Futuro promissor para commodities agrícolas
Michael Dwyer, economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), afirma
que o preço das commodities agrícolas na próxima década será "significativamente maior"
do que nos últimos 10 anos. A razão é a crescente demanda nos mercados emergentes.
Os preços mundiais dos alimentos monitorados pela Organização das Nações Unidas bateu
um recorde em fevereiro. Os futuros do milho em Chicago, por exemplo, tiveram a maior
alta de todos os tempos em junho, e os preços médios do grão e soja estão indo para as
maiores médias anuais de todos os tempos.
Já que passamos por um momento de crise e queda das cotações, não fica tão claro este
cenário de forte alta, mesmo assim Dwyer espera que de forma moderada as cotações das
commodities agrícolas subam a níveis muito mais elevados do que o mundo está acostumado
a ver.
"A fonte deste crescimento dos próximos 10 anos é a nova classe média em expansão nos
mercados emergentes, como China, Índia, Sudeste Asiático e América Latina."
Com o crescimento da nova classe média na China, maior consumidor mundial de energia
para tudo, podem surgir mais de 325 milhões de famílias com poder de consumo até 2020,
e 125 milhões já hoje. A mudança "maciça" na demanda agregada de alimentos significa
que os agricultores ao redor do mundo terão que “pedalar”.
"Se a produção não conseguir acompanhar o ritmo de crescimento da demanda, os preços
podem decolar”.
O aumento nos preços das commodities continuará impulsionando os valores de terras e a
renda do produtor. Citando a agricultura americana, que está indo muito bem, ao longo dos
próximos 10 anos, se os preços das commodities ficarem em níveis relativamente elevados
como visto nos últimos dois anos, a rentabilidade historicamente crescente das commodities
agrícolas deve continuar intacta
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