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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Café segue mau humor externo e tem queda considerável na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com perdas consideráveis, em uma sessão caracterizada pelas liquidações especulativas, que permitiram fazer com que a primeira posição se posicionasse, mais uma vez, abaixo do nível psicológico de 145,00 centavos de dólar por libra peso. A abertura da sessão se deu com uma movimentação lenta do mercado e com preços presos em um range bastante estreito. No entanto, no decorrer do dia, o março começou a sofrer com a pressão externa.
A Espanha voltou ao centro dos debates sobre a economia internacional. Um suposto caso de corrupção envolvendo o atual premiê do país e seu partido de direita fizeram com que o humor dos mercados internacionais diminuísse de forma acentuada e isso afetou diretamente o segmento de commodities. E o café não ficou imune a mais essa onda de pessimismo. A commodity recuou fortemente e chegou a tocar no nível de 143,00 centavos, atingindo a menor cotação desde o último dia 4 de janeiro. A sessão desta segunda teve um perfil efetivamente técnico, com os baixistas conseguindo se manter fortalecidos no lado vendedor, sem ter, por outro lado, um fôlego ao menos básico dos compradores.
Fundamentalmente, o mercado continua focado em questão efetivas, como a safra brasileira, que poderá ser consideravelmente alta neste ano, mesmo diante da bianualidade da cultura, assim como a infestação da ferrugem do colmo na América Central, que continua a ser uma preocupação para os produtores locais, diante de uma possível quebra na temporada.
No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição março teve queda de 360 pontos, com 144,35 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 148,05 centavos e a mínima de 143,95 centavos, com o maio tendo retração de 360 pontos, com 147,35 centavos por libra, com a máxima em 151,05 centavos e a mínima em 147,00 centavos. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição março teve baixa de 13 dólares, com 2.036 dólares por tonelada, com o maio registrando desvalorização de 8 dólares, com 2.047 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, a sessão foi caracterizada pela influência externa mais efetiva. As notícias sobre corrupção no governo espanhol surgem em um momento delicadíssimo. O país é um dos mais afetados com a atual crise econômica e vinha sofrendo para conseguir uma recuperação ao menos modesta. No entanto, alguns analistas acreditam que, diante desse quadro de desconfiança, os problemas políticos podem "migrar" para o cenário econômico. E, uma vez que a Espanha se mostre novamente enfraquecida, o temor é que várias outras nações da zona do euro também sintam um novo impacto econômico.
"Ao final do dia, tivemos um quadro negativo, com quedas para bolsas de valores e retrações fortes para commodities, como foi o caso do petróleo, do milho ou do café. O comportamento do mercado de café continua a apresentar uma configuração que tende para o lado baixista, principalmente diante de uma nova apatia dos compradores. Isso somado a um quadro externo ruim garante um cenário como desta segunda-feira, caracterizado pela retração e por testar novas baixas", disse um trader.
O prazo adicional de 60 dias concedido pelo Conselho Monetário Nacional para reembolso da primeira parcela dos financiamentos de estocagem, e de custeio convertido em estocagem, contratados no ano passado, permitirá aos cafeicultores brasileiros reter nos próximos meses 3 milhões de sacas de café, o que evitará a pressão nos preços que estão em queda desde o final do ano passado. O cálculo é do coordenador geral de Crédito Rural do Ministério da Fazenda, Francisco Erismar. Ele explicou que a primeira parcela dos financiamentos contratados em meados do ano passado com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira começou a vencer em 1º de dezembro do ano passado e deverá ser paga até 31 de março de deste ano.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 10.045 sacas, indo para 2.628.818 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 23.658 lotes, com as opções tendo 4.225 calls e 4.118 puts — floor mais eletrônico. Fundamentalmente, o março na ICE Futures US tem resistência em 148,05, 148,50, 149,00, 149,50, 149,90-150,00, 150,50, 151,00, 151,50, 152,00, 152,50, 153,00, 153,50, 154,00 e 154,50, com o suporte em 143,95, 143,50, 143,00, 142,60-142,50, 142,00, 141,50, 141,00, 140,50, 140,10-140,00, 139,50, 139,00, 138,50 e 138,00 centavos.
Londres encerra com quedas, mas preserva março acima dos US$ 2 mil
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta segunda-feira com altas, após ter experimentado ganhos ao longo de parte da sessão, sem, no entanto, conseguir sustentá-los, refletindo, principalmente, a pressão de mercados externos. O dia foi de negócios consistentes, com um volume ligeiramente acima da média recente para a bolsa londrina, mas com a manutenção do intervalo de preços acima do nível psicológico de 2.000 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma manutenção do quadro de ganhos da semana anterior. Com isso, a posição março chegou a tocar no nível de 2.068 dólares. No entanto, seguindo a fraqueza dos arábicas em Nova Iorque e de outras commodities, as cotações foram perdendo consistência e encerraram o dia flutuando no lado negativo da escala de preços. O dólar mais forte afetou os mercados de commodities em várias partes do mundo ao longo desta segunda-feira e com o café a situação não foi diferente. A pressão exercida sobre os arábicas em Nova Iorque afetou, ainda que de maneira bem menos intensa, o comportamento dos robustas. Apesar das baixas, a manutenção dos preços acima do nível de 2.000 dólares pode ser avaliada como um fato positivo", disse um trader. O março teve uma movimentação ao longo do dia de 10,1 mil contratos, contra 9,38 mil do maio. O spread entre as posições março e maio ficou em 11 dólares. No encerramento do dia, o março apresentou queda de 13 dólares, com 2.036 dólares por tonelada, com o maio registrando desvalorização de 8 dólares, com 2.047 dólares por tonelada.
Dólar sobe 0,30%, a R$ 1,993, influenciado por incerteza na Europa
Pressões políticas na Espanha e Itália fizeram com que os investidores buscassem proteção na moeda americana
SÃO PAULO - A aversão ao risco no exterior, com a volta de Espanha e Itália ao centro das atenções, impulsionou o dólar em relação ao euro e a moedas com elevada correlação com commodities, como o real. Em busca de ativos mais seguros, os investidores retiraram recursos dos mercados de ações e correram para o dólar, que fechou em alta de 0,30% ante o real no balcão, cotado a R$ 1,9930. No Brasil, o movimento foi reforçado no fim da tarde por um fluxo negativo de dólares.
Na mínima do dia, vista logo cedo, o dólar à vista foi cotado a R$ 1,9870 (estável) no balcão e, na máxima, registrada perto das 16 horas, marcou R$ 1,9950 (alta de 0,40%). A moeda americana, que se manteve em sintonia com o exterior, ampliou a alta ante o real no fim da tarde em função de operação de uma companhia de petróleo que, conforme profissional do mercado, retirou do País US$ 100 milhões.
Perto das 16h40 (horário de Brasília), a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,345 bilhões, sendo US$ 1,934 bilhões em D+2. O dólar pronto da BM&F não registrou negócios nesta segunda-feira. No mercado futuro, a moeda americana com vencimento em março estava acima dos R$ 2,00, cotada a R$ 2,00050, com alta de 0,28%.
"O mercado acompanhou hoje mais o movimento externo da moeda. Tivemos um dia com viés negativo na Europa e agenda americana esvaziada, com o mercado voltando a se focar no Velho Continente", comentou João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora, de Curitiba. "Além disso, a sinalização de que o Banco Central está trabalhando em linha com o Ministério da Fazenda, vinda na sexta-feira, tranquiliza o mercado."
Na Espanha, os problemas começaram na semana passada, com a denúncia de que o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, teria se beneficiado de pagamentos irregulares operados por um ex-tesoureiro ligado ao governista Partido Popular (PP). Na Itália, pesou a promessa do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi de, caso seja eleito nas eleições gerais marcadas para os dias 24 e 25, desfazer algumas das medidas de austeridade adotadas pelo governo de Mario Monti.
Na última sexta-feira, por sua vez, notícias de que o Banco Central evitará uma apreciação excessiva do real fizeram a autoridade monetária, conforme Corrêa, aproximar-se do discurso do Ministério da Fazenda. "O BC também não quer um real supervalorizado, em linha com a Fazenda, o que traz tranquilidade", disse.
A alta do dólar ante o real, por outro lado, segue limitada pelas preocupações com a inflação. Com o atual ritmo da alta de preços, parece claro que a autoridade monetária não deixará a moeda americana avançar de forma intensa.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS: IGP-DI e indicadores externos influenciarão DIs
São Paulo, 4 de fevereiro de 2013 - A primeira etapa das negociações dos
contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) de terça-feira será influenciada
pela divulgação do Indice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)
referente a janeiro, cuja estimativa do mercado é de que a inflação medida
pela Fundação Getulio Vargas (FGV) registre alta de 0,26% no mês, segundo a
mediana das projeções coletadas pela Agência CMA para o Termômetro CMA. Para
Mauricio Nakahodo, consultor de pesquisas econômicas do Banco de
Tokyo-Mitsubishi, os índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês)
da área de serviços também vão interferir na curva dos contratos, assim como
os desdobramentos das tensões político-econômicas na Europa.
"Apesar de 60% do IGP-DI estar relacionado aos preços no atacado, se
ocorrer uma desaceleração na inflação do preço agropecuário, certamente
haverá um impacto maior no indicador", afirma Nakahodo, que estima avanço de
0,28% para o índice. Se a estimativa do mercado for confirmada, o IGP-DI
apresentará desaceleração em relação a dezembro do ano passado, quando a
inflação foi de 0,66%.
Os PMIs referentes ao setor de serviços na eurozona também deverão
interferir nas taxas dos papéis de curto e médio prazo, principalmente, caso
venham muito fora da expectativa dos analistas. Em dezembro, o índice subiu
para 47,8 pontos, enquanto na leitura preliminar de janeiro o indicador avançou
para 48,3 pontos. Ainda serão informados os indicadores referentes a Alemanha
e Reino Unido.
Nakahodo lembra ainda que o mercado está tenso com a possibilidade de
Silvio Berlusconi assumir o posto de primeiro-ministro da Itália no lugar de
Mario Monti. Além disso, existem rumores de que a justiça do país estaria
investigando as negociações com derivativos realizadas em cinco grandes
bancos, o Monte deiPaschi (MPS), UniCredit, Intesa Sanpaolo, BNL e Credem, sob a
suspeita de fraude nessas operações.
Outra turbulência na área política que poderá refletir no comportamento
dos DIs no País vem da Espanha, com o Partido Popular (PP), ao qual pertence
Mario Rajoy, primeiro-ministro, sendo acusado de receber propina em troca de
contratos públicos em diversas instâncias públicas em que possui
representantes. A crise política provocou alta nos yields (taxa de rendimento)
da dívida soberana da Espanha.
Hoje, Os contratos futuros de DIs encerraram o pregão sem tendência
definida. As taxas dos papéis com maior liquidez, com vencimento para janeiro
de 2015 passaram de 7,98% para 7,97%, registrando movimentação financeira de
R$ 13,061 bilhões.
O vencimento para janeiro de 2014 avançou de 7,26% para 7,24%, com volume
financeiro de R$ 8,909 bilhões, enquanto o contrato para janeiro de 2017 subiu
de 8,83% para 8,89%, com giro financeiro de R$ 7,040 bilhões. O mesmo aconteceu
com as taxas dos papéis que expiram em janeiro de 2016, que tiveram alta de
8,51% para 8,54%, atingindo R$ 2,362 bilhões negociados na bolsa brasileira.
Dentre os contratos com maior liquidez, os que vencerão em abril de 2014
apresentaram a maior queda, de 7,40% para 7,37%, com volume financeiro de R$
1,442 bilhão. No curto prazo, as taxas dos papéis que expiram em março deste
ano tiveram leve alta, de 6,980% para 6,985%, com volume de R$ 1,332 bilhão.
Câmbio
O dólar comercial encerrou as negociações de hoje com alta de 0,30%,
cotado a R$ 1,9930 para compra e R$ 1,9950 para venda. Durante o dia, a divisa
oscilou entre a mínima de R$ 1,9860 e a máxima de R$ 1,9970. No mercado
futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2013
subiu 0,37%, a R$ 2.002,500, e o contrato que expira em abril de 2013 subiu
0,27%, para R$ 2.010,000.
Bovespa fecha em queda com preocupações com a Espanha
SÃO PAULO - Os olhares dos investidores se voltaram novamente para a Europa
nesta segunda-feira, especialmente para os riscos políticos na Espanha e
Itália, o que levaram às principais bolsas do mundo a fecharem em queda. A
Bovespa foi arrastada pelo mau humor externo e fechou em baixa. O Ibovespa
perdeu 1,28%, para 59.575 pontos. O volume financeiro somou R$ 6,399 bilhões.
"A situação é delicada. Na Espanha, teme-se que as agitações populares culminem
com a saída do primeiro-ministro, Mariano Rajoy, do poder. Na Itália, a
proximidade das eleições traz temores de que Silvio Berlusconi retorne ao
poder", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora. As eleições na Itália
estão marcadas para 24 e 25 de fevereiro.
Todas as principais ações do Ibovespa caíram ao redor de 2%. Vale PNA perdeu
1,14%, para R$ 38,75; Petrobras PN recuou 2,49%, para R$ 18,00; OGX ON teve
baixa de 3,13%, para R$ 4,02; Itaú PN recuou 2,34%, para R$ 33,35; e Bradesco
PN perdeu 1,34%, para R$ 35,90.
Segundo o estrategista da SLW Corretora, Pedro Galdi, um misto de correção e do
jogo dos estrangeiros com posições vendidas no Ibovespa futuro de fevereiro
também puxou para baixo ações de peso no índice. O mercado vem comentando há
algumas semanas que os investidores estrangeiros têm comprado Bovespa, mas
estão vendidos em índice futuro que vence em 13 de fevereiro, ou seja,
apostando numa queda da bolsa. Com isso, papéis com peso no Ibovespa caem.
PERSPECTIVA: Balanços da Petrobras e Itaú Unibanco devem guiar mercado
São Paulo, 4 de fevereiro de 2013 - Os resultados financeiros da Petrobras,
que serão divulgados hoje à noite, e do Itaú Unibanco, amanhã antes da
abertura, deverão se sobrepor à agenda de indicadores, devendo ditar a
tendência do Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, nesta terça-feira,
aponta Pedro Galdi, estrategista-chefe da SLW Corretora.
"Amanhã o Ibovespa será guiado pelo mercado interno com os balanços da
Petrobras e do Itau Unibanco, dois pesos importantes no índice", diz Galdi.
Segundo o estrategista-chefe da SLW, espera-se que a Petrobras registre o pior
resultado desde 2004, devendo cair forte se vier muito em linha ou pior que o
esperado pelo mercado.
Em 2012, a estatal deve terminar o ano com lucro de R$ 21,450 bilhões, uma
queda de 35,6%, na comparação com o resultado de 2011 (R$ 33,313 bilhões), de
acordo com a média das projeções dos analistas consultados pela Agência
CMA. No quarto trimestre de 2012, o lucro deve somar R$ 6,663 bilhões mostrando
uma alta de 31,97%, em relação ao trimestre anterior (R$ 5,049 bilhões) e um
avanço de 19,69%, ante o quarto trimestre de 2011 (R$ 5,567 bilhões).
O mercado está projetando um lucro líquido médio de R$ 3,793 bilhões
para o Itaú Unibanco, no quarto trimestre deste ano, representando um
crescimento de 1,25% se comprado com o mesmo período do ano anterior, quando a
instituição financeira havia lucrado R$ 3,746 bilhões. Em relação ao
terceiro trimestre de 2012, a evolução do lucro seria de 11,17%.
"A agenda não tem nada de muito importante, com os dados do índice dos
gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e do índice ISM
[índice de atividade medido pelo Instituto de Gerência e Oferta] de serviços
nos Estados Unidos com peso secundário", diz Galdi.
O Instituto de Gerência e Oferta informa, às 13h, o resultado do índice
ISM que mede a atividade do setor de serviços do país referente a janeiro. Em
dezembro, o índice subiu para 56,1 pontos. A previsão é de queda para 55,6
pontos.
Na Europa, Alemanha, Reino Unidos divulgamos seus dados de PMI de serviços
referentes a janeiro às 6h55 e as 7h30 pelo instituto Markit Economics. O PMI
de serviços da Eurozona também será divulgado às 7h.
Na agenda de indicadores domésticos, a Fundação Getulio Vargas (FGV)
divulga, às 8h, o Indice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)
referente a janeiro. O mercado estima que a inflação medida pelo IGP-DI seja
de 0,26% em janeiro, segundo a mediana das projeções coletadas pela Agência
CMA para o Termômetro CMA. Se confirmada a projeção, o índice terá
apresentado desaceleração em relação a dezembro passado, quando a inflação
foi de 0,66%.
O Ibovespa encerrou nesta sexta-feira com queda de 1,28%, aos 59.575 pontos.
O volume negociado na bolsa foi de R$ 6,4 bilhões. Com o maior giro
financeiro, as preferenciais da Petrobras (PETR4; -2,49% a R$ 18) registraram
forte queda sob a expectativa do balanço. As preferenciais da Vale (VALE5)
recuaram 1,15%, a R$ 38,75, e as do Itaú Unibanco (ITUB4) caíram 2,34%, a R$
33,35, também pressionando o índice, com o segundo e terceiro maiores volumes
do dia.
PETROBRAS: Lucro líquido cai para R$ 21,182 bi em 2012
São Paulo, 4 de fevereiro de 2013 - A Petrobras somou lucro líquido de R$
21,182 bilhões em 2012, queda de 36%, na comparação com R$ 33,313 bilhões
registrados em 2011. Esse resultado é um pouco abaixo das expectativas do
mercado, que previa lucro de R$ 21,450 bilhões, queda de 35,6%, de acordo com a
média das projeções dos analistas consultados pela Agência CMA.
No quarto trimestre de 2012, a estatal teve alta de 39%, no lucro líquido
do quarto trimestre de 2012, passando de R$ 5,567 bilhões, no terceiro
trimestre para R$ 7,747 bilhões nos últimos três meses do ano.
Segundo a presidente da Petrobras, a queda do lucro em 2012 é explicada
pelo aumento da importação de derivados a preços mais elevados, pela
desvalorização cambial, "que impacta tanto no resultado financeiro como
nossos custos operacionais". Além disso, a executiva destaca o aumento das
despesas com poços secos e a queda da produção, na comparação com 2011.
Em 2012, a receita de vendas somou R$ 281,379 bilhões, alta de 15,2%, na
comparação com 2011 (R$ 244,176 bilhões). No quarto trimestre, a receita teve
queda de 1%, somando R$ 73,405 bilhões, na comparação com o terceiro
trimestre de 2012 (R$ 73,793 bilhões). Analistas esperavam que a receita de
vendas tivesse alta de 15,8%.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da
estatal somou R$ 11,944 bilhões, no quarto trimestre, queda de 17%, na
comparação com R$ 14,375 bilhões, registrados no terceiro trimestre de 2012.
Em 2012, o ebitda atingiu R$ 53,439 bilhões, queda de 14,1%, ante R$ 62,246
bilhões de 2011. Analistas esperavam que o ebitda tivesse queda de 8,73%, em
2012.
Investimentos
Os investimentos da Petrobras no quarto trimestre tiveram alta de 15%,
somando R$ 24,329 bilhões, ante R$ 21,135 bilhões investidos no terceiro
trimestre de 2012. No ano passado, a estatal somou R$ 84,137 bilhões em
investimento, alta de 16%, na comparação com 2011 (R$ 72,546 bilhões). O
investimento anual ficou um pouco acima da média de investimento anual de
R$ 83,3 bilhões, prevista no plano de negócios de 2012 a 2016, da companhia.
Dividendos
Os dividendos propostos pela Petrobras para 2012 foram de R$ 8,876 bilhões
sendo R$ 0,47 para ações ordinárias e R$ 0,96 para ações preferenciais, dos
quais R$ 2,609 bilhões foram pagos no decorrer de 2012.
Poços secos
As despesas com poços secos tiveram aumento de 124,7%, em 2012, para
R$ 5,628 bilhões ante R$ 2,504 bilhões gastos em 2011. No quarto trimestre, as
despesas com poços secos somaram R$ 676 milhões, queda de 77,06%, ante o
mesmo período de 2011, e queda de 62,15%, ante o terceiro trimestre de 2012.
Indice de Bolsa dos EUA tem pior dia desde novembro
São Paulo, SP - Os principais índices de ações da Bolsa de Nova
York encerraram no vermelho nesta segunda-feira (4), no pior dia para o S&P 500
desde novembro devido aos renovados temores sobre a crise da zona do euro que
levaram o mercado a recuar de ganhos recentes.
O índice Dow Jones, referência de Wall Street, perdeu 0,93% (13.880 pontos), o
Standard & Poor's 500 teve desvalorização de 1,15% (1.495 pontos) e o
termômetro de tecnologia Nasdaq caiu 1,51% (3.131 pontos).
A ação da McGraw-Hill recuou 13,8% (US$ 50,30), no pior declínio percentual
desde o "crash" do mercado de outubro de 1987, devido a notícias de que o
Departamento de Justiça dos EUA planeja processar a Standard & Poor's, uma
unidade da companhia, por seus ratings em 2007 de operações envolvendo bônus
hipotecários.
O papel da Moody's caiu 10,7% (US$ 49,45), na pior queda diária desde agosto de
2011.
As ações da Chevron e do Walmart também exerceram forte peso sobre o Dow Jones,
após analistas reduzirem suas recomendações para os papéis.
No S&P 500, todos os dez setores componentes do índice fecharam em baixa. As
perdas vêm após o forte avanço da sexta-feira, que levou o S&P 500 a uma máxima
em cinco anos e o Dow Jones para acima do patamar de 14.000 pontos.
"O mercado está estendido e chegou a hora de um recuo. Acho que as pessoas
estão procurando uma desculpa para vender", e há preocupação vindo da Europa",
avaliou o operador-sênior Michael James, do Wedbush Morgan.
EUROPA
Na Europa, os rendimentos de bônus espanhóis e italianos avançaram hoje,
renovando temores sobre a crise da dívida soberana na zona do euro.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, enfrenta pedidos de renúncia em
meio a um escândalo de corrupção, enquanto uma investigação sobre suposto mau
comportamento envolvendo um banco italiano deve estender-se por três semanas,
antes de uma eleição nacional.
EUA
Somando-se à pressão sobre o mercado, dados do Departamento do Comércio
americano mostrou que a quantidade de encomendas à indústria em dezembro ficou
abaixo das expectativas de economistas.
O relatório acrescentou que pedidos de bens de capital fora das indústrias de
defesa e aviação cresceram 0,3% em dezembro. A categoria é vista como uma
medida dos planos de investimento corporativo nos EUA.
Europa contamina e índices têm maior queda percentual do ano
São Paulo, 4 de fevereiro de 2013 - O mercado norte-americano teve o pior
dia de 2013 até agora, com os principais índices, seguindo a tendência
negativa do cenário europeu e registrando, em sua maioria, queda acima de 1%. O
índice S&P 500 caiu 1,15%, em 1.495,71 pontos, o Nasdaq Composto perdeu 1,51%,
em 3.131,17 pontos e o Dow Jones recuou 0,93%, a 13.880,08 pontos, após ter
superado os 14 mil pontos na sexta-feira passada, pela primeira vez desde
outubro de 2007.
A crise política relacionada a acusações de corrupção que o governo do
primeiro-ministro Mariano Rajoy enfrenta está afetando as curvas de yields dos
títulos da dívida soberana da Espanha de dois anos, cinco e dez anos, fazendo
os juros subirem.
Em paralelo, os receios com uma potencial investigação de grandes bancos
da Itália também preocupam os investidores e impulsionam os yields das
dívidas italianas.
Nos Estados Unidos, O Departamento do Tesouro divulgou hoje que estima
emitir US$ 331 bilhões em dívida no mercado no primeiro trimestre de 2013,
resultando em um saldo no final do período de US$ 30 bilhões. O valor da
emissão é US$ 11 bilhões menor que a previsão anterior,realizada em outubro
de 2012. De acordo com o Tesouro, a redução é decorrente do aumento de caixa,
parcialmente prejudicado por altas nos gastos e quedas nas receitas.
Preço do barril de petróleo fecha em baixa em Londres e em Nova York
São Paulo, SP - O preço do barril de petróleo para entrega em março
fechou em baixa nesta segunda-feira (4) em Londres e em Nova York.
Na Inglaterra, o Brent do Mar do Norte caiu 0,99% e fechou em US$ 115,60 na ICE
(International Exchange Futures), US$ 1,16 a menos que no fechamento do pregão
anterior.
O preço do barril londrino fechou em baixa após três semanas de altas que
levaram o Brent a alcançar seu máximo em quatro meses, por melhoras no
crescimento econômico mundial e pelas tensões políticas no Oriente Médio.
Nos Estados Unidos, o petróleo do Texas caiu 1,63% e fechou em US$ 96,17 na
Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York), queda de US$ 1,60 em relação ao preço de
sexta, em um dia marcado pela fortaleza do dólar frente a outras moedas como o
euro.
Guatemala's January Coffee Exports Up 9% on Year
Guatemala's coffee exports rose 9% in January from the same month last year,
to 265,806 bags of 60 kilograms each, the Guatemalan Coffee Association, or
Anacafe, said Monday.
That's compared with 244,090 bags in January of 2012. The Guatemalan coffee
season began Oct. 1 and runs through September of this year.
The month's figure brings the 2012-13 season's total coffee exports so far to
676,168 bags, up 8% from the same four-month period last season.
The Central American country had produced 625,590 bags of coffee between
October and January of the 2011-12 season.
CNC: mais prazo para pagar estocagem
MAIS PRAZO PARA PAGAR ESTOCAGEM — Nesta quinta-feira (31/01), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou um voto que concede prazo adicional de 60 dias para o pagamento da primeira parcela das operações de estocagem e das operações de custeio convertidas em estocagem, contratadas no ano passado, com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A medida compreende os financiamentos com vencimento entre 1º de dezembro de 2012 e 31 de março de 2013.
Dessa forma, o governo atendeu a um pleito do setor produtor, demandado pelo Conselho Nacional do Café (CNC) e as cooperativas e pela Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e os sindicatos rurais, após diversas audiências realizadas pelos presidentes Silas Brasileiro e Breno Mesquita, respectivamente, com representantes dos Ministérios da Agricultura (Mapa) e da Fazenda.
Consideramos que a prorrogação é uma medida acertada e de impacto, necessária em razão do aviltamento das cotações do café, pois não pressionará os produtores brasileiros a venderem pelos atuais preços praticados, os quais mal cobrem os custos de produção.
Agora temos o desafio, junto ao governo, de aproveitarmos os 60 dias e implantarmos uma política de renda para a safra que ainda está na mão do produtor. Nesse sentido, o CNC e a Comissão de Café da FAEMG vêm realizando, constantemente, negociações com Mapa e Fazenda para definirmos quais as melhores políticas a serem adotadas para que sejam alcançados preços remunerativos ao cafeicultor.
Frente à aprovação de nossas demandas, agradecemos o empenho e a atenção do ministro Guido Mantega e de toda a equipe do Ministério da Fazenda, e do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, e dos secretários executivo, José Carlos Vaz, e de Produção e Agroenergia, Gerardo Fontelles, pois a parceria entre governo e a produção é fundamental para desenvolvermos políticas sustentáveis, gerando emprego e garantindo renda para o cafeicultor.
EFEITO “ROYA” — Em nosso boletim da semana passada, alertamos para o impacto que o ataque do fungo roya, causador da ferrugem, vem causando nos cafezais da América Central e também do México. Nesta semana, a Organização Centro-americana de Exportadores de Café (Orceca) divulgou um balanço, no qual projetou que a incidência da doença deverá causar quebra de 20% na safra 2012/13 de café do continente (não foram divulgados números referentes ao México).
A entidade calculou que a Nicarágua, durante o atual ciclo, perderá 600 mil quintais (460 mil sacas de 60 kg); Guatemala 650 mil quintais (cerca de 500 mil sacas); Honduras 1,800 milhão de quintais (1,380 milhão de sacas); El Salvador 400 mil quintais (307 mil sacas); Costa Rica 200 mil quintais (153 mil sacas); e Panamá 60 mil quintais (46 mil sacas).
Diante desse cenário, reiteramos o alerta sobre a condição de se perder o equilíbrio entre oferta e demanda mundial, de forma que passemos a vivenciar escassez de café em curto e médio prazos, haja vista que os atuais preços pagos pelo produto mal cobrem os custos de produção, impedindo, portanto, novos investimentos para que possamos ter um fornecimento normal de café.
MERCADO — Até a conclusão deste boletim, os contratos futuros do café arábica registravam leves perdas em relação ao desempenho da sexta-feira passada (25/01) na bolsa de Nova York. Na semana, foram relatadas diversas notícias de quebra de produção em países da América Central e no Vietnã. Por outro lado, o alto volume das exportações vietnamitas em 2012 vem suprindo as quedas de produção dos produtores de arábica.
De acordo com dados da OIC, as exportações do país asiático alcançaram 25,4 milhões de sacas no ano passado, o que indica que as indústrias continuam aumentando gradativamente o percentual de café robusta em seus blends. Esses números revelam, ainda, que o Vietnã reduziu significativamente seus estoques. Enquanto em 2010 e 2011 esta nação exportou menos do que produziu, no ano passado os embarques foram bem superiores ao volume colhido. Com a perspectiva de redução em sua produção na próxima safra e com estoques internos baixos, é provável que as exportações vietnamitas, em 2013, retornem aos níveis observados nos últimos anos, ao redor de 17 milhões de sacas.
Diante deste cenário e com um menor volume de vendas dos produtores de arábica devido aos baixos preços, a tendência é de recuperação nas cotações no primeiro trimestre. Essa opinião é compartilhada pelo banco holandês Rabobank. A instituição, uma das maiores financiadoras agrícolas no mundo, afirma que o mercado começa a precificar a queda da produção brasileira na safra 2013/14 e o déficit na oferta global da commodity. Além disso, considera que uma reversão da elevada posição vendida dos fundos de investimento na bolsa e a queda do diferencial entre os cafés arábica e robusta (negociado em Londres) favorecerão uma recuperação dos preços praticados em Nova York.
Entretanto, o Rabobank alerta para os volumes de estoques que vem sendo carregados por produtores brasileiros, que, se forem disponibilizados ao mercado abruptamente, poderão pressionar os valores do produto. Esse risco, contudo, foi reduzido nesta semana com a prorrogação, autorizada pelo CMN, do pagamento da primeira parcela das operações de estocagem e das operações de custeio convertidas em estocagem, contratadas no ano passado, com recursos do Funcafé. Devido a isso, acreditamos que, no curto prazo, somente uma recuperação nas cotações deverá fazer com que os cafeicultores negociem o produto que financiaram.
O Conselho Nacional do Café mantém a orientação para que o produtor brasileiro volte à comercialização quando o mercado oferecer valores remunerativos, os quais cubram os custos de produção e gerem rentabilidade.
Silas Brasileiro
Presidente Executivo do CNC