O primeiro trimestre de 2012 fechou com altos ganhos para os principais índices de ações no mundo, com destaque para o desempenho positivo do Nasdaq de 18.67%, seguido pela alta de 17.78% da bolsa alemã (DAX), do S&P500 + 12%, e pela Bovespa que ganhou 13.67%.
Dentre os índices de commodities apenas o GSCI teve ganhos expressivos, enquanto o DJAIG e o CRB estão virtualmente no mesmo patamar que encerram 2011. Por outro lado se dermos um “zoom” nos componentes das cestas, notaremos que a gasolina subiu 19.35%, a soja 17.69% e a prata 16.33%. Os grandes perdedores foram o gás natural com baixa de 39.78%, o café em NY que caiu 19.79% e o níquel que escorregou 4.73%.
A queda do gás se justifica pelo inverno ameno nos Estados Unidos e pela oferta abundante do produto em função da extração via “fracking”, e o café, tem algum fundamento por trás?
Como fui um participante convidado para fazer palestra e moderar um painel na última semana no encontro da NCA (National Coffee Association) aqui nos Estados Unidos, muito me surpreendeu a opinião de alguns analistas que vieram conversar comigo e que estão bastante baixistas para nosso mercado. No painel que moderei, um membro apontou para a queda da demanda nos Estados Unidos, Europa e Japão. Em papos pelos corredores e em reuniões, muitos apontaram para um estoque grande como o motivo das baixas do terminal. Outros finalmente vêem um prognóstico de aumento forte na produção mundial.
Claro que não são unânimes estas opiniões, mas acho excelente o debate de idéias tão diferentes, pois isto nos força a fazermos exercícios que nos deixem mais seguros em nossos pensamentos, ou simplesmente nos façam mudar de lado/opinião.
Então vamos lá: no que se refere a diminuição de consumo, informação para lá de difícil de ser coletada, as importações das regiões mencionadas não indicam que isto tenha ocorrido – com exceção do Japão que em função do triste tsunami e dos vazamentos radioativos em Fukushima provocaram uma grande queda da atividade econômica do país.
Olhando para os estoques mundiais, outro dado impreciso, o aumento que pudemos visualizar foi dos cafés certificados da LIFFE, que por sinal estão desaparecendo ainda mais rapidamente do que aumentaram. Os outros estoques, assunto para debate infindável e não-conciliatório, sofreram queda (foram utilizados) em função da alta dos preços, principalmente nos destinos. Nas origens, leia-se Brasil, aparentemente os estoques eram/são um pouco maiores do que se imaginava, mas dizer que há uma folga é exagero.
O último ponto dos baixistas, que mencionam aumento de produção, notou-se apenas em dois ou três países, enquanto nos demais ou estão estáveis ou caíram ainda mais – como no caso da Colômbia. Dirão que é efeito do ciclo da commodity, o que pode ser verdade, mas se a área plantada não incrementou significativamente de onde virá tanto café? Ganho de produtividade pode ser a resposta, esta sim de resposta mais rápida dada uma maior utilização de insumos/adubos, permitida pelo preço da saca que estava negociando a níveis vantajosos para os produtores – entretanto o efeito já está aí na colheita de safras maiores recentes, não é?!
Há um fator que surpreendeu negativamente a todos, inclusive a mim, que foi uma migração do consumo (ainda maior) para cafés de qualidades menos-nobres. O motivo é um melhor aproveitamento de cafés especiais em “pods” e cápsulas (que diminuem o desperdício) e também é fruto de uma aceleração do consumo em países que tomam o solúvel ou que não ainda não tenham um paladar “sofisticado”. Uma última explicação, complementar, é a maior participação de produtos com “private-label” que talvez tenham um menor comprometimento com as misturas.
Outro ponto que podemos culpar pelas baixas recentes é a consequência do comportamento do mercado futuro nos últimos 2 anos, que foi de altas constantes e que se sustentaram como nunca antes ocorrido no café. Isto fez com que os produtores tenham acertado em segurar seus cafés e venderem mais tarde, pois cada mês que passava maiores eram os preços. Quando então a queda aconteceu muitos mantiveram a calma, entretanto outros tantos acharam mais prudente se desfazer logo de suas “poupanças em grãos” antes que fosse tarde demais, o que fez com os diferenciais caíssem junto com a queda da bolsa – algo um tanto atípico.
Em suma, não creio que os baixistas estão certos em enunciar queda de consumo, estoques altos e perspectiva alta de produção como pano de fundo para apostar na continuação da queda do “C”. Acredito que os fundos vendidos em volume recorde, segundo o relatório CIT do CFTC, é um sinal de que estamos mais próximos do piso do que do teto.
Mas ao mesmo tempo teremos que ter paciência para ver os preços próximos de US$ 220 centavos por libra-peso, o que acho que só volta a acontecer no último trimestre deste ano.
Aproveito o espaço para me desculpar por não ter postado meu comentário na semana passada por motivos de viagem e agenda profissional cheia. É bom saber que muitos sentiram falta do relatório.
Tenham uma excelente semana e muito bons negócios,
Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
domingo, 1 de abril de 2012
Na BM&F, café e boi gordo cravam novas mínimas
Na BM&F, café e boi gordo cravam novas mínimas
A maioria das commodities agrícolas negociadas no mercado futuro de São Paulo (BM&FBovespa) registrou valorização em março, embora dois dos produtos com mais liquidez na bolsa, o café e o boi gordo, tenham voltado a cair e atingido os preços médios mais baixos desde meados de 2010. O grande destaque foi o café arábica, que sofreu a maior queda desde outubro de 2008. Na média, o preço da segunda posição de entrega (geralmente, o contrato mais negociado) recuou 12,08%, para US$ 242,24 por saca. É o preço mais baixo desde outubro de 2010. O valor é quase 31% inferior ao registrado em igual período do ano passado. Só em 2012, as cotações do café já cederam 19,09%.Os preços do café começaram a ceder em maio de 2011, logo depois de bater recorde, mas o movimento intensificou-se a partir de outubro. Foi quando começou a ficar evidente que o Brasil colheria uma safra recorde em 2012.Os cafeicultores brasileiros começam a colheita na primeira quinzena de maio. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma colheita de 48,97 milhões a 52,27 milhões de sacas, mas participantes do mercado indicam um volume superior a 55 milhões.Contudo, como em todos os anos, as especulações em relação ao clima no país tendem a se avolumar nos próximos meses, com a aproximação do inverno. O risco de geadas, uma das principais ameaças aos cafezais, deve oferecer sustentação aos preços a partir do mês de abril.O preço médio da arroba do boi gordo também recuou, 1,19%, a R$ 94,31, o nível mais baixo em 17 meses. Este foi o quarto mês seguido de queda, que já acumula 7,72% neste ano. A commodity segue pressionada pelo consumo mais fraco neste início de ano e pelo aumento da oferta de animais para abate - reflexo da melhoria das pastagens no verão e da decisão dos criadores de descartar vacas que vinham sendo retidas para reprodução.Hyberville D'Athayde Neto, analista da Scot Consultoria, observa que pecuaristas começaram a limitar a oferta de animais nos últimos dias, o que ajudou a conter a pressão baixista sobre o mercado. Mas a manutenção da estratégia depende da qualidade dos pastos, que já começa a piorar em algumas regiões."É possível que os preços se sustentem em abril, mas é preciso que o clima ajude os produtores a segurar o rebanho no pasto", explica D'Athayde Neto. Considerando a média dos últimos 14 anos, há uma redução de 4,1% no número de abates entre março e abril, segundo o IBGE. O analista pondera, contudo, que o número de abates tende a subir novamente entre abril e maio, quando o clima seco inviabiliza a permanência dos animais acabados no pasto. "Devemos ter algum alívio na tendência de queda no curto prazo, mas o cenário é baixista", afirma.Em contrapartida, o etanol reagiu após quatro meses seguidos de baixa. Na média, o preço da commodity subiu 5,14%, para R$ 1.275,10 por metro cúbico - maior valor desde dezembro. O mercado do biocombustível reflete o ciclo da cana-de-açúcar, que está no pico da entressafra.A colheita da temporada 2012/13 começa em abril, mas o aumento da produção só deve se refletir sobre os preços de modo mais acentuado em maio.Nos mercados de grãos, prevaleceu a tendência de alta observada no mercado futuro de Chicago, onde se formam os preços internacionais dessas commodities.O preço médio da soja disparou 6,53%, para US$ 30,32 por saca, maior patamar desde agosto. Em três meses, a oleaginosa já subiu 15,35%, impulsionada pela quebra no Sul do país e na Argentina por causa da estiagem, a queda dos estoques mundiais e o apetite voraz dos chineses.Os contratos futuros de milho recuperaram-se da queda observada em fevereiro, quando prevaleceu a pressão exercida pela colheita da safra de verão no Sul do país. Em março, o preço médio da commodity ficou em R$ 26,54 por saca, uma valorização de 2,97% ante o mês anterior. No ano, o milho acumula alta de 2,07%.
A maioria das commodities agrícolas negociadas no mercado futuro de São Paulo (BM&FBovespa) registrou valorização em março, embora dois dos produtos com mais liquidez na bolsa, o café e o boi gordo, tenham voltado a cair e atingido os preços médios mais baixos desde meados de 2010. O grande destaque foi o café arábica, que sofreu a maior queda desde outubro de 2008. Na média, o preço da segunda posição de entrega (geralmente, o contrato mais negociado) recuou 12,08%, para US$ 242,24 por saca. É o preço mais baixo desde outubro de 2010. O valor é quase 31% inferior ao registrado em igual período do ano passado. Só em 2012, as cotações do café já cederam 19,09%.Os preços do café começaram a ceder em maio de 2011, logo depois de bater recorde, mas o movimento intensificou-se a partir de outubro. Foi quando começou a ficar evidente que o Brasil colheria uma safra recorde em 2012.Os cafeicultores brasileiros começam a colheita na primeira quinzena de maio. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta uma colheita de 48,97 milhões a 52,27 milhões de sacas, mas participantes do mercado indicam um volume superior a 55 milhões.Contudo, como em todos os anos, as especulações em relação ao clima no país tendem a se avolumar nos próximos meses, com a aproximação do inverno. O risco de geadas, uma das principais ameaças aos cafezais, deve oferecer sustentação aos preços a partir do mês de abril.O preço médio da arroba do boi gordo também recuou, 1,19%, a R$ 94,31, o nível mais baixo em 17 meses. Este foi o quarto mês seguido de queda, que já acumula 7,72% neste ano. A commodity segue pressionada pelo consumo mais fraco neste início de ano e pelo aumento da oferta de animais para abate - reflexo da melhoria das pastagens no verão e da decisão dos criadores de descartar vacas que vinham sendo retidas para reprodução.Hyberville D'Athayde Neto, analista da Scot Consultoria, observa que pecuaristas começaram a limitar a oferta de animais nos últimos dias, o que ajudou a conter a pressão baixista sobre o mercado. Mas a manutenção da estratégia depende da qualidade dos pastos, que já começa a piorar em algumas regiões."É possível que os preços se sustentem em abril, mas é preciso que o clima ajude os produtores a segurar o rebanho no pasto", explica D'Athayde Neto. Considerando a média dos últimos 14 anos, há uma redução de 4,1% no número de abates entre março e abril, segundo o IBGE. O analista pondera, contudo, que o número de abates tende a subir novamente entre abril e maio, quando o clima seco inviabiliza a permanência dos animais acabados no pasto. "Devemos ter algum alívio na tendência de queda no curto prazo, mas o cenário é baixista", afirma.Em contrapartida, o etanol reagiu após quatro meses seguidos de baixa. Na média, o preço da commodity subiu 5,14%, para R$ 1.275,10 por metro cúbico - maior valor desde dezembro. O mercado do biocombustível reflete o ciclo da cana-de-açúcar, que está no pico da entressafra.A colheita da temporada 2012/13 começa em abril, mas o aumento da produção só deve se refletir sobre os preços de modo mais acentuado em maio.Nos mercados de grãos, prevaleceu a tendência de alta observada no mercado futuro de Chicago, onde se formam os preços internacionais dessas commodities.O preço médio da soja disparou 6,53%, para US$ 30,32 por saca, maior patamar desde agosto. Em três meses, a oleaginosa já subiu 15,35%, impulsionada pela quebra no Sul do país e na Argentina por causa da estiagem, a queda dos estoques mundiais e o apetite voraz dos chineses.Os contratos futuros de milho recuperaram-se da queda observada em fevereiro, quando prevaleceu a pressão exercida pela colheita da safra de verão no Sul do país. Em março, o preço médio da commodity ficou em R$ 26,54 por saca, uma valorização de 2,97% ante o mês anterior. No ano, o milho acumula alta de 2,07%.
Noticias da Fenicafé Araguari MG
FENICAFÉ:FEDERAÇÃO DO CERRADO ESTIMA SAFRA DE 5,3-5,5 MI SCS NA REGIÃO
O cerrado mineiro deve colher de 5,3 a 5,5 milhões de sacas em 2012. A estimativa é do presidente da Federação dos Cafeicultores doCerrado, Francisco Sérgio de Assis, e fica um pouco abaixo na média do que a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê - 5,4 a 5,8 milhões de sacas. Para 2011, a Conab estimou a produção em 4,0 milhões de sacas. No cerrado mineiro, o veranico com falta de chuvas e temperaturas altas ameaça a produtividade. Em entrevista à Agência SAFRAS durante a Fenicafé, que encerrou nesta sexta-feira em Araguari, no cerrado mineiro, Francisco de Assis disse que a safra brasileira deve ficar mais próxima ao ponto máximo do intervalo estimadopela Conab (que trabalha entre 48,9 a 52,3 milhões de sacas). Entretanto, nãoacredita numa safra de 55 milhões de sacas. "O mercado acredita em uma saframaior que isso (que a Conab), mas vai quebrar a cara", afirmou. Para o dirigente da Federação, a safra de 2012 é boa, mas não o suficiente para regularizar os estoques. "Dá um alívio, mas não resolve, até porque em 2013 a safra cai", colocou, lembrando o ciclo bienal da cultura. Ele ressalta que se o Brasil exportar 32 milhões de sacas na temporadae consumir 18 milhões já são 50 milhões de sacas que o país vai precisar. "O máximo da estimativa da Conab (52,3 milhões de sacas) ainda é apertado para o mercado", afirmou. Francisco de Assis ressaltou que a tendência nos fundamentos segue muito positiva para as cotações, com esse cenário de oferta apertada. Observa que outras commodities estão com preços bons e não há corrida para incrementar áreas com café. "Hoje não se planta muito mais, o crescimento de área é pouco, o que ocorre é renovação dos cafezais. O mercado caiu e já se ajustou, deve agora buscar o fundamento", afirmou. Uma safra de 55 milhões de sacas, para o dirigente, seria até necessáriapara suprir a demanda, mas isso não vai acontecer e o mercado vai acabar reagindo. "Quando se bate demais, depois se apanha demais", disse, colocandoque os vendidos acabarão levando o troco. A recomendação de Francisco de Assis para o produtor é que aproveite os movimentos de alta nas cotações para parcelar a venda de sua safra, não esperando por preços exorbitantes ou sonhos. "Quando o mercado melhora, o produtor tem que participar", coloca. Ele acredita que neste ano os financiamentos do governo para a estocagem chegarão em boa hora, mais rapidamente na colheita, dando fôlego ao cafeicultor e limitando a pressão coma entrada da safra. "A barrigada de safra no mercado vai ser atenuada por esses financiamentos", apontou.
FENICAFÉ: NOVO REGIME TRIBUTÁRIO TROUXE MAIS JUSTIÇA E SEGURANÇA - ABIC
O novo regime tributário, de janeiro, no que diz respeito a cobrança do PIS/Cofins, para o café trouxe um ambiente mais justo e de segurança nas tributações para a indústria do café. Além disso, trava operações ilegais e fraudes, bem como abriu oportunidades para o cafeicultor nos negócios. A avaliação é do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerradomineiro. Ele destacou que o novo regime reequilibrou o ambiente para as indústrias,mesmo que hoje tenha aumentado o custo para o setor, com as indústrias no PIS/Cofins pagando 9,25% e recebendo de volta somente 7,4%. Na prática, isso evita que grandes empresas tenham vantagens expressivas ao exportar café e ter benefício na compra de grãos verdes para suas indústrias. Embora não tenha havido prejuízo financeiro para a entidade, coloca Herszkowicz, a ABIC ao apoiar o novo regime tributário teve a perda de grandes associadas, no caso a Sara Lee e Três Corações.
FENICAFÉ: CONSUMO DO BRASIL EM 2012 DEVE CHEGAR A 20,4/20,5 MI SCS - ABIC
O consumo brasileiro de café em 2012 deverá chegar a 20,4/20,5 milhões de sacas de 60 quilos, tendo crescimento de 3,5% a 4% no comparativo com 2011, quando a demanda interna ficou em 19,7 milhões de sacas. A estimativa é do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria doCafé (ABIC), Nathan Herszkowicz, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado mineiro. Em palestra no evento, Nathan apontou que ter um consumo que passe de 40% da safra brasileira é uma garantia de suporte à cafeicultura do país. Ele citou o crescimento do consumo mundial nos últimos anos, a uma taxa de 2,2% a 2,4%, chegando a 137 milhões de sacas em 2011, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), enquanto o Brasil supera bem esse percentual. Nathan destacou que o consumo brasileiro tem crescido a uma taxa média de 4% a 5%, mas em 2011, devido à crise macroeconômica, a taxa de incremento foi menor, de 3,1%. O diretor da ABIC destacou ainda que os países produtores de modo geral representam 30% do consumo global, com incremento anual a taxa de 3% a 4%. Ele colocou que são as nações produtoras com seu consumo que mais tem sustentado o aumento da demanda mundial. E isso tem espaço para crescimentos maiores. "Deve haver uma expansão acelerada do consumo mundial por conta da demanda interna dos países produtores", indicou, citando o Vietnã, Indonésia, India e México. Teremos pelo menos 10 anos de crescimento expressivo, apontou Herszkowicz, o que pode elevar o consumo no mundo em 25 milhões de sacas nos próximos 10 a 15 anos.Exportações As exportações brasileiras de café torrado e moído em 2011 ficaram em cerca de US$ 26,5 milhões, número prejudicado pela crise macroeconômica vindada Europa, especialmente. Nathan estima que em 2012 as exportações possam crescer para US$ 28,0 milhões, ainda bem abaixo do alcançado em 2008, quando os números foram de US$ 36 milhões. A ABIC e a Apex (Agência de Promoção às Exportações) seguem com seu projeto de expansão das exportações. Nathan observa que o orçamento do Funcafé para 2012 prevê R$ 8 milhões para o marketing. Além disso, está se elaborando um plano de marketing único para a cadeia café, dentro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) para promoção do grão do Brasil, visando não só a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, mas que seja um programa duradouro, permanente.
FENICAFÉ: PRESIDENTE DO CNC RESSALTA QUE SAFRA 2012 SERÁ DE 50 MI SCS
Criticando as estimativas que vão a cerca de 55 milhões de sacas de 60 quilos para a safra de café do Brasil em 2012, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, ressaltou que o país vai colher algo em torno de 50 milhões de sacas. A Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) apontou a safra 2012 em janeiro entre 48,9 a 52,3 milhões de sacas, com a média ficando em 50,6 milhões de sacas. Silas Brasileiro falou durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerradomineiro. Brasileiro lamentou que nos últimos três ano o setor produtivo trabalhou isoladamente, mas que agora a política do café vai andar, já que o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) voltou a estar atuante. "Agora voltamos a reunir a cadeia café, que tem que estar sincronizada", destacou, colocando que é fundamental a união dos setores, para todos os elos terem melhores resultados. Salientou que a produção tem de buscar cada vez mais a qualidade e certificação. O ex-deputado federal disse ainda que no segundo trimestre com o ordenamento da oferta via financiamentos de comercialização, estocagem, para algo em torno de 15 milhões de sacas, se o produtor tiver "juízo" e dosar as vendas as cotações poderão melhorar. Serão R$ 2,4 bilhões do Funcafé mais R$ 2 bilhões do Banco do Brasil, o que representa o maior volume para a estocagem já visto na história, apontou Brasileiro. Quanto à produção, Brasileiro disse ainda que é importante o produtor não incrementar as áreas plantadas com café, o que futuramente pode se refletir em queda nas cotações. Ressaltou que o importante é a renovação dos cafezais, com o CDPC podendo elaborar um projeto nesse sentido. Via produtividade o país poderá chegar a 60 milhões de sacas em alguns anos.
FENICAFÉ:CMN DEVE APROVAR RECURSOS PARA ESTOCAGEM DE 15 MI SCS EM ABRIL
O Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá aprovar no começo de abril, na primeira semana, R$ 2,4 bilhões para a comercialização do café em recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) e mais R$ 2,0 bilhões via Banco do Brasil também para a estocagem. Esses R$ 4,4 bilhões vão viabilizar a estocagem de pelo menos 15 milhões de sacas de 60 quilos da safra nova. A informação parte do presidente do Conselho Nacional doCafé (CNC), Silas Brasileiro, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé2012, que ocorre de 28 a 30 de março em Araguari, Minas Gerais. O orçamento total do Funcafé para o ano é de R$ 2,733 bilhões. Deste montante, são R$ 1,5 bilhão para a estocagem, mais R$ 500 milhões para custeio e colheita que podem virar financiamentos de estocagem. Silas Brasileiroinformou que os recursos serão disponibilizados via garantia em produto, o quedeve facilitar a liberação dos recursos, sem maior risco para a instituiçãofinanceira. Brasileiro acredita que desta vez, neste ano, os recursos virão rapidamente, estando disponíveis desde o final de abril. O CMN deve aprovar voto com os recursos mais a carta reversal, que vão agilizar o processo. Esse "plano safra" para o café se estende por 24 meses e deve garantir o ordenamento da oferta neste ano de maior safra, aponta Silas Brasileiro. "O mais importante é que dessa vez o estoque vai ficar com o produtor e não com ocomprador. Assim o comprador não vai mandar no preço", afirmou. Em palestra durante a Fenicafé, Silas Brasileiro rechaçou o termo "retenção", destacando que serão financiamentos normais para o ordenamento da oferta, com o produtor não vendendo a safra em três meses, e sim em doze meses, aos poucos, podendo dosar a oferta. Para o presidente do CNC, ex-deputado federal, neste primeiro trimestre do ano o mercado esteve desfavorável ao produtor, mas o cenário deve ser mais favorável no segundo trimestre, quando a oferta ainda não é abundante da safra nova. No terceiro trimestre, acredita numa nova depreciação do café, já que a demanda cai com o verão no Hemisfério Norte e entra mais fortemente o grão brasileiro. Mas, no quarto trimestre a tendência volta a ser positiva, com o frio chegando novamente no Hemisfério Norte e com a oferta mais controlada. Com os financiamentos de estocagem, a ideia é abrandar o efeito de maior peso de disponibilidade do grão na entrada da safra nova.
FENICAFÉ: NY PODE VOLTAR A US$ 2,00/2,20 E REENCONTRAR FUNDAMENTOS-CECAFÉ
O mercado internacional do café deve voltar em 2012 a buscar seus fundamentos e se sustentar melhor, alcançando novamente a linha de US$ 2,00 a US$ 2,20 por libra-peso na Bolsa de Mercadorias de Nova York. A análise é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga. Segundo Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, que ocorre de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado mineiro, os fundamentos do mercado de café são positivos. "Os estoques de café estão baixos lá fora,o consumo tem mantido crescimento, a safra do Brasil deste ano é grande mas 55milhões de sacas não é nada demais pelo consumo e exportações brasileiros", afirmou Braga. Disse ainda que nos outros países produtores não há grandes sinais de alteração na produção. Para o diretor do Cecafé, o mercado deve reagir naturalmente a redução dos embarques nos próximos meses, que já vem ocorrendo. Ele indica que as quedas recentes foram baseadas em fatores técnicos, no cenário macroeconômicode crise na Europa, com os grandes fundos liquidando posições no café, alterando posições de curto prazo, sem se preocupar tanto com os fundamentos. Mas, no longo prazo, o mercado volta a se ater as relações de oferta e demanda, que seguem apertadas. "O formador de preço são as bolsas e os fundos acabam vendendo posições, e o comprador, que são as grandes indústrias muitas vezes, se retraem, o que faz o mercado cair mais", analisa Braga. Mas, acredita que o mercado já está no limite. Ele não acredita em grande pressão de baixa com aentrada da safra.
FENICAFÉ:EXPORTAÇÕES DO BRASIL EM 2012 DEVEM CAIR PARA 31/32 MI SCS-CECAFÉ
As exportações brasileiras de café em 2012 deverão ficar em 31 a 32 milhões de sacas de 60 quilos (verde mais o solúvel), tendo assim queda de 4% a 7,5% no comparativo com 2011, quando os embarques foram de 33,322 milhões de sacas. A indicação é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé, que se realiza de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado de Minas Gerais. Com a safra menor de 2011 e estoques baixos, os embarques têm caído sensivelmente nos últimos meses. Braga estima as exportações em março em 2,050 milhões de sacas, com receita de US$ 537 milhões. Assim, no acumulado janeiro a março, o Cecafé estima exportações de 6,4milhões de sacas, o que representa uma queda de 22% no comparativo com o mesmoperíodo de 2011 (8,245 milhões de sacas). A receita nas exportações em janeiro a março de 2012 deve ficar em US$ 1,671 bilhão, queda de 10,7% contra o mesmo intervalo do ano anterior (US$ 1,871 bilhão). Nos 12 meses até março de 2012, Braga aponta as exportações em 31,6 milhões de sacas. Para Braga, ainda com os efeitos do aperto na oferta pós-safra 2011 e estoques reduzidos, o primeiro semestre de 2012 deverá fechar com embarques de 12,0/13,0 milhões de sacas. Assim, poderá haver um declínio de mais de 3 milhões de sacas contra o mesmo período de 2011. Mas, no segundo semestre os embarques vão refletir a entrada da nova safra brasileira, e então o país poderá embarcar mais de 18 milhões de sacas. Ele observa que de julho de 2011 a março de 2012, as vendas externas de café do Brasil deverão ficar em 23,6 milhões de sacas, 3,3 milhões de sacas a menos que o registrado em julho a março de 2010/11.
FENICAFÉ: CECAFÉ ESTIMA SAFRA BRASILEIRA 2012 EM TORNO DE 55 MI SCS
A produção brasileira de café em 2012 deve ficar em torno de 55 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, que se realiza em Araguari, no cerrado mineiro, de 28 a 30 de março. A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) aponta a safra 2012 em 48,9 a52,3 milhões de sacas, com a média em 50,6 milhões de sacas. Braga observa que é importante se observar o estoque brasileiro neste final de março de 2012, número que deverá ser divulgado pelo governo, já que em abril começa aentrar já a safra nova. Braga comenta que em final de março de 2011, segundo a Conab, o estoque brasileiro de café era de 9,1 milhões de sacas. Com uma exportação de 2,0 milhões de sacas prevista para março, de acordo com o Cecafé, os embarques brasileiros nos 12 meses de abril/março 2011/12 deverá chegar a 31,6 milhões de sacas. Estimando um consumo em cerca de pelo menos 18,0 milhões de sacas, pode-se dizer, aponta Braga, que houve um escoamento da oferta de café do Brasil de quase 50 milhões de sacas em 2011/12 (abril/março). "Vamos observar bem o que vão dizer agora do estoque de março de 2012", diz Braga, sobre os números do governo. Ele lembra que o estoque em março de 2011 era de 9,1 milhões de sacas e a produção foi de 43,5 milhões de sacas em 2011 (o que dá uma oferta total de 52,6 milhões de sacas). Assim, com oferta total nos doze meses de 52,6 milhões de sacas e demanda de quase 50 milhões de sacas, o estoque não pode passar muito de 2,5 milhões de sacas para os números baterem. "Se encontrarem um estoque de 7 milhões de sacas, por exemplo, vão ter de admitir que a safra foi de quase 50 milhões de sacas enão 43,5 ano passado", comentou Braga, em relação à estimativa de safra do governo. Em 2011, Braga acredita que a produção do Brasil ficou justamente em torno de 50 milhões de sacas. O diretor do Cecafé diz que uma safra 2012 de 55 milhões de sacas não énada demais para o Brasil. Com exportações chegando a mais de 30 milhões de sacas em 2012 e consumo em 18/19 milhões, o excedente de oferta será pequeno dentro das necessidades brasileiras, comenta. "Entre o que o exportador guardade café, a indústria e o produtor e as cooperativas, tem de sempre ter pelo menos 5 milhões de sacas sobrando. Se não tiver isso, o mercado não anda", observa.
O cerrado mineiro deve colher de 5,3 a 5,5 milhões de sacas em 2012. A estimativa é do presidente da Federação dos Cafeicultores doCerrado, Francisco Sérgio de Assis, e fica um pouco abaixo na média do que a Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) prevê - 5,4 a 5,8 milhões de sacas. Para 2011, a Conab estimou a produção em 4,0 milhões de sacas. No cerrado mineiro, o veranico com falta de chuvas e temperaturas altas ameaça a produtividade. Em entrevista à Agência SAFRAS durante a Fenicafé, que encerrou nesta sexta-feira em Araguari, no cerrado mineiro, Francisco de Assis disse que a safra brasileira deve ficar mais próxima ao ponto máximo do intervalo estimadopela Conab (que trabalha entre 48,9 a 52,3 milhões de sacas). Entretanto, nãoacredita numa safra de 55 milhões de sacas. "O mercado acredita em uma saframaior que isso (que a Conab), mas vai quebrar a cara", afirmou. Para o dirigente da Federação, a safra de 2012 é boa, mas não o suficiente para regularizar os estoques. "Dá um alívio, mas não resolve, até porque em 2013 a safra cai", colocou, lembrando o ciclo bienal da cultura. Ele ressalta que se o Brasil exportar 32 milhões de sacas na temporadae consumir 18 milhões já são 50 milhões de sacas que o país vai precisar. "O máximo da estimativa da Conab (52,3 milhões de sacas) ainda é apertado para o mercado", afirmou. Francisco de Assis ressaltou que a tendência nos fundamentos segue muito positiva para as cotações, com esse cenário de oferta apertada. Observa que outras commodities estão com preços bons e não há corrida para incrementar áreas com café. "Hoje não se planta muito mais, o crescimento de área é pouco, o que ocorre é renovação dos cafezais. O mercado caiu e já se ajustou, deve agora buscar o fundamento", afirmou. Uma safra de 55 milhões de sacas, para o dirigente, seria até necessáriapara suprir a demanda, mas isso não vai acontecer e o mercado vai acabar reagindo. "Quando se bate demais, depois se apanha demais", disse, colocandoque os vendidos acabarão levando o troco. A recomendação de Francisco de Assis para o produtor é que aproveite os movimentos de alta nas cotações para parcelar a venda de sua safra, não esperando por preços exorbitantes ou sonhos. "Quando o mercado melhora, o produtor tem que participar", coloca. Ele acredita que neste ano os financiamentos do governo para a estocagem chegarão em boa hora, mais rapidamente na colheita, dando fôlego ao cafeicultor e limitando a pressão coma entrada da safra. "A barrigada de safra no mercado vai ser atenuada por esses financiamentos", apontou.
FENICAFÉ: NOVO REGIME TRIBUTÁRIO TROUXE MAIS JUSTIÇA E SEGURANÇA - ABIC
O novo regime tributário, de janeiro, no que diz respeito a cobrança do PIS/Cofins, para o café trouxe um ambiente mais justo e de segurança nas tributações para a indústria do café. Além disso, trava operações ilegais e fraudes, bem como abriu oportunidades para o cafeicultor nos negócios. A avaliação é do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), Nathan Herszkowicz, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerradomineiro. Ele destacou que o novo regime reequilibrou o ambiente para as indústrias,mesmo que hoje tenha aumentado o custo para o setor, com as indústrias no PIS/Cofins pagando 9,25% e recebendo de volta somente 7,4%. Na prática, isso evita que grandes empresas tenham vantagens expressivas ao exportar café e ter benefício na compra de grãos verdes para suas indústrias. Embora não tenha havido prejuízo financeiro para a entidade, coloca Herszkowicz, a ABIC ao apoiar o novo regime tributário teve a perda de grandes associadas, no caso a Sara Lee e Três Corações.
FENICAFÉ: CONSUMO DO BRASIL EM 2012 DEVE CHEGAR A 20,4/20,5 MI SCS - ABIC
O consumo brasileiro de café em 2012 deverá chegar a 20,4/20,5 milhões de sacas de 60 quilos, tendo crescimento de 3,5% a 4% no comparativo com 2011, quando a demanda interna ficou em 19,7 milhões de sacas. A estimativa é do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria doCafé (ABIC), Nathan Herszkowicz, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado mineiro. Em palestra no evento, Nathan apontou que ter um consumo que passe de 40% da safra brasileira é uma garantia de suporte à cafeicultura do país. Ele citou o crescimento do consumo mundial nos últimos anos, a uma taxa de 2,2% a 2,4%, chegando a 137 milhões de sacas em 2011, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), enquanto o Brasil supera bem esse percentual. Nathan destacou que o consumo brasileiro tem crescido a uma taxa média de 4% a 5%, mas em 2011, devido à crise macroeconômica, a taxa de incremento foi menor, de 3,1%. O diretor da ABIC destacou ainda que os países produtores de modo geral representam 30% do consumo global, com incremento anual a taxa de 3% a 4%. Ele colocou que são as nações produtoras com seu consumo que mais tem sustentado o aumento da demanda mundial. E isso tem espaço para crescimentos maiores. "Deve haver uma expansão acelerada do consumo mundial por conta da demanda interna dos países produtores", indicou, citando o Vietnã, Indonésia, India e México. Teremos pelo menos 10 anos de crescimento expressivo, apontou Herszkowicz, o que pode elevar o consumo no mundo em 25 milhões de sacas nos próximos 10 a 15 anos.Exportações As exportações brasileiras de café torrado e moído em 2011 ficaram em cerca de US$ 26,5 milhões, número prejudicado pela crise macroeconômica vindada Europa, especialmente. Nathan estima que em 2012 as exportações possam crescer para US$ 28,0 milhões, ainda bem abaixo do alcançado em 2008, quando os números foram de US$ 36 milhões. A ABIC e a Apex (Agência de Promoção às Exportações) seguem com seu projeto de expansão das exportações. Nathan observa que o orçamento do Funcafé para 2012 prevê R$ 8 milhões para o marketing. Além disso, está se elaborando um plano de marketing único para a cadeia café, dentro do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) para promoção do grão do Brasil, visando não só a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, mas que seja um programa duradouro, permanente.
FENICAFÉ: PRESIDENTE DO CNC RESSALTA QUE SAFRA 2012 SERÁ DE 50 MI SCS
Criticando as estimativas que vão a cerca de 55 milhões de sacas de 60 quilos para a safra de café do Brasil em 2012, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, ressaltou que o país vai colher algo em torno de 50 milhões de sacas. A Conab (Companhia Nacional do Abastecimento) apontou a safra 2012 em janeiro entre 48,9 a 52,3 milhões de sacas, com a média ficando em 50,6 milhões de sacas. Silas Brasileiro falou durante a Fenicafé 2012, realizada de 28 a 30 de março em Araguari, no cerradomineiro. Brasileiro lamentou que nos últimos três ano o setor produtivo trabalhou isoladamente, mas que agora a política do café vai andar, já que o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) voltou a estar atuante. "Agora voltamos a reunir a cadeia café, que tem que estar sincronizada", destacou, colocando que é fundamental a união dos setores, para todos os elos terem melhores resultados. Salientou que a produção tem de buscar cada vez mais a qualidade e certificação. O ex-deputado federal disse ainda que no segundo trimestre com o ordenamento da oferta via financiamentos de comercialização, estocagem, para algo em torno de 15 milhões de sacas, se o produtor tiver "juízo" e dosar as vendas as cotações poderão melhorar. Serão R$ 2,4 bilhões do Funcafé mais R$ 2 bilhões do Banco do Brasil, o que representa o maior volume para a estocagem já visto na história, apontou Brasileiro. Quanto à produção, Brasileiro disse ainda que é importante o produtor não incrementar as áreas plantadas com café, o que futuramente pode se refletir em queda nas cotações. Ressaltou que o importante é a renovação dos cafezais, com o CDPC podendo elaborar um projeto nesse sentido. Via produtividade o país poderá chegar a 60 milhões de sacas em alguns anos.
FENICAFÉ:CMN DEVE APROVAR RECURSOS PARA ESTOCAGEM DE 15 MI SCS EM ABRIL
O Conselho Monetário Nacional (CMN) deverá aprovar no começo de abril, na primeira semana, R$ 2,4 bilhões para a comercialização do café em recursos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) e mais R$ 2,0 bilhões via Banco do Brasil também para a estocagem. Esses R$ 4,4 bilhões vão viabilizar a estocagem de pelo menos 15 milhões de sacas de 60 quilos da safra nova. A informação parte do presidente do Conselho Nacional doCafé (CNC), Silas Brasileiro, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé2012, que ocorre de 28 a 30 de março em Araguari, Minas Gerais. O orçamento total do Funcafé para o ano é de R$ 2,733 bilhões. Deste montante, são R$ 1,5 bilhão para a estocagem, mais R$ 500 milhões para custeio e colheita que podem virar financiamentos de estocagem. Silas Brasileiroinformou que os recursos serão disponibilizados via garantia em produto, o quedeve facilitar a liberação dos recursos, sem maior risco para a instituiçãofinanceira. Brasileiro acredita que desta vez, neste ano, os recursos virão rapidamente, estando disponíveis desde o final de abril. O CMN deve aprovar voto com os recursos mais a carta reversal, que vão agilizar o processo. Esse "plano safra" para o café se estende por 24 meses e deve garantir o ordenamento da oferta neste ano de maior safra, aponta Silas Brasileiro. "O mais importante é que dessa vez o estoque vai ficar com o produtor e não com ocomprador. Assim o comprador não vai mandar no preço", afirmou. Em palestra durante a Fenicafé, Silas Brasileiro rechaçou o termo "retenção", destacando que serão financiamentos normais para o ordenamento da oferta, com o produtor não vendendo a safra em três meses, e sim em doze meses, aos poucos, podendo dosar a oferta. Para o presidente do CNC, ex-deputado federal, neste primeiro trimestre do ano o mercado esteve desfavorável ao produtor, mas o cenário deve ser mais favorável no segundo trimestre, quando a oferta ainda não é abundante da safra nova. No terceiro trimestre, acredita numa nova depreciação do café, já que a demanda cai com o verão no Hemisfério Norte e entra mais fortemente o grão brasileiro. Mas, no quarto trimestre a tendência volta a ser positiva, com o frio chegando novamente no Hemisfério Norte e com a oferta mais controlada. Com os financiamentos de estocagem, a ideia é abrandar o efeito de maior peso de disponibilidade do grão na entrada da safra nova.
FENICAFÉ: NY PODE VOLTAR A US$ 2,00/2,20 E REENCONTRAR FUNDAMENTOS-CECAFÉ
O mercado internacional do café deve voltar em 2012 a buscar seus fundamentos e se sustentar melhor, alcançando novamente a linha de US$ 2,00 a US$ 2,20 por libra-peso na Bolsa de Mercadorias de Nova York. A análise é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga. Segundo Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, que ocorre de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado mineiro, os fundamentos do mercado de café são positivos. "Os estoques de café estão baixos lá fora,o consumo tem mantido crescimento, a safra do Brasil deste ano é grande mas 55milhões de sacas não é nada demais pelo consumo e exportações brasileiros", afirmou Braga. Disse ainda que nos outros países produtores não há grandes sinais de alteração na produção. Para o diretor do Cecafé, o mercado deve reagir naturalmente a redução dos embarques nos próximos meses, que já vem ocorrendo. Ele indica que as quedas recentes foram baseadas em fatores técnicos, no cenário macroeconômicode crise na Europa, com os grandes fundos liquidando posições no café, alterando posições de curto prazo, sem se preocupar tanto com os fundamentos. Mas, no longo prazo, o mercado volta a se ater as relações de oferta e demanda, que seguem apertadas. "O formador de preço são as bolsas e os fundos acabam vendendo posições, e o comprador, que são as grandes indústrias muitas vezes, se retraem, o que faz o mercado cair mais", analisa Braga. Mas, acredita que o mercado já está no limite. Ele não acredita em grande pressão de baixa com aentrada da safra.
FENICAFÉ:EXPORTAÇÕES DO BRASIL EM 2012 DEVEM CAIR PARA 31/32 MI SCS-CECAFÉ
As exportações brasileiras de café em 2012 deverão ficar em 31 a 32 milhões de sacas de 60 quilos (verde mais o solúvel), tendo assim queda de 4% a 7,5% no comparativo com 2011, quando os embarques foram de 33,322 milhões de sacas. A indicação é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé, que se realiza de 28 a 30 de março em Araguari, no cerrado de Minas Gerais. Com a safra menor de 2011 e estoques baixos, os embarques têm caído sensivelmente nos últimos meses. Braga estima as exportações em março em 2,050 milhões de sacas, com receita de US$ 537 milhões. Assim, no acumulado janeiro a março, o Cecafé estima exportações de 6,4milhões de sacas, o que representa uma queda de 22% no comparativo com o mesmoperíodo de 2011 (8,245 milhões de sacas). A receita nas exportações em janeiro a março de 2012 deve ficar em US$ 1,671 bilhão, queda de 10,7% contra o mesmo intervalo do ano anterior (US$ 1,871 bilhão). Nos 12 meses até março de 2012, Braga aponta as exportações em 31,6 milhões de sacas. Para Braga, ainda com os efeitos do aperto na oferta pós-safra 2011 e estoques reduzidos, o primeiro semestre de 2012 deverá fechar com embarques de 12,0/13,0 milhões de sacas. Assim, poderá haver um declínio de mais de 3 milhões de sacas contra o mesmo período de 2011. Mas, no segundo semestre os embarques vão refletir a entrada da nova safra brasileira, e então o país poderá embarcar mais de 18 milhões de sacas. Ele observa que de julho de 2011 a março de 2012, as vendas externas de café do Brasil deverão ficar em 23,6 milhões de sacas, 3,3 milhões de sacas a menos que o registrado em julho a março de 2010/11.
FENICAFÉ: CECAFÉ ESTIMA SAFRA BRASILEIRA 2012 EM TORNO DE 55 MI SCS
A produção brasileira de café em 2012 deve ficar em torno de 55 milhões de sacas de 60 quilos. A estimativa é do diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, que falou à Agência SAFRAS durante a Fenicafé 2012, que se realiza em Araguari, no cerrado mineiro, de 28 a 30 de março. A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) aponta a safra 2012 em 48,9 a52,3 milhões de sacas, com a média em 50,6 milhões de sacas. Braga observa que é importante se observar o estoque brasileiro neste final de março de 2012, número que deverá ser divulgado pelo governo, já que em abril começa aentrar já a safra nova. Braga comenta que em final de março de 2011, segundo a Conab, o estoque brasileiro de café era de 9,1 milhões de sacas. Com uma exportação de 2,0 milhões de sacas prevista para março, de acordo com o Cecafé, os embarques brasileiros nos 12 meses de abril/março 2011/12 deverá chegar a 31,6 milhões de sacas. Estimando um consumo em cerca de pelo menos 18,0 milhões de sacas, pode-se dizer, aponta Braga, que houve um escoamento da oferta de café do Brasil de quase 50 milhões de sacas em 2011/12 (abril/março). "Vamos observar bem o que vão dizer agora do estoque de março de 2012", diz Braga, sobre os números do governo. Ele lembra que o estoque em março de 2011 era de 9,1 milhões de sacas e a produção foi de 43,5 milhões de sacas em 2011 (o que dá uma oferta total de 52,6 milhões de sacas). Assim, com oferta total nos doze meses de 52,6 milhões de sacas e demanda de quase 50 milhões de sacas, o estoque não pode passar muito de 2,5 milhões de sacas para os números baterem. "Se encontrarem um estoque de 7 milhões de sacas, por exemplo, vão ter de admitir que a safra foi de quase 50 milhões de sacas enão 43,5 ano passado", comentou Braga, em relação à estimativa de safra do governo. Em 2011, Braga acredita que a produção do Brasil ficou justamente em torno de 50 milhões de sacas. O diretor do Cecafé diz que uma safra 2012 de 55 milhões de sacas não énada demais para o Brasil. Com exportações chegando a mais de 30 milhões de sacas em 2012 e consumo em 18/19 milhões, o excedente de oferta será pequeno dentro das necessidades brasileiras, comenta. "Entre o que o exportador guardade café, a indústria e o produtor e as cooperativas, tem de sempre ter pelo menos 5 milhões de sacas sobrando. Se não tiver isso, o mercado não anda", observa.
Café sobe na ICE e mercado espera por ampliação das correções
Café sobe na ICE e mercado espera por ampliação das correções
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com bons ganhos, num movimento de retomada corretiva. Após as consideráveis altas da terça-feira, duas quedas sucessivas foram verificadas na casa de negócios nova-iorquina, levando o maio a se aproximar do nível de 175,00 centavos. Entretanto, a sexta-feira se mostrou mais consistente, com os bears (baixistas) se mantendo consideravelmente reticentes, o que deu espaço para o acionamento de ordens de compra e alguns stops, levando a primeira posição a ser negociada, novamente, no intervalo de 180,00 centavos. A sessão foi técnica e refletiu o cenário sobrevendido. No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 600 pontos com 182,45 centavos, sendo a máxima em 184,05 e a mínima em 177,10 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 585 pontos, com a libra a 185,00 centavos, sendo a máxima em 186,50 e a mínima em 179,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 15 dólares, com 2.026 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 2 dólares, com 2.040 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o mercado teve uma sexta-feira positiva, com boas compras especulativas reportadas, com os bulls (altistas) conseguindo um "pequeno respiro" na curva gráfica diária que vinha sendo dominada pelas baixas. A tendência dominante técnica de longo prazo continua baixista, porém, o momento extremamente sobrevendido sugere que o mercado esteja consideravelmente maduro para uma recuperação de curto prazo. Os contratos de café estão em uma espiral de baixa e tocaram um novo nível de baixa em 175,90 centavos na quinta-feira. O índice de força relativa de nove dias, que é um indicador bastante empregado, foi puxado para cima do nível 30, o que, tradicionalmente é um sinal de compra dessa ferramenta técnica. Terry Gabriel, estrategista técnico da Ideaglobal, em Nova Iorque, disse que "espera um rally, como uma contra tendência", sustentou o especialista que o viés bear (baixista) parece ter se estabilizado juntamente acima da Fibonacci de suporte de longo prazo, na zona de 177,00/173,00 centavos por libra, o que representa 76,45 e 78,6% da tendência de alta de maio de 2011. "Parece que vamos nos manter separados dessa linha de suporte e, com o mercado sobrevendido, tanto nas bases diária e semanal, o café poderia ter, sim, um rally em reação contrária ao que vinha sendo praticado", disse. Na tendência de alta, para as próximas duas ou quatro semanas, Gabriel vê potencial para o café assumir um rally e seguir em direção à região de 200,00 a 210,00 centavos, patamar próximo daquele praticado em 28 de fevereiro. Entretanto, isso só deve se efetivar se os altistas conseguirem, no curto prazo, impulsionar os preços, ao passo que no longo prazo a expectativa ainda se mantém sob uma perspectiva de baixa. "Se o volume da próxima safra for próximo dos maiores números que circulam no mercado, ao redor dos 55 milhões de sacas, ela será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de consumo e exportação de café dentro do próprio ano-safra (julho de 2012 a junho de 2013). Iniciaremos o ano-safra seguinte, de ciclo baixo, praticamente sem café remanescente da safra 2012/2013. Os agrônomos com quem temos contato não acreditam que a próxima safra brasileira chegue a 55 milhões de sacas", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal. As exportações mundiais de café em fevereiro tiveram um aumento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2011 e totalizaram 9,32 milhões de sacas, informou a Organização Internacional do Café. As remessas para todos os destinos nos cinco primeiros meses de 2011/2012 chegaram a 41,5 milhões de sacas, retração de 1,8% em relação às 42,3 milhões de sacas. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, as exportações de arábica somaram 65,1 milhões de sacas, contra 67 milhões de sacas do ano anterior, ao passo que os envios de robusta chegaram a 38,6 milhões de sacas, contra 32,4 milhões do ano anterior. As exportações de café do Brasil em março, até o dia 28, totalizaram 1.646.798 sacas, alta de 2,10% em relação às 1.612.815 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 4.648 em 1.538.380 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 33.725 lotes, com as opções tendo 2.448 calls e 683 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 184,05, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 185,70, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50 e 189,90-190,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 177,10-177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00, 171,50 e 171,00 centavos por libra.
CAFÉ: NY FECHA EM ALTA MAS ACUMULA PERDA DE 20% NO TRIMESTRE
Nova York, 30 -
Os futuros de café arábica fecharam em alta na Bolsa ICE Futures, em Nova York, mas o mercado acumulou perda de 20% no primeiro trimestre, devido a expectativas de uma safra grande no Brasil em maio. Nesta sexta-feira, o contrato com vencimento em maio avançou 600 pontos, ou 3,40%, para 182,45 cents/lb. Segundo analistas, a disponibilidade limitada de café devido às condições climáticas desfavoráveis na Colômbia e na América Central, além da possibilidade de uma safra abaixo das expectativas no Brasil, pode impulsionar os preços no segundo trimestre. O analista Jack Scoville, da corretora Price Futures, acredita que as previsões para a safra brasileira já foram precificadas. "Acho que podemos chegar facilmente a 220 cents/lb nos próximos meses." Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do café em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.
NOVA YORK FECHA TRIMESTRE COM PERDA ACUMULADA DE 20%
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com cotações em alta acentuada. No entanto, o trimestre termina hoje e os futuros do café arábica acumularam perdas de 20% no período, principalmente por causa das expectativas de uma safra robusta no Brasil, a partir de maio. No entanto, a disponibilidade limitada de café devido ao clima desfavorável na Colômbia e na América Central, além das chances de uma produção menor do que a esperada no Brasil podem impulsionar as cotações no segundo trimestre. Acredita-se que a safra brasileira já tenha sido precificada, com os contratos podendo voltar para a área dos 220 centavos de dólar por libra-peso nos próximos meses. As informações partem de agências internacionais. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 182,45 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 6,00 centavos, ou de 3,4%.A posição julho fechou a 185,00 cents, com alta de 5,85 cents, ou de 3,26%. Londres: maio fecha em queda dissociado de demais contratos Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com queda para a primeira posição, que inverteu, desse modo, do diferencial para o julho, posição que, assim como as demais a futuro, conseguiu registrar ligeira valorização. A sessão foi marcada também por algumas rolagens de posição, principalmente no eixo maio-julho. De acordo com analistas internacionais, a sessão foi relativamente movimentada e se caracterizou por uma desaceleração do maio, que inverteu o diferencial. No entanto, a posição maio conseguiu se manter dentro do nível de 2.000 dólares, o que é um indicador de que ainda mantém uma força considerável. Os mercados externos, a exemplo das últimas sessões, não afetou o "humor" dos operadores. "Creio que tivemos vendas mais imediatas de origens, que afetaram diretamente a primeira posição, que registrou algumas retrações. Por outro lado, as posições mais a futuro se mantiveram intactas no movimento de alta, ainda que os ganhos tenham sido consideravelmente modestos. As rolagens de maio para julho estão se ampliando e as duas posições têm quase o mesmo número de contratos em aberto", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 5,05 mil lotes, com o julho tendo 4,51 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 14 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 15 dólares, com 2.026 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 2 dólares, com 2.040 dólares por tonelada.
DÓLAR À VISTA SALTA 6,47% EM MARÇO E SUPERA R$ 1,82
São Paulo, 30 -
Neste mês em que o governo reforçou o arsenal de medidas para evitar a valorização do real - com a ampliação do prazo de cobrança de IOF de 6% sobre empréstimos externos para até 5 anos, um novo corte de 0,75 pp da taxa Selic, a 9,75% ao ano, e os leilões de compra do BC -, o dólar à vista subiu mais de 6%, reposicionando-se acima de R$ 1,82. A tensão externa derivada dos sinais de desaceleração da economia mundial, sobretudo da China, Estados Unidos e zona do euro, deu suporte extra à apreciação da moeda norte-americana com queda simultânea dos preços de commodities e da Bovespa. O dólar no mercado à vista encerrou esta última sessão do mês com sinais mistos: no balcão teve leve alta de 0,05%, a R$ 1,8270, enquanto na BM&F recuou 0,14%, a R$ 1,8240. Com o resultado, a moeda encerra março com ganho de 6,47% no balcão; e o primeiro trimestre, com queda de 2,25%. O giro financeiro total hoje encolheu cerca de 20%, para US$ 1,623 bilhão (US$ 1,407 bilhão em D+2). No mercado futuro, como houve a antecipação de rolagens de contratos nos dias anteriores, a disputa hoje em torno da formação da taxa Ptax sustentou a volatilidade de preço até o início da tarde, mas o volume de negócios foi menor. Até 17h13, quatro vencimentos de dólar foram negociados, com giro de US$ 18,438 bilhões - 20% inferior ao de ontem. Deste total, o dólar abril 2012, que será liquidado na segunda-feira com base na taxa Ptax de hoje, movimentou US$ 703 milhões e projetava R$ 1,8225; já o dólar maio/2012, que passou a concentrar a liquidez, movimentou até esse horário US$ 17,732 bilhões, com taxa em R$ 1,8380 (+0,16%). A Ptax desta sexta-feira ficou em R$ 1,8221, com queda de 0,62%, e também servirá de base para fechamento dos balanços trimestrais das empresas. A perspectiva no mercado para o curto prazo é de que o dólar se valorizar discretamente, com espaço de baixa permanecendo limitado pelos temores de novas medidas cambiais e os leilões de compra do Banco Central, disse o economista Maurício Nakahodo, da CM Capital Markets. Para ele, na semana que vem o mercado conviverá com novos dados negativos da economia da zona do euro, com exceção da Alemanha, e deverá reagir logo na segunda-feira aos números sobre atividade na China que saem neste fim de semana: os índices PMI do setor industrial oficial do país e o calculado pelo HSBC. Este último, em sua prévia de março, apresentou uma queda para 48,1 pontos, o menor nível do indicador em quatro meses. Se esses dados ficarem acima de 50, nível que indica expansão da atividade, o mercado poderá melhorar o humor. De todo modo, o comportamento do dólar dependerá ainda do perfil e tamanho do fluxo cambial. A depender da disposição do governo, avalia o economista, o dólar tem fôlego para subir mais. "Há demanda de empresários por um dólar mais apreciado, de modo a estimular a produção industrial e o setor exportador brasileiro. Além disso, a possibilidade de anúncio de novas medidas do governo poderá inibir o fluxo de dólares para Brasil", pontuou. A exemplo de ontem, o Banco Central repetiu hoje a realização de um leilão de compra de dólar pouco antes do fechamento do mercado à vista. Na operação, a autoridade monetária definiu a taxa de corte em R$ 1,8247 - mais uma vez o valor ficou acima do preço do dólar à vista naquele momento, a R$ 1,8220 no balcão (-0,22%). Após esta intervenção, a divisa no balcão recuperou o terreno positivo.
Boletim semanal - ano 79 - n° 13
Escritório CarvalhaesSantos, sexta-feira, 30 de março de 2012
A instabilidade dos mercados financeiros na Europa e a preocupação com a situação econômica global continuaram alimentando o clima de incertezas e desorientando os operadores de mercado ao redor do mundo. Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, oscilaram com força no decorrer da semana, acompanhando o humor do mercado financeiro. Como os fundamentos do mercado de café são positivos e irão continuar assim por um longo período, os operadores interessados em baixa lançam mão sempre do mesmo argumento, a safra com volume recorde que o Brasil, maior produtor do mundo, colherá a partir de abril/maio próximo. Insistimos que se o volume da próxima safra for próximo dos maiores números que circulam no mercado, ao redor dos 55 milhões de sacas, ela será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de consumo e exportação de café dentro do próprio ano-safra (julho de 2012 a junho de 2013). Iniciaremos o ano-safra seguinte, de ciclo baixo, praticamente sem café remanescente da safra 2012/2013. Os agrônomos com quem temos contato não acreditam que a próxima safra brasileira chegue a 55 milhões de sacas. Atrás de novos argumentos para a queda nos preços, alguns operadores voltaram a falar nos estoques brasileiros de café. Os estoques públicos, informados todos os meses no site da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento (http://www.conab.gov.br/), eram de 1 614 583 scs no final do último mês de fevereiro, volume suficiente para pouco mais de um mês de consumo interno brasileiro. A CONAB está finalizando o levantamento dos estoques privados existentes no final deste mês de março. O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, informou que o governo pensa em estocar café este ano como medida para ajudar os cafeicultores (fonte: Bloomberg). Até o dia 29, os embarques de março estavam em 1.481.657 sacas de café arábica, 65.626 sacas de café conillon, somando 1.547.283 sacas de café verde, mais 191.026 sacas de solúvel, contra 1.645.042 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 29, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 2.185.570 sacas, contra 2.155.996 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 23, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 30, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 370 pontos ou US$ 4,90 (R$ 8,93) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 23 a R$ 429,16/saca e hoje, dia 30, a R$ 439,73/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 600 pontos.
SEMANA FOI MARCADA PELA ALTA VOLATILIDADE -
CNCBalanço semanal do Conselho Nacional do Café, destacando a volatilidade do mercado durante o período. Na análise da semana passada, expressamos nossa preocupação com o baixo volume de estoques de café no mercado internacional e alertamos que as posições vendidas dos fundos poderiam provocar uma alta quando estes acionassem suas recompras. Foi o que ocorreu na terça feira - dia 27/03 -, quando o contrato "C" da Bolsa de NY subiu 855 pontos. Um dos motivos atribuídos para o movimento de recompra neste dia foi a notícia da entrada de um frio intenso no Sul do País, que, embora não chegasse às regiões produtoras, foi suficiente para gerar insegurança nos agentes que estavam vendidos. Seguiu-se uma realização forte nas duas sessõesseguintes, que levou o café para a menor cotação da semana, a 176,45 centavos por libra peso (no dia 29, quando o dólar chegou a ser negociado próximo a R$1,84). Já nesta sexta-feira, houve uma recuperação, fechando a 182,45 centavos. Entre a cotação mínima e a máxima apuradas na semana, observamos uma variação de aproximadamente 1.200 pontos, com a bolsa de NY registrando uma valorização de 370 pontos no acumulado da semana, equivalente a 2%. Altas volatilidades são frequentes no mercado de café e prejudicam muito os produtores, à medida que estes movimentos dificultam o acesso a mecanismos de gestão de risco. Um produtor, ao fixar a venda futura de parte de sua produção, fica com uma administração financeira complexa devido às bruscas oscilações. Com os estoques de café nos níveis mais baixos da história desde que a Organização Internacional do Café (OIC) passou a fazer a coleta destes dados,na década de 1960, e com a proximidade da entrada do inverno brasileiro, torna-se de altíssimo risco a adoção de posições vendidas no mercado. Os fundos, ao tomarem este tipo de posição, vendem algo que não tem e correm o risco de pagar bem mais para comprar um produto escasso no mercado ao final da entressafra brasileira. Ao voltarem a aumentar suas posições vendidas na quarta e na quinta-feira, estes agentes de mercado deram uma primeira amostra dequão alta poderá ser a volatilidade dos preços na entrada do inverno brasileiro. O conhecido "weather market" poderá oferecer boas oportunidadesde venda para os produtores que ainda tem café remanescente da safra 2011, da qual mais de 90% já foram comercializados. Por fim, acreditamos que, caso a safra brasileira ultrapasse a barreira dos50 milhões de sacas, será positivo para o mercado, pois poderemos evitar o desabastecimento. Os produtores brasileiros não devem temer a entrada da safra,já que não estarão carregando cafés remanescentes e, em sua maioria, terão, ao contrário de anos anteriores, recursos suficientes para fazer a colheita sem precisar se apressar para o início da comercialização. Com um escoamento ordenado da produção, os produtores não devem se deixarlevar por pressões de baixa naturais do início das safras de ciclo maior dentro da bienalidade. Atenciosamente,Silas BrasileiroPresidente Executivo do CNC
EXPORTAÇÕES MUNDIAIS CRESCEM 7,5% EM FEVEREIRO VIETNAM FOI O MAIOR EXPOTADOR DE FEVEREIRO - OICAs exportações mundiais de café cresceram 7,5% em fevereiro, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 9,32 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Entretanto, os embarques de café nos primeiros cinco da safra 2011/12, de outubro a fevereiro, recuaram 1,8% para 41,5 milhões de sacas, ante as 42,3 milhões de sacas exportadas no mesmo período do ciclo anterior. Nos últimos 12 meses até fevereiro, as exportações de café arábica atingiram 65,1 milhões de sacas, queda ante ao embarque de 67 milhões de sacas no mesmo período do ano anterior. Já os embarques de robusta no período subiram para 38,6 milhões de sacas, frente as 32,4 milhões de sacas exportadas no ano anterior. As informações partem de agências internacionais.
CONAB INICIA LEVANTAMENTO DOS ESTOQUES PRIVADOS DE CAFÉA Conab já está iniciando o 9 levantamento de estoque privado da safra 2010/2011 de café. A Gerência de Informações Técnicas, da área de Informação do Agronegócio, distribuiu formulários para produtores eindústrias de torrefação, moagem e de solúveis de todo o país, para que eles informem, até o dia 17 de abril, os estoques de passagem contidos em seus armazéns no dia 31 de março, quando entra a nova safra. Foram enviados mais de mil boletins que deverão ser preenchidos pelos armazenadores e posterior processamento. No último levantamento, realizado em 2011, o estoque nacional apurado pela empresa foi de 9,2 milhões de sacas. O volume é 3,2% maior que o apurado no ano anterior, que foi de 8,9 milhões. A Geint recomenda ao armazenador que não recebeu o boletim, para que entreem contato com a Conab, pelo telefone (61) 3312-6299 ou pelo endereço eletrônico geint@conab.gov.br. As informações são da Conab.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com bons ganhos, num movimento de retomada corretiva. Após as consideráveis altas da terça-feira, duas quedas sucessivas foram verificadas na casa de negócios nova-iorquina, levando o maio a se aproximar do nível de 175,00 centavos. Entretanto, a sexta-feira se mostrou mais consistente, com os bears (baixistas) se mantendo consideravelmente reticentes, o que deu espaço para o acionamento de ordens de compra e alguns stops, levando a primeira posição a ser negociada, novamente, no intervalo de 180,00 centavos. A sessão foi técnica e refletiu o cenário sobrevendido. No encerramento do dia, o maio em Nova Iorque teve alta de 600 pontos com 182,45 centavos, sendo a máxima em 184,05 e a mínima em 177,10 centavos por libra, com o julho tendo desvalorização de 585 pontos, com a libra a 185,00 centavos, sendo a máxima em 186,50 e a mínima em 179,20 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição maio registrou queda de 15 dólares, com 2.026 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 2 dólares, com 2.040 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o mercado teve uma sexta-feira positiva, com boas compras especulativas reportadas, com os bulls (altistas) conseguindo um "pequeno respiro" na curva gráfica diária que vinha sendo dominada pelas baixas. A tendência dominante técnica de longo prazo continua baixista, porém, o momento extremamente sobrevendido sugere que o mercado esteja consideravelmente maduro para uma recuperação de curto prazo. Os contratos de café estão em uma espiral de baixa e tocaram um novo nível de baixa em 175,90 centavos na quinta-feira. O índice de força relativa de nove dias, que é um indicador bastante empregado, foi puxado para cima do nível 30, o que, tradicionalmente é um sinal de compra dessa ferramenta técnica. Terry Gabriel, estrategista técnico da Ideaglobal, em Nova Iorque, disse que "espera um rally, como uma contra tendência", sustentou o especialista que o viés bear (baixista) parece ter se estabilizado juntamente acima da Fibonacci de suporte de longo prazo, na zona de 177,00/173,00 centavos por libra, o que representa 76,45 e 78,6% da tendência de alta de maio de 2011. "Parece que vamos nos manter separados dessa linha de suporte e, com o mercado sobrevendido, tanto nas bases diária e semanal, o café poderia ter, sim, um rally em reação contrária ao que vinha sendo praticado", disse. Na tendência de alta, para as próximas duas ou quatro semanas, Gabriel vê potencial para o café assumir um rally e seguir em direção à região de 200,00 a 210,00 centavos, patamar próximo daquele praticado em 28 de fevereiro. Entretanto, isso só deve se efetivar se os altistas conseguirem, no curto prazo, impulsionar os preços, ao passo que no longo prazo a expectativa ainda se mantém sob uma perspectiva de baixa. "Se o volume da próxima safra for próximo dos maiores números que circulam no mercado, ao redor dos 55 milhões de sacas, ela será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de consumo e exportação de café dentro do próprio ano-safra (julho de 2012 a junho de 2013). Iniciaremos o ano-safra seguinte, de ciclo baixo, praticamente sem café remanescente da safra 2012/2013. Os agrônomos com quem temos contato não acreditam que a próxima safra brasileira chegue a 55 milhões de sacas", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal. As exportações mundiais de café em fevereiro tiveram um aumento de 7,5% em relação ao mesmo mês de 2011 e totalizaram 9,32 milhões de sacas, informou a Organização Internacional do Café. As remessas para todos os destinos nos cinco primeiros meses de 2011/2012 chegaram a 41,5 milhões de sacas, retração de 1,8% em relação às 42,3 milhões de sacas. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, as exportações de arábica somaram 65,1 milhões de sacas, contra 67 milhões de sacas do ano anterior, ao passo que os envios de robusta chegaram a 38,6 milhões de sacas, contra 32,4 milhões do ano anterior. As exportações de café do Brasil em março, até o dia 28, totalizaram 1.646.798 sacas, alta de 2,10% em relação às 1.612.815 sacas registradas no mesmo período de fevereiro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 4.648 em 1.538.380 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 33.725 lotes, com as opções tendo 2.448 calls e 683 puts. Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem uma resistência em 184,05, 184,50, 184,90-185,00, 185,50, 185,70, 186,00, 186,50, 187,00, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50 e 189,90-190,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 177,10-177,00, 176,50, 176,00, 175,50, 175,10-175,00, 174,50, 174,00, 173,50, 173,00, 172,50, 172,00, 171,50 e 171,00 centavos por libra.
CAFÉ: NY FECHA EM ALTA MAS ACUMULA PERDA DE 20% NO TRIMESTRE
Nova York, 30 -
Os futuros de café arábica fecharam em alta na Bolsa ICE Futures, em Nova York, mas o mercado acumulou perda de 20% no primeiro trimestre, devido a expectativas de uma safra grande no Brasil em maio. Nesta sexta-feira, o contrato com vencimento em maio avançou 600 pontos, ou 3,40%, para 182,45 cents/lb. Segundo analistas, a disponibilidade limitada de café devido às condições climáticas desfavoráveis na Colômbia e na América Central, além da possibilidade de uma safra abaixo das expectativas no Brasil, pode impulsionar os preços no segundo trimestre. O analista Jack Scoville, da corretora Price Futures, acredita que as previsões para a safra brasileira já foram precificadas. "Acho que podemos chegar facilmente a 220 cents/lb nos próximos meses." Veja abaixo como ficaram os principais vencimentos do café em Nova York e Londres. As informações são da Dow Jones.
NOVA YORK FECHA TRIMESTRE COM PERDA ACUMULADA DE 20%
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta sexta-feira com cotações em alta acentuada. No entanto, o trimestre termina hoje e os futuros do café arábica acumularam perdas de 20% no período, principalmente por causa das expectativas de uma safra robusta no Brasil, a partir de maio. No entanto, a disponibilidade limitada de café devido ao clima desfavorável na Colômbia e na América Central, além das chances de uma produção menor do que a esperada no Brasil podem impulsionar as cotações no segundo trimestre. Acredita-se que a safra brasileira já tenha sido precificada, com os contratos podendo voltar para a área dos 220 centavos de dólar por libra-peso nos próximos meses. As informações partem de agências internacionais. Os contratos do café arábica para entrega em maio fecharam negociados a 182,45 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 6,00 centavos, ou de 3,4%.A posição julho fechou a 185,00 cents, com alta de 5,85 cents, ou de 3,26%. Londres: maio fecha em queda dissociado de demais contratos Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com queda para a primeira posição, que inverteu, desse modo, do diferencial para o julho, posição que, assim como as demais a futuro, conseguiu registrar ligeira valorização. A sessão foi marcada também por algumas rolagens de posição, principalmente no eixo maio-julho. De acordo com analistas internacionais, a sessão foi relativamente movimentada e se caracterizou por uma desaceleração do maio, que inverteu o diferencial. No entanto, a posição maio conseguiu se manter dentro do nível de 2.000 dólares, o que é um indicador de que ainda mantém uma força considerável. Os mercados externos, a exemplo das últimas sessões, não afetou o "humor" dos operadores. "Creio que tivemos vendas mais imediatas de origens, que afetaram diretamente a primeira posição, que registrou algumas retrações. Por outro lado, as posições mais a futuro se mantiveram intactas no movimento de alta, ainda que os ganhos tenham sido consideravelmente modestos. As rolagens de maio para julho estão se ampliando e as duas posições têm quase o mesmo número de contratos em aberto", disse um trader. O dia na bolsa de Londres teve o contrato de café de maio com uma movimentação de 5,05 mil lotes, com o julho tendo 4,51 mil lotes negociados. O spread entre as posições março e maio ficou em 14 dólares. No encerramento da sessão na Euronext/Liffe, a posição maio registrou queda de 15 dólares, com 2.026 dólares por tonelada, com o julho tendo valorização de 2 dólares, com 2.040 dólares por tonelada.
DÓLAR À VISTA SALTA 6,47% EM MARÇO E SUPERA R$ 1,82
São Paulo, 30 -
Neste mês em que o governo reforçou o arsenal de medidas para evitar a valorização do real - com a ampliação do prazo de cobrança de IOF de 6% sobre empréstimos externos para até 5 anos, um novo corte de 0,75 pp da taxa Selic, a 9,75% ao ano, e os leilões de compra do BC -, o dólar à vista subiu mais de 6%, reposicionando-se acima de R$ 1,82. A tensão externa derivada dos sinais de desaceleração da economia mundial, sobretudo da China, Estados Unidos e zona do euro, deu suporte extra à apreciação da moeda norte-americana com queda simultânea dos preços de commodities e da Bovespa. O dólar no mercado à vista encerrou esta última sessão do mês com sinais mistos: no balcão teve leve alta de 0,05%, a R$ 1,8270, enquanto na BM&F recuou 0,14%, a R$ 1,8240. Com o resultado, a moeda encerra março com ganho de 6,47% no balcão; e o primeiro trimestre, com queda de 2,25%. O giro financeiro total hoje encolheu cerca de 20%, para US$ 1,623 bilhão (US$ 1,407 bilhão em D+2). No mercado futuro, como houve a antecipação de rolagens de contratos nos dias anteriores, a disputa hoje em torno da formação da taxa Ptax sustentou a volatilidade de preço até o início da tarde, mas o volume de negócios foi menor. Até 17h13, quatro vencimentos de dólar foram negociados, com giro de US$ 18,438 bilhões - 20% inferior ao de ontem. Deste total, o dólar abril 2012, que será liquidado na segunda-feira com base na taxa Ptax de hoje, movimentou US$ 703 milhões e projetava R$ 1,8225; já o dólar maio/2012, que passou a concentrar a liquidez, movimentou até esse horário US$ 17,732 bilhões, com taxa em R$ 1,8380 (+0,16%). A Ptax desta sexta-feira ficou em R$ 1,8221, com queda de 0,62%, e também servirá de base para fechamento dos balanços trimestrais das empresas. A perspectiva no mercado para o curto prazo é de que o dólar se valorizar discretamente, com espaço de baixa permanecendo limitado pelos temores de novas medidas cambiais e os leilões de compra do Banco Central, disse o economista Maurício Nakahodo, da CM Capital Markets. Para ele, na semana que vem o mercado conviverá com novos dados negativos da economia da zona do euro, com exceção da Alemanha, e deverá reagir logo na segunda-feira aos números sobre atividade na China que saem neste fim de semana: os índices PMI do setor industrial oficial do país e o calculado pelo HSBC. Este último, em sua prévia de março, apresentou uma queda para 48,1 pontos, o menor nível do indicador em quatro meses. Se esses dados ficarem acima de 50, nível que indica expansão da atividade, o mercado poderá melhorar o humor. De todo modo, o comportamento do dólar dependerá ainda do perfil e tamanho do fluxo cambial. A depender da disposição do governo, avalia o economista, o dólar tem fôlego para subir mais. "Há demanda de empresários por um dólar mais apreciado, de modo a estimular a produção industrial e o setor exportador brasileiro. Além disso, a possibilidade de anúncio de novas medidas do governo poderá inibir o fluxo de dólares para Brasil", pontuou. A exemplo de ontem, o Banco Central repetiu hoje a realização de um leilão de compra de dólar pouco antes do fechamento do mercado à vista. Na operação, a autoridade monetária definiu a taxa de corte em R$ 1,8247 - mais uma vez o valor ficou acima do preço do dólar à vista naquele momento, a R$ 1,8220 no balcão (-0,22%). Após esta intervenção, a divisa no balcão recuperou o terreno positivo.
Boletim semanal - ano 79 - n° 13
Escritório CarvalhaesSantos, sexta-feira, 30 de março de 2012
A instabilidade dos mercados financeiros na Europa e a preocupação com a situação econômica global continuaram alimentando o clima de incertezas e desorientando os operadores de mercado ao redor do mundo. Os contratos de café na ICE Futures US, a bolsa de Nova Iorque, oscilaram com força no decorrer da semana, acompanhando o humor do mercado financeiro. Como os fundamentos do mercado de café são positivos e irão continuar assim por um longo período, os operadores interessados em baixa lançam mão sempre do mesmo argumento, a safra com volume recorde que o Brasil, maior produtor do mundo, colherá a partir de abril/maio próximo. Insistimos que se o volume da próxima safra for próximo dos maiores números que circulam no mercado, ao redor dos 55 milhões de sacas, ela será suficiente apenas para as necessidades brasileiras de consumo e exportação de café dentro do próprio ano-safra (julho de 2012 a junho de 2013). Iniciaremos o ano-safra seguinte, de ciclo baixo, praticamente sem café remanescente da safra 2012/2013. Os agrônomos com quem temos contato não acreditam que a próxima safra brasileira chegue a 55 milhões de sacas. Atrás de novos argumentos para a queda nos preços, alguns operadores voltaram a falar nos estoques brasileiros de café. Os estoques públicos, informados todos os meses no site da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento (http://www.conab.gov.br/), eram de 1 614 583 scs no final do último mês de fevereiro, volume suficiente para pouco mais de um mês de consumo interno brasileiro. A CONAB está finalizando o levantamento dos estoques privados existentes no final deste mês de março. O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, informou que o governo pensa em estocar café este ano como medida para ajudar os cafeicultores (fonte: Bloomberg). Até o dia 29, os embarques de março estavam em 1.481.657 sacas de café arábica, 65.626 sacas de café conillon, somando 1.547.283 sacas de café verde, mais 191.026 sacas de solúvel, contra 1.645.042 sacas no mesmo dia de fevereiro. Até o dia 29, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 2.185.570 sacas, contra 2.155.996 sacas no mesmo dia do mês anterior. A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 23, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 30, subiu nos contratos para entrega em maio próximo, 370 pontos ou US$ 4,90 (R$ 8,93) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 23 a R$ 429,16/saca e hoje, dia 30, a R$ 439,73/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 600 pontos.
SEMANA FOI MARCADA PELA ALTA VOLATILIDADE -
CNCBalanço semanal do Conselho Nacional do Café, destacando a volatilidade do mercado durante o período. Na análise da semana passada, expressamos nossa preocupação com o baixo volume de estoques de café no mercado internacional e alertamos que as posições vendidas dos fundos poderiam provocar uma alta quando estes acionassem suas recompras. Foi o que ocorreu na terça feira - dia 27/03 -, quando o contrato "C" da Bolsa de NY subiu 855 pontos. Um dos motivos atribuídos para o movimento de recompra neste dia foi a notícia da entrada de um frio intenso no Sul do País, que, embora não chegasse às regiões produtoras, foi suficiente para gerar insegurança nos agentes que estavam vendidos. Seguiu-se uma realização forte nas duas sessõesseguintes, que levou o café para a menor cotação da semana, a 176,45 centavos por libra peso (no dia 29, quando o dólar chegou a ser negociado próximo a R$1,84). Já nesta sexta-feira, houve uma recuperação, fechando a 182,45 centavos. Entre a cotação mínima e a máxima apuradas na semana, observamos uma variação de aproximadamente 1.200 pontos, com a bolsa de NY registrando uma valorização de 370 pontos no acumulado da semana, equivalente a 2%. Altas volatilidades são frequentes no mercado de café e prejudicam muito os produtores, à medida que estes movimentos dificultam o acesso a mecanismos de gestão de risco. Um produtor, ao fixar a venda futura de parte de sua produção, fica com uma administração financeira complexa devido às bruscas oscilações. Com os estoques de café nos níveis mais baixos da história desde que a Organização Internacional do Café (OIC) passou a fazer a coleta destes dados,na década de 1960, e com a proximidade da entrada do inverno brasileiro, torna-se de altíssimo risco a adoção de posições vendidas no mercado. Os fundos, ao tomarem este tipo de posição, vendem algo que não tem e correm o risco de pagar bem mais para comprar um produto escasso no mercado ao final da entressafra brasileira. Ao voltarem a aumentar suas posições vendidas na quarta e na quinta-feira, estes agentes de mercado deram uma primeira amostra dequão alta poderá ser a volatilidade dos preços na entrada do inverno brasileiro. O conhecido "weather market" poderá oferecer boas oportunidadesde venda para os produtores que ainda tem café remanescente da safra 2011, da qual mais de 90% já foram comercializados. Por fim, acreditamos que, caso a safra brasileira ultrapasse a barreira dos50 milhões de sacas, será positivo para o mercado, pois poderemos evitar o desabastecimento. Os produtores brasileiros não devem temer a entrada da safra,já que não estarão carregando cafés remanescentes e, em sua maioria, terão, ao contrário de anos anteriores, recursos suficientes para fazer a colheita sem precisar se apressar para o início da comercialização. Com um escoamento ordenado da produção, os produtores não devem se deixarlevar por pressões de baixa naturais do início das safras de ciclo maior dentro da bienalidade. Atenciosamente,Silas BrasileiroPresidente Executivo do CNC
EXPORTAÇÕES MUNDIAIS CRESCEM 7,5% EM FEVEREIRO VIETNAM FOI O MAIOR EXPOTADOR DE FEVEREIRO - OICAs exportações mundiais de café cresceram 7,5% em fevereiro, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 9,32 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Entretanto, os embarques de café nos primeiros cinco da safra 2011/12, de outubro a fevereiro, recuaram 1,8% para 41,5 milhões de sacas, ante as 42,3 milhões de sacas exportadas no mesmo período do ciclo anterior. Nos últimos 12 meses até fevereiro, as exportações de café arábica atingiram 65,1 milhões de sacas, queda ante ao embarque de 67 milhões de sacas no mesmo período do ano anterior. Já os embarques de robusta no período subiram para 38,6 milhões de sacas, frente as 32,4 milhões de sacas exportadas no ano anterior. As informações partem de agências internacionais.
CONAB INICIA LEVANTAMENTO DOS ESTOQUES PRIVADOS DE CAFÉA Conab já está iniciando o 9 levantamento de estoque privado da safra 2010/2011 de café. A Gerência de Informações Técnicas, da área de Informação do Agronegócio, distribuiu formulários para produtores eindústrias de torrefação, moagem e de solúveis de todo o país, para que eles informem, até o dia 17 de abril, os estoques de passagem contidos em seus armazéns no dia 31 de março, quando entra a nova safra. Foram enviados mais de mil boletins que deverão ser preenchidos pelos armazenadores e posterior processamento. No último levantamento, realizado em 2011, o estoque nacional apurado pela empresa foi de 9,2 milhões de sacas. O volume é 3,2% maior que o apurado no ano anterior, que foi de 8,9 milhões. A Geint recomenda ao armazenador que não recebeu o boletim, para que entreem contato com a Conab, pelo telefone (61) 3312-6299 ou pelo endereço eletrônico geint@conab.gov.br. As informações são da Conab.
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