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domingo, 30 de outubro de 2011

Somos sete bilhões

Somos sete bilhões




A semana começa com a perspectiva que atingiremos o numero de sete bilhões de seres humanos habitando na terra, o numero chama a atenção pelo seu tamanho e por ser um numero redondo, mas no dia seguinte já seremos mais, não iremos parar só nisso.

A responsabilidade dos produtores de alimentar tantos nos traz a certeza que um dia o mercado ira valorizar aqueles que dedicam sua vida a agricultura.

Os consumidores não param de nascer , portanto o caminho não tem volta , teremos sempre que produzir mais, mas a terra e a água são finitas, portanto a valorização dos produtos vindo da terra é uma certeza. Esta certeza é que ajuda aos produtores de todos os setores no Brasil, um país com terras férteis e produtivas, mas sem nenhuma ajuda por parte dos comandantes da política agrícola brasileira.

Há poucos dias um dos ministros deposto por denuncia de corrupção, já foram seis neste governo em menos de um ano de mandato, foi o ministro da agricultura, mas o atual ministro por enquanto não apresentou grandes novidades, vamos aguardar para ver o que vem.

No nosso país a política de preço mínimo que seria para garantia mínima de renda para o agricultor nunca funcionou, os nossos irmãos produtores de arroz estão sentindo isto na pele, ou seja, quando estamos no fundo do poço é lá que ficamos até que o mercado sinta a necessidade dos produtos e o mercado reage por si só , e o produtor recupera um pouco de sua alto estima, paga as contas e começa de novo.

Estimativa de safra decente não tem, no nosso ramo que é o café, se usarmos os números da Conab estaríamos torrando outro produto que não café, pois o numero não fecha, o consumo mais exportação é maior que a produção, e gostaria saber onde estão os produtores de 17 sacas ou de 22 sacas por hectare, pois os que conheço, estão pelo menos perto do dobro disto, sem se falar nos produtores de conilon, que realmente é outro nível sua produtividade.

Não temos infra estrutura para escoamento da produção, não temos política de preço mínimo, não temos custeio, não temos política de armazenamento e não temos política para regular a comercialização, esta é a realidade do produtor brasileiro.

O café que passou por mais de uma década de preços abaixo dos custos, passa por um momento destes, o mercado entendeu que a produção esta muito perto do consumo, os estoques ficaram perigosos e o mercado reagiu, sem a menor interferência política, portanto hora de olhar para frente e tomar as rédeas deste mercado, temos que agir e olhar para o futuro, se nada for feito a tendência de baixa visualizada no gráfico e ainda não sentida pelo produtor pode deixar uma verdadeira montanha de viúvas arrependidas por segurarem o café e não aproveitar o preço.

Os produtores de café precisam urgente de uma política cafeeira para proteger seus interesses, pois se não tiver esta liderança não adianta vir com artigos dizendo em pane de produção, o mercado não acredita e a florada que foi vista nos últimos dias nas zonas produtoras desmente a tese da pane.

O que produtor precisa é de informação coerente e de uma política descente de garantia de preços e de comercialização dos produtos, algo conseguido este ano pela baixa produtividade e pelo valor pago ao café pelo mercado, mas para o próximo ano voltamos ao mesmo problema, ciclo alto de produção, baixo financiamento, pouca capacidade de armazenamento velhos problemas insolúveis onde deve acarretar em preços mais baixos.

Vamos comemorar os sete bilhões de habitantes e os novos consumidores que trarão a demanda do mercado, esta é a boa noticia o mundo não para com crise ou sem ela.

Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe

Wagner Pimentel

WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

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