Mesmo com mercado externo pressionado, café tem alta na ICE
Os
contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US
encerraram esta quarta-feira com altas, em um dia caracterizado pela
pequena volatilidade e por alguns movimentos remanescentes de rolagens
de posições, já que nesta quinta-feira tem o início da notificação do
julho na casa de comercialização norte-americana. A sessão, enfim, foi
marcada por um viés consolidativo, sendo que uma resistência básica,
como os 125,00 centavos por libra, para a posição setembro, chegou a ser
rompida, mas, mais uma vez, se observou uma falta de "fôlego" dos
compradores, o que não permitiu avanços mais significativos ou
acionamentos de buy stops.
Operadores
comentaram as notícias vindas do Brasil sobre o financiamento
proporcionado pelo governo local para o café. Esses players ainda
avaliam o impacto que o programa pode ter, mas, caso um volume
expressivo de café seja tirado do mercado. Segundo o aprovado, o custeio
do café do país terá 650 milhões de reais e a estocagem 1,14 bilhão de
reais. Também existirá uma linha para aquisição de café de 500 milhões
de reais, contratos de opções de até 50 milhões de reais e financiamento
de capital de giro para o segmento de solúvel, para as torrefadoras e
cooperativas, ao passo que ainda serão destinados 20 milhões de reais
para financiamento de recuperação de cafezais danificados.
No
encerramento do dia em Nova Iorque, a posição julho teve alta de 75
pontos, com 122,75 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em
123,40 centavos e a mínima de 121,90 centavos, com o setembro tendo
valorização de 85 pontos, com 124,35 centavos por libra, com a máxima em
125,20 centavos e a mínima em 123,40 centavos. Na Euronext/Liffe, em
Londres, a posição julho teve alta de 35 dólares, com 1.779 dólares por
tonelada, com o setembro tendo ganho de 32 dólares, no nível de 1.795
dólares por tonelada.
De
acordo com analistas internacionais, o café conseguiu se manter "ileso"
do cenário negativo nos mercados externos. O anúncio da alocação de
bilhões de reais para o café foi um dos fatores para a sustentação dos
preços. Com notícias negativas em vários países, o dia foi de dólar em
alta, o que refletiu diretamente nas perdas para várias commodities e
também retração para diversas bolsas de valores internacionais.
"Um
programa de financiamento como o do Brasil vai permitir tirar alguns
milhões de sacas de circulação. No entanto, esse tipo de procedimento é
datado, já que o mercado tem consciência do prazo que será dado para
esse café voltar a circular. Ainda assim, é uma medida muito importante
para tentar proteger os preços diante dessas quedas agudas que vêm se
sucedendo desde maio de 2011", disse um trader.
As
exportações de café de Uganda subiram 56% em maio, ante a mesmo mês do
ano passado,, depois que os produtores locais venderam grandes volumes
para evitar novas perdas com os preços em queda do grão. A informação é
da Autoridade para o Desenvolvimento de Café de Uganda, que indicou que
as remessas em maio atingiram 393.783 sacas, contra 252.548 sacas
embarcadas no mesmo período do ano passado.
As
exportações brasileiras no mês de junho, até o dia 18, totalizaram
765.462 sacas de café, queda de 0,40% em relação às 768.544 sacas
embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações
do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os
estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de
314 sacas, indo para 2.747.999 sacas. O volume negociado no dia na ICE
Futures US foi estimado em 34.701 lotes, com as opções tendo 3.660 calls
e 1.571 puts — floor mais eletrônico. Tecnicamente, o setembro na ICE
Futures US tem resistência em 125,20, 125,50, 126,00, 126,50, 127,00,
127,50, 128,00, 128,40-128,50, 129,00, 129,50, 129,75 e 129,90-130,00
com o suporte em 123,40, 123,00, 122,50, 122,15, 122,00, 121,85, 121,50,
121,35, 121,10-121,00, 120,50, 120,10-120,00, 119,50, 119,00, 118,50,
118,00, 117,50, 117,00, 116,50, 116,00 e 115,50 centavos.
Londres tem dia consistente e chega a testar nível de US$ 1.800
Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe
tiveram uma quarta-feira de boa recuperação, com a posição setembro
chegando a tocar nos 1.800 dólares por tonelada. Ao contrário do
verificado ao longo dos últimos dias, o pregão foi marcado pela
predominância dos compradores, o que permitiu o avanço dos preços e o
afastamento da segunda posição do suporte de 1.750 dólares.
De
acordo com analistas internacionais, as ações desta quarta foram
corretivas. O mercado já dá sinais de se posicionar num quadro
sobrevendido, após as intensas liquidações recentes, que fizeram com que
a primeira posição recuasse cerca de 300 dólares, depois do rompimento
da linha referencial de 2.000 dólares. O mercado, fundamentalmente, não
apresenta mudanças, mas algumas correções técnicas já eram esperadas.
"Conseguimos
ter um bom avanço. O setembro chegou a tocar os 1.800 dólares, mas não
houve o rompimento. Caso isso tivesse se efetivado poderia haver o
acionamento de stops de compra e os ganhos seriam mais agudos. O dia
também foi marcado pelas rolagens de posição, com o julho se esvaziando
pouco a pouco", disse um trader.
O
julho na casa de comercialização londrina tem 24,8 mil lotes em aberto,
contra 60,1 mil do setembro. O julho teve uma movimentação ao longo do
dia de 4,92 mil contratos, contra 11,9 mil do setembro. O spread entre
as posições julho e setembro ficou em 16 dólares. No encerramento do
dia, o julho teve alta de 35 dólares, com 1.779 dólares por tonelada,
com o setembro tendo ganho de 32 dólares, no nível de 1.795 dólares por
tonelada.
Colombianos voltam a produzir mais café
Folha de São Paulo
Os
colombianos, aos poucos, voltam com força ao mercado mundial de café.
Após um programa de renovação dos cafezais e a incidência de várias
pragas, o que derrubou a produção, o país volta a produzir e a exportar
mais nos últimos meses.
Os
dados mais recentes da federação nacional dos produtores da Colômbia
indicam que a área atual de produção atinge 931 mil hectares.
Pelo terceiro ano consecutivo, o espaço destinado ao produto esteve acima de 900 mil hectares. Antes ficava abaixo dessa área.
Área
maior e parte do cafezal já renovado, a produção dos cinco primeiros
meses deste ano atingiram 4,03 milhões de sacas, 36% mais do que o
volume de igual período do ano passado.
Apesar
dessa recuperação, os colombianos ainda não atingiram a produção de 5,1
milhões de sacas dos cinco primeiros meses de 2008.
A
produção maior permitiu ao país uma ampliação das exportações. De
janeiro a maio, as vendas externas somaram 3,7 milhões de sacas, 32%
mais do que as 2,8 milhões de sacas dos cinco primeiros meses do ano
passado.
A
Colômbia, que exportou 15,1 milhões de sacas na safra 1991/92, foi
perdendo espaço no mercado externo. Na safra 2011/12, as vendas externas
do país somaram apenas 7,3 milhões de sacas.
Segundo
dados da OIC (Organização Internacional do Café), a Colômbia chegou a
produzir 18,2 milhões de sacas de café na safra 1991/92.
Neste ano, a produção deverá subir para 8 milhões de sacas, após ter ficado em 7,65 milhões em 2011/12.
Até
a safra 1998/99, o país ocupava o segundo lugar na lista dos maiores
exportadores mundiais de café, perdendo o lugar para o Vietnã no ano
seguinte. O Brasil tinha e ainda mantém a liderança nesse setor.
Os
dados mais recentes da OIC indicam que os brasileiros exportaram 31,9
milhões de sacas na safra 2011/12, seguidos dos vietnamitas, cujas
vendas externas somaram 23,5 milhões.
A Colômbia, que ocupa o terceiro posto, exportou 7,3 milhões de sacas no período.
Exportações de Uganda tem alta de 56% em maio
As exportações de café de Uganda subiram 56% em maio, ante a mesmo mês
do ano passado,, depois agricultores venderam grandes volumes para
evitar novas perdas como os preços do grão caíram, disse uma fonte da
estatal Uganda Coffee Development Authority (UCDA) nesta quarta-feira. A
fonte disse UCDA Uganda exportou 393.783 sacas de café em maio, ante
252.548 sacas embarcadas no mesmo período do ano passado. "Os preços,
tanto a nível internacional e local têm vindo a diminuir nos últimos
meses e eu acho que os agricultores não estão otimistas", disse David
Muwonge, marketing e gerente de produção da União Nacional do
Agronegócio Café e Fazenda Empresas (NUCAFE). "Eles estão calculando que
eles (os preços) pode continuar a cair nos próximos meses, então eles
decidiram descarregar grandes volumes para limitar eventuais perdas
futuras de preços baixos." Muwonge disse um quilo de cerejas secas
robusta estava indo para entre 4.600 xelins ugandeses (1,78 dólares) e
4800 há alguns meses, mas já se recusou a shillings entre 4,000-4,200.
Uma fonte diz que as exportações de café em maio gerou receita US$ 48,3
milhões em comparação com US$ 35,8 milhões no mesmo mês do ano passado.
Empresário angolano investe em torrefação e exporta café de qualidade
Cansado de ver as nações desenvolvidas levar a parte do leão dos lucros
da safra de café de seus compatriotas, o empresário Uganda Andrew
Rugasira decidiu em 2003 que era hora de um novo acordo comercial.
Uganda é o segundo maior exportador de grãos de café da África,
produzindo atualmente cerca de 3,4 milhões de sacas por ano. No entanto,
em vez de ser refinado localmente, a grande maioria dos grãos crus do
país têm sido tradicionalmente exportados nos países consumidores do
Ocidente para processamento. Mas a visão de Rugasira era criar uma
empresa de café de qualidade de Uganda, que seria capaz de colocar um
produto acabado nas prateleiras de ambos os supermercados locais e
internacionais. A economista treinado, ele desenvolveu um modelo de
negócio incentivando os cafeicultores locais para vender seus grãos para
ele a um preço justo. Sua empresa, então, torrado, embalagem e marca do
produto final, enquanto que os lucros seriam divididos 50/50. "A parte
mais difícil foi dizer: 'olha, eu acho que como africanos, precisamos
começar a olhar para nós mesmos como uma solução para alguns destes
problemas de pobreza e subdesenvolvimento sistêmica. Nós abençoado
solos, vocês têm um produto que é de grande valor ", diz Rugasira,
relembrando suas primeiras reuniões para convencer os agricultores no
distrito de Kasese de Uganda. "Podemos pagar um preço premium, mas que
também pode agregar valor ao seu conhecimento, nós podemos ajudar
treiná-lo, podemos criar poupança e cooperativas de crédito e que
possamos realmente trabalhar juntos e começam a possuir a cadeia de
valor, que é historicamente sendo controlada fora do país produtor.
"Precisamos mudar isso - e por meio do comércio que poderia trazer
prosperidade para os nossos agricultores e suas comunidades." Estas
palavras de Rugasira plantou as sementes para o que veio a se tornar o
bom café Africano, uma empresa baseada em Kampala que ajudou a
transformar a vida de milhares de agricultores em Uganda. Ao longo dos
últimos nove anos, o bom café africano diz ter construído uma rede de
mais de 14 mil produtores de café, que estão organizados em 280 grupos
de agricultores. A empresa, que é a primeira marca de café de
propriedade africano para estar disponível em supermercados britânicos,
também ajudou os agricultores locais para configurar várias cooperativas
de poupança e crédito. "(É) sobre empoderamento e é também sobre a
propriedade", diz Rugasira. "Trata-se de possuir a cadeia de valor,
aumentando o café, processá-lo na fonte e é sobre como exportar um
produto acabado", ele acrescenta. "Então, nós manter o valor, o que
significa que podemos empregar pessoas, podemos pagar impostos, podemos
prosperar os nossos agricultores e suas comunidades e essa é a única
forma sustentável em que as sociedades têm prosperado -. Passando de
agricultura de baixo valor em alta valor industrialização de fabricação.
" No coração de todos os esforços de Rugasira é a sua forte crença no
poder transformador da auto-ajuda. No comércio, e não ajuda, diz ele, é o
lugar onde bem-estar futuro mentiras da África. "Toda a sociedade ea
economia que está prosperando fez isso através de seu próprio trabalho
duro, criatividade, dedicação e compromisso", diz ele. "Não por
caridade, não por meio de apostilas, e eu acho que isso é uma mensagem
poderosa e é um modelo poderoso. Ele não é novo, mas eu acho que é um
que eu acho que ressoa com os consumidores que estão dispostos a
interagir com os produtos desse tipo." A filosofia de Rugasira está
claramente definido em "uma boa história Africano", seu livro publicado
no início deste ano, registrando todos os desafios que ele e sua empresa
enfrentou - de ganhar a confiança das instituições bancárias aos
varejistas estrangeiros convincentes sobre como trabalhar diretamente
com uma empresa Africano. Ele diz que decidiu escrever o livro porque
apenas um punhado de empresários Africano escrever sobre suas
experiências. "Todos nós temos uma história", diz ele. "Nós precisamos
compartilhar essa história, essa história edifica, encoraja, inspira os
outros em nosso próprio caminho e eu só encontrei Africano de negócios
realmente não escrever". Ao compartilhar sua história com o mundo,
Rugasira quer ajudar a criar uma nova narrativa sobre a África e
inspirar a próxima geração do continente de empresários. "Setenta por
cento da nossa população no continente são os jovens - os mesmos jovens
que querem criar empresas, empreendedores, inovadores tornam-se nele, o
nome dela", diz ele. "E a única maneira que eles vão ser incentivado e
inspirado é se lerem sobre histórias sobre outros Africano pessoas de
negócios." CNN
Good African Coffee wants trade, not aid
Every society and economy that's prospered has done it through their own hard work, ingenuity, dedication and commitment.
Andrew Rugasira, Good African Coffee
CNN
- Tired of seeing developed nations take the lion's share of profits
from his countrymen's coffee crop, Ugandan businessman Andrew Rugasira
decided back in 2003 that it was time for a new business arrangement.
Uganda
is Africa's second-biggest exporter of coffee beans, currently
producing around 3.4 million bags per year. Yet instead of being refined
locally, the vast majority of the country's raw beans have been
traditionally exported in the consuming countries of the West for
processing.
But
Rugasira's vision was to create a quality Ugandan coffee company that
would be able to place a finished product on the shelves of both local
and international supermarkets.
A
trained economist, he devised a business model encouraging local coffee
farmers to sell their beans to him at a fair price. His company would
then roast, package and brand the final product, whilst the profits
would be split 50/50.
"The
hard part was saying, 'look, I think as Africans we need to begin to
look at ourselves as a solution to some of these problems of systemic
poverty and underdevelopment. We have blessed soils, you guys have a
commodity which is of great value," says Rugasira, recalling his first
meetings to convince the farmers in Uganda's Kasese district.
"We
can pay you a premium price; we can also add value to your knowledge;
we can help train you; we can set up savings and credit co-ops and we
can really work together and begin to own the value chain which is
historically being controlled outside the producer country.
"We needed to change that -- and through trade we could bring prosperity to our farmers and their communities."
Read this: Ugandan midwife, Nobel Peace Prize?
These
words by Rugasira planted the seeds for what went on to become Good
African Coffee, a Kampala-based company that has helped transform the
lives of thousands of farmers in Uganda.
Over
the last nine years Good African Coffee says it has built a network of
more than 14,000 coffee farmers, who are organized into 280 farmer
groups. The company, which is the first African-owned coffee brand to be
available in British supermarkets, has also helped local farmers to set
up several savings and credit cooperatives.
"(It's)
about empowerment and it's also about ownership," says Rugasira. "It's
about owning the value chain, growing the coffee, processing it at
source and it's about exporting a finished product," he adds.
"So
we retain the value, which means we can employ people, we can pay
taxes, we can prosper our farmers and their communities. And that's the
only sustainable way in which societies have prospered -- by moving from
low-value agriculture into high-value manufacturing industrialization."
At
the heart of all of Rugasira's efforts is his strong belief in the
transformative power of self-help. In trade, and not aid, he says, is
where Africa's future well-being lies.
"Every
society and economy that's prospered has done it through their own hard
work, ingenuity, dedication and commitment," he says.
"Not
through charity, not through handouts, and I think that's a powerful
message and it's a powerful model. It's not new, but I think it's one
that I think resonates with consumers who are willing to interact with
products like that."
Watch this: Dambisa Moyo on aid
Rugasira's
philosophy is clearly defined in "A Good African Story," his book
published earlier this year chronicling all the challenges he and his
enterprise faced -- from gaining the trust of banking institutions to
convincing foreign retailers about working directly with an African
company.
He says he decided to write the book because just a handful of African businesspeople write about their experiences.
"All
of us have a story," he says. "We need to share that story; that story
edifies, it encourages, it inspires others in our own way and I just
found African business doesn't really write."
By
sharing his story with the world, Rugasira wants to help create a new
narrative about Africa and inspire the continent's next generation of
entrepreneurs.
"Seventy
percent of our population on the continent are young people -- the same
young people that we want to set up businesses, become entrepreneurs,
innovators in IT, you name it," he says. "And the only way they'll be
encouraged and inspired is if they read about stories about other
African business people."
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