ 2,0335. Amanhã não há negócios em São
Paulo, dado o feriado de aniversário da fundação da cidade.
Na ata, o Copom diz que "a estabilidade das condições monetárias por um período
de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir
a convergência da inflação para a meta".
Segundo operadores, a preocupação com a inflação expressa pelo BC na nota da
decisão do Copom e na ata da reunião, aliada ao resultado acima do esperado do
Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) reforçam a tese de
que a tendência do dólar é para baixo.
Ainda assim, o gerente de câmbio de uma corretora em São Paulo não vê um real
muito mais valorizado do que está agora. "Se por um lado tem a preocupação com
a inflação, por outro há o desejo de não prejudicar a indústria e um aumento
nos investimentos", disse ele.
O ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas entende que a influência
do câmbio na dinâmica dos preços se daria por meio de um aumento da capacidade
produtiva da economia. "O dólar mais barato facilita o investimento. Se você
investe mais, amplia a oferta. E o resultado de um aumento da oferta num
cenário de demanda estável é menos pressão inflacionária", disse.
Em nota, Tony Volpon, diretor-executivo da Nomura Securities, disse acreditar
que o BC tomou um passo importante ao reconhecer que o ritmo decepcionante da
retomada econômica acontece por conta exatamente da baixa expansão da oferta.
Mais do que isso, reconheceu que esse tipo de problema não pode ser atacado por
medidas de política monetária, cujo efeito é na demanda.
Ainda assim, apesar de enxergar um viés de queda para o dólar, Freitas concorda
que, no limite, o que o BC quer é evitar o aumento da volatilidade cambial,
algo que poderia contaminar ainda mais as expectativas para os preços. Para
manter a moeda na faixa atual, oscilando entre R$ 2,02 e R$ 2,05, ele não
descarta a possibilidade de o BC retomar leilões de swap cambial reverso, cujo
efeito equivale a uma compra de dólar futuro.
O último leilão do tipo foi no fim de outubro passado. Depois dele, o dólar
assumiu uma trajetória de alta, chegando à máxima desde 2009 no fim de
novembro. Essa alta só foi revertida completamente no fim de dezembro, após
pesadas intervenções do BC e do governo, que alteraram controles de capital e
realizaram diversos leilões de swap tradicional (cujo efeito é o de uma venda
de dólar futuro) e de contratos de linha compromissada.
Ainda assim, isso pode não ser necessário, uma vez que operadores preveem um
aumento na volatilidade nos próximos dias, em antecipação ao vencimento de
pouco mais de US$ 3 bilhões em swaps tradicionais e operações de linha, no
início de fevereiro.
No exterior, o Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta
de seis moedas, caía 0,04%, a 79,93 pontos, enquanto o euro, principal
componente dessa cesta, subia 0,38%, a US$ 1,336.





PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:DI sobe c/menor aposta de corte na Selic em 2013
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - Com a ata do Comitê de Política
Monetária (Copom) demonstrando maior preocupação do Banco Central (BC) com a
inflação no curto prazo, o mercado diminuiu suas apostas em uma redução da
Selic (taxa básica de juros) e os contratos de Depósitos Financeiros (DIs)
encerraram o pregão de hoje na BM&FBovespa em alta. Devido ao feriado na cidade
de São Paulo, não haverá negociações de DIs amanhã.
   "O Banco Central manifestou preocupação com a inflação de curto prazo e
a difusão da inflação. Aliado a isso também tem a questão da atividade
econômica, cuja recuperação tem sido bem lenta, o que acabou diminuindo as
apostas de novos cortes na Selic", explica Maurício Nakahodo, consultor de
pesquisas econômicas do Banco de Tokyo-Mitsubishi.
   No documento, o BC sinaliza que a política monetária finalizou seu
trabalho de estímulo à economia e que a fraca recuperação econômica reflete
entraves na oferta e não na demanda.

   "A ata reforça a questão da taxa de juros em período prolongado, mas
não se pode descartar elevação no final desse ano ou em algum momento do ano
que vem", acrescenta Nakahodo.

   Também colaboraram para a alta os indicadores positivos divulgados pela
China e Estados Unidos. O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em
inglês) sobre a atividade industrial da China subiu para 51,9 pontos em janeiro
- maior nível em dois anos -, de 51,5 pontos em dezembro.
   O PMI sobre a atividade do setor industrial norte-americana subiu para 56,1
pontos em janeiro - maior nível desde março de 2011 -, de 54 pontos em
dezembro.
   "Esse foi o pano de fundo do mercado internacional. Todos os dados vieram
melhor do que as expectativas e surpreendeu positivamente", segundo Nakahodo,
para quem esses indicadores já garantiriam pequena elevação dos DIs, que foi
expandida pelas informações contidas na ata do Copom.
   Diante deste cenário, os contratos de depósitos interfinanceiros (DIs)
encerraram as negociações de hoje da BM&FBovespa em alta.
   O contrato mais líquido do dia foi o para janeiro de 2015, que avançou de
7,86% para 7,96%, com giro de R$ 55,074 bilhões, seguido do DI para janeiro de
2014, que subiu de 7,18% para 7,25%, com movimento de R$ 46,358 bilhões.
   O DI com vencimento para julho de 2013 fechou em alta de 7,06% para 7,08%,
com movimentação financeira de R$ 16,986 bilhões, e o para janeiro de 2017
subiu de 8,67% para 8,76%, girando R$ 13,296 bilhões.
   Entre os contratos com vencimento no curto prazo, o DI para outubro de 2013
registrou alta de 7,13% para 7,18%, com giro de R$ 11,792 bilhões e o contrato
para julho de 2014 subiu de 7,45% para 7,54%, movimentando R$ 7,585 bilhões.
   O número de contratos negociados atingiu 1.961.943, alta de 104,5% em
relação aos negócios realizados no pregão de ontem. O volume financeiro das
operações atingiu R$ 173,350 bilhões.
    Câmbio

   O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com queda de 0,29% a R$
2,0290 para compra e R$ 2,0310 para venda, com a mínima do dia em R$ 2,0290 e
a máxima de R$ 2,0380. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento
em fevereiro cedeu 0,19%, a R$ 2.033,500, e o vencimento em março recuou 0,26%,
cotado a R$ 2.039,500.
   Para Nakahodo, a ata do Copom também foi a responsável pela operação em
patamar negativo do câmbio. "A ata mostra preocupação com a inflação e o
governo pode tentar evitar uma depreciação mais forte do câmbio para
controlar preços", avalia.
   Com o feriado na cidade de São Paulo e a BM&FBovespa inoperante, o fluxo de
negociação do dólar à vista deve ser baixo e semelhante ao fechamento de
hoje, de acordo com o consultor.




Bovespa cai 1,29% com siderúrgicas; Embraer dispara
São Paulo, SP - O principal índice acionário da Bovespa teve a pior
queda em mais de duas semanas nesta quinta-feira, pressionado pelo tombo do
setor de siderurgia, além de ajustes técnicos.
O Ibovespa caiu 1,29% na sessão, a 61.169 pontos. O giro financeiro do pregão
foi de R$ 7,18 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 1,27%.
Ainda assim, o mercado conseguiu se manter acima de suporte gráfico na casa dos
61.080 pontos. A perda desse nível pioraria as perspectivas de curto prazo para
a bolsa, segundo o analista técnico Daniel Marques, da Ágora Corretora no Rio
de Janeiro.
Após passar a maior parte da sessão com variações modestas, o mercado "acordou"
nas horas finais de negociação, com agentes desmontando posições na medida em
que papéis de peso para o índice perdiam pontos gráficos relevantes.
"A Bolsa não tem comprador final, o que deixa o mercado frágil, mais suscetível
a operações arrojadas de grandes players que acabam impactando nos papéis",
disse o gerente de renda variável da H.Commcor Corretora, Ariovaldo Santos, em
São Paulo.
O setor de siderurgia foi a principal pressão de baixa para o Ibovespa, após
dados mostrarem recuo das vendas e aumento de estoques de aços planos em
dezembro.
A preferencial da Usiminas caiu 3,91%, a R$ 10,57, enquanto a ordinária da CSN
teve queda de 4,93%, a R$ 11,38.
A preferencial da mineradora Vale caiu 2,2%, a R$ 38,63 --na menor cotação em
mais de um mês.
No setor de petróleo e gás, OGX cedeu 3,02%, a R$ 4,82, enquanto a preferencial
da Petrobras teve leve alta de 0,31%, a R$ 19,61.
A ação ordinária da estatal de energia Eletrobras liderou as perdas do
Ibovespa, com queda de 7,53%, após um rali recente.
A queda ocorre um dia após a presidente Dilma Rousseff ter anunciado um recuo
maior que o esperado na tarifa de energia elétrica já a partir de quinta-feira.
*EMBRAER*
Em sentido oposto, Embraer foi destaque positivo do Ibovespa, com alta de 8,89%
--foi a maior valorização da ação desde 14 de janeiro de 2011, quando o papel
subiu 10,02%.
A fabricante brasileira de aeronaves selou nesta quinta-feira um acordo de até
US$ 4 bilhões para fornecer jatos à rede regional da American Airlines.
Em Wall Street, o índice Dow Jones avançava 0,38% às 18h23 (horário de
Brasília), impulsionado por sólidos dados econômicos divulgados nesta sessão.
Já o referencial de tecnologia Nasdaq perdia 0,69%, sob o peso do fraco
resultado da gigante norte-americana Apple.





PERSPECTIVA: Sem pregão amanhã, Ibovespa deve buscar ajuste na 2ª feira
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, encerrou a sessão de hoje com queda de mais de 1%, descolado dos
mercados internacionais após ultrapassar o suporte técnico dos 62 mil pontos.
Segundo os analistas ouvidos pela Agência CMA, a perda do suporte disparou o
mecanismo de "stop loss" - ordem automática de venda após ultrapassar um
piso pré-fixado -  de grandes operadores, intensificando a queda. Com a bolsa
brasileira fechada amanhã devido o feriado de aniversário da cidade de São
Paulo, o Ibovespa deve reabrir na segunda-feira buscando se ajustar aos
indicadores e ao pregão dos Estados Unidos de amanhã.
   O Ibovespa fechou o pregão de hoje em queda de 1,29%, aos 61.169 pontos. O
volume negociado na bolsa foi de R$ 7,142 bilhões.
   "Vimos alguns papéis caindo bem, como Eletrobras e as siderúrgicas que
tem peso no índice. Quando ele baixou dos 62 mil pontos, bateu numa
resistência gráfica do índice que fez o 'stop loss' de algumas casas, de
grandes investidores disparar e nossa bolsa afundou", explica Pedro Galdi,
estrategista-chefe da SLW.
   As ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) encerraram com a maior queda do
índice, recuando 7,52%, a R$ 7,25, reagindo a declaração feita ontem pela
presidente da República, Dilma Rousseff, de que a redução da tarifa de
energia elétrica vai ser maior do que o anunciado.

   As ações da Usiminas (USIM3; -6,16%, a R$ 11,27) e as da CSN (CSNA3;
-4,92%, a R$ 11,38) também tiveram forte recuo, sob a expectativa de que as
usinas nacionais enfrentem dificuldades para reajustar seus preços mediante um
cenário de maior preocupação com a inflação, como apontaram alguns
relatórios de bancos, ressalta Galdi. "O cenário para o aço plano continua
complicado em 2013, apesar de esperada alguma melhora. Estão saindo relatórios
destacando o desempenho fraco do setor, como do HSBC", diz Galdi.
   O relatório do HSBC destaca que os preços do aço nacional devem enfrentar
resistência do governo e indústria para reajustes decido a fatores como
fragilidade de preços internacionais, impacto inflacionário, e crescimento de
demanda baixos em 2013. O banco manteve a classificação de neutro para Gerdau
e de "abaixo do mercado" para CSN e Usiminas.

   Para Sergio Machado, diretor da Vetorial Asset Managment, também foi o
índice que gerou a queda dos principais papeis listados a partir do meio da
segunda etapa do pregão. "Não tem fundamento. Foi um movimento que começou
por volta das 16h30, com o índice contaminando os papeis. Em véspera de
feriado, com o cenário incerto, essas perdas começaram com algumas
'zeragens' de posição que depois dispararam o efeito em cadeia, é o rabo
balançando o cachorro", diz Machado.
   Mais líquidos, os papéis preferenciais da Vale (VALE5) também recuaram
com o movimento ao fim do pregão, perdendo 2,20% a R$ 38,63. As preferenciais
da Petrobras (PETR4) tiveram alta de 0,30%, a R$ 19,61.
   Entre os principais fatores que devem nortear a reabertura do Ibovespa na
segunda-feira estão os dados de vendas de imóveis novos nos Estados Unidos e e
os dados de emprego no Brasil, divulgados amanhã.




PERSPECTIVA SEMANAL: Ibovespa deve ficar mais volátil na próxima semana
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, deve seguir com movimento fraco, porém, com volatilidade pouco
maior na próxima semana. Após uma semana de fraca movimentação, por causa de
um feriado nos Estados Unidos na segunda-feira (21) e outro feriado em São
Paulo amanhã, os especialistas esperam a volta lenta dos negócios, com
tendência de elevação para o Ibovespa.
   "Minha expectativa é de fraca movimentação, com indicadores que podem
gerar uma volatilidade maior. A tendência é de alta para o mercado, com o
Ibovespa trabalhando acima dos 60 mil pontos. Entretanto, devemos permanecer
próximos da estabilidade", afirmou Leandro Martins, analista-chefe da Walpires
Corretora.
   Entre os principais indicadores da próxima semana que serão divulgados no
mercado externo, na segunda-feira (28), nos Estados Unidos, será informada as
encomendas de bens duráveis e as vendas pendentes de moradias. Na terça-feira
(29), será divulgada a confiança do consumidor norte-americano, além do
índice de preços de moradias S&P/Case-Shiller.
   Na quarta-feira (30), o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) anuncia a decisão de política monetária. Além disso, será
informado o Produto Interno Bruto (PIB) do País a o emprego no setor privado.
No Japão, será divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em
inglês) da indústria e a produção industrial.
   Na quinta-feira (31), na Alemanha, terá divulgação das vendas no varejo,
desemprego e inflação ao consumidor. Nos Estados Unidos tem dados de renda e
consumo pessoal e no Japão será informada a taxa de desemprego e dados de
consumo. Na sexta-feira (1o), nos Estados Unidos tem taxa de desemprego, gastos
com construção e revisão dos PMIs da indústria norte-americana, alemã e da
chinesa.
   Para outro especialista, que prefere não ter o nome revelado, a agenda da
próxima semana será de grande importância para definir o rumo do Ibovespa.
"Acredito que a bolsa brasileira deve seguir, em um primeiro momento, sem uma
tendência, que deve ser definida pelos dados econômicos, principalmente os
divulgados nos Estados Unidos", disse o especialista, que lembrou ainda que
segunda-feira terá início a temporada de balanços no Brasil, com a
divulgação do resultado do Bradesco, referente ao quarto trimestre de 2012.
   No Brasil, na quarta-feira, o Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulga a Pesquisa do Emprego e Desemprego
referente a dezembro de 2012. Na quinta-feira, o Banco Santander divulgará seus
resultados financeiros referentes ao quarto trimestre do ano passado.





MERCADO EUA: Apple despenca e afeta negativamente índices acionários
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - O resultado financeiro decepcionante da
Apple afetou negativamente as negociações das empresas de tecnologia,
impulsionando a queda do Nasdaq Composto, e tirando também parte dos ganhos
obtidos mais cedo pelos índices Dow Jones e S&P 500. O Dow Jones subiu 0,33%,
em 13.825,30 pontos; o S&P 500 ficou estável em 1.494,82 pontos; e o Nasdaq
Composto perdeu 0,74%, em 3.130,38 pontos.
   As ações da Apple despencaram 12,35% hoje, refletindo a divulgação de
seu balanço financeiro ontem à noite, após o fechamento. O lucro líquido da
companhia subiu 0,1% no trimestre na comparação anual, para US$ 13,078
bilhões (US$ 13,93 por ação). Já a receita líquida teve aumento de 17,6%,
para US$ 54,512 bilhões, e a margem bruta somou US$ 21,060 bilhões, ante os
US$ 20,703 bilhões do mesmo período do ano fiscal anterior.
   Segundo Michael Hewson, analista da CMC Markets UK, o resultado de ontem
mostrou que os lucros recordes dos últimos trimestres chegaram ao fim. Para o
analista, apesar disso não sugerir "que a história de sucesso" da companhia
chegou ao fim, é provável que a Apple terá que se esforçar mais para manter
o preço da ação "e justificar sua valorização, em vista do aumento da
competição de rivais como Samsung, Nokia e Research in Motion".
   Na agenda de indicadores do dia, o Conference Board divulgou que o índice
dos indicadores antecedentes dos Estados Unidos (Leading Economic Index, em
inglês), uma medida das expectativas para o desempenho da economia
norte-americana para os próximos meses, subiu 0,5% em dezembro, para 93,9
pontos, após estabilidade em novembro. O resultado veio em linha com o esperado
pelo mercado.
   Outra notícia positiva veio do índice dos gerentes de compras (PMI, na
sigla em inglês) sobre a atividade do setor industrial dos Estados Unidos, que
subiu para 56,1 pontos em janeiro - maior nível desde março de 2011 -, de 54,0
pontos em dezembro, de acordo com a leitura preliminar divulgada pelo instituto
de pesquisas Markit Economics. Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da
atividade, enquanto valores menores indicam contração.




Mercado - Petróleo fecha em alta com possível melhora na economia mundial
São Paulo, SP (FolhaNews) - O barril de petróleo Brent para entrega em março
fechou nesta quinta-feira em alta de 0,43% no mercado de futuro de Londres.
O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou em US$ 113,28 no
ICE (International Exchange Futures), US$ 0,48 a mais que no fechamento do
pregão anterior.
O mercado se contagiou pela queda das solicitações semanais de desemprego nos
EUA que, junto com outros dados favoráveis procedentes da China e da eurozona,
apontaram para uma possível melhora da economia mundial que gere um maior
consumo de petróleo.
Já o petróleo do Texas subiu 0,76% e fechou em US$ 95,95 por barril perante a
melhora dos dados econômicos americanos, da zona do euro e da China.
No pregão na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York), os contratos futuros do
petróleo intermediário do Texas (WTI, leve) para entrega em março subiram US$
0,72 em relação ao preço de quarta-feira.





BC: Instituição divulga mudança na apuração da PTax para o dia 13/fev
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - O Banco Central (BC) informou que no dia
13 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, será alterada a forma de apuração e
divulgação da PTax, média das cotações do dólar realizadas pela
autoridade monetária. Com isso, será feita duas consultas, sendo a primeira
das 14h às 14h10 e a segunda das 15h às 15h10, horário de Brasília.
   "As taxas PTax de compra e de venda do dia corresponderão,
respectivamente, às médias aritméticas das taxas de compra e das taxas de
venda apuradas nas duas consultas do dia, sendo divulgadas pelo BC juntamente
com o resultado da segunda consulta", afirmou, em nota, a autoridade
monetária.





BALANÇOS EUA: Lucro do Starbucks cai 3,7% no 1T13 fiscal
   São Paulo, 24 de janeiro de 2013 - Veja abaixo um resumo dos balanços
corporativos divulgados hoje nos Estados Unidos. A base de comparação dos
resultados é o igual intervalo do ano anterior, exceto onde for especificado
outro período.
   <> AT&T: o prejuízo líquido caiu 42,2% no quarto trimestre do ano, para
US$ 3,857 bilhões. No trimestre, a receita total subiu 0,2%, para US$ 32,578
bilhões. No ano, o lucro líquido subiu 842%, para US$ 7,264 bilhões, e a
receita total subiu 0,6%, para US$ 127,434 bilhões. A companhia informou ainda
que está bem posicionada para registrar ganhos sólidos de receita e lucro
durante 2013. A AT&T espera um crescimento da receita consolidada de 2% no ano,
quando também deve haver uma alta de no mínimo 6% a 9% no lucro por ação da
empresa. As ações fecharam com queda de 0,09%. No after market, após a
divulgação do resultado, as ações operam com alta de 0,15%.
   <> Microsoft: o lucro líquido caiu 3,7% no segundo trimestre do ano fiscal
2013, para US$ 6,377 bilhões. No período, a receita subiu 2,7%, para US$
21,456 bilhões. As ações fecharam com alta de 0,07%. No after market, após a
divulgação do resultado, as ações operam com queda de 2,28%.
   <> Starbucks: o lucro líquido subiu 13,1% no primeiro trimestre do ano
fiscal 2013, para US$ 432,2 milhões. A receita total líquida subiu 10,6% no
trimestre, para US$ 3,779 bilhões. A companhia disse ainda que espera que a
receita cresça de 10% a 13% no ano fiscal 2013 completo, quando o lucro por
ação deve somar de US$ 2,06 a US$ 2,15. As ações fecharam com alta de 0,20%.
No after market, após a divulgação do resultado, as ações operam com alta
de 0,24%.
   <> 3M: o lucro do quarto trimestre aumentou 3,9%, para US$ 991 milhões (US$
1,41 por ação), enquanto a receita avançou 4,2%, para US$ 7,387 bilhões. Em
2012, houve alta de 3,8% no lucro, para US$ 4,444 bilhões, e de 1,0% na
receita, para US$ 29,904 bilhões. A empresa prevê um lucro por ação para
2013 entre US$ 6,70 a US$ 6,95 e um aumento na receita orgânica de 2% a 5%. As
ações fecharam com alta de 0,18%.
   <> Bristol-Myers Squibb: o lucro líquido atribuível à companhia subiu
8,5% no trimestre, para US$ 925 milhões. A receita líquida caiu 23,1%, para
US$ 4,191 bilhões. No ano, o lucro líquido atribuível à companhia caiu
47,1%, para US$ 1,960 bilhão, e a receita recuou 17%, para US$ 17,621 bilhões.
Em 2013, a empresa espera registrar lucro líquido por ação de US$ 1,54 a
US$ 1,64. As ações fecharam com alta de 2,61%.
    
   <> Lockheed Martin: a fabricante de armamentos obteve no quarto trimestre de
2012 um lucro líquido de US$ 569 milhões (US$ 1,73 por ação), queda de
16,7%. A receita com vendas diminuiu 1%, para US$ 12,099 bilhões. No acumulado
do ano, o lucro líquido atingiu US$ 2,745 bilhões (US$ 8,36 por ativo), alta
de 3,4%. A receita chegou a US$ 47,182 bilhões, aumento de 1,5%. Para 2013, a
expectativa é de lucro por ação entre US$ 8,80 e US$ 9,10, e uma receita
entre US$ 44,5 bilhões e US$ 46 bilhões. As ações fecharam com queda de
2,94%.
    
   <> Southwest Airlines: a companhia aérea somou um lucro líquido de US$ 78
milhões (US$ 0,11 por ação) no quarto trimestre de 2012, representando uma
queda de 48,7%. A receita operacional cresceu 1,6%, para US$ 4,173 bilhões. No
acumulado do ano, o lucro líquido chegou a US$ 421 milhões (US$ 0,56 por
ativo), alta de mais de 2,3 vezes, e a receita cresceu 9,1%, para US$ 17,088
bilhões. As ações fecharam com alta de 0,79%.
   <> Stanley Black & Decker: o lucro líquido da fabricante de
eletroeletrônicos triplicou no quarto trimestre, para US$ 492,1 milhões (US$
2,99 por ação). A receita com vendas cresceu 4%, para US$ 2,668 bilhões. Em
2012, o lucro dos acionistas somou US$ 883,8 milhões (US$ 5,30 por ativo),
crescimento de 31%, e a receita aumentou 8%, para US$ 10,190 bilhões. Para
2013, a expectativa é de lucro por ação entre US$ 5,40 e US$ 5,65, e
crescimento entre 2% e 3% das vendas orgânicas. As ações fecharam com queda
de 0,95%.
   <> United Continental: o prejuízo líquido subiu mais de quatro vezes no
quarto trimestre do ano, para US$ 620 milhões. No trimestre, a receita caiu
2,5%, para US$ 8,702 bilhões. Em 2012, a companhia reverteu o lucro de
US$ 840 milhões de 2011, e teve prejuízo líquido de US$ 723 milhões, e a
receita ficou praticamente estável em US$ 37,152 bilhões. As ações fecharam
com alta de 2,16%.
    
   <> Xerox: o lucro líquido da companhia caiu 10,6% no quarto trimestre de
2012, para US$ 335 milhões (US$ 0,26 por ação). A receita total no período
caiu 1%, para US$ 5,923 bilhões. No acumulado do ano, o lucro líquido
atribuível da empresa somou US$ 1,195 bilhão (US$ 0,88 por ativo), baixa de
7,7%, e a receita recuou 1%, para US$ 22,390 bilhões. A empresa espera um lucro
por ação de US$ 0,23 a US$ 0,25 para o primeiro trimestre deste ano e de US$
1,09 a US$ 1,15 para 2013. As ações fecharam com alta de 2,24%.