Mercado ainda espera pouso suave da China
A China vai se desacelerar suavemente, evitando uma aterrissagem forçada de sua
economia, na avaliação de boa parte dos analistas.
Um indicador da produção de manufaturados mostrou ontem que a atividade
industrial chinesa declinou, mas continuou mais forte do que se esperava, em
meio a medidas do governo para frear a inflação que atingiu seu mais alto nível
em três anos.
A maioria dos preços das commodities caiu em maio em meio a dúvidas sobre a
demanda global. A expectativa de algumas consultorias é de mais recuo nos
próximos meses, talvez com exceção de ouro e prata. Os indicadores de produção
de ontem confirmam que a demanda industrial global está enfraquecendo,
pressionando preços de metais como cobre e alumínio.
A China teve um papel importante para estabilizar o crescimento da economia
global nos últimos dois anos. Mas o reequilíbrio da economia prometido por
Pequim parece cada vez mais distante.
Os preços de exportação de suas empresas continuaram a declinar, indicando que
produtos chineses se tornam ainda mais competitivos em termos reais do que
mostram movimentos na taxa nominal do yuan. Ao mesmo tempo, as vendas no varejo
afundaram. Entre consumir, poupar, investir em imóveis ou ações, o primeiro
item nunca foi popular na China. Mas os gastos das famílias estão caindo mais
rapidamente do que se esperava. E pelo cenário atual não há razão para se
esperar que isso mude tão cedo.
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