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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Café brasileiro poderá ser negociado na Bolsa de Nova York

Café brasileiro poderá ser negociado na Bolsa de Nova York

Brasília – O diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Oliveira Silva, disse hoje que o produto brasileiro passa por um processo de consulta para ter sua negociação feita também na Bolsa de Nova York.

A discussão em torno da entrada do café arábica cereja descascado, mais fino [na Bolsa de Nova York] se dá há uns dez anos. Agora, no entanto, houve interesse do comitê da Bolsa de Nova York, que percebe que o Brasil tem participação importante nesse mercado”, afirmou Silva durante a apresentação da estimativa de safra do produto, de 47 milhões de sacas de 60 quilos.

A queda da produção na Colômbia e na América Central, concorrentes do Brasil no mercado de café, está levando ao aumento da procura do produto brasileiro pelos importadores. Para o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, essa é uma oportunidade que o país deve aproveitar agora, que terá a maior safra de café dos últimos dez anos.

“Colher uma safra de ciclo alto num momento em que o mercado internacional se ressente da falta de bons cafés arábicas é uma oportunidade para ocupar maior espaço nos blends [produtos que resultam da composição de diferentes tipos de café]”, afirmou o ministro.

Segundo Rossi, o governo será capaz de apoiar toda a comercialização de café. Na próxima semana, representantes de toda a cadeia produtiva se reúnem para elaborar um conjunto de ações a serem implementadas. Entre as medidas avaliadas, está o apoio à comercialização de até 5 milhões de

Ordens erradas amplificam tombo em NY; Nasdaq cancela transações

Ordens erradas amplificam tombo em NY; Nasdaq cancela transações

Um grande volume de ordens de venda aparentemente erradas, disparadas por
sistemas eletrônicos de negociação (algotrading), amplificaram enormemente o
tamanho do tombo na Bolsa de Nova York, ontem, levando os índices Dow Jones e
S&P 500, durante o pregão, a suas maiores baixas ao longo de um dia desde o
"crash" da bolsa em 1987.
À noite, a Nasdaq informou que cancelaria todas as compras e vendas de ações
feitas a preços que embutissem variação superior a 60% para mais ou para menos
em relação à cotação registrado às 14h40. A decisão de cancelar, disse a
Nasdaq, foi tomada em uma ação coordenada com as demais bolsas americanas.
A decisão foi anunciada depois de uma teleconferência de emergência entre os
dirigentes das principais bolsas dos Estados Unidos e membros da Securities and
Exchange Commission (SEC), o xerife do mercado de capitais americano, para
examinar a série de operações erradas registradas ao longo do dia. Os erros
teriam ocorrido entre as 14h40 e as 15h do horário novaiorquino.
Mais cedo, o porta-voz da Bolsa de Nova York (NYSE), Rich Adamonis, explicou
que "houve várias ordens erradas" durante a queda da bolsa. Em questão de
minutos, o Dow Jones deu um mergulho e voltou: saindo do patamar de baixa de 4%
para uma queda de 9,2% e, depois, 3% negativo novamente.
A queda dos índices foi provocada pela baixa violenta e repentina nos preços de
ações "blue chip" como Procter & Gamble e 3M, que não costumam ter oscilações
bruscas. Na Bolsa de Nova York, cada ação tem o seu próprio "circuit breaker",
ou seja, um limite de variação que suspende a negociação com o papel. Quando
determinada ação atinge esse nível, ela pode ser negociada a qualquer preço em
outras bolsas ou plataformas de negociação.
Quando a ação da P&G caiu abaixo do seu nível de "circuit breaker", uma ordem a
US$ 39,37 foi feita a partir da Nasdaq (o papel antes estava na casa de US$
60). A NYSE divulgou comunicado negando falhas em seus sistemas.
Operações que derrubaram as ações da Accenture Plc em mais de 99%, para um
centavo de dólar, foram canceladas pela CBOE, bolsa de opções de Chicago. As
ações da Accenture se recuperaram e fecharam a US$ 41,09 na NYSE, em queda de
2,6%.
Diversos operadores de mercado disseram que uma grande instituição teria,
acidentalmente, disparado uma programação errada, em que um operador teria
digitado uma ordem de venda de US$ 16 bilhões em vez de US$ 16 milhões em
contratos do tipo e-minis. Os e-minis são contratos futuros atrelados a índices
de ações, negociados na Chicago Mercantile Exchange. A CME informou que estava
averiguando o ocorrido.
O Citi informou que não havia encontrado ontem qualquer evidência de que a
instituição esteja envolvida em ordens erradas, mas que continuava investigando.
O comportamento errático de preços fez com que diversos programas automáticos
(os algorítimos) disparassem ordens de venda.

Pânico nos mercados tira suporte das commodities

Pânico nos mercados tira suporte das commodities

Foi uma quinta-feira de pânico no mercado global, e os movimentos financeiros
derivados das preocupações com a economia europeia e com as bolsas americanas
provocaram a valorização do dólar e a retração das commodities em geral, sem
poupar as agrícolas.
Na bolsa de Chicago, referência para as cotações dos grãos no mercado
internacional, a soja foi a mais afetada. Segundo o Valor Data, os contratos
futuros de segunda posição de entrega - normalmente os de maior liquidez -
recuaram 2,45%, e passaram a acumular uma queda de 13,35% este ano.
O tombo da soja elevou a pressão sobre milho e trigo, que completam a trinca
das commodities agrícolas mais negociadas no planeta. No caso do milho, a
segunda posição caiu 0,47% e elevou as perdas em 2009 para 12,49%; no do trigo,
a erosão diária foi de 0,73%, ampliando a anual para 8,18%. Ainda assim, os
patamares de fechamento de quinta foram os mais baixos em "apenas" um mês.
As commodities agrícolas negociadas na bolsa de Nova York (açúcar, café, cacau,
suco de laranja e algodão) não se livraram do contágio. As baixas levaram os
preços aos mais baixos níveis desde meados de abril. A exceção foi o açúcar,
que já estava em queda e atingiu o piso em pouco mais de um ano.
As turbulências na Europa também afetaram as ações das empresas de carnes. No
Brasil, que tem empresas fortes na exportação, a mais afetada foi o Minerva,
cujos papéis recuaram 7,43%. Os da JBS caíram 3% e as ações da Marfrig, 1,36%.
A Brasil Foods perdeu 1,43% no dia. Papéis das americanas Tyson e Smithfield
despencaram. As quedas foram de 5,93% e 4,37%, respectivamente, segundo o Valor
Data.