Após quatro quedas seguidas, dólar termina o dia em leve alta
Depois de quatro pregões seguidos de queda, o dólar comercial fechou em ligeira
alta frente ao real, diante de incertezas sobre as atuações do Banco Central no
mercado de câmbio e da demanda maior por dólar por parte de importadores,
aproveitando a taxa de câmbio mais baixa. O fluxo positivo de recursos para o
Brasil, no entanto, continua limitando a alta da moeda americana no mercado
local.
O dólar comercial terminou o dia com elevação de 0,09% a R$ 2,3080. Já o
contrato futuro com vencimento em abril subia 0,02% para R$ 2,331. O contrato
para maio, no entanto, caía 0,12% para R$ 2,313.
Hoje pela manhã, o BC vendeu apenas 2.400 contratos de um total de 4.000
contratos de swap cambial ofertados no leilão diário do programa de intervenção
no câmbio. Os contratos foram colocados para vencimento em 1 de dezembro de
2014 e somaram R$ 118,9 milhões. A operação ocorreu quando a moeda americana
negociava na mínima do dia, abaixo de R$ 2,30.
Logo após a venda parcial dos contratos, o dólar passou a subir, encostando em
R$ 2,32. O BC anunciou, então, um segundo leilão de contratos de swap para
fazer a colocação dos contratos restantes. No segundo leilão foram vendidos
todos os 1.600 contratos ofertados, para vencimento em 1 de dezembro, cuja
operação somou R$ 79,1 milhões, completando assim a venda dos 4 mil contratos
previstos no programa.
Segundo analistas, o fato de o BC não ter feito a colocação integral dos
contratos no primeiro leilão trouxe incerteza para o mercado em relação à
atuação da autoridade monetária e teria contribuído para a alta do dólar. "O BC
parece desconfortável com um dólar abaixo de R$ 2,30, mas também não quer ver o
câmbio desancorado", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
A perspectiva de entrada de recursos para renda fixa e de captações externas,
no entanto, continua limitando a alta do dólar no mercado local, levando muitos
investidores a reduzir a posição comprada na moeda americana, que acumula queda
de 1,58% em março. Dados do BC divulgados hoje mostram que o fluxo cambial está
positivo em US$ 5,469 bilhões em março, até o dia 21, resultado de uma entrada
líquida de US$ 5,664 bilhões na conta financeira e de um déficit de US$ 195
milhões na conta comercial. Só na semana passada, houve entrada líquida de US$
2,454 bilhões. No ano, o saldo cambial é positivo em US$ 5,223 bilhões.
Taxas dos DIs terminam sessão da BM&FBovespa em queda
São Paulo, 26 de março de 2014 - As taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão da BM&FBovespa desta quarta-feira no
campo negativo. Com o maior volume financeiro, a taxa dos papéis programados
para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%, movimentando R$ 26,7 bilhões.
No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuaram de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Mercado vai reagir a relatório de inflação e EUA
São Paulo, 26 de março de 2014 - As negociações nos mercados de dólar
comercial e juros futuros vão refletir, principalmente, os dados apresentados
pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação, referente ao
primeiro trimestre de 2014, e a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos
Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado.
"O relatório de inflação poderá causar volatilidade ao mercado,
principalmente no momento em que o BC tem deixado as últimas atas abertas em
relação às perspectivas à alta na Selic [taxa básica de juros]. Os
investidores aguardam se a postura de não se comprometer com as ações futuras
será mantida", diz o estrategista-chefe do Crédit Agricole, Vladimir
Caramaschi.
No caso dos dados externos, os analistas esperam alta de 2,6% na leitura
final do PIB dos Estados Unidos, no quarto trimestre, após a segunda leitura
ter apontado alta de 2,4%. No terceiro trimestre, o Departamento do Comércio
que houve crescimento de 4,1%, ante o trimestre anterior, na comparação anual.
Caramaschi destaca que o mercado continuará com a atenção voltada para a
tensão entre Rússia e Ucrânia e o possível desdobramento das sanções mais
fortes que os Estados Unidos querem impor ao governo russo. Hoje, o presidente
norte-americano Barack Obama afirmou, no Conselho da União Europeia (UE), que
as ações vão considerar a dependência energética e as consequências para
outros países.
Nesta quarta-feira, o dólar comercial terminou as negociações com leve
alta de 0,08%, em relação ao real, cotado a R$ 2,3060 para compra e a R$
2,3080 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a
mínima de R$ 2,2940 e a máxima de R$ 2,3210. No mercado futuro, os contratos
da divisa com vencimento em abril caíram 0,43%, a R$ 2.306,000.
"O discurso do Obama em Bruxelas alimentou a aversão ao risco, fazendo com
que tanto os mercados acionários quanto o de câmbio fossem impactados",
disse. O estrategista-chefe acredita que essa onda de bom humor com o Brasil
está com os dias contados, devido fatores negativos como racionamento de
energia, corte no rating, ajuste fiscal e arrecadação.
Juros
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a
sessão da BM&FBovespa com queda. Com o maior volume financeiro, a taxa dos
papéis programados para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%,
movimentando R$ 26,7 bilhões.
No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuou de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões. Caramaschi afirma que o recuo nas taxas neste pregão foi mais um
movimento técnico, pois vinham subindo muito nos meses anteriores, com a
entrada de estrangeiros nos ativos de renda fixa, instigados pela alta dos
juros.
PERSPECTIVA: Relatório de inflação e PIB dos EUA devem nortear negócios
São Paulo, 26 de março de 2014 - Após interromper a sequência de sete
pregões de alta, o Ibovespa, principal índice da BM&Fbovespa, deverá abrir a
sessão amanhã reagindo aos dados do relatório trimestral de inflação,
segundo Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos. Os dados de Produto
Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos também podem influenciar os negócios.
"O relatório de inflação sem dúvida será o destaque, mas os números
dos Estados Unidos também serão importantes. Acredito que amanhã o Ibovespa
deva realizar mais um pouco, embora a tendência para a bolsa tenha invertido
para alta com o mercado olhando para o conjunto de possíveis estímulos da
China e manutenção de grau de investimento do Brasil por pelo menos mais um
ano. Isso traz certo alivio, dando tempo de arrumar a casa independente das
eleições", destaca Mesnik.
O Banco Central divulga, às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação,
referente ao primeiro trimestre de 2014. Nos Estados Unidos, o Departamento do
Comércio informa, às 9h30, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do
quarto trimestre. No terceiro trimestre, houve expansão de 4,1% ante o
trimestre anterior em termos anualizados. Analistas esperam alta de 2,6% na
leitura final do quarto trimestre, após a segunda leitura ter apontado alta de
2,4%.
Ainda na agenda norte-americana serão divulgados o número de novos pedidos
de seguro-desemprego na última semana, às 9h30, pelo Departamento do Trabalho
e às 11h, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em
inglês) divulga as vendas pendentes de imóveis residenciais referentes a
fevereiro. Em janeiro, as vendas subiram 0,1% ante dezembro. A expectativa é de
queda de 0,2%.
Hoje, o Ibovespa encerrou em queda de 0,45%, a 47.965 pontos, refletindo
movimento de realização dos lucros, após as altas consecutivas. O giro
financeiro foi de R$ 6,4 bilhões. A inversão do sinal dos índices
norte-americanos, encerrando em queda, também colaborou com o recuo do
Ibovespa. Entre os papéis mais líquidos, as ações preferenciais da Petrobras
(PETR4) caíam 0,55%, a R$ 14,52, e as da Vale (VALE5) desvalorizaram 0,40%, a
R$ 27,66.
Bovespa fecha em queda com realização de lucros após 7 altas
A bolsa brasileira finalmente cedeu à realização nesta quarta-feira, após sete
pregões consecutivos de alta. A piora das bolsas americanas após declarações do
presidente Barack Obama acabou se refletindo por aqui. Obama disse que os
Estados Unidos e a Europa estão enfrentando um "momento de teste", que desafia
a ordem internacional. Em discurso realizado em Bruxelas, Obama disse ainda que
a anexação da Crimeia pela Rússia viola as leis internacionais. Obama sugeriu
que as sanções contra a Rússia podem aumentar e afirmou que as atitudes de
Moscou não prejudicam somente a economia da Rússia, mas todo o sistema
internacional.. Por aqui, Petrobras e Vale demonstraram fraqueza após as altas
recentes, enquanto o setor bancário voltou a brilhar, mesmo após a confirmação
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P na madrugada de hoje. A nota do
Banco Central sobre operações de crédito deu fôlego ao setor. Porém, o
adiamento do julgamento no STJ sobre a correção da poupança da época dos planos
econômicos para abril tirou um pouco da força de alta dos papéis. O Ibovespa
fechou em baixa de 0,45%, para 47.965 pontos, com volume de R$ 6,431 bilhões.
Até ontem, a bolsa acumulava ganho de 7,15% em sete pregões seguidos de alta.
"Foi um dia clássico de realização de lucros após uma longa sequência de
altas", afirmou o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Como
o dólar terminou pra ticamente de lado [alta de 0,09%], tudo indica que não
teve tanta entrada de capital externo na bolsa hoje. Mas não é uma queda que
preocupa. O Ibovespa tem espaço para corrigir até os 47 mil pontos sem perder a
tendência de recuperação", disse o especialista. Entre as principais ações do
índice, Vale PNA caiu 0,39%, a R$ 27,50, e Petrobras PN recuou 0,55%, para R$
14,40. No setor bancário, Itaú PN subiu 0,86%, para R$ 32,73; Bradesco PN
ganhou 2,21%, a R$ 29,51; Banco do Brasil ON teve alta de 1,29%, para R$ 21,11;
e Santander Unit avançou 2,23%, para R$ 12,37. O Banco Central manteve hoje
suas projeções de expansão do crédito total neste ano em 13%. A expectativa é
que os bancos públicos tenham expansão de 17% e os privados de 10%. O anúncio
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P acabou não fazendo preço nos
ativos, já que era mais do que esperada. Segundo operadores, os investidores
estrangeiros puxam as compras no setor financeiro. A lista de maiores altas
trouxe, além dos bancos, TIM ON (4,00%), MRV ON (3,65%) e Light ON (2,16%). Na
outra ponta apareceram Oi PN (-11,14%), Rossi ON (-4,96%) e PDG Realty ON
(-4,47%). As ações da Oi registram forte queda no pregão de hoje, após do
colegiado da CVM ter decidido que os controladores da companhia podem votar na
assembleia que vai examinar o valor dos ativos da Portugal Telecom que serão
aportados em aumento de capital previsto no processo de fusão das duas
companhias. A CVM também manteve a assembleia da Oi, que discutirá o tema,
nesta quinta-feira. A decisão da CVM funciona praticamente como um sinal verde
para a operação, comenta John Keith, analista da Bernstein Research. De acordo
com Keith, agora não há muitos impedimentos para que o processo siga seu curso,
mas a casa de análise já acreditava que a união ocorreria por falta de opção
melhor aos minoritários. "Ainda acreditamos que a fusão é a melhor saída
possível para todas as partes", disse o especialista em entrevista aos
repórteres Renato Rostás e Daniela Meibak, do Valor. Com a certeza de aprovação
do aumento de capital, os acionistas que não participarem da operação serão
diluídos. Por isso, muitos minoritários estão insatisfeitos com essa potencial
diluição e decidiram vender seus papéi
Bolsa fecha em queda e encerra sequência de sete altas; bancos sobem
São Paulo, SP - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
fechou esta quarta-feira (26) em queda de 0,45%, aos 47.965 pontos, encerrando
uma sequência de sete altas.
"O rali da Bolsa desde a semana passada abriu espaço para os investidores
embolsarem lucros", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria Leme
Investimentos.. "Além disso, o mercado nacional sofreu influencia dos EUA, onde
as Bolsas caíram após o discurso de Obama sobre a Crimeia e a tensão política
com a Rússia", acrescenta.
As ações da Oi lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com baixa de 11,14%. O
movimento reflete a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de
permitir que os controladores da companhia participem de assembleia sobre a
fusão com a Portugal Telecom.
Os acionistas minoritários haviam pedido à CVM para que impedisse os
controladores de participarem do evento, porque não concordavam com o laudo de
avaliação dos ativos da Portugal Telecom, elaborado pelo Santander.
O setor bancário também teve influência na Bolsa brasileira hoje. As ações dos
bancos fecharam em alta, apesar de terem reduzido os ganhos durante a tarde,
quando o Ibovespa, afetado pelos EUA, também perdeu força.
Para Brügger, o que motivou o ganho dos bancos hoje foi a reunião que a
presidente Dilma Rousseff teve ontem com os representantes dessas instituições.
"Ela parecia estar mais disposta a ouvir o setor, que sofreu nos últimos anos
com uma interferência do governo, como para uma redução do spread (diferença
entre o juro cobrado nos empréstimos e o pago aos clientes que investem), por
exemplo", avalia.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou o corte
na nota de 13 instituições financeiras, entre elas estão os cinco maiores
bancos do país. A medida veio um dia após a agência ter reduzido a nota do
Brasil de "BBB" para "BBB-".
"O corte já era esperado. Era sabido que quando a agência abaixasse a nota do
governo, também iria reduzir a avaliação das empresas de setores mais expostos
a ele. No geral, não tem impacto e não deve afetar a capacidade deles de tomar
recursos", Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.
As ações do Itaú Unibanco fecharam esta quarta-feira em alta de 0,86%, enquanto
Bradesco subiu 2,22% e Santander teve valorização de 2,23%. Já os papéis do
Banco do Brasil avançaram 1,30% no dia.
O setor também foi influenciado pela notícia de que o STJ (Superior Tribunal de
Justiça) adiou pela terceira vez o julgamento do processo que define com mais
precisão o custo das ações judiciais movidas por poupadores que afirmam ter
tido perdas com a edição de planos econômicos nos governos Sarney e Collor.
"O julgamento da correção das poupanças é algo que os bancos têm que se
preparar para arcar com uma possível decisão desfavorável. Eles precisam de um
prazo para poder montar uma estratégia para se provisionar. Ainda há muitas
dúvidas sobre o assunto e quanto mais demora para o julgamento acontecer, mais
perdido o mercado fica", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Na ponta positiva do Ibovespa, ganharam destaque os papéis da TIM
Participações, que subiram 4,01%. Segundo analistas, pode ter havido migração
de investimentos da Oi para TIM entre os aplicadores que querem manter posições
no setor de telecomunicações.
DÓLAR SOBE
Depois de sete dias em baixa, o dólar voltou a ganhar força em relação ao real
nesta quarta-feira, em meio a intervenções não convencionais do Banco Central.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,42%, a R$
2,312 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou
0,08%, para R$ 2,308.
O Banco Central realizou logo cedo um leilão de swap cambial tradicional, que
equivale à venda de dólares no mercado futuro, numa operação que estava
prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio.
A autoridade, no entanto, aceitou vender apenas 2.400 contratos dos 4.000
papéis oferecidos. Com isso, a avaliação de operadores foi de que o governo não
queria que a moeda americana caísse para menos de R$ 2,30, o que prejudicaria
as receitas das exportadoras brasileiras.
Mas, logo em seguida, o BC anunciou outro leilão de swap para ofertar 1.600
contratos ""mesmo valor que faltou para completar a oferta de 4.000 papéis na
operação anterior"", que foram todos vendidos.
A autoridade fez ainda um terceiro leilão. Desta vez, o objetivo era rolar os
contratos de swap que venceriam em 1 de abril deste ano. Todos os 10.000
papéis ofertados nesta operação foram vendidos.
MERCADO EUA: Indices caem com aumento de tensão após discurso de Obama
São Paulo, 26 de março de 2014 - Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos fecharam em queda, influenciados pelo aumento das
tensões em relação à Rússia, principalmente após declarações do
presidente Barack Obama. O Dow Jones caiu 0,60%, a 16.268 pontos; e o S&P 500
encerrou com queda de 0,70%, a 1.852 pontos. O Nasdaq Composto teve queda de
1,43%, a 4.173 pontos, influenciado pela forte desvalorização dos papéis da
estreante King Digital Entertainment, criadora do jogo "Candy Crush", que
recuou 15,6%.
Os índices chegaram a operar em alta com o ânimo dos investidores
alimentado pelo resultado positivo de pedidos de bens duráveis nos Estados
Unidos. O Departamento de Comércio informou que os pedidos de bens duráveis
subiram 2,2% em fevereiro ante janeiro, para US$ 229,4 bilhões. Em janeiro, as
encomendas haviam caído 1,3% (dado revisado), na comparação mensal.
O movimento virou após Obama declarar que a aplicação de sanções
econômicas mais fortes contra a Rússia tem que levar em consideração,
principalmente, a dependência energética e as consequências para outros
países. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e União
Europeia. Para irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas,
pois alguns países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá
consequências para todo mundo", alertou Obama.
PETRÓLEO: Preço do WTI fecha com maior alta em duas semanas
São Paulo, 26 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em alta hoje, com a redução inesperada nos estoques de
gasolina nos Estados Unidos e com o discurso de Barack Obama sobre dependência
energética dos europeus frente à Rússia. Na Nymex, os preços dos contratos
futuros do WTI, com vencimento em maio, encerraram a sessão com alta de 1,07%,
a US$ 100,26 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos futuros do
Brent, com o mesmo vencimento, ficou praticamente estável, em US$ 107,03 o
barril
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) informou hoje que os
estoques de gasolina caíram em 5,1 milhões de barris (2,3%) para 217,2
milhões de barris na semana encerrada em 21 de março, enquanto os de petróleo
subiram em 6,6 milhões para 382,5 milhões.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou que o
Ocidente está cauteloso em aplicar sanções econômicas mais fortes à
Rússia, pois países europeus ainda dependem muito do fornecimento de gás e
petróleo russos e incentivou a Europa a buscar suas próprias fontes de
energia. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e UE. Para
irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas, pois alguns
países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá consequências
para todo mundo", alertou Obama, em coletiva de imprensa no Conselho da União
Europeia (UE).Após quatro quedas seguidas, dólar termina o dia em leve alta
Depois de quatro pregões seguidos de queda, o dólar comercial fechou em ligeira
alta frente ao real, diante de incertezas sobre as atuações do Banco Central no
mercado de câmbio e da demanda maior por dólar por parte de importadores,
aproveitando a taxa de câmbio mais baixa. O fluxo positivo de recursos para o
Brasil, no entanto, continua limitando a alta da moeda americana no mercado
local.
O dólar comercial terminou o dia com elevação de 0,09% a R$ 2,3080. Já o
contrato futuro com vencimento em abril subia 0,02% para R$ 2,331. O contrato
para maio, no entanto, caía 0,12% para R$ 2,313.
Hoje pela manhã, o BC vendeu apenas 2.400 contratos de um total de 4.000
contratos de swap cambial ofertados no leilão diário do programa de intervenção
no câmbio. Os contratos foram colocados para vencimento em 1 de dezembro de
2014 e somaram R$ 118,9 milhões. A operação ocorreu quando a moeda americana
negociava na mínima do dia, abaixo de R$ 2,30.
Logo após a venda parcial dos contratos, o dólar passou a subir, encostando em
R$ 2,32. O BC anunciou, então, um segundo leilão de contratos de swap para
fazer a colocação dos contratos restantes. No segundo leilão foram vendidos
todos os 1.600 contratos ofertados, para vencimento em 1 de dezembro, cuja
operação somou R$ 79,1 milhões, completando assim a venda dos 4 mil contratos
previstos no programa.
Segundo analistas, o fato de o BC não ter feito a colocação integral dos
contratos no primeiro leilão trouxe incerteza para o mercado em relação à
atuação da autoridade monetária e teria contribuído para a alta do dólar. "O BC
parece desconfortável com um dólar abaixo de R$ 2,30, mas também não quer ver o
câmbio desancorado", afirma o tesoureiro de um banco estrangeiro.
A perspectiva de entrada de recursos para renda fixa e de captações externas,
no entanto, continua limitando a alta do dólar no mercado local, levando muitos
investidores a reduzir a posição comprada na moeda americana, que acumula queda
de 1,58% em março. Dados do BC divulgados hoje mostram que o fluxo cambial está
positivo em US$ 5,469 bilhões em março, até o dia 21, resultado de uma entrada
líquida de US$ 5,664 bilhões na conta financeira e de um déficit de US$ 195
milhões na conta comercial. Só na semana passada, houve entrada líquida de US$
2,454 bilhões. No ano, o saldo cambial é positivo em US$ 5,223 bilhões.
Taxas dos DIs terminam sessão da BM&FBovespa em queda
São Paulo, 26 de março de 2014 - As taxas dos contratos de Depósito
Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão da BM&FBovespa desta quarta-feira no
campo negativo. Com o maior volume financeiro, a taxa dos papéis programados
para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%, movimentando R$ 26,7 bilhões.
No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuaram de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões.
PERSPECTIVA CÂMBIO E JUROS:Mercado vai reagir a relatório de inflação e EUA
São Paulo, 26 de março de 2014 - As negociações nos mercados de dólar
comercial e juros futuros vão refletir, principalmente, os dados apresentados
pelo Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação, referente ao
primeiro trimestre de 2014, e a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos
Estados Unidos no quarto trimestre do ano passado.
"O relatório de inflação poderá causar volatilidade ao mercado,
principalmente no momento em que o BC tem deixado as últimas atas abertas em
relação às perspectivas à alta na Selic [taxa básica de juros]. Os
investidores aguardam se a postura de não se comprometer com as ações futuras
será mantida", diz o estrategista-chefe do Crédit Agricole, Vladimir
Caramaschi.
No caso dos dados externos, os analistas esperam alta de 2,6% na leitura
final do PIB dos Estados Unidos, no quarto trimestre, após a segunda leitura
ter apontado alta de 2,4%. No terceiro trimestre, o Departamento do Comércio
que houve crescimento de 4,1%, ante o trimestre anterior, na comparação anual.
Caramaschi destaca que o mercado continuará com a atenção voltada para a
tensão entre Rússia e Ucrânia e o possível desdobramento das sanções mais
fortes que os Estados Unidos querem impor ao governo russo. Hoje, o presidente
norte-americano Barack Obama afirmou, no Conselho da União Europeia (UE), que
as ações vão considerar a dependência energética e as consequências para
outros países.
Nesta quarta-feira, o dólar comercial terminou as negociações com leve
alta de 0,08%, em relação ao real, cotado a R$ 2,3060 para compra e a R$
2,3080 para venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a
mínima de R$ 2,2940 e a máxima de R$ 2,3210. No mercado futuro, os contratos
da divisa com vencimento em abril caíram 0,43%, a R$ 2.306,000.
"O discurso do Obama em Bruxelas alimentou a aversão ao risco, fazendo com
que tanto os mercados acionários quanto o de câmbio fossem impactados",
disse. O estrategista-chefe acredita que essa onda de bom humor com o Brasil
está com os dias contados, devido fatores negativos como racionamento de
energia, corte no rating, ajuste fiscal e arrecadação.
Juros
As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a
sessão da BM&FBovespa com queda. Com o maior volume financeiro, a taxa dos
papéis programados para julho de 2014 recuou de 10,84% para 10,83%,
movimentando R$ 26,7 bilhões.
No longo prazo, a taxa dos contratos com vencimento em janeiro de 2017
caíram de 12,52% para 12,37%, o maior recuo entre os DIs. O volume financeiro
totalizou R$ 23,8 bilhões. No mesmo sentido, ficaram as taxas dos papéis para
janeiro de 2016, que cederam de 12,08% para 10,97%, movimentando R$ 13 bilhões.
Voltando ao curto prazo, a taxa dos contratos que expiram em janeiro de 2015
recuou de 11,16% para 11,13%, com movimentação financeira de R$ 17,6
bilhões. Caramaschi afirma que o recuo nas taxas neste pregão foi mais um
movimento técnico, pois vinham subindo muito nos meses anteriores, com a
entrada de estrangeiros nos ativos de renda fixa, instigados pela alta dos
juros.
PERSPECTIVA: Relatório de inflação e PIB dos EUA devem nortear negócios
São Paulo, 26 de março de 2014 - Após interromper a sequência de sete
pregões de alta, o Ibovespa, principal índice da BM&Fbovespa, deverá abrir a
sessão amanhã reagindo aos dados do relatório trimestral de inflação,
segundo Frederico Mesnik, sócio da Humaitá Investimentos. Os dados de Produto
Interno Bruto (PIB) nos Estados Unidos também podem influenciar os negócios.
"O relatório de inflação sem dúvida será o destaque, mas os números
dos Estados Unidos também serão importantes. Acredito que amanhã o Ibovespa
deva realizar mais um pouco, embora a tendência para a bolsa tenha invertido
para alta com o mercado olhando para o conjunto de possíveis estímulos da
China e manutenção de grau de investimento do Brasil por pelo menos mais um
ano. Isso traz certo alivio, dando tempo de arrumar a casa independente das
eleições", destaca Mesnik.
O Banco Central divulga, às 8h30, o Relatório Trimestral de Inflação,
referente ao primeiro trimestre de 2014. Nos Estados Unidos, o Departamento do
Comércio informa, às 9h30, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) do
quarto trimestre. No terceiro trimestre, houve expansão de 4,1% ante o
trimestre anterior em termos anualizados. Analistas esperam alta de 2,6% na
leitura final do quarto trimestre, após a segunda leitura ter apontado alta de
2,4%.
Ainda na agenda norte-americana serão divulgados o número de novos pedidos
de seguro-desemprego na última semana, às 9h30, pelo Departamento do Trabalho
e às 11h, a Associação Nacional dos Corretores de Imóveis (NAR, na sigla em
inglês) divulga as vendas pendentes de imóveis residenciais referentes a
fevereiro. Em janeiro, as vendas subiram 0,1% ante dezembro. A expectativa é de
queda de 0,2%.
Hoje, o Ibovespa encerrou em queda de 0,45%, a 47.965 pontos, refletindo
movimento de realização dos lucros, após as altas consecutivas. O giro
financeiro foi de R$ 6,4 bilhões. A inversão do sinal dos índices
norte-americanos, encerrando em queda, também colaborou com o recuo do
Ibovespa. Entre os papéis mais líquidos, as ações preferenciais da Petrobras
(PETR4) caíam 0,55%, a R$ 14,52, e as da Vale (VALE5) desvalorizaram 0,40%, a
R$ 27,66.
Bovespa fecha em queda com realização de lucros após 7 altas
A bolsa brasileira finalmente cedeu à realização nesta quarta-feira, após sete
pregões consecutivos de alta. A piora das bolsas americanas após declarações do
presidente Barack Obama acabou se refletindo por aqui. Obama disse que os
Estados Unidos e a Europa estão enfrentando um "momento de teste", que desafia
a ordem internacional. Em discurso realizado em Bruxelas, Obama disse ainda que
a anexação da Crimeia pela Rússia viola as leis internacionais. Obama sugeriu
que as sanções contra a Rússia podem aumentar e afirmou que as atitudes de
Moscou não prejudicam somente a economia da Rússia, mas todo o sistema
internacional.. Por aqui, Petrobras e Vale demonstraram fraqueza após as altas
recentes, enquanto o setor bancário voltou a brilhar, mesmo após a confirmação
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P na madrugada de hoje. A nota do
Banco Central sobre operações de crédito deu fôlego ao setor. Porém, o
adiamento do julgamento no STJ sobre a correção da poupança da época dos planos
econômicos para abril tirou um pouco da força de alta dos papéis. O Ibovespa
fechou em baixa de 0,45%, para 47.965 pontos, com volume de R$ 6,431 bilhões.
Até ontem, a bolsa acumulava ganho de 7,15% em sete pregões seguidos de alta.
"Foi um dia clássico de realização de lucros após uma longa sequência de
altas", afirmou o analista técnico da Clear Corretora, Raphael Figueredo. "Como
o dólar terminou pra ticamente de lado [alta de 0,09%], tudo indica que não
teve tanta entrada de capital externo na bolsa hoje. Mas não é uma queda que
preocupa. O Ibovespa tem espaço para corrigir até os 47 mil pontos sem perder a
tendência de recuperação", disse o especialista. Entre as principais ações do
índice, Vale PNA caiu 0,39%, a R$ 27,50, e Petrobras PN recuou 0,55%, para R$
14,40. No setor bancário, Itaú PN subiu 0,86%, para R$ 32,73; Bradesco PN
ganhou 2,21%, a R$ 29,51; Banco do Brasil ON teve alta de 1,29%, para R$ 21,11;
e Santander Unit avançou 2,23%, para R$ 12,37. O Banco Central manteve hoje
suas projeções de expansão do crédito total neste ano em 13%. A expectativa é
que os bancos públicos tenham expansão de 17% e os privados de 10%. O anúncio
do rebaixamento dos ratings do setor pela S&P acabou não fazendo preço nos
ativos, já que era mais do que esperada. Segundo operadores, os investidores
estrangeiros puxam as compras no setor financeiro. A lista de maiores altas
trouxe, além dos bancos, TIM ON (4,00%), MRV ON (3,65%) e Light ON (2,16%). Na
outra ponta apareceram Oi PN (-11,14%), Rossi ON (-4,96%) e PDG Realty ON
(-4,47%). As ações da Oi registram forte queda no pregão de hoje, após do
colegiado da CVM ter decidido que os controladores da companhia podem votar na
assembleia que vai examinar o valor dos ativos da Portugal Telecom que serão
aportados em aumento de capital previsto no processo de fusão das duas
companhias. A CVM também manteve a assembleia da Oi, que discutirá o tema,
nesta quinta-feira. A decisão da CVM funciona praticamente como um sinal verde
para a operação, comenta John Keith, analista da Bernstein Research. De acordo
com Keith, agora não há muitos impedimentos para que o processo siga seu curso,
mas a casa de análise já acreditava que a união ocorreria por falta de opção
melhor aos minoritários. "Ainda acreditamos que a fusão é a melhor saída
possível para todas as partes", disse o especialista em entrevista aos
repórteres Renato Rostás e Daniela Meibak, do Valor. Com a certeza de aprovação
do aumento de capital, os acionistas que não participarem da operação serão
diluídos. Por isso, muitos minoritários estão insatisfeitos com essa potencial
diluição e decidiram vender seus papéi
Bolsa fecha em queda e encerra sequência de sete altas; bancos sobem
São Paulo, SP - O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira,
fechou esta quarta-feira (26) em queda de 0,45%, aos 47.965 pontos, encerrando
uma sequência de sete altas.
"O rali da Bolsa desde a semana passada abriu espaço para os investidores
embolsarem lucros", diz João Pedro Brügger, analista da consultoria Leme
Investimentos.. "Além disso, o mercado nacional sofreu influencia dos EUA, onde
as Bolsas caíram após o discurso de Obama sobre a Crimeia e a tensão política
com a Rússia", acrescenta.
As ações da Oi lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com baixa de 11,14%. O
movimento reflete a decisão da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de
permitir que os controladores da companhia participem de assembleia sobre a
fusão com a Portugal Telecom.
Os acionistas minoritários haviam pedido à CVM para que impedisse os
controladores de participarem do evento, porque não concordavam com o laudo de
avaliação dos ativos da Portugal Telecom, elaborado pelo Santander.
O setor bancário também teve influência na Bolsa brasileira hoje. As ações dos
bancos fecharam em alta, apesar de terem reduzido os ganhos durante a tarde,
quando o Ibovespa, afetado pelos EUA, também perdeu força.
Para Brügger, o que motivou o ganho dos bancos hoje foi a reunião que a
presidente Dilma Rousseff teve ontem com os representantes dessas instituições.
"Ela parecia estar mais disposta a ouvir o setor, que sofreu nos últimos anos
com uma interferência do governo, como para uma redução do spread (diferença
entre o juro cobrado nos empréstimos e o pago aos clientes que investem), por
exemplo", avalia.
Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciou o corte
na nota de 13 instituições financeiras, entre elas estão os cinco maiores
bancos do país. A medida veio um dia após a agência ter reduzido a nota do
Brasil de "BBB" para "BBB-".
"O corte já era esperado. Era sabido que quando a agência abaixasse a nota do
governo, também iria reduzir a avaliação das empresas de setores mais expostos
a ele. No geral, não tem impacto e não deve afetar a capacidade deles de tomar
recursos", Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.
As ações do Itaú Unibanco fecharam esta quarta-feira em alta de 0,86%, enquanto
Bradesco subiu 2,22% e Santander teve valorização de 2,23%. Já os papéis do
Banco do Brasil avançaram 1,30% no dia.
O setor também foi influenciado pela notícia de que o STJ (Superior Tribunal de
Justiça) adiou pela terceira vez o julgamento do processo que define com mais
precisão o custo das ações judiciais movidas por poupadores que afirmam ter
tido perdas com a edição de planos econômicos nos governos Sarney e Collor.
"O julgamento da correção das poupanças é algo que os bancos têm que se
preparar para arcar com uma possível decisão desfavorável. Eles precisam de um
prazo para poder montar uma estratégia para se provisionar. Ainda há muitas
dúvidas sobre o assunto e quanto mais demora para o julgamento acontecer, mais
perdido o mercado fica", diz Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.
Na ponta positiva do Ibovespa, ganharam destaque os papéis da TIM
Participações, que subiram 4,01%. Segundo analistas, pode ter havido migração
de investimentos da Oi para TIM entre os aplicadores que querem manter posições
no setor de telecomunicações.
DÓLAR SOBE
Depois de sete dias em baixa, o dólar voltou a ganhar força em relação ao real
nesta quarta-feira, em meio a intervenções não convencionais do Banco Central.
O dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve alta de 0,42%, a R$
2,312 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou
0,08%, para R$ 2,308.
O Banco Central realizou logo cedo um leilão de swap cambial tradicional, que
equivale à venda de dólares no mercado futuro, numa operação que estava
prevista em seu plano de intervenções diárias no câmbio.
A autoridade, no entanto, aceitou vender apenas 2.400 contratos dos 4.000
papéis oferecidos. Com isso, a avaliação de operadores foi de que o governo não
queria que a moeda americana caísse para menos de R$ 2,30, o que prejudicaria
as receitas das exportadoras brasileiras.
Mas, logo em seguida, o BC anunciou outro leilão de swap para ofertar 1.600
contratos ""mesmo valor que faltou para completar a oferta de 4.000 papéis na
operação anterior"", que foram todos vendidos.
A autoridade fez ainda um terceiro leilão. Desta vez, o objetivo era rolar os
contratos de swap que venceriam em 1 de abril deste ano. Todos os 10.000
papéis ofertados nesta operação foram vendidos.
MERCADO EUA: Indices caem com aumento de tensão após discurso de Obama
São Paulo, 26 de março de 2014 - Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos fecharam em queda, influenciados pelo aumento das
tensões em relação à Rússia, principalmente após declarações do
presidente Barack Obama. O Dow Jones caiu 0,60%, a 16.268 pontos; e o S&P 500
encerrou com queda de 0,70%, a 1.852 pontos. O Nasdaq Composto teve queda de
1,43%, a 4.173 pontos, influenciado pela forte desvalorização dos papéis da
estreante King Digital Entertainment, criadora do jogo "Candy Crush", que
recuou 15,6%.
Os índices chegaram a operar em alta com o ânimo dos investidores
alimentado pelo resultado positivo de pedidos de bens duráveis nos Estados
Unidos. O Departamento de Comércio informou que os pedidos de bens duráveis
subiram 2,2% em fevereiro ante janeiro, para US$ 229,4 bilhões. Em janeiro, as
encomendas haviam caído 1,3% (dado revisado), na comparação mensal.
O movimento virou após Obama declarar que a aplicação de sanções
econômicas mais fortes contra a Rússia tem que levar em consideração,
principalmente, a dependência energética e as consequências para outros
países. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e União
Europeia. Para irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas,
pois alguns países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá
consequências para todo mundo", alertou Obama.
PETRÓLEO: Preço do WTI fecha com maior alta em duas semanas
São Paulo, 26 de março de 2014 - Os preços dos contratos futuros de
petróleo fecharam em alta hoje, com a redução inesperada nos estoques de
gasolina nos Estados Unidos e com o discurso de Barack Obama sobre dependência
energética dos europeus frente à Rússia. Na Nymex, os preços dos contratos
futuros do WTI, com vencimento em maio, encerraram a sessão com alta de 1,07%,
a US$ 100,26 o barril. Na plataforma ICE, os preços dos contratos futuros do
Brent, com o mesmo vencimento, ficou praticamente estável, em US$ 107,03 o
barril
O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) informou hoje que os
estoques de gasolina caíram em 5,1 milhões de barris (2,3%) para 217,2
milhões de barris na semana encerrada em 21 de março, enquanto os de petróleo
subiram em 6,6 milhões para 382,5 milhões.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, revelou que o
Ocidente está cauteloso em aplicar sanções econômicas mais fortes à
Rússia, pois países europeus ainda dependem muito do fornecimento de gás e
petróleo russos e incentivou a Europa a buscar suas próprias fontes de
energia. "As sanções aplicadas até agora à Rússia após a anexação da
Crimeia apresentaram excelente coordenação entre os Estados Unidos e UE. Para
irmos além disso, precisamos avaliar questões energéticas, pois alguns
países são mais dependentes da Rússia do que outros. Haverá consequências
para todo mundo", alertou Obama, em coletiva de imprensa no Conselho da União
Europeia (UE).
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