Páginas

sexta-feira, 27 de maio de 2011

CAFÉ: ABN AMRO ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL EM 136,6 MI DE SACAS EM 2011/12

CAFÉ: ABN AMRO ESTIMA PRODUÇÃO MUNDIAL EM 136,6 MI DE SACAS EM 2011/12
O mercado mundial de café deverá registrar um excedente de
4,76 milhões de sacas de 60 quilos na safra 2011/12, menos da metade do o
previsto para a temporada atual, de 10,53 milhões de sacas, de acordo com o
banco ABN Amro.
A expectativa é de que a produção de arábica recue 5% para 80,97
milhões de sacas, com o principal produto mundial, o Brasil, entrando em um ano
de baixa produção no ciclo de bienalidade da cultura. Isto deixa o mercado
com um excedente de apenas 690.000 sacas, enquanto a demanda cresce para 80,28
milhões de sacas, acima das 79,50 milhões de sacas em 2010/11.
O mercado de robusta deverá ser menos apertado, uma vez que a oferta
ultrapassa a demanda em 4,07 milhões de sacas, segundo o banco. Mas, alerta que
a redução da oferta de arábica poderá elevar a demanda por robusta no
próximo ano, atualmente apontada em 51,32 milhões de sacas.
"O excedente da produção do robusta poderá ser significativamente
erodido, já que aqueles torrefadores que tradicionalmente preferem arábica
terão pouco escolha além de substituir o grão e utilizar o robusta", afirmou
a entidade financeira.
O Brasil deverá produzir um volume recorde para um ano de baixa colheita,
de 43,5 milhões de sacas, acréscimo de 10% quando comparado à última
temporada de baixa de 2009/10. A expectativa é de que os preços acentuadamente
mais altos do café e outras commodities agrícolas impulsionem os
investimentos no setor para US$ 122 bilhões neste ano, volume sem precedentes.
Entretanto, a valorização crescente das terras, cujos preços subiram 50% nos
últimos cinco anos, deverá limitar o aumento da área de cultivo.
Porém, na Colômbia, importante produtor de café arábica lavado, os
contínuos problemas causados pelas chuvas nas regiões produtoras do sul
significam que as esperanças de que o país colhesse entre 9 e 9,5 milhões de
sacas "possam ser muito otimistas", afirmou o ABN Amro.
Enquanto isso, a produção do Vietnã, maior país de cultivo de robusta
do mundo, deverá crescer em 1,5 milhão de sacas para 21,5 milhões de sacas,
enquanto os bons preços deste ano auxiliam os produtores na melhoria das
práticas agrícolas.
Já na Indonésia, as chuvas excessivas que inibiram os trabalhos de
colheita em 2010/11 deverão afetar o desenvolvimento das lavouras em 2011/12,
cortando a produção de robusta em 18% para 6,75 milhões de sacas e a de
arábica para 1 milhão de sacas. De acordo com o banco, "os rendimentos estão
baixos e os cafeicultores têm colhido cerejas desde janeiro depois que chuvas
persistentes causaram o início prematuro das floradas em alguns distritos".
Com a expectativa de aperto na oferta no próximo ano contra o crescimento
do consumo, os preços deverão se recuperar da queda recente, depois de
atingirem os níveis mais altos em 32 anos no mês de abril, disse o banco, que
apontou o próximo preço alvo do arábica em US$ 3,18 centavos de dólar por
libra-peso, nível atingido em maio de 1997.
A instituição reduziu ainda sua estimativa para o excedente mundial do
arábica na atual safra em 900.000 sacas para 5,64 milhões de sacas e em
290.000 sacas de robusta, totalizando 4,89 milhões de sacas. "A projeção
otimista não permanece apenas intacta, mas também reforçadas, caso estivermos
corretos em nossas estimativas para a safra 2011/12", afirmou o ABN Amro em
relatório divulgado nesta sexta-feira. As informações partem de agências
internacionais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário