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segunda-feira, 31 de março de 2014

Café volta a ganhar corpo na ICE e suplanta resistência

O viés consolidativo do mercado de café não durou por muito tempo. Nesta sexta-feira, novamente os contratos futuros de café negociados na ICE Futures US tiveram um significativo avanço e conseguiram fechar os trabalhos acima do nível psicológico de 180,00 centavos de dólar por libra peso. A sessão foi baseada em boas aquisições especulativas e coberturas deposições short. Depois de uma abertura modesta, rapidamente as ordens de compra passaram a ser processadas, até o rompimento da resistência de 180,00 centavos. O mercado demonstrou solidez ao conseguir se manter acima desse referencial. Já os vendedores, que deram demonstração de atividade ao longo dos últimos dias, ao longo deste pregão se mostram muito mais discretos, sem interferir na consolidação dos ganhos. A questão da disponibilidade global continua na pauta dos players e, diante de tantas incertezas quanto à safra brasileira, alguns players continuam a atuar de maneira mais conservadora, efetuando compras protetivas e, assim, dando um bom suporte para os preços nos terminais da casa de comercialização norte-americana.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 425 pontos, com 180,60 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em 181,05 centavos e a mínima de 176,40 centavos, com o julho registrando avanço de 430 pontos, com 182,60 centavos por libra, com a máxima em 183,05 centavos e a mínima em 178,50 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve alta de13 dólares, com 2.096 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 13 dólares, para 2.093 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por ações técnicas e pela retomada de força dos compradores, que se viram, por vários pregões, de lado, diante de um movimento corretivo mais efetivo, após o maio tocar o teto de 200,00 centavos de dólar. No segmento externo, o dia foi de altas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, o dólar voltou a ter pouca oscilação, ao passo que, nas commodities, o petróleo teve mais uma alta, com a maior parte dos softs subindo, com destaque positivo para o café e algodão.

"Tivemos um dia interessante, com uma mudança de padrão, após as baixas da semana passada. Com isso, conseguimos fechar a semana com alta de mais de 5%, demonstrando que o mercado se mantém sustentado. No físico brasileiro, os produtores acreditam em bases ainda mais interessantes e os negócios são limitados", disse um trader.

"Os agrônomos inspecionam os cafezais, constatam os danos, mas informam que ainda é cedo para se falar em números. Há muitas décadas não enfrentamos uma anormalidade meteorológica tão séria e prolongada como esta, o que dificulta os prognósticos. Operadores de mercado se adiantam e começam a arriscar números. Aparecem estimativas para todos os gostos e interesses", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal. A empresa sustentou que "o mês com maior número de contratos em aberto na bolsa de Nova Iorque é maio próximo e o segundo é julho. Em maio estaremos no início dos trabalhos de colheita da safra brasileira de arábica e em julho em plena colheita, portanto ainda sem números precisos sobre o volume das perdas em nossa produção. O tamanho dos interesses envolvidos nesses dois vencimentos explica a guerra de informações que estamos assistindo", finalizou.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 26,totalizaram 1.545.623 sacas, queda de 8% em relação às 1.680.031 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 4.556 sacas, indo para 2.591.914 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência181,05, 181,50, 182,00, 182,50, 183,00, 183,50, 184,00, 184,50, 184,90-185,00,185,50, 186,00, 186,50, 187,00 e 187,50 centavos de dólar, com o suporte em176,40, 176,00, 175,50, 175,00, 174,50, 174,00, 173,60-173,50, 173,00,172,50,172,15, 172,00, 171,50, 171,00, 170,50, 170,10-170,00, 169,50, 169,00, 168,50,168,00, 167,50, 167,00, 166,50 e 166,00 centavos.




Londres tem dia de valorização , mas não se mantém acima dos US$ 2.100

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta sexta-feira com ganhos leves, como maio chegando a testar o nível de 2.100 dólares, mas finalizando as operações do pregão abaixo desse patamar psicológico.


De acordo com analistas internacionais, o dia seguiu o bom desempenho dos arábicas em Nova Iorque e algumas ações de arbitragem contribuíram para as altas do pregão. A máxima desta sexta-feira foi de 2.108dólares. Nesse nível, contudo, algumas realizações foram identificadas, o que permitiu fazer com que o maio se posicionasse abaixo do referencial.

"Ao final, tivemos uma sessão relativamente calma e com poucas novidades. Os ganhos vieram, mas o maio ficou apenas próximo da resistência de 2.100 dólares. Estamos vendo um aumento das operações de rolagens, com o julho tendo hoje apenas 9 mil lotes em aberto a menos que o maio", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 6,25 mil contratos, contra 6,03 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 3 dólares.

No encerramento do dia, o maio teve alta de 13 dólares, com2.096 dólares por tonelada, com o julho apresentando valorização de 13 dólares, para 2.093 dólares por tonelada

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