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sexta-feira, 14 de março de 2014

Em dia menos intenso, café fecha com ganhos curtos na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma quinta-feira de relativa calma. A volatilidade, tão comum ao longo das últimas semanas, não foi das mais intensas e, ao final do processo, os contratos aferiram ganhos modestos, permitindo à posição maio se manter gravitando próxima do nível psicológico de 205,00 centavos de dólar por libra. As ações desta quinta-feira foram baseadas principalmente em aspectos técnicos. A segunda posição variou dentro de um intervalo de pouco mais de 400 pontos. Numa análise levando em conta o Fibonacci aponta que o mercado poderia tender para um nível de 219,55 centavos, que seria uma resistência das mais efetivas e que garantiria a continuidade do fôlego dos compradores. Por outro lado, fundamentalmente o café continua voltado para o viés clima/oferta. A questão brasileira ainda mobiliza os players, que não têm certeza de que o déficit hídrico em zonas produtoras do país finalmente acabou. Por sua vez, mesmo se essa seca tenha cessado, as perdas deverão ser inevitáveis e, a partir daí, cresce o questionamento sobre o tamanho dos prejuízos proporcionados às lavouras.

No encerramento do dia em Nova Iorque, a posição maio teve alta de 65 pontos, com 205,95 centavos de dólar por libra peso, com a máxima em207,45 centavos e a mínima de 203,05 centavos, com o julho registrando avanço de 65 pontos, com 207,80 centavos por libra, com a máxima em 209,30 centavos e a mínima em 205,20 centavos. Na Euronext/Liffe, o maio teve queda de 11 dólares, com 2.189 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, para o nível de 2.185 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, a quinta-feira foi relativamente calma, sobretudo se levado em conta o clima de forte nervosismo assistido ao longo de praticamente todo este início de ano na bolsa nova-iorquina. Ao longo da maior parte do tempo, o maio operou proximamente de uma alta de cerca de 100 a 120 pontos, sendo que um pouco antes do fechamento do pregão os ganhos desaceleraram. O intraday, assim, conseguiu fechar no lado positivo. Já o after-hours mostrou retração, com o maio tendo baixa de 105 pontos. No segmento externo, o dia foi de quedas mais pronunciadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, estabilidade do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais. Nas commodities softs, alta para café e cacau e quedas para açúcar, suco de laranja e algodão.

"Uma informação que correu entre os operadores em Nova Iorque foi quanto à uma resolução do Ministério da Agricultura do Brasil, que aponta que várias zonas de Minas Gerais estão afetadas com a broca. Esse fator poderá fazer com que a qualidade do grão seja prejudicada ainda mais. É bom lembrar que a seca deste início de ano afetou fortemente o enchimento dos frutos e isso inevitavelmente vai ser refletido na qualidade. E grãos de qualidade inferior dificilmente serão voltados para atender a exportação e, diante disso, a oferta brasileira pode ser ainda menor que a esperada. A ver", disse um trader.

O Vietnã embarcou 184.100 toneladas de café em fevereiro, um aumento de 83,4% em relação ao mesmo mês de 2013, indicaram fontes alfandegárias do país. O volume aferido ficou muito acima da previsão inicial da nação asiática, que era de entre 100 e 120 mil toneladas. Exportadores baseados em Ho Chi Min trabalhavam com uma expectativa de envio de 160 mil toneladas. No acumulado da safra (início de outubro ao fim de fevereiro), os envios de café do país ao exterior somam 604,2 mil toneladas, queda de 15% em relação ao mesmo período de 2012/2013.

As exportações brasileiras no mês de março, até o dia 13,totalizaram 511.038 sacas de café, queda de 34,62% em relação às 782.038 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior, de acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.455 sacas, indo para 2.590.993 sacas.

Tecnicamente, o maio na ICE Futures US tem resistência207,45-207,50, 208,00, 208,50, 209,00, 209,50, 209,75, 209,90-210,00, 210,50,211,00, 211,50, 212,00, 212,50, 213,00, 213,50,214,00 e 214,50 centavos dedólar, com o suporte em 203,05-203,00, 202,50, 202,00, 201,50, 201,00, 200,50,200,35, 200,10-200,00,199,50, 199,00, 198,50, 198,00, 197,50, 197,00, 196,50,196,00 e 195,50 centavos.





Londres tem quinta feira de realizações e vendas de origens

Os contratos futuros de café robusta negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quinta-feira com quedas ligeiras, em uma sessão relativamente calma, na qual a posição maio chegou a flutuar novamente acima do nível psicológico de 2.200 dólares, mas teve nessa posição um aumento mais efetivo das vendas especulativas.


De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por um início estável e, na sequência, o acionamento de algumas ordens de compra. O maio chegou a tocar a máxima de 2.217 dólares. Como já era previsto por alguns desses analistas, as origens se mostram mais consistentes acima dos 2.200 dólares e, diante disso, observou-se uma desaceleração natural.

"Mesmo com as vendas, o que se verifica é que o mercado está sustentado. Tivemos realizações, liquidações de origens, no entanto continuamos muito próximos do intervalo trabalhado ao longo da sessão passada. A tendência é que esse quadro se mantenha, afinal, são os robustas a alternativa efetiva ante a oferta limitada de arábicas", disse um trader.

O maio teve uma movimentação ao longo do dia de 7,30 mil contratos, contra 6,03 mil do julho. O spread entre as posições maio e julho ficou em 4dólares.

No encerramento do dia, o maio teve queda de 11 dólares, com2.189 dólares por tonelada, com o julho tendo desvalorização de 14 dólares, para o nível de 2.185 dólares por tonelada.

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