Páginas

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Café tem pressão vendedora e volta a ficar abaixo dos 180 cents

Café tem pressão vendedora e volta a ficar abaixo dos 180 cents  
  Mais um dia de pressão e perdas para o café no mercado internacional. Os contratos futuros do arábica na ICE Futures US tiveram queda na sessão desta segunda-feira, após o final de semana prolongado. Especuladores e fundos voltaram a se posicionar no lado vendedor e a posição maio viu o nível psicológico de 180,00 centavos ser mais uma vez rompido. A sessão foi relativamente mais curta, já que se iniciou apenas às 7h30, horário local, como tradicionalmente ocorre após os feriados. Nova Iorque também não contou com o referencial dos cafés robustas, já que a bolsa de Londres ficou fechada nesta segunda, devido ao feriado na Grã-Bretanha.  As baixas se deram pela manutenção do quadro gráfico baixista, apesar do já conhecido cenário sobrevendido construído após as fortes baixas recentes. Mesmo sobrevendido, o mercado atual não dá demonstração de buscar uma correção mais efetiva, algo que já foi tentado na semana passada, sem, contudo, ser registrada uma continuidade. Adicionalmente, o cenário externo colaborou para os resultados negativos. As bolsas de valores nos Estados Unidos recuaram cerca de 1% ao longo do dia, com o índice CRB também terminando com perdas, puxadas pelo café e petróleo, principalmente. O cenário macro foi influenciado pelos dados decepcionantes do relatório de emprego norte-americano. O levantamento indicou que a economia do país criou 120 mil novos postos de trabalho durante o mês de março, bem abaixo da expectativas de 200 mil novas contratações. Considerando apenas o setor privado, os postos de trabalho subiram 121 mil, nível também menor do que a estimativa de 215 mil. Já a taxa de desemprego recuou para 8,2%. As rolagens de posição, principalmente entre maio e julho, continuam a aumentar na bolsa nova-iorquina.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve baixa de 495 pontos com 178,05 centavos, sendo a máxima em 183,60 e a mínima em 177,55 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 495 pontos, com a libra a 180,55 centavos, sendo a máxima em 185,95 e a mínima em 180,10 centavos por libra.  De acordo com analistas internacionais, o dia foi, mais uma vez, caracterizado por movimentações técnicas, com o predomínio de força dos baixistas. As tentativas de correção observadas na semana passada se mostraram insuficientes para reverter o quadro negativo e, passo a passo, os vendedores tentam puxar o mercado para o seu suporte recente. Esses analistas indicaram que, possivelmente, os vendedores devem testar o nível de 174,45 centavos, mínima atingida em 22 de março passado. "As perdas refletiram em parte o quadro externo, mas, efetivamente, temos uma ausência de força por parte dos compradores.  Os baixistas continuam a dar as cartas e não parece haver nem sequer força para tentarmos ampliar um movimento corretivo que seria muito natural, diante do quadro sobrevendido", disse um trader. A maior demanda dos países exportadores e emergentes deverá seguir dando dinamismo ao mercado de café nos próximos anos, sustentando os preços em níveis relativamente elevados e favorecendo, assim, os produtores. A estimativa foi apresentada nesta segunda-feira por uma análise da instituição financeira Scotiabank. Analistas do departamento de estudos econômicos desse banco indicaram que a expectativa de uma diminuição em 4% na oferta global de café na safra 2011/2012 deve dar suporte para que as cotações tenham uma recuperação.  As exportações de café da Guatemala em março caíram 1%, para 460.203 sacas, indicou a Anacafe (Associação Nacional de Café da Guatemala). No mesmo mês do ano passado, o país havia remetido 463.699 sacas ao exterior. Desde o início da temporada 2011/2012, em outubro de 2011, até o final de março, o país exportou 1,45 milhão de sacas, 1% a mais que no mesmo período de 2010/2011.  As exportações brasileiras de café em abril, até o dia 4, somaram 95.739 sacas, contra 84.067 sacas registradas no mesmo período do mês passado, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.650 sacas, indo para 1.538.999 sacas.  O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 29.300 lotes, com as opções tendo 968 calls e 2.496 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 183,60, 184,00, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,45-190,50, 191,00, 191,50 e 192,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 177,55-177,50, 177,10-177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00 e 171,50 centavos por libra. 

   CAFÉ: NY FECHA EM QUEDA DE 2,7% PRESSIONADA POR REALIZAÇÃO DE LUCROS Nova York, 9 - Os futuros do café arábica despencaram cerca de cinco centavos na Bolsa de Nova York (ICE Futures), depois que os investidores realizaram lucros, enquanto o Brasil se prepara para colher no próximo mês a maior safra em ciclo de alta produção.  O movimento parece ter sido influenciado por fundos, disse o analista da corretora Newedge Marcio Bernardo, e as torrefadoras estavam ausentes. O contrato maio caiu 495 pontos (2,7%) e terminou a 178,05 cents por libra-peso, menor fechamento desde 29 de março. O mercado deve operar de lado no curto prazo. As informações são da Dow Jones.

   CAFÉ: NY FECHA COM PERDAS EXPRESSIVAS DIANTE DE REALIZAÇÃO DE LUCROS
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta segunda-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações caíram abaixo dos US$ 1,80 a libra-peso no fechamento no contrato maio, rompendo essa importante barreira técnica e psicológica.    Segundo traders, fatores técnicos predominaram e fundos e especuladores realizaram lucros. As notícias e indicadores negativos da China e dos Estados Unidos seguiram repercutindo mal nos mercados, com perdas para as bolsas de valores pelo mundo, do índice de commodities CRB e de outros mercados contribuindo para o dia negativo no café arábica.    A proximidade da entrada da safra brasileira de café arábica também pressiona as cotações, diante da colheita de uma safra cheia, após uma produção modesta em 2011. As informações partem de agências internacionais.    Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 178,05 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 4,95 centavos, ou de 2,7%. A posição julho fechou a 180,55 cents, com retração de 4,95 cents, ou de 2,7%. 

Azeite de oliva ganha força no reino do café

Azeite de oliva ganha força no reino do café
Há sete anos, quando os primeiros produtores com fazendas no sul de Minas Gerais começaram a plantar oliveiras, a iniciativa ainda tinha ares de experiência. A planta não tem tradição na região. O café domina parte das terras mineiras da Serra da Mantiqueira. Mas os produtores de oliva insistiam e apostavam que dali a alguns anos teriam um novo e lucrativo produto nas mãos: azeite de oliva extra virgem. E eles estavam certos.Seus primeiros litros de azeite surpreenderam amigos e conhecidos. Quem testa o mercado em pequenos eventos gastronômicos da região, vende garrafinhas de 250 ml por R$ 50. E agora estão transformando, de fato, a experiência em negócio. Um negócio que recentemente chamou a atenção até de um grande grupo, a Brascan."Importei uma máquina da Itália que tem capacidade para prensar até 1.000 quilos de olivas por hora", diz Luiz da Costa. "Estou me preparando para ter já no ano que vem uma marca própria." A extratora de Costa ainda está para chegar. Em sua propriedade em Camanducaia (MG), Costa colheu este ano cerca de 12 mil quilos do fruto - o que rende mais ou menos 2 mil litros do óleo. Em 2013, com o número maior dos seus 10 mil pés frutificando, sua produção será maior. A máquina extratora que até agora atende a ele a à maioria dos produtores da região fica numa pequena sala azuleijada na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) no município de Maria da Fé.No fim de março, quando a reportagem visitou o local, a máquina - que prensa 100 quilos por hora - funcionava, literalmente, sem parar. Com produtores chegando a toda hora, a equipe da Epamig e sua máquina faziam turnos aos sábados e domingos e durante a semana o expediente ia até a noite. A colheita da oliva é feita entre fevereiro e março e o ideal é que ela seja prensada no mesmo dia para a extração do azeite.Foi a própria Epamig quem em 2004 começou a estimular o plantio de oliveiras. A empresa tinha algum know-how com a cultura desde os anos 50, mas nunca havia dado muita prioridade ao assunto. Em 2005, cerca de 10 mil pés foram plantados na região de Maria da Fé numa área que somava 20 hectares.Hoje são 350 mil pés em 750 hectares espalhados por 50 municípios - 40 deles em Minas e dez, em São Paulo, diz Nilton Caetano Oliveira, que encabeça os trabalhos com azeite e oliva no órgão e tem sido o principal incentivador da cultura no Estado. Uma associação dos produtores de oliva também está trabalhando na criação de uma marca própria. A acidez do azeite do sul de Minas está em média em 0,4%. Uma produtora já conseguiu chegar a 0,2%. Além do sul de Minas, azeite de oliva também tem sido produzido no Rio Grande Sul, diz Nilton Oliveira.Newton Kraemer Litwinski, um geólogo de 62 anos que está transferindo sua empresa para os filhos, também investiu em oliveiras e agora trabalha para entrar no mercado de azeites. Planeja importar uma extratora ainda este ano e já iniciou os trâmites nos órgãos reguladores para ter aprovado o prédio que está erguendo em Delfim Moreira (MG) de onde sairá sua produção.Filho de um paranense (que não teve muita sorte com as oliveiras que chegou a cultivar), Litwinski achou na Mantiqueira um microclima apropriado para oliveiras. Solo rochoso, chuvas bem distribuídas, 200 horas de geada por ano e muita insolação. Litwinski começou a plantar em 2009. Todas oliveiras orgânicas, diz. Os primeiros litros de suas olivas saíram no ano passado."O azeite que está sendo produzido na região não é um azeite de prateleira de supermercado. Esses azeites nem sempre são extraídos na primeira prensa. O azeite que estamos trabalhando, assim como o pessoal da Epamig, é um azeite equivalente aos artesanais produzidos na Itália, Portugal e na Grécia", diz Litwinski. Na Europa, produtos dessa estirpe são vendidos a 100 euros, diz ele.No sul de Minas, os primeiros litros estão sendo vendidos em feiras e eventos gastronômicos por R$ 200 o litro - e garrafinhas de 250 ml por R$ 50.Fazendo as contas: pelo valor de hoje, daqui a quatro anos, quando as oliveiras do sul do Estado estiverem todas no ponto e produzindo 8 mil toneladas de olivas, o que rende 500 a 600 mil litros, o negócio do azeite na região movimentará de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões. A safra deste ano produziu 30 toneladas e 3,5 mil litros do óleo.Quem está mais adiantado, prospecta um mercado de nicho. "Vou procurar restaurantes de luxo. Quero mostrar o azeite que teremos no ano que vem para o Alex Atala [chefe de cozinha], levar o produto a lojas especializadas em vinhos e butiques", diz Luiz da Costa. É um caminho semelhante ao que outros produtores querem trilhar."Estamos analisando a possibilidade de entrar no negócio", diz Renato Cavalini, presidente da BrascanAgri, braço da Brascan, da multinacional canadense Brookfield. A empresa possui uma área de 600 hectares em Delfim Moreira "A área das nossas terras que seria a mais adequada para oliveiras está hoje com pinus. Estamos fazendo estudos, nos aproximando do pessoal da Epamig", diz Cavalini.Se a empresa decidir que o negócio é viável, diz o executivo, não será em nichos de luxo que a empresa buscará seus clientes. "Se plantarmos 100 hectares, seremos provavelmente os maiores produtores do Brasil. Me daria por satisfeito se tivéssemos contratos de fornecimento com empresas como a PepsiCo ou a Nabisco ". Enquanto a empresa estuda o caso, Cavalini avalia a experiência do sul de Minas assim: "É uma realidade na região e é um negócio promissor."

Sem correções, café volta a demonstrar fraqueza na ICE

Sem correções, café volta a demonstrar fraqueza na ICE  

 Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com quedas. Antes do final de semana prolongado, os players não se mostraram preocupados em garantir a cobertura de algumas posições e os especuladores atuaram basicamente no lado vendedor ao longo de todo o dia. Ao contrário da quarta-feira, o dia não se mostrou com forte volatilidade, com os preços náo rompendo suportes ou resistências.  O mercado externo também não teve maiores influências no comportamento do café, sendo que o índice CRB conseguiu acumular ganhos modestos, mesmo com o dólar registrando valorização em relação a uma cesta de moedas internacionais.  No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve baixa de 175 pontos com 183,00 centavos, sendo a máxima em 185,00 e a mínima em 180,95 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 185 pontos, com a libra a 185,50 centavos, sendo a máxima em 187,60 e a mínima em 183,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 4 dólares, com 1.987 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 5 dólares, com 2.005 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacional, a quinta-feira foi caracterizada por uma certa consolidação da tendência de pressão, que praticamente anulou a tentativa de correção na bolsa nova-iorquina. Ao longo dos últimos dias, os bulls (altistas) buscaram forçar uma alta no gráfico diário, dissociados, efetivamente, da tendência baixista de longo prazo. No aspecto geral, o café vem desenvolvendo uma ação de baixa desde maio de 2011, depois de ter conseguido se posicionar acima do patamar de 300,00 centavos de dólar, sendo que essa retração culminou na mínima de 174,45 centavos, atingida em 22 de março passado.  Dave Toth, diretor de análise técnica da R. J. O'Brien, indicou que o mercado é movimentado, com várias ocorrências. No curto prazo, o especialista apontou que o rally recente pode ser um indicativo de que o mercado tenda a querer subir, por outro lado, ele ressaltou que a baixa de 178,70 centavos é um importante nível técnico de curto prazo que deve ser monitorado. "O 178,70 centavos é um parâmetro de risco para algumas decisões altistas", disse. Para ele, esse nível poderá indicara possibilidade de manutenção das tentativas de ganhos, mas, se rompido, poderá abrir espaço para novas liquidações e ampliação das perdas. No longo prazo, Toth concorda com a maior parte dos analistas e avalia que a tendência do segmento cafeeiro é baixista, sendo que o mercado estaria estabilizado no momento em uma zona em que se verificam muitos suportes chave de longo prazo. Primeiramente, Toth indicou o ponto de alta de fevereiro de 2008, em 171,90 centavos, como um ponto de suporte de longo prazo. "Esse nível prevaleceu por quase dois anos e agora é 'candidato' a suporte. Adicionalmente, a baixa de 50% da escala e rally de 2008 a 2011 se situa em 177,63 centavos", complementou. O especialista ressaltou que uma pesquisa do "Consenso Altista" (Bullish Consensus) caiu a 32%, isso significa o menor nível desde outubro de 2008. "Aconselhamos os players a buscar uma posição neutra. No longo prazo a tendência é buscarmos os níveis de suporte, mas as correções são possíveis e o nível delas é imprevisível", complementou.  As remessas cafeeiras de Uganda ao exterior tiveram retração de 18% em março, com 187.592 sacas, indicou a Autoridade para o Desenvolvimento do Café de Uganda. A entidade indicou que os números menores refletem a produção, que foi afetada pela estiagem ao longo dos últimos meses. Entre outubro de 2011 e o final de março, o país já acumulava o embarque de 1,33 milhão de sacas, 0,8% a mais que em 2010/2011.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.775 em 1.537.349 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 32.404 lotes, com as opções tendo 831 calls e 476 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 185,00, 185,50, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00, 190,45-190,50, 191,00, 191,50 e 192,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 180,95, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,70, 178,50, 178,00, 177,50, 177,10-177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00 e 174,50 centavos por libra.       NY FECHA EM BAIXA PELO 3º DIA SEGUIDO; CONTRATO MAIO CAI 0,95% Os futuros do café arábica fecharam em baixa pelo terceiro pregão consecutivo na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O contrato maio caiu 175 pontos (0,95%) e terminou em 183 cents por libra-peso, distanciando-se da mínima diária de 180,95 cents por libra-peso devido às compras no fim do pregão. O julho recuou 185 pontos (0,99%) e encerrou em 185,50 cents por libra-peso. Ontem, o Conselho dos Exportadores de Café (CeCafé) informou que as exportações brasileiras da commodity em março atingiram 2,189 milhões de sacas de 60 quilos cada, volume 19,8% menor que o registrado no mesmo intervalo de 2011 devido ao ciclo atual de baixa produção. Entretanto, os dados também podem significar que alguns cafeicultores estão segurando as ofertas e aguardando preços mais altos.  Thiago Cazarini, fundador da corretora Cazarini Trading Corp., observou que as cotações ainda não estão em alta e, portanto, "os exportadores ainda não estão vendendo agressivamente." Isso pode ajudar os preços no curto prazo, com poucos grãos no mercado, mas o início da colheita de uma safra abundante no Brasil pode puxá-los novamente para baixo. As informações são da Dow Jones.  Confira na tabela abaixo como ficaram os principais vencimentos da commodity na ICE e na Liffe.     NY VOLTA A FECHAR NO TERRITÓRIO NEGATIVOA Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços mais baixos, em um dia de oscilações bem menores que as da sessão anterior. Fatores técnicos voltaram a predominar, com o mercado não conseguindo passar da faixa de 185,00 centavos de dólar por libra-peso na alta e nem descer abaixode 180,00 cents nos movimentos de queda, tomando por base o contrato maio.    As vendas externas do Brasil seguem mais lentas em função da escassez de oferta disponível, no entanto o mercado é pressionado pela expectativa quanto à entrada de uma boa safra brasileira nos próximos meses. As informações partem de agências internacionais.      Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 183,00 centavos de dólar por libra-peso, com queda de 1,75 centavo, ou de 0,9%.A posição julho fechou a 185,50 cents, com retração de 1,85 cent, ou de 1,0%.     Londres mantém rolagens e tem novo dia de queda para café Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com novas baixas, em uma sessão em que as rolagens continuaram ativas, principalmente no eixo maio-julho e com o fechamento da primeira posição se dando próximo das mínimas do dia. Especuladores foram ativos principalmente nas baixas, o que permitiu a pressão baixista. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela continuidade das ações que vinham sendo observadas ao longo dos últimos dias na bolsa londrina. Apesar de as origens ainda ofertarem volumes ligeiramente menores que os tradicionais, algumas vendas já deram sustentação às perdas, seguindo, em parte, a fraqueza dos arábicas em Nova Iorque, que já perduram há algum tempo. "Tivemos um aumento de pressão nos últimos dias, até devido ao dólar que passou a contar com uma força adicional em relação a outras moedas. Apesar de o maio voltar a ficar abaixo do nível de 2.000 dólares, ainda demonstram consistência, que é criada, efetivamente, pelas vendas escalonadas por parte das origens", disse um trader. O maio na bolsa londrina tem 31,1 mil contratos em aberto, contra 38,4 mil do julho. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 4,13 mil lotes, com o julho tendo 3,81 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 18 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 4 dólares, com 1.987 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 5 dólares, com 2.005 dólares por tonelada.     DÓLAR CAI NA SESSÃO E, NA SEMANA, ACUMULA BAIXA DE 0,05% São Paulo, 5 - Após oscilar desde a abertura entre alta de 0,27% e a estabilidade, o dólar à vista no balcão virou para queda nos minutos finais de negociação, acompanhando a renovação da mínima do dólar maio 2012, a R$ 1,8340 (-0,14%). Na semana em que o governo reafirmou seu compromisso em não permitir a apreciação do real, o dólar no balcão acumulou queda de 0,05% e, no ano, recua 2,30%. O dólar spot no balcão encerrou esta quinta-feira no piso do dia, com baixa de 0,05%, mas acima do piso informal de R$ 1,82, cotado a R$ 1,8260. Na máxima após a abertura, foi negociado a R$ 1,8320, em sintonia com a valorização externa da moeda norte-americana. A queda no final respondeu ao aumento da oferta de moeda, depois que os agentes financeiros tiveram certeza de que o Banco Central não faria leilão de compra hoje. Na BM&F, o dólar pronto terminou com leve alta de 0,07%, a R$ 1,8283. O fluxo cambial na sessão foi aparentemente positivo, mas pequeno, contribuindo para manter o giro financeiro baixo e até para justificar a não realização de leilão de compra pelo BC, pelo segundo dia seguido. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio até 16h47 somava US$ 1,667 bilhão (US$ 1,458 bilhão em D+2). No mercado futuro, às 16h51, o dólar maio 2012 recuava 0,11%, a R$ 1,8345, com giro de US$ 11,677 bilhões, de um total de US$ 11,680 bilhões girados com apenas dois vencimentos da moeda. Os agentes financeiros observaram a queda dos juros futuros após a desaceleração do IPCA de março maior que a prevista. O movimento das taxas futuras poderia gerar pressão de alta sobre o dólar, mas não foi isso que se observou, disse um operador de tesouraria de um banco. "O dólar só devolveu ganhos ante o real desde a abertura", afirmou a fonte, na contramão do comportamento no exterior. Lá fora, a moeda norte-americana subiu em relação ao euro, o franco suíço e uma cesta de seis moedas fortes (dólar Index). O ajuste positivo antes do fim de semana prolongado refletiu expectativas de que os dados oficiais do mercado de trabalho nos Estados Unidos possam surpreender positivamente, a exemplo dos números sobre o nível de emprego privado no país divulgados hoje. Segundo a Challenger, Gray & Christmas, o número de demissões anunciadas por grandes empresas teve queda de 27% em março, para o nível mais baixo em dez meses; o departamento do trabalho, por sua vez, informou que o número de pedidos de auxílio-desemprego voltou a cair na semana passada, para o nível mais baixo em quatro anos (com a ressalva de que o número da semana anterior foi revisado para cima). De outro lado, cresceram as preocupações quanto à crise da dívida na zona do euro. Em consequência, às 17h11, o euro recuava a US$ 1,3063, ante US$ 1,3142 no fim da tarde de ontem.     CAFÉ: LEVANTAMENTO DE SAFRAS DESTACA QUEDAS ACENTUADAS NOS PREÇOS EM MARÇOOs preços do café caíram de forma consistente no mercadofísico brasileiro ao longo do mês de março. As perdas foram tanto em reais quanto em dólares. É o que mostra levantamento de SAFRAS & Mercado. O mercado seguiu as perdas externas, com destaque para a baixa do arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures).    O segundo contrato de café negociado na ICE em NY caiu 10,48% em março, fechando o mês com preço médio de US$ 250,18 a saca de 60 quilos (189,13 cents/lb). Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a perda externafoi compensada em parte pela valorização do dólar. A divisa norte-americana subiu 4,47% fechando o mês com cotação média de R$ 1,7940. A soma ainda deu negativa, o que explica a pressão sobre os preços internos. A proximidade da safra nova e o crescente interesse de produtor para a negociação de remanescente contribuíram com o recuo, aponta Barabach.    O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais terminou março cotado em média a R$ 391,64 a saca de 60 quilos, com desvalorização de 11,79%em relação a fevereiro, quando trocava de mãos a R$ 444,00 a saca. Perde o importante referencial de R$ 400 a saca. Em divisa norte-americana, a bebida dura sul-mineira caiu 15,57%, negociada a US$ 218,30 a saca. A bebida mais fina do Cerrado mineiro alcançou preço médio de R$ 403,41 a saca de 60 quilos em março, com perdas de 10,72% na comparação com fevereiro (R$ 451,84). Em divisa estrangeira recuou 14,54%, com bica fina do Cerrado em torno de US$ 224,87 a saca.     A bebida Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais voltou a cair menos queo café duro, encontrando suporte no interesse de compra interno, na oferta curta e na fidelidade externa, coloca o analista de SAFRAS. Trocou de mãos a R$308,41 a saca, desvalorização de 7,46%. Em dólar, a bebida Rio trocou de mãos a US$ 171,91 a saca, queda de apenas 11,42% em comparação ao mês anterior. O arábica duro com 600 defeitos também caiu menos que os cafés de bebida dura destinados à exportação. A demanda interna aquecida segurou a onda baixista, observa Barabach. Em março, esse café foi negociado a R$ 309,55a saca, baixa de 7,45%.    O conillon tipo 7 capixaba caiu 5,73% em março, negociado a R$ 248,18 a saca. Em divisa estrangeira, foi vendido a US$ 138,34 a saca, baixa de 9,76%. Segundo Gil Barabach, o avanço de café novo pressiona cotações, com mercado encontrando alento no bom desempenho externo. O referencial londrino sustenta-seacima do importante suporte de US$ 2.000 a tonelada, com o robusta na LIFFE valorizado em 3,10% em março. A retranca do Vietnã oferece suporte às cotações no terminal londrino, completa.    Acompanhe abaixo o quadro com o comparativo da evolução mensal dos preços médios em reais e em dólares e em outros períodos:==========================================================================CAFÉ: PREÇOS MÉDIOS MERCADO FISICO INTERNO- em saca de 60 quilos -==========================================================================EVOLUÇÃO MENSAL COMPARATIVA - ANO 2011/2012               Fino Cerrado  Duro Sul  Café Rio  Conillon 600 defeitos  NY                   (1)       MG (2)     (3)        7 (4)       (5)     (6)==========================================================================                                 - em reais -Março2011         541,71     537,05    300,71    207,38    301,43       -Abril2011         541,68     535,26    297,89    213,21    297,89       -Maio2011          545,00     537,05    291,36    221,59    305,86       -Junho2011         505,57     496,43    286,67    217,10    293,33       -Julho2011         464,33     459,43    288,43    210,95    305,71       -Agosto2011        476,78     470,96    301,09    214,39    313,48       -Setembro2011      533,62     522,29    317,24    226,95    343,10       -Outubro2011       513,85     501,80    314,65    236,40    326,50       -Novembro2011      518,60     507,70    325,80    261,25    338,50       -Dezembro2011      521,62     511,86    333,33    292,76    346,90       -Janeiro2012       508,86     499,05    347,50    289,36    362,50       -Fevereiro2012(b)  451,84     444,00    333,26    263,26    334,47       -Março2012 (a)     403,41     391,64    308,41    248,18    309,55       -Var % (a/b)       -10,72     -11,79     -7,46     -5,73     -7,45       -                                    - em dólares -Março2011         326,42     323,61    181,20    124,96    181,63    363,47Abril2011         341,63     337,58    187,88    134,47    187,88    376,48Maio2011          337,75     332,82    180,56    137,32    189,55    368,27Junho2011         318,43     312,67    180,55    136,73    184,75    347,75Julho2011         297,01     293,87    184,49    134,93    195,55    339,15Agosto2011        297,99     294,35    188,18    133,99    195,93    345,04Setembro2011      304,02     297,57    180,74    129,30    195,47    344,90Outubro2011       290,35     283,54    177,79    133,58    184,49    312,55Novembro2011      289,24     283,16    181,71    145,71    188,79    309,77Dezembro2011      283,61     278,30    181,23    159,18    188,61    299,60Janeiro2012       284,60     279,11    194,35    161,84    202,74    299,25Fevereiro2012(b)  263,12     258,55    194,07    153,30    194,77    279,46Março2012 (a)     224,87     218,30    171,91    138,34    172,54    250,18Var % (a/b)       -14,54     -15,57    -11,42     -9,76    -11,41    -10,48--------------------------------------------------------------------------COMPARATIVO ANUAL COM BASE NO MES DE MARÇO - EM DÓLARES               Fino Cerrado  Duro Sul  Café Rio  Conillon 600 defeitos  NY                   (1)       MG (2)     (3)        7 (4)       (5)     (6)--------------------------------------------------------------------------2006             122,26     117,77     79,81     82,22      101,43  144,442007             119,80     117,89    110,88     95,20      106,37  149,492008             155,82     152,86    133,82    131,33      136,04  191,992009             114,37     113,08     89,27     89,66       96,60  148,692010             161,78     156,82    115,11     95,53      123,87  178,582011 (d)         326,41     323,60    181,20    124,96      181,63  363,472012 (c)         224,87     218,30    171,91    138,34      172,54  250,18Var % (c/d)      -31,11     -32,54     -5,12     10,71       -5,00  -31,17--------------------------------------------------------------------------COMPARATIVO TEMPORADA COMERCIAL - EM DÓLARES               Fino Cerrado  Duro Sul  Café Rio  Conillon 600 defeitos  NY                   (1)       MG (2)     (3)        7 (4)       (5)     (6)--------------------------------------------------------------------------2006/07           119,25     116,67    104,39     90,69     99,93   150,342007/08           147,11     144,30    128,65    117,43    129,01   176,232008/09           128,67     127,02    104,47    102,22    112,44   164,822009/10           155,72     152,54    112,34     93,66    125,36   181,192010/11 (f)       258,60     255,39    150,63    114,29    156,82   303,012011/12 (e)**     281,91     251,99    183,83    143,35    190,99   308,88Var % (e/f)         9,01      -1,33     22,04     25,43     21,79     1,94--------------------------------------------------------------------------COMPARATIVO ANO CIVIL*** - EM DÓLARES               Fino Cerrado  Duro Sul  Café Rio  Conillon 600 defeitos  NY                   (1)       MG (2)     (3)        7 (4)       (5)     (6)--------------------------------------------------------------------------2007              130,02     127,42    117,57    102,68     114,30  176,232008              145,69     143,33    123,72    118,81     128,46  178,672009              135,35     133,52    102,73     94,89     114,50  169,172010              181,93     178,64    121,24     94,73     131,79  218,462011 (h)          305,45     300,91    178,31    134,36     184,20  339,022012 (g) ****     257,53     251,99    186,78    151,16     190,02  276,30Var % ( g/h)      -15,69     -16,26      4,75     12,51       3,16  -18,50--------------------------------------------------------------------------Fonte: SAFRAS & MercadoObs: (1) Bica de Café Fino (até 10% de catação) do Cerrado de Minas Gerais(2) Bica de Bebida Dura (até 15% de catação) do Sul de Minas Gerais(3) Bica de Bebida Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais(4) Bica de Café Conillon tipo 7 posto em Vitória no Espírito Santo(5) Bica de Arábica com 600 defeitos - Consumo Interno - Minas Gerais(6) Base segundo contrato de café na Bolsa de NY (NYBOT) - convertido em US$ por 60 quilos** Acumulado parcial do ano comercial (Julho/2011 a Março/2012)*** Acumulado janeiro a dezembro  **** acumulado até Março/2012==========================================================================