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domingo, 30 de outubro de 2011

Somos sete bilhões

Somos sete bilhões




A semana começa com a perspectiva que atingiremos o numero de sete bilhões de seres humanos habitando na terra, o numero chama a atenção pelo seu tamanho e por ser um numero redondo, mas no dia seguinte já seremos mais, não iremos parar só nisso.

A responsabilidade dos produtores de alimentar tantos nos traz a certeza que um dia o mercado ira valorizar aqueles que dedicam sua vida a agricultura.

Os consumidores não param de nascer , portanto o caminho não tem volta , teremos sempre que produzir mais, mas a terra e a água são finitas, portanto a valorização dos produtos vindo da terra é uma certeza. Esta certeza é que ajuda aos produtores de todos os setores no Brasil, um país com terras férteis e produtivas, mas sem nenhuma ajuda por parte dos comandantes da política agrícola brasileira.

Há poucos dias um dos ministros deposto por denuncia de corrupção, já foram seis neste governo em menos de um ano de mandato, foi o ministro da agricultura, mas o atual ministro por enquanto não apresentou grandes novidades, vamos aguardar para ver o que vem.

No nosso país a política de preço mínimo que seria para garantia mínima de renda para o agricultor nunca funcionou, os nossos irmãos produtores de arroz estão sentindo isto na pele, ou seja, quando estamos no fundo do poço é lá que ficamos até que o mercado sinta a necessidade dos produtos e o mercado reage por si só , e o produtor recupera um pouco de sua alto estima, paga as contas e começa de novo.

Estimativa de safra decente não tem, no nosso ramo que é o café, se usarmos os números da Conab estaríamos torrando outro produto que não café, pois o numero não fecha, o consumo mais exportação é maior que a produção, e gostaria saber onde estão os produtores de 17 sacas ou de 22 sacas por hectare, pois os que conheço, estão pelo menos perto do dobro disto, sem se falar nos produtores de conilon, que realmente é outro nível sua produtividade.

Não temos infra estrutura para escoamento da produção, não temos política de preço mínimo, não temos custeio, não temos política de armazenamento e não temos política para regular a comercialização, esta é a realidade do produtor brasileiro.

O café que passou por mais de uma década de preços abaixo dos custos, passa por um momento destes, o mercado entendeu que a produção esta muito perto do consumo, os estoques ficaram perigosos e o mercado reagiu, sem a menor interferência política, portanto hora de olhar para frente e tomar as rédeas deste mercado, temos que agir e olhar para o futuro, se nada for feito a tendência de baixa visualizada no gráfico e ainda não sentida pelo produtor pode deixar uma verdadeira montanha de viúvas arrependidas por segurarem o café e não aproveitar o preço.

Os produtores de café precisam urgente de uma política cafeeira para proteger seus interesses, pois se não tiver esta liderança não adianta vir com artigos dizendo em pane de produção, o mercado não acredita e a florada que foi vista nos últimos dias nas zonas produtoras desmente a tese da pane.

O que produtor precisa é de informação coerente e de uma política descente de garantia de preços e de comercialização dos produtos, algo conseguido este ano pela baixa produtividade e pelo valor pago ao café pelo mercado, mas para o próximo ano voltamos ao mesmo problema, ciclo alto de produção, baixo financiamento, pouca capacidade de armazenamento velhos problemas insolúveis onde deve acarretar em preços mais baixos.

Vamos comemorar os sete bilhões de habitantes e os novos consumidores que trarão a demanda do mercado, esta é a boa noticia o mundo não para com crise ou sem ela.

Uma boa semana a todos e que Deus os abençoe

Wagner Pimentel

WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Café despenca na ICE com vendas especulati​vas generaliza​das - 25/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma terça-feira negra, com as cotações caindo mais de 6%, em um dia de realizações e de liquidações generalizadas de fundos e especuladores. Após duas sessões consistentes, nas quais os preços conseguiram romper resistências e se posicionar em níveis considerados positivos, a terça foi marcada por fazer com que esses ganhos recentes fossem prontamente perdidos. As ordens de venda começaram ainda no início do dia, com uma volatilidade forte sendo observada, com a primeira posição variando mais de 1.600 pontos.

Na segunda metade do dia, com o acionamento de novos stops de venda, as perdas se consolidaram e o dezembro voltou a se posicionar abaixo do nível de 240,00 centavos. Operadores indicaram que os baixistas, tão ativos até recentemente, tomaram, novamente, as rédeas dos negócios e efetuaram realizações ao longo do dia.
Além disso, o mercado ainda refletiu, ainda que em muito menor grau, as incertezas sobre um plano de capitalização dos bancos da União Européia. A decisão sobre esse projeto deve ser conhecida nesta quarta-feira. Na segunda, a expectativa era de que o plano seria aprovado, o que fez com que os mercados se animassem consideravelmente, no entanto, após um pronunciamento da chanceler alemã Angela Merkel, indicando as dificuldades de o projeto se consolidar, um novo temor se abateu, principalmente entre os players que atuam em segmentos de maior risco.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve perda de 1.425 pontos com 236,55 centavos, sendo a máxima em 252,50 e a mínima em 235,60 centavos por libra, com o março tendo baixa de 1.370 pontos, com a libra a 239,90 centavos, sendo a máxima em 255,00 e a mínima em 239,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 59 dólares, com 1.831 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 58 dólares, com 1.873 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o mercado ignorou nesta terça-feira os aspectos fundamentais. Ainda que a América Central e o México continuem sofrendo com chuvas fortes e com a passagem de um novo furacão, os vendedores se mantiveram ativos, realizando lucros, e permitiram que os níveis de preço da semana passada votassem a ser praticados.
"Foi uma sessão técnica, com predomínio das realizações. Alguns players se mostram cautelosos com o cenário macroeconômico, principalmente com a situação da União Européia. E isso reflete também nas liquidações", disse um trader. No entanto, esse comportamento não foi predominante nos segmentos de commodities. Alguns ganhos expressivos, quase 2%, foram verificados no petróleo e no ouro (mais de 2%), o que, inclusive, permitiu que o índice CRB encerrasse o dia com valorização, ainda que bastante modesta.
O Centro Nacional de Furacões, localizado em Miami, EUA, informou que mantém-se com ventos de 160 quilômetros horários a tormenta Rina, que se dirige ao México. O Rina já pode ser considerado um furacão e deve atingir Yucatán nas próximas horas, afetando populares balneários, como Cancún e Cozumel. O sistema está a 335 quilômetros a sudoeste das ilhas Grand Caynab. A América Central ainda luta para recuperar-se das chuvas torrenciais que provocaram mais de 100 mortes em inundações e deslizamentos de terra.
As remessas internacionais de café do Vietnã deverão fechar este mês de outubro com queda de 47,4% em volume, mas ter crescimento de 19,3% em receita se comparado com o mesmo mês de 2010, segundo o Escritório Geral de Estatísticas. A estimativa é que as exportações somarão 30 mil toneladas, ou 500 mil sacas, avaliadas em 68 milhões de dólares. O Escritório também revisou a estimativa das exportações de setembro para 27 mil toneladas, abaixo da previsão anterior de 30 mil toneladas.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 24, somaram 1.773.224 sacas, contra 1.536.826 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 19.036 sacas, indo para 1.296.177 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 36.585 lotes, com as opções tendo 4.953 calls e 4.772 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50, 256,00, 256,50, 257,00 e 257,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 235,60-235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50, 233,00, 232,50, 232,00, 231,50, 231,00 e 230,50 centavos por libra.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nina Return Threatens Coffee Crop Outlook

Nina Return Threatens Coffee Crop Outlook  
  DOW JONES NEWSWIRES
 Coffee prices could soar higher if climatic phenomenon LaNina further pinches the already-constrained supply of coffee beans produced inCentral America and Columbia, analysts and weather organizations told Dow JonesNewswires Tuesday.   The price of coffee on the Intercontinental Exchange has already soared by25% over the past 12 months as severe flooding hindered crop development. Thereturn of La Nina--a periodic climatic phenomenon that brings more rain to thewestern pacific and which devastated the production of agricultural crops inAustralia, South America and the U.S. late last year--is now threatening tosend prices higher once more. Colombia is a top producer of Arabica beans.   "Bad weather has resulted in stunted Colombian coffee production and this isa major reason behind the current elevated price environment," Keith Flury,senior soft commodity analyst at London-based Rabobank said. "If weatherconditions continue to reduce expectations about the 2011-12 Central Americanand Colombian coffee crop, prices could easily retrace to the 2011 highs," headded.   Colombia's coffee federation in recent months has blamed the heavier thanusual rains for a drop in coffee production, and the last devastating rainswiped out huge swathes of agriculture and generated an increase in ahumidity-induced fungus known as roya which damaged some crops.   And if weather forecasters are correct, there is more rain on its way.   The U.S. National Weather Service predicts la Nina to gradually strengthenand continue through the upcoming winter. The British Weather Services (BWS)also shares the same view.   "We expect La Nina to return over the coming few months, peaking in January,maybe a little weaker than last year but there is good evidence of a returnspike," said Jim Dale, senior meteorologist at BWS. "That projects intopotentially very wet conditions for northern parts of South America and CentralAmerica."   At 1510 GMT, ICE coffee was down 61 cents at $2.48 a pound.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sara Lee Sells Most Of North American Foodservic​e Coffee Ops ToSmucker For $350M 24/10/2011

Sara Lee Sells Most Of North American Foodservice Coffee Ops ToSmucker For $350M  Mia Lamar and Annie Gasparro   Dow Jones Sara Lee to discontinue Senseo coffee business in North America in March2012 Sara Lee and Smucker also strike licensing agreement to develop liquidcoffee technologies Shares of Sara Lee recently trading flat at $17.77, up 1.5% this year   Sara Lee Corp. (SLE) has sold the majority of its NorthAmerican foodservice coffee and tea operations to J.M. Smucker Co. (SJM) for$350 million in cash.   The move underscores Sara Lee's continuing efforts to slim down the packagedfoods company, while it is in the process of splitting apart, into aninternational coffee and tea business and a North American business thatincludes the Jimmy Dean and Hillshire Farms brands.   Sara Lee has been selling off non-core businesses in order to narrow itsfocus for the past few years. "This falls in line with those efforts,"Morningstar analyst Erin Lash said. "It's one more aspect that they're tryingto trim before the split."   Shares of Sara Lee recently traded flat from Friday's close at $17.77. Thestock is up 1.5% this year.   "Our decision to sell a major part of this business to Smucker is an exampleof Sara Lee Coffee and Tea's renewed focus on sustainable, profitable growthand part of our mandate to create the strongest possible pure-play company,"said Executive Chairman Jan Bennink. The deal is expected to close in thebeginning of next year.   Also Monday, Sara Lee said that its Senseo coffee business in North Americawill be discontinued as of March 31, 2012, with the exception of select onlinechannels. Sara Lee plans to sell or close the remaining assets of the NorthAmerican coffee business.   Sara Lee's exit from Senseo marks a departure from the single-serve coffeebrewer industry, which has been growing rapidly in the U.S. with Green MountainCoffee Roasters Inc. (GMCR) Keurig machines.   Smucker was already the largest U.S. roaster, but the deal with Sara Leecould give them some pricing clout, a commercial coffee trader said. The dealisn't expected to affect overall coffee prices since it doesn't imply newbrands or a greater purchase of coffee beans.   Sarah Lee's North American foodservice beverage business currently employsabout 690 people and generated net sales of approximately $530 million infiscal 2011, of which around $285 million was associated with the assets soldto Smucker. The companies anticipate about 450 people will transfer to Smuckerfollowing finalization of the agreement.   In addition to the sale, Sara Lee and Smucker have struck a licensingagreement to together develop liquid coffee technologies. As a result of theagreement, Sara Lee said it will receive a 10-year income stream of about $50million, plus growth-related royalties, which will help cover its research anddevelopment and other support expenses.   Smucker's coffee business, which features brands like Folgers, is its largestby sales. In a statement, Smucker Chief Executive Richard Smucker said theagreement would further strengthen the company's position in the North Americancoffee market.   "The addition of liquid coffee concentrate to the Smucker portfolio alignswith our desire to compete in all forms of coffee, adding to our roast andground, single serve, instant, and ready-to-drink platforms," Smucker said.   Like many other food makers, Sara Lee has lately faced a number of economicheadwinds, including shaky consumer mood and rising commodity costs. Fiscalfourth-quarter earnings slid 41%, though core earnings came in line withanalyst expectations, amid continued cost pressure on its bottom line.

Café na ICE mantém tendência de alta e rompe os US$ 250 cents/lb - 24/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com ganhos, em uma sessão caracterizada por boas ordens de compras de especuladores e fundos. O café seguiu o otimismo dos segmentos externos e também refletiu a continuidade do temor com as chuvas que assolam a América Central e o México. Com isso, o nível de 250,00 centavos de dólar por libra peso foi, finalmente, rompido, o que, tecnicamente, é um sinal de fortalecimento do cenário gráfico, que vinha, há semanas, registrando indicadores baixistas.

O fechamento do dia se deu no nível mais alto desde 21 de setembro. A expectativa do mercado era para o dezembro conseguir se posicionar acima do nível de 246,55 centavos, o que rapidamente foi conseguido na sessão. Com isso, abriu-se espaço para o acionamento de ordens de compra, com a observação de alguns stops, e, inclusive, o rompimento do patamar de 250,00 centavos. A expectativa, agora, reside na manutenção da força técnica dos contratos, sendo que um alvo importante seria os 251,95 e 260,20 centavos, essa marca registrada em 20 de setembro passado.
O dia foi positivo para os mercados internacionais, que viram bons ganhos para as bolsas de valores, por exemplo. O dólar teve uma nova fraqueza, o que estimulou as altas das commodities. O índice CRB teve valorização de mais de 2%, com destaque . No fim de semana, os líderes europeus estiveram reunidos na cúpula da União Européia, que praticamente definiu a divulgação de um plano de recapitalização dos bancos da região. Além disso, dados sobre a indústria manufatureira da China, melhores que os esperados por analistas, deram ânimo para os mercados. Alguns dados potenciais sobre indicadores econômicos dos Estados Unidos também foram bem recebidos.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve ganho de 595 pontos com 250,80 centavos, sendo a máxima em 251,50 e a mínima em 243,10 centavos por libra, com o março tendo alta de 605 pontos, com a libra a 253,60 centavos, sendo a máxima em 254,35 e a mínima em 245,95 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 22 dólares, com 1.890 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 25 dólares, com 1.931 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, a continuidade das compras no segmento de café seguiu o bom humor externo, mas também não descartou o aspecto fundamental. Muitos players se mostram temerosos com a continuidade das chuvas na América Central e no México e uma nova tormenta que passa a atingir as duas regiões, o que deverá ampliar ainda mais as precipitações.
"Continuamos a registrar aquisições e o nível que era uma referência na linha gráfica diária foi rapidamente rompido. Subimos fortemente e a expectativa é que possamos continuar esse quadro de fortalecimento, principalmente se os mercados externos ajudarem", disse um trader.
"Ainda que safras grandes se confirmem para as duas principais origens produtoras, não há um sentimento de tranqüilidade em termos de abastecimento. Prova disto é o maior torrador do mundo dizer que os preços do café devem continuar altos, e preocupados com o abastecimento no longo prazo prometem distribuir mudas de café conillon no Espírito Santo — algo que já é feito em outros países produtores. Em resumo, continuaremos vendo o café ser influenciado pelo movimento macroeconômico, e uma alteração forte do dólar pode sem dúvida evitar uma continuação da alta. Porém o quadro fundamental está em equilíbrio, e embora as perspectivas de safras tenham aumentado, não há uma folga confortável para acreditarmos em quedas abaixo de 220,00 centavos por libra em Nova Iorque", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, consultor da Archer Consulting.
A tormenta tropical Rina se formou no Caribe ocidental sobre a costa da América Central e ameaça com novas chuvas fortes essa região que já encontra-se inundada, indicaram serviços de meteorologia dos Estados Unidos. O Rina há dois dias cobre a costa como uma depressão externa e agora se converte em tormenta que poderia atingir Belize e a península mexicana de Yucatán. Essa tormenta tem ventos sustentados de 65 quilômetros por hora e deverá se fortalecer nas próximas 48 horas, trazendo, no mínimo, cerca de 150 milímetros de chuvas. O olho do Rina está a 200 quilômetros ao noroeste de Cabo Gracias a Dios, na fronteira da Nicarágua com Honduras.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 21, somaram 1.538.259 sacas, contra 1.536.826 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 8.907 sacas, indo para 1.315.213 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 20.309 lotes, com as opções tendo 5.851 calls e 4.024 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 251,50, 252,00, 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50 e 256,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 243,10-243,00, 242,50, 242,00, 241,50, 241,00, 240,50, 240,10-240,00, 239,50 e 239,00 centavos por libra.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Com foco no campo fundamental, café fecha com ganhos na ICE 19/10/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas, em uma sessão que predominantemente os participantes se mostraram compradores. Mesmo com os mercados externos passando a ficar pressionados no período da tarde, com novas notícias negativas sobre a economia, os ganhos do café pouco foram abalados.

Operadores ressaltaram que várias compras foram processadas por players que buscam proteção ante a incerteza dos danos provocados por fortes chuvas que continuam a ser registradas na América Central, México e na Colômbia. Dessa forma, o comportamento dos arábicas no dia esteve muito mais atrelado a aspectos fundamentais que técnicos, o que impediu uma "contaminação" da retomada do mau humor dos segmentos externos.
Dados do Federal Reserve divulgados na tarde desta quarta-feira apontaram que a economia dos Estados Unidos se mostra em expansão, mas num ritmo bastante modesto. O equivalente ao Banco Central norte-americano ainda sustentou que se verifica uma piora nas condições financeiras, com redução da demanda por crédito, o que deprimiu o mercado, elevando os investimentos mais seguros. Os dados do Fed foram lidos como "desanimadores" por participantes e isso ficou estampado em indicadores de mercado, como as bolsas de valores norte-americana, que caíram ao final do dia. Segmentos de maior risco, como as commodities, também foram pressionadas. O dólar encerrou o dia com perda de 2,5%.
As constantes chuvas que se registram nos últimos dias no México deixaram apenas no Estado de Tabasco mais de 250 mil pessoas desabrigadas. Na Colômbia, as precipitações fizeram com 32 pessoas morressem desde o começo de setembro. Segundo a emissora de TV TeleSur, também são verificados problemas causados pelas chuvas em várias nações da América Central.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 465 pontos com 236,15 centavos, sendo a máxima em 239,25 e a mínima em 230,90 centavos por libra, com o março tendo ganho de 445 pontos, com a libra a 239,10 centavos, sendo a máxima em 242,00 e a mínima em 234,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou baixa de 14 dólares, com 1.872 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 14 dólares, com 1.899 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o café volta a se movimentar sem um direcionamento técnico mais concreto. No dia, a predominância foi de fatores fundamentais, ao passo que também há a influência dos segmentos externos para o andamento recente do café. "O suporte mais efetivo atual, que seria em 225,00-215,00 centavos, não vem sendo testado, mas também não conseguimos progredir para resistências mais básicas, como 240,00 centavos", disse um trader.
"Estamos conversando com alguns players e alguns se mostram receosos que a Colômbia volte a ser atingida por um cenário de chuvas intensas como as verificadas na temporada passada. Apesar de o fenômeno El Niña não estar atuando, o que se vê é um volume muito alto de precipitações, inclusive em áreas produtoras. Ainda não temos dados sobre os efeitos dessas chuvas nas zonas produtoras, mas elas poderão, sim, representar uma baixa nas estimativas de produção", disse um trader.
As exportações de café de Uganda projetadas para outubro deverão ter um aumento de, ao menos, 6%, com a utilização de mais estoques para cumprimento de obrigações contratuais, indicou a Autoridade para o Desenvolvimento do Café de Uganda. As remessas deverão atingir 200 mil sacas, contra 188.012 sacas remetidas ao exterior pelo país africano em outubro do ano passado.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 18, somaram 1.128.115 sacas, contra 1.223.979 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 350 sacas, indo para 1.365.572 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 18.317 lotes, com as opções tendo 9.085 calls e 3.136 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 239,25, 239,50, 239,90-240,00, 240,50, 241,00, 241,50, 242,00, 242,50, 243,00, 243,50 e 244,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 230,90, 230,50, 230,10-230,00, 229,50-229,40, 229,00, 228,50, 228,35, 228,10-228,00, 227,50, 227,00, 226,50, 226,00, 225,50 e 225,10-225,00 centavos por libra.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mudas de café vendem ‘como pãozinho quente’ com alta de preço

Mudas de café vendem ‘como pãozinho quente’ com alta de preço
Lucia Kassai
As mudas de café no País, maior produtor mundial do grão, estão vendendo “como pãozinho quente”, enquanto produtores buscam melhorar o rendimento das plantações após o aumento de 23 por cento nos preços nos últimos 12 meses.     “Vendi quase todas as mudas que tinha”, disse hoje Ronaldo Nogueira de Medeiros, produtor de mudas, em entrevista por telefone de Três Pontas, maior município produtor de café do Brasil. “Trabalho no setor há dez anos e nunca vi isso acontecer.”     Os primeiros pedidos chegaram antes que as mudas fossem plantadas, disse Nogueira. Os fazendeiros querem substituir as árvores velhas e com baixo rendimento por novas.     O plantio de novas mudas começa em novembro e dura até março em Minas Gerais, estado responsável por 50 por cento da produção de 43,1 milhões de sacas de café de 60 quilos deste ano, disse a Companhia Nacional de Abastecimento em 13 de setembro. As árvores começam a produzir dois anos e meio após o plantio.  Lucia Kassai - Bloomberg   

domingo, 16 de outubro de 2011

Rodrigo Corrêa da Costa - VOLTANDO PARA DENTRO DO INTERVALO DE 240/270 - Mercado de Café – Comentário Semanal - de 10 a 14 de outubro 2011

As bolsas de ações tiveram um desempenho robusto na semana, com ganhos entre 2% e 8% nos principais pregões do mundo.

O motivo para a recuperação veio mais uma vez da Europa, com os seus líderes desenhando estratégias para demonstrar ao mercado que os bancos da região serão de alguma forma ajudados.
O inevitável calote da Grécia está prestes a acontecer de fato, não com este nome horroroso, é claro, mas através de um desconto dos títulos do país que pode chegar a até 60%. A idéia por trás do plano é evitar que os seguros (CDS) sejam acionados, o que sangraria ainda mais o sistema financeiro.
Com a diminuição do medo do investidor o dólar perdeu força e o índice CRB das commodities subiu 4.50% nos últimos cinco dias.
O café depois de apanhar feio na semana retrasada conseguiu sair das mínimas recentes, dando a impressão que o nível de US$ 220.00 centavos por libra em Nova Iorque será um suporte forte e improvável de ser rompido – a não ser que o câmbio desvalorize para R$ 2.00.
A subida de US$ 20.11 por saca em Nova Iorque foi parcialmente seguida por São Paulo, que teve uma alta de US$ 14.80, enquanto Londres firmou apenas US$ 3.18 por saca. Acredito que a arbitragem vai continuar enfraquecendo com a subida do “C” na mesma proporção que vimos, algo em torno de um terço – ou seja para cada US$ 15 centavos de ganho na ICE a BM&F vai subir US$ 10 centavos , diminuindo assim o diferencial positivo para o café do Brasil. Por outro lado acho improvável a arbitragem voltar à território negativo até o fim do ano, isto porquê também não creio que NY tenha força para ir muito acima de US$ 280 centavos.
O encarecimento do café do Brasil praticamente tira o país do mercado, que se volta para a safra nova de Colômbia, Vietnã e de outros países da América Central. No mercado “spot” falta café fino brasileiro, e mesmo que a contragosto os torradores acabam tendo de comprar alguns suaves que não trazem boas lembranças a eles.
A organização internacional do café, OIC, divulgou na semana sua estimativa da produção de 2010/2011, 133.6 milhões de sacas. Com um consumo estimado em 135 milhões de sacas para o ano de 2010, e uma safra brasileira menor, o déficit deve estar por volta de 5 milhões de sacas no atual ano-safra 2011/2012. Lembrando que a estatística da entidade é alimentada por números fornecidos por seus associados.
Os volumes negociados na bolsa melhoraram com a subida dos preços, e os fundos que estavam vendidos em 10,895 contratos na terça-feira dia 11 de outubro, devem ter liquidado apenas uns 1,500 lotes até a sexta-feira, o que é pouco e dá munição para a continuação do rally.
Sendo assim podemos esperar mais altas, e caso os investidores não voltem a ter medo do fim do mundo, creio que ficaremos dentro do intervalo de negociação entre 240 e 270 centavos por algum tempo – níveis que sugeri nas minhas apresentações em alguns seminários desde março último.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa

PROMETEU E A ÁGUIA - Mercado de Açúcar – Comentário Semanal – de 10 a 14 de outubro de 2011

O mercado de açúcar fechou a semana com alta em todos os meses, reforçando nossa tese aqui expressa por diversas vezes de que quedas acentuadas nos preços do açúcar constituem-se na maior parte das vezes em excelentes oportunidades de compra. O vencimento março de 2012, se valorizou em 260 pontos na semana, ou 57 dólares por tonelada, encerrando o pregão de sexta-feira em 27,86 centavos de dólar por libra-peso, a maior alta em quatro semanas. Os demais vencimentos até outubro de 2013 valorizaram entre 190 e 240 pontos, de 43 a 53 dólares por tonelada.




Como pano de fundo dessa melhora no cenário fundamentalista temos o retorno do bom senso que mostra que a velha situação da oferta e demanda de açúcar por parte do Brasil continua sendo um problema que paira sobre a cabeça do mercado. Uma espada pendurada por um tênue fio. Na semana, as commodities deram um show de recuperação, e o açúcar foi a segunda que mais subiu (10.8%) atrás apenas do suco de laranja.



Corroborando com isso, o mercado físico na exportação tem ofertas de março mais 130/150 pontos para embarque em outubro FOB Santos. Para embarque novembro as ofertas estão entre 140/150 acima do março. As cotações são de corretores europeus.



O cenário macro mundial ajudou com Merkel e Sarkozy fazendo declarações de apoio ao sistema bancário europeu, deixando os investidores mais aliviados. Nos fundamentos do mercado açucareiro, noticias sobre enchentes na Tailândia, compras da Malásia e os números sem surpresa da UNICA alimentaram o apetite voraz dos altistas. Por outro lado, interessante o bastante, observa-se que a volatilidade das opções caiu na semana, o que mostra que muita gente vendeu opção para agregar valor às fixações e não acredita em recuperação da volatilidade em função da ausência de novos especuladores com tantas restrições que estão a caminho por conta de regulamentações a serem impostas pelos órgãos oficiais americanos. Veja mais abaixo.



Prometeu, na mitologia grega, era um titã, irmão de Atlas (aquele que foi condenado por Zeus a carregar o mundo às costas) e um defensor da humanidade. Dono de capciosa inteligência ele roubou o fogo de Zeus e o levou para os mortais que não conheciam o fogo. Zeus ficou fulo da vida e o puniu pela ousadia, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia vinha lhe comer o fígado todo dia - que crescia novamente no dia seguinte. Quem está no dia-a-dia do mercado de açúcar, sente-se um pouco como Prometeu, tendo o fígado devorado todo o dia com noticias, oscilações e incompetências oficiais que nos deixam amargo até o dia seguinte, quando então retomamos novamente nossas energias para tentar descobrir para onde esse mercado vai. Prometeu somos nós, o mercado é a águia.



Na semana que vem o CFTC, órgão oficial americano que regula as bolsas de commodities, deve finalizar e votar os regulamentos finais que irão programar os limites de posições especulativas de uma série de commodities dentro do âmbito da lei Dodd-Frank. O CFTC, de acordo com a nova lei, cuja audiência no senado americano deve ocorrer em novembro, vai estabelecer limites nos contratos futuros e também de swaps, estes últimos deverão ser obrigatoriamente compensados pelas bolsas. A proposta é que o limite de posição especulativa seja de no máximo 25% da posição em aberto. Não sei até que ponto essas restrições não podem acabar com a liquidez dos mercados ou trazer a volatilidade para níveis que desencorajam a especulação e consequentemente afastam os investidores.



O mercado interno de açúcar experimentou queda de preços, mas segundo um experiente trader, algumas empresas com problemas de fluxo de caixa derrubaram os preços no mercado interno para honrar compromissos de curto prazo. Para ele, os números da cana são os mesmos e os preços deverão se recuperar muito brevemente.



No Brasil nada menos do que cinco ministérios são necessários para se tomar alguma medida no mercado de combustível. Uma verdadeira farra com o dinheiro do contribuinte. Está sendo discutido o financiamento do governo federal para estocagem de etanol que deverá ser colocada em prática entre janeiro e abril de 2013. Ou seja, o que deveriam ter feito em 2009, quando o setor estava com a corda no pescoço após a crise econômica mundial, entrará em vigor em 2013, depois de passar pelo crivo desse pessoal todo. Nosso exemplo de competência para o mundo.



Reserve na sua agenda para não perder a vez: o XVII Curso Intensivo de Futuros, Opções e Derivativos da Archer Consulting está agendado para os dias 27, 28 e 29 de março de 2012, em São Paulo. Mais de 500 profissionais do mercado do Brasil e do Exterior já fizeram o Curso.



O Fundo administrado pela Archer Consulting, que esperamos disponibilizar para mais investidores num futuro bem próximo, atingiu uma rentabilidade para o investidor de 101,0514 % líquidos ao ano, com apenas 196 dias de existência.



Bons negócios e um excelente final de semana para todos.



Arnaldo Luiz Corrêa

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Café, focado em chuvas na América Central, tem nova alta na ICE.

Os contratos futuros de café arábica encerraram esta quinta-feira com boas altas, numa continuidade dos movimentos de correção e das compras especulativas e de fundos. O dia foi iniciado próximo das máximas da sessão passada e um novo movimento de compras foi observado, o que permitiu que o patamar de 240,00 centavos chegasse a ser rompido, apesar de, ao final do dia, alguma desaceleração ter sido registrada por conta de realizações.

O café operou dissociado de outros mercados, já que o segmento acionário teve ligeiras baixas na Dow Jones e alguns avanços para as ações de tecnologia da Nasdaq. Por sua vez, o dólar se manteve estável em relação a uma cesta de moedas internacionais e o índice CRB também não apresentou maiores oscilações.
As compras no mercado de café também estiveram relacionadas a um fator fundamental: várias regiões da América Central e do Norte continuam a enfrentar fortes chuvas, sendo que há o risco de áreas cafeeiras serem atingidas. Ao menos 18 mortos e cerca de 40 mil pessoas foram afetadas por um sistema de pressão tropical que atinge a América Central desde o final de semana, com fortes chuvas. O país mais afetado com o fenômeno climático é a Guatemala, cujo presidente Álvaro Colon confirmou a morte de 13 pessoas. Estradas, como a Interamericana, ao oeste, e a rota para El Salvador, estão intransitáveis. Na Nicarágua, o presidente Daniel Ortega declarou que quatro pessoas morreram devido às chuvas. Em El Salvador, a Direção Geral de Proteção Civil informou a morte de uma mulher de 19 anos e que quase 2 mil pessoas estão abrigdas em escolas e igrejas.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 820 pontos com 237,65 centavos, sendo a máxima em 240,35 e a mínima em 228,10 centavos por libra, com o março tendo ganho de 810 pontos, com a libra a 240,85 centavos, sendo a máxima em 243,50 e a mínima em 231,70 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 57 dólares, com 1.983 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 54 dólares, com 2.004 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas e pela correção dos preços, após as intensas baixas recentes. Alguns desses analistas apontaram para uma situação de sobrevenda, que agora parece ser gradativamente revertida. "O fator fundamental tem pesado bastante para as altas. Temos de lembrar que sofremos com uma limitação de oferta de grãos suaves e, em pleno início de safra, os centro-americanos podem ser afetados pelas chuvas intensas. Isso faz com que muitos players assumam uma postura protetiva e comprem na bolsa", disse um trader.
As exportações da Guatemala durante o ano de 2010/2011 totalizaram 3,65 milhões de sacas, 6% a mais que no ano anterior, indicou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala). Em setembro, o país embarcou 314.372 sacas, contra 199.355 sacas do mesmo mês do ano anterior.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 10, somaram 549.204 sacas, contra 542.799 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 6.763 sacas, indo para 1.406.377 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.960 lotes, com as opções tendo 5.813 calls e 4.021 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 240,35, 240,50, 241,00, 241,50, 242,00, 242,50, 243,00, 243,50, 244,00 e 244,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 228,10-228,00, 227,50, 227,00, 226,50, 226,00, 225,50, 225,10-225,00 e 224,50 centavos por libra.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Rodrigo Corrêa da Costa - FLORADA COM PERCEPÇÃO DISTINTA ENTRE PARTICIPAN​TES - Mercado de Café – Comentário Semanal - de 3 a 7 de outubro 2011

Os bancos centrais das principais economias declararam durante a semana que tomarão medidas para estimular o crescimento (EUA) e também para garantir recursos necessários para recapitalizar os bancos que estão frágeis (zona do Euro).
As notícias foram recebidas com alívio pelo mercado financeiro e as bolsas fecharam com alta entre 2% e 4%, com exceção de alguns emergentes e do Japão.
O corte na nota da dívida de Itália e Espanha por duas agências de risco não conseguiu atrapalhar a recuperação provocada pela “rede” de proteção que se desenha mais uma vez à custa dos principais governos. A solução, embora criticada por muitos pela falta de cuidado que alguns bancos tiveram em financiar papéis que deveriam ter custado mais barato, parece ser menos dolorosa do que deixar quebrar alguma grande instituição financeira – ainda que esta opinião não seja compartilhada por todos.
Os índices das commodities conseguiram subir também nos últimos cinco dias liderados pelos ganhos de metais, e energia (menos o gás natural), e entre os poucos produtos que caíram o café foi um deles.
O movimento negativo do nosso mercado aconteceu basicamente na sexta-feira, um dia depois de Nova Iorque subir respondendo também à valorização da moeda brasileira. A queda no último dia da semana foi preocupante para os altistas não apenas pela sua magnitude, mas pelo baixo volume negociado, e pela divulgação do relatório de posicionamento dos “traders”(COT) que mostrou o quão pouco a indústria tem comprado o arábica.
As agências de notícias culpam a chuva e a florada no Brasil pela baixa, e talvez possamos complementar dizendo que há um pouco mais de oferta de negócios de cafés suaves aparecendo. Ratificações de incremento de área plantada em alguns países da África, assim como um crescimento de produção de Honduras e uma potencial safra grande brasileira, pode também ter contribuído para que fundos continuem não querendo comprar o terminal. Em função da redução da posição comprada dos “non-commercials”, o volume bruto-comprado deles está há menos de mil lotes do menor nível que se tem em registro para o relatório do CFTC. Entretanto o que de fato vai dar uma alavanca de recuperação para este mercado é o aumento da posição vendida destes participantes, misturado com uma estabilização da figura técnica (gráfico), para que então possamos ver os diferenciais ficarem mais próximos do “normal”.
Como assim normal? De uma semana para outra enquanto o “C” caiu US$ 6.02 por saca, a BM&F subiu US$ 8.25 por saca, fazendo com que a arbitragem entre os dois mercados encerrasse o período com US$ 14.31 centavos por libra positivo, ou em outras palavras o natural brasileiro entregue na bolsa de São Paulo vale mais do que qualquer outro café-lavado entregue na bolsa de Nova Iorque (incluindo é claro o colombiano). Ou seja, enquanto o mundo acha negativa a notícia da florada no Brasil, os produtores brasileiros não acham, pois neste momento não precisam vender o café que tem, e tão pouco têm a certeza de que a próxima safra já está garantida.
Para o café do tipo robusta rumores de atraso da safra de Vietnã ajudaram a manter o nível do terminal praticamente inalterado, ainda que os estoques certificados representem 44% do número de contratos em aberto, o maior nível desde novembro de 2009.
O gráfico semanal nos dá a impressão de podermos ver uma nova queda do contrato da ICE, algo que deixa poucas novas explicações para serem usadas caso isto de fato aconteça. Uma continuação da firmeza do Real pode eventualmente reverter o quadro.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,
Rodrigo Corrêa da Costa

domingo, 9 de outubro de 2011

O G2 que manda na zona euro reúne amanhã.

O G2 que manda na zona euro reúne amanhã. Os banqueiros centrais e o secretário do Tesouro americano dizem que fizeram a sua parte. Obama, o FMI e os chineses avisaram que não toleram o contágio por incapacidade política dos líderes europeus




Os mercados financeiros vão reagir na segunda-feira a mais uma cimeira entre a chanceler Ângela Merkel e a o presidente Nicolas Sarkozy. A Alemanha e a França formam, hoje, uma espécie de G2 que comanda a zona euro e condiciona inclusive os movimentos do Reino Unido, apesar dos discursos grandiloquentes antieuro do seu primeiro-ministro em Londres.



Em cima da mesa, em Berlim, no domingo, vão estar os dossiês europeus quentes que terão de ter soluções claras a apresentar na cimeira dos ministros das Finanças do G20 (grupo das 20 economias mais poderosas do mundo, incluindo desenvolvidas e emergentes) que decorrerá em Cannes, em França, na quinta e sexta-feira da próxima semana (13 e 14 de outubro). Agenda que prossegue com a cimeira europeia de 17 e 18 de outubro.



Os dossiês são já espessos - risco de default na ponta final do ano da Grécia com um corte de cabelo nos valores dos credores que poderá chegar a 60% (segundo a Moody's); necessidade de recapitalização dos bancos europeus face a esse risco grego e ao contágio para os outros títulos soberanos que têm nos seus portefólios - com um número "tentativo" num intervalo entre 100 a 200 mil milhões de euros avançado por António Borges, chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a Europa; concretização das funções e alcance do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e eventuais medidas adicionais por parte da Autoridade Bancária Europeia e do próprio FMI (Borges adiantou uma "ideia", ainda não discutida, de um veículo financeiro para fins especiais e fala-se que o G20 poderá ter um "Plano B" na manga através do FMI com envolvimento forte por parte das potências emergentes); e implementação do pacote de medidas legislativas de aplicação imediata e de uma nova lei-quadro (conhecida por six pack), aprovadas na última reunião do Ecofin (reunião dos Ministros das Finanças dos 27 membros da União Europeia).



Banqueiros centrais fizeram a sua parte



Os banqueiros centrais, cada um com o seu estilo e estratégia, dizem aos dois líderes europeus, que a sua parte está feita.



Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal (Fed), continua a deixar em suspenso a possibilidade de um futuro terceiro programa de "alívio quantitativo" (quantitative easing, na designação em inglês), e entretanto entretém os investidores com uma operação "twist" no portefólio da Fed.



O secretário do Tesouro norte-americano, Tim Geithner, fez uma "adenda" importante. Disse ontem perante congressistas norte-americanos que um Lehman Brothers não se repetirá: "Não há absolutamente nenhuma hipótese" de voltar a ocorrer uma decisão de deixar cair um banco como aconteceu em final de 2008 com o famoso Lehman Brothers. Estas palavras aliviaram de imediato a pressão no mercado da dívida sobre os bancos americanos. Na terça-feira, o preço dos credit default swaps (cds, seguros contra o risco de incumprimento) da Goldman Sachs dispararam 12,3%, do Wells Fargo mais de 6% e do JPMorgan mais de 5%. Foi um dia negro para 13 dos mais importantes bancos mundiais (excetuando os chineses) em termos de subida do preço dos cds, envolvendo na onda bancos franceses, ingleses, italianos, alemães, japoneses e australianos.



Por seu lado, o Banco de Inglaterra não esteve com pruridos em imprimir mais moeda fiduciária, e face ao agravamento da estagnação económica no Reino Unido, avançou ontem com um segundo programa de "alívio quantitativo", injetando nos próximos quatro meses mais 75 mil milhões de libras (cerca de €86,4 mil milhões) na economia e finança britânicas.



Depois de Trichet ter glosado o tema da crise com cores negras, e a revista britânica The Economist ter colocado na capa um título assustador - "Tenham medo" - engolido por um buraco negro, o governador do Banco de Inglaterra, Mervyn King, disse ontem mais uma frase marcante, de choque: "Esta é a crise financeira mais séria que vimos, pelo menos desde os anos 1930, se não mesmo desde sempre. Temos de lidar com circunstâncias pouco habituais, mas com calma e fazendo o que é certo".



O próprio tema da fragilidade da situação da banca não poupa a Ilha de Sua Majestade. Na terça-feira negra desta semana, o custo dos cds do Barclays, Bank of Scotland, Royal Bank of Scotland (RBS) e Lloyds subiu mais de 5%. Hoje, a agência de notação de risco Moody's procedeu ao corte de rating da dívida de 12 instituições financeiras britânicas, com particular destaque para o RBS e o Lloyds. Não mexeu, no entanto, nas notações do Barclays e do HBSC.



O Banco Central Europeu (BCE) conseguiu ontem o "consenso" em Berlim no seu conselho de governadores para ampliar o arsenal de medidas "não convencionais", aumentando os instrumentos para disponibilizar liquidez ilimitada ao sistema financeiro europeu que poderá enfrentar um choque de um default na Grécia e uma bola de neve de contágio para os títulos soberanos de Portugal, Irlanda, Itália, Espanha, Bélgica e mesmo França. O BCE retomou duas medidas que tomara em 2009. Relançou um programa de operações de refinanciamento adicionais a 12 e 13 meses (que tem o acrónimo de LTRO - Long-Term Refinancing Operations) e vai avançar a partir de novembro com um novo programa de compra de obrigações hipotecárias (que tem o acrónimo de CBPP2 - Covered Bond Purchase Programe). Este CBPP2 disporá de um teto de €40 mil milhões até final de Outubro de 2012, um valor inferior aos €60 mil milhões do primeiro programa prosseguido em 2009 e 2010. Para alguns analistas, este CBPP2 funciona como um quantitative easing disfarçado.



Urso das bolsas acalmou uns dias



As bolsas mundiais gostaram destes movimentos dos banqueiros centrais. Depois de dois dias com quebras acumuladas de mais de 3%, o índice mundial bolsista, o MSCI World Index, recuperou cerca de 5% na quarta, quinta e sexta-feiras. O primeiro sinal de mudança de comportamento dos investidores em bolsa foi dado nos últimos 50 minutos de negociação em Wall Street na terça-feira, apesar do ruído dos "ocupas" de Wall Street. Os índices bolsistas Dow Jones e S&P 500 fecharam no positivo nesse dia, invertendo a tendência negativa na Europa e na Ásia.



O "urso" das bolsas foi, temporariamente, acalmado, mas continua à espreita, basta que seja espevitado com uma má notícia de dados económicos ou ratings (como acabou por acontecer na sexta-feira à tarde com o anúncio pela agência Fitch do corte de notação de Itália e Espanha), um rumor, uma surpresa ou um deslize dos políticos.





Segundo os estudos do analista norte-americano Mark Lundeen, desde o início de agosto que as bolsas estão a viver dias de volatilidade extrema e a 3 de outubro, na segunda feira, o índice Dow Jones deu um sinal - pela primeira vez, desde 9 de março de 2009 (quando terminou o crash iniciado em 2008), fechou em valores abaixo do mínimo das últimas 52 semanas. O que costuma ser, historicamente, uma confirmação, diz Lundeen, de uma tendência de fundo, neste caso pessimista.





G2 mundial avisa europeus



O outro G2, o à escala mundial, formado pelos Estados Unidos e a China, as duas principais potências da atualidade, deixaram, também, o seu recado aos europeus.



Os chineses falaram pela letra do Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista da China, que no dia 1 de outubro, referia: "Se a Europa continuar a tergiversar, a situação apenas piorará. Os estrangeiros que desejam apoiar não o farão e a zona euro poderá desintegrar-se. O que será um desastre para a Europa e o mundo".



Qualquer tsunami financeiro na Europa chegaria com as ondas de choque à China no pior momento. Uma bomba ameaça explodir: a do sector financeiro "sombra" onde o crédito paralelo lida com juros entre os 14% e os 70%. Este sector deve representar 8% do crédito financeiro, segundo o Crédit Suisse.



O presidente Obama, por seu lado, foi muito claro na sua conferência de imprensa de ontem na Casa Branca em Washington, DC: os europeus têm de agir rapidamente. "Espero que daqui até à cimeira do G20 [em Cannes] em [3 e 4] novembro, eles [os líderes europeus] tenham um plano de ação muito claro e concreto que esteja à altura da situação", disse, tendo sublinhado ainda que o efeito de contágio seria "bem real".



A exposição da banca norte-americana à dívida europeia dos GIIPS (grupo formado por Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha) tem sido um tema de polémica nos EUA. Os números que são adiantados são os mais díspares. Ainda, recentemente, John McDermott, na coluna "Alphaville" do Financial Times, referia que essa exposição "era um mistério". Alguns cálculos apontam para um valor colossal de mais de 725 mil milhões de dólares de exposição direta bruta (mais de 175 mil milhões de dólares) e "de outras potenciais exposições" (mais de 550 mil milhões de dólares). As maiores exposições são à dívida italiana e espanhola. No caso português rondaria um pouco mais de 5 mil milhões de exposição direta e mais de 48 mil milhões de "outras exposições potenciais".

sábado, 8 de outubro de 2011

O mercado de açúcar DANÇANDO CONFORME A MÚSICA

DANÇANDO CONFORME A MÚSICA
Arnaldo Luiz Corrêa


 O mercado de açúcar em NY fechou basicamente inalterado na semana. As variações foram pequenas: de uma alta de quase 2 dólares por tonelada no vencimento de 2014 e queda de 6 dólares por tonelada no vencimento outubro/2012. O mercado finge acreditar que a situação de aperto de oferta, que vai se aprofundar no começo do ano que vem e não vai encontrar solução adequada para os próximos 18 meses, de alguma maneira vai se arranjar ao longo do tempo. Bobagem. Os especialistas do setor (sem rabo preso com quem quer que seja) acreditam que o mercado só vai voltar ao custo e carrego em 2015. Ou seja, preços mais baixos nos vencimentos mais curtos e mais altos nos vencimentos mais longos – que só ocorrem com mercados em equilíbrio de oferta e demanda – não devem ocorrer no açúcar até 2014/2015. Façam suas apostas, senhoras e senhores.A entrega da semana passada trouxe algumas discussões interessantes: como disse um executivo do setor: “os baixistas falam que [o sumiço do Brasil] é porque não tem demanda! Os altistas apontam uma fila de navios no porto em quase 50% do ano passado e um prêmio no VHP de 120-135 uma falta desesperadora de produto, pois quem - com um prêmio de branco de 100 dólares por tonelada faz dinheiro no refino se realmente Índia, Tailândia e Rússia estariam exportando?”.  O real se recupera em relação ao dólar e isso deve elevar as cotações das commodities. As commodities metálicas tiveram uma boa semana. Das agrícolas, suco de laranja, algodão e milho, apenas, subiram.Quando falta notícia no mercado físico, o cenário macro faz a festa e o açúcar dança conforme a música. A discussão gira em torno do volume que o Brasil terá de cana para o próximo ano. A receita é simples: tenta-se criar um consenso em torno de um número e depois que ele tiver bem sedimentado, variações sobre o volume de cana a ser colhida trarão gemidos e ranger de dentes e lá vamos nós de novo.O ponto é que o mundo é tão dependente do número brasileiro que qualquer resfriado por aqui acaba provocando pneumonia no mercado. As oscilações vão ficar mais vibrantes. E a volatilidade vai ficar mais volátil.A posição de contratos em aberto em NY é extremamente inquietante. O volume atingido no final do mês passado foi de apenas 465.556 contratos, o mais baixo desde outubro de 2006. O volume de negócios também apresenta queda. Dificilmente vamos fechar o ano de 2011 acima de 2010 em contratos negociados. O ano passado a bolsa negociou 29,1 milhões de contratos de futuros no açúcar. Este ano, a projeção da Archer Consulting é de 26,4 milhões de contratos (uma queda de mais de 9% no ano). Menor volume nos futuros, significa menor volume também nas opções, menor volatilidade e menos participantes, que acabam causando menor volume, e por aí vai.Pela queda de volume, pode-se jogar a culpa de desempenho tão pífio à saída dos HFT (high-frequency traders), à diminuição do crédito para operações de futuros ou mesmo a atitude por parte dos participantes do mercado de trabalharem mais concentrados no curto prazo. E isso apesar de muito volume ter sido direcionado para NY de mercados que normalmente não tinham a bolsa como parâmetro de fixação de preços como, por exemplo, o mercado interno no Brasil, cuja grande parte do volume é fixada contra a bolsa de NY e algumas operações de etanol usando a curva do açúcar. Mas, pode-se apontar o dedo também para a crescente intervenção dos governos contra a participação dos fundos no mercado. Sem o especulador (que toma o risco que o produtor e o consumidor final não estão dispostos a tomar) os mercados minguam. A França, por exemplo, quer limitar a participação do especulador nos mercados de commodities agrícolas, levando proposta em reunião do G-20 para “combater a especulação”. Santa ignorância e ser paga pelo produtor, que é quem sempre paga a conta.No Brasil, a taxação de operações de derivativos imposta pelo governo brasileiro fez a participação dos investidores estrangeiros derreter para 4% do volume total comparativamente aos 25% que eles detinham. Essa é mais uma inestimável intervenção dos burocratas de Brasília para o desenvolvimento do incipiente mercado de derivativos agrícolas nacional. No dia que instituírem um prêmio Nobel para medidas idiotas, o Brasil será um fortíssimo candidato.Alguns traders comentam que a fixação para a próxima safra – 2012/2013 – estaria em torno de 35-40%. Vamos rodar o modelo da Archer Consulting – que tem estado bem próximo da realidade do mercado – dentro de mais duas semanas para ver se esse número faz sentido.  Uma provocação: se o quadro de oferta e demanda não parece ter condições de mudar, será que o spread outubro/2012-março/2013 não está barato demais? Gostaria de saber sua opinião.Tenham um bom final de semana
Arnaldo Luiz Corrêa

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US despencaram nesta sexta-feira

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US despencaram nesta sexta-feira, o que fez com que a tentativa de reação esboaçada nas últimas três sessões se perdesse rapidamente. Especuladores e fundos ampliaram consideravelmente suas liquidações, o que permitiu que o mercado voltasse para o range de 220,00 centavos, sem, contudo, testar as mínimas da última segunda-feira.

Os mercados externos, que vinham se mostrando bastante favoráveis nos últimos dias, tiveram uma sexta-feira sem um grande direcionamento, com algumas perdas nas bolsas de valores dos Estados Unidos e com várias commodities tendo estabilidade. O dólar também não teve maiores oscilações em relação a uma cesta de moedas internacionais. Entretanto, a notícia sobre o rebaixamento do rating de da Itália e Espanha, anunciada após o fechamento de vários mercados, foi lida como muito negativa e contribuiu para a ampliação do pessimismo de muitos players.
O café teve uma pressão adicional por conta de aspectos fundamentais. Serviços de meteorologia indicam que as regiões produtoras de café poderão ter chuvas nos próximos dias, o que permitiria uma ampliação das floradas da safra de 2012 e também afastaria o risco de quebras mais severas na produção do ano que vem, por conta dos efeitos da disponibilidade hídrica mínima no solo. Segundo a empresa Climatempo, na próxima semana a tendência para o sul de Minas Gerais é ocorrência de chuvas em praticamente todos os dias da semana, o que, se concretizado, seria de extrema importância para as lavouras que sofrem com uma temporada longa de seca e de temperatura relativamente altas.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 1.005 pontos com 224,35 centavos, sendo a máxima em 236,00 e a mínima em 223,65 centavos por libra, com o março tendo retração de 990 pontos, com a libra a 227,70 centavos, sendo a máxima em 239,15 e a mínima em 227,25 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 70 dólares, com 1.955 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 68 dólares, com 1.983 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma forte pressão vendedora, principalmente na segunda metade da sessão, de fundos e especuladores. O nível de 219,80 centavos — mínima da semana e menor nível em quase dez meses — não foi testado. Para esses analistas, o mercado apenas reassumiu seu viés baixista, aproveitando as notícias climáticas positivas para o café no Brasil. "As chuvas que chegaram a algumas regiões produtoras de café do sudeste brasileiro foram irregulares e insuficientes para tranqüilizar os cafeicultores", indicou o Escritório Carvalhaes, em Santos.
Compradores de café do Vietnã estão exigindo um desconto para o café local depois que as chuvas iniciadas na semana passada atrasaram o início da colheita, indicaram fontes em Ho Chi Min. Grãos da safra 2011/2012 estão sendo comercializados com desconto de 50 a 60 dólares por tonelada em relação às cotações na bolsa de Londres. Na semana passada, tal desconto variou entre 60 e 70 dólares. A primeira empresa a se manifestar sobre o atraso provocado pelas chuvas no Vietnã foi a Volcafé, que emitiu um relatório indicando que a maior parte dos cafés que chegaram às mesas de comercialização ainda tem um volume alto de verde. "Esse atraso na colheita pode dar alguns suportes para os preços dos robustas nas próximas semanas", disse Lysu Paez, analista da Natixis, em Paris. O Vietnã deve produzir cerca de 22 milhões de sacas na temporada 2011/2012, de acordo com estimativa da Volcafé. Tal montante seria recorde. Já a Vicofa (Associação de Café e Cacau do Vietnã) indicou que as chuvas fortes que atingiram a região do planalto central vietnamita podem provocar uma quebra de até 10% na produção do país.
As exportações de café do Brasil em outubro, até o dia 6, somaram 288.979 sacas, contra 307.141 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.250 sacas, indo para 1.428.627 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 16.554 lotes, com as opções tendo 6.302 calls e 2.562 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 236,00, 236,50, 237,00, 237,50, 238,00, 238,50, 239,00, 239,50 e 239,90-240,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 223,65, 223,50, 223,00, 222,50, 222,00, 221,50, 221,00, 220,50, 220,10-220,00, 219,80, 219,50, 219,00 e 218,50 centavos por libra.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

EXPORTAÇÕES DA UGANDA MAIS DO QUE DOBRAM EM SETEMBRO

EXPORTAÇÕES DA UGANDA MAIS DO QUE DOBRAM EM SETEMBRO
As exportações de café da Uganda mais do que dobraram emsetembro, o último mês da safra 2010/11, que corre de outubro a setembro do ano seguinte. O crescimento foi impulsionado pelo maior rendimento da segunda colheita nas regiões produtoras do Oeste e Sul do país e a liberação de maisestoques enquanto exportadores se preparam para a nova safra, de acordo com a Autoridade de Desenvolvimento de Café de Uganda (UCDA, sigla em inglês).      Os embarques de café em setembro atingiram 340.378 sacas de 60 quilos, comparado as 169.728 sacas exportadas no mesmo mês da safra passada, apontaram os dados da UCDA. "Os rendimentos da segunda colheita foram melhores e exportadores também liberaram estoques extra no mercado", afirmou um oficial da autoridade.    As exportações de setembro ultrapassaram a estimativa anterior de embarques de 250.000 sacas, uma vez que produtores inundaram o mercado com estoques da safra 2010/11, para abrir espaço para o café da safra 2011/12. Cafeicultores das regiões central e oeste do país deverão iniciar os trabalhos da colheita principal no final deste mês.    As exportações cumulativas da Uganda para toda a safra 2010/11 totalizaram 3,14 milhões de sacas, montante que representa um acréscimo de 18%ante as 2,567milhões de sacas embarcadas em período correspondente da safra anterior.     A organização atribuiu essa performance impressionante aos preços mais elevados a nível de produtor, que têm crescido em média 40% ao ano, induzindoprodutores a adotarem melhores práticas agrícolas.    A colheita de café nas regiões produtoras de robusta do sul e oeste do país terminou no mês passado, mas segundo a UCDA, ainda há um volume considerável de estoques de passagem em mãos de produtores e exportadores. As duas regiões tiveram um rendimento maior do que o esperado, ajudando as exportações do país a se recuperarem das perdas sofridas no início desta safra, após a estiagem nas regiões produtores do leste e centro ugandenses.     A Uganda é o maior país produtor de robusta da África e o segundo maior exportador de café do continente, atrás da Etiópia, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). As informações partem de agênciasinternacionais.

Faltam mudas para renovação de cafezais

Faltam mudas para renovação de cafezais(Como eu disse)
Fonte-Folha de São Paulo
Produtores de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná estão tendo dificuldades para renovar plantações Como muda demora cerca de seis meses para ficar pronta, alguns produtores vão deixar a renovação para 2013 Embalados pela alta das cotações, produtores de café de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná estão tendo dificuldades em encontrar mudas do grão para suas lavouras.Os cafeicultores aproveitam o bom momento para investir na renovação das plantações, cortando os pés antigos e plantando novos, que são mais produtivos.No último ano, o preço pago ao produtor pelo café subiu até 60%, dependendo da variedade, e tende a se manter no patamar atual. A troca dos pés de café também permite implementar a mecanização das lavouras, cada vez mais necessária devido à escassez de mão de obra no campo -que representa cerca de 35% dos custos de produção.Nesse caso, os pés são plantados de forma mais espaçada, para permitir a entrada das máquinas. "A gente só vai conseguir qualidade com lavouras modernas, plantadas num alinhamento maior, com alta tecnologia. Temos de ganhar mercado nisso", diz o pesquisador da Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) Ronaldo Nogueira de Medeiros.Em Minas, maior produtor nacional de café e onde cerca de 30% das plantações são mecanizadas, ainda há mudas, mas a expectativa é que elas acabem em breve."Das minhas mudas, já vendemos 80%, com adiantamento e tudo. Em outros anos, numa época dessas, só tinha vendido uns 30%", afirma Medeiros, que também é viveirista.A época ideal para plantio do café começa em novembro e vai até janeiro. Como uma muda demora cerca de seis meses para ficar pronta, quem não encomendou até julho terá dificuldade para conseguir agora, e pode ser obrigado a renovar a lavoura só em 2013. "Os viveiristas estavam produzindo quase sob encomenda nos últimos anos, devido à baixa procura. Agora, a demanda aumentou muito", afirma Paulo Franzini, técnico da Secretaria da Agricultura do Paraná.No Estado, a produção de mudas foi praticamente toda vendida. "Se fizessem o dobro de mudas, venderiam tudo", diz o técnico agrícola Antônio Carlos Spanhol, da cooperativa Cocamar.As mudas estão cerca de 20% mais caras do que no ano passado no Paraná -aumento ainda não observado nos outros Estados. No Espírito Santo, segundo maior produtor do país, o governo estadual promove, há 15 anos, um programa de renovação das lavouras.

Em novo dia de mercados fortalecidos, café ganha corpo na ICE

Em novo dia de mercados fortalecidos, café ganha corpo na ICE   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quinta-feira com bons ganhos, com compras especulativas e de fundos. Pela terceira sessão consecutiva, os compradores predominaram e, após o mercado ter batido em um suporte de 225,00 centavos, uma boa oscilação positiva foi desenhada, o que permite ao café uma recuperação parcial, após as fortes baixas recentes do mercado. Boa parte dos ganhos esteve atrelada ao comportamento dos mercados externos. Mais uma vez, as commodities experimentaram bons ganhos, com o aumento do número de participantes em negócios de maior risco.  Também nesta quinta, as bolsas de valores dos Estados Unidos e da Europa tiveram altas, ao passo que o dólar registrou fraqueza em relação a outras moedas internacionais, o que favorece os preços das matérias-primas, por exemplo. Tecnicamente, o dezembro experimentou um suporte importante no início da semana e dava sinais de que poderia ampliar significativamente as perdas, após bater no menor nível em quase dez meses. No entanto, os bearishs (baixistas) encontraram uma zona de compras nas baixas e ainda perderam a força das liquidações. Concomitantemente, os mercados externos passaram a se animar, diante da possibilidade de se chegar a um acordo para sanear a economia de nações periféricas da zona do euro, principalmente a Grécia, que vem se mostrando sem condições de quitar suas dívidas. Com isso, os compradores passaram a ser mais efetivos e os ganhos se consolidaram, possibilitando, nesta quinta, o rompimento do nível de 235,00 centavos.  No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 670 pontos com 234,40 centavos, sendo a máxima em 236,10 e a mínima em 228,05 centavos por libra, com o março tendo ganho de 680 pontos, com a libra a 237,60 centavos, sendo a máxima em 239,25 e a mínima em 231,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 35 dólares, com 2.025 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 33 dólares, com 2.051 dólares por tonelada.  Segundo analistas internacionais, o café, assim como várias outras commodities, caminha seguindo uma tendência externa mais forte. As perdas recentes foram influenciadas em grande parte pela radicalização do quadro de preocupação do segmento externo, principalmente com a expectativa de um calote da Grécia, que poderia ampliar uma onda negativa por toda a Europa e também pela situação próxima da recessão verificada nos Estados Unidos. "O café, efetivamente, encontrava-se sobrecomprado e, em algumas linhas gráficas ainda é possível um quadro de sobrecompra. Isso deu estímulo também para que as atividades compradoras fossem estimuladas", indicou um trader.  O montante semanal de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos subiu em 6 mil pessoas na semana passada e atingiu a marca de 401 mil, divulgou o Departamento de Trabalho. O crescimento, no entanto, é inferior ao esperado pelos analistas, que estimavam demanda de 15 mil pedidos. O mercado também reagiu favoravelmente nesta quinta a uma indicação do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, em comissão no Congresso dos Estados Unidos. Ele afirmou que a instituição estaria preparada para tomar medidas adicionais para ajudar a economia norte-americana, que está "perto de tropeçar".  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 1.055 sacas, indo para 1.429.877 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 16.538 lotes, com as opções tendo 4.285 calls e 2.271 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 236,10, 236,50, 237,00, 237,50, 238,00, 238,50, 239,00, 239,50 e 239,90-240,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 228,05-228,00, 227,50, 227,00, 226,50, 226,15, 226,00, 225,50, 225,10-225,00, 224,50, 224,00, 223,50, 223,00 e 222,50 centavos por libra.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Cafe teve um dia de alta , fechando com 810,00 pontos de alta , mercado pode testar 239,50, 249,50 e 260,00 suporte em 232,00 , 230,00 227,00.

Brazil Crop Concerns Heats Up Coffee Market 06/10/2011

Brazil Crop Concerns Heats Up Coffee Market Arabica coffee futures on ICE jump close to 3% on concernsthat late rains in Brazil's main coffee growing regions could delay the keyflowering ahead of the 2012-13 crop. "The delay of rain from now, onward,starts to represent some damage," says Guilherme Braga, director of theBrazilian Green Coffee Exporters Council. "If we don't have rain in the nextfour or five days, we could start to have some problems." Coffee for Decemberdelivery settles 2.9% higher on the day at $2.3440 a pound.

SINCAL – Virando o jogo com a queda do PIS e Confins

SINCAL – Virando o jogo com a queda do PIS e Confins 
 Primeiramente, necessitamos agradecer ao Sr. Marcos Foresti, Vice-Prefeito de Varginha/MG, que juntamente com o Ex-Prefeito Maurinho, nos levaram até o Ex-Vice Presidente da República Sr. José Alencar que já partiu “antes do combinado” e que Deus o colocou num pedacinho especial do céu. Estivemos duas vezes com Vice-Presidente José de Alencar que se inteirou dos problemas da cafeicultura, onde demonstramos o projeto da SINCAL. Ele nos colocou diretamente com o Ministro Dr. Miguel Jorge, que até 2010, foi o responsável pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior. Estivemos quatro vezes reunidos com o ministro e seus assessores, que trabalharam com muita dedicação junto ao Ministério da Fazenda e, se adentraram nos cálculos e verificaram o grande prejuízo que o PIS e COFINS ocasionavam aos cafeicultores e, a pátria nos descontos dos preços do café, num oligopólio criado favorecendo somente alguns elos da cadeia do agronegócio mascarando o livre mercado e, criando um verdadeiro oligopólio na mão de poucos interessados. Excluindo a possibilidade do livre comércio através de comerciantes, maquinistas, corretores e outros. Muitos exportadores não compravam direto do produtor e sim das cooperativas para se creditarem dos 9,25% de isenção tributária. Além disso, foram criadas inúmeras “Cooperativas”, praticamente com a única finalidade de aproveitar do PIS e COFINS além firmas “laranjas” que culminou em 2009/2010 a operação da Polícia Federal denominada “Operação Broca do Café” que culminou na prisão e processos de diversos homens sem patriotismo. Portanto, um verdadeiro absurdo o cafeicultor pagando pela “safadeza”. A SINCAL lutou incansavelmente e, estaremos na próxima quarta feira, dia 05/10, pessoalmente agradecendo o Ministro Dr. Miguel Jorge. Queremos também agradecer ao Dr. Paulo Mizushima, chefe Departamento Regional Sul do BNDES, como organizador das reuniões com o Ministro e participante comprometido com o assunto café. Infelizmente o Dr. Miguel Jorge deixou o Ministério, pois, trata-se de um profissional técnico e respeitadíssimo. Deixamos aqui, um agradecimento em nome dos cafeicultores ao Dr. Miguel Jorge. Temos agora a partir da assinatura da Medida Provisória que moraliza a comercialização do café e que entrará em vigor a partir de 90 dias da sua publicação benefícios ao produtor e é importante a sua conscientização. 1-    A Nota Fiscal poderá ser de produtor sem aquela discriminação feita pelo Exportador de que aquele preço tipo R$530,00 a saca somente  valeria se a nota fosse de Cooperativa ou de Firma que repassasse o PIS e COFINS (9,25% =R$49,02) sem custo ao comprador e nem para a Cooperativa. Quanto as firmas surgiram muitas porém a maioria ilegais. 2-    O custo deste café, portanto seria de R$530,00 – R$49,02 = R$480,98. E aí estas Empresas Exportadoras vendiam o nosso café por preço mais barato ao Importador fazendo dumping no Mercado, pois aquelas que tinham dificuldade em transformar estes impostos em dinheiro via a própria Torrefação ou Indústria de Laticínios ou Empresa de Pneus etc...ficavam alijadas do negocio. 3-    Caso não fosse utilizado este artifício, pura e simplesmente iam querer receber do Governo provocando um prejuízo ao País e ao Cidadão Contribuinte. 4-    Este subsídio camuflado vigorou por muitos anos provocando uma diminuição na receita de Exportação e um prejuízo aos cofres públicos de vários bilhões de reais que foram transferidos para o Importador. 5-    Surgirão com certeza novos Comerciantes e Exportadores que agora terão condições de trabalhar sem entrar na obscuridade e o produtor terá mais parceiros no mercado.  6-    A transparência começará a retornar de novo no Comércio e este é o desejo do produtor já cansado de ser explorado pelo Sistema. Portanto, senhores cafeicultores vencemos mais uma das diversas etapas do anacronismo e verdadeira escravidão imposta pelos demais elos da cadeia do agronegócio. Paralelamente temos diversos outros projetos em andamento e a SINCAL, sem nenhum apoio financeiro de qualquer entidade, fazendo com recursos próprios de alguns diretores, continuará lutando e viraremos essa página negra que os cafeicultores estão atravessando.  
Armando MatielliPresidente Executivo da SINCAL 
Fernando Camargo de Souza Barros Jr.Diretor da SINCAL em Assuntos Econômicos SINCAL –
O Cafeicultor é o principal.

IBGE APONTA SAFRA BRASILEIRA EM 44,5 MILHÕES DE SACAS EM 2011

IBGE APONTA SAFRA BRASILEIRA EM 44,5 MILHÕES DE SACAS EM 2011
No levantamento de setembro do IBGE, a estimativa de produção de café em grão de 2.667.776 toneladas (44,5 milhões de sacas de 60 kg) teve um acréscimo de 0,5% em relação a agosto. As outras variáveis também estão apresentando acréscimos. A área total e a área destinada à colheita da cultura nacional crescem 0,1% e o rendimento médio, 0,4% em relação à estimativa anterior.     Minas Gerais, o maior estado produtor, apresenta, neste mês, acréscimo de1,0% na produção esperada para 2011, totalizando 1.323.622 t (22,1 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), representam 49,6% do total esperado para o País em 2011. A área a ser colhida está reavaliada em 1.027.872 ha. O rendimento, característico de um ano de "baixa", aumenta 0,9% em relação a agosto, após atualização dosdados em Mutum (na região do Rio Doce), em alguns municípios do Alto Paranaíba e da área na Zona da Mata. Percebe-se que a bianualidade vem diminuindo ao longo dos anos em virtude da ausência de geadas, que sempre nivelavam as lavouras e também devido ao manejo diferenciado de talhões dentrodas propriedades, com práticas de adensamento, irrigação, plantio de variedades mais tolerantes à ferrugem, podas, entre outros.     Para o Espírito Santo, 2 maior produtor do País, não foram observadas variações em relação ao mês anterior. O estado apresenta predominância da espécie canephora (conilon e clones). Desde o final de 2010 as condições meteorológicas estiveram francamente favoráveis e a produção total do Estado(arábica + conilon) está estimada em 708.417 t (11,8 milhões de sacas), fruto do rendimento médio de 24,2 sacas/ha (1.452 kg/ha), o maior do país (consideradas as duas espécies em conjunto). Com informações do Departamento de Comunicação Social do IBGE.

Café tem valorização na ICE, mas ganhos são limitados

Café tem valorização na ICE, mas ganhos são limitados   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas moderadas, em uma sessão bastante calma e com poucos negócios finalizados. As cotações do café seguiram a tendência de outras matérias-primas, que se valorizaram seguindo o comportamento de mercados acionários e também o maior "apetite" de especuladores por operações de risco.  Dados sobre a possibilidade de a União Europeia criar uma estrutura de proteção para os bancos do bloco econômico foram lidos como muito positivo e animaram as bolsas e também os mercados de commodities. O petróleo, por exemplo, avançou mais de 5%, com o índice CRB, que é uma média de 14 diferentes cotações de produtos, encerrando o dia com variação positiva de mais de 1,5%.  Tecnicamente, o café ainda vive um viés baixista, com as resistências básicas não conseguindo ser rompidas. Por outro lado, após ter conseguido romper o nível de 225,00 centavos, os baixistas diminuíram consideravelmente suas ações vendedoras, o que abriu espaço para recompras especulativas e para algumas aquisições de empresas comerciais.  Fundamentalmente, o mercado continua no aguardo das chuvas nas zonas produtoras do Brasil, que ainda vivem uma temporada de seca considerável. Tais chuvas deverão dar suporte para floradas mais consistentes para a safra de 2012 do país, que será de ciclo alto.  No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 115 pontos com 227,70 centavos, sendo a máxima em 232,00 e a mínima em 226,15 centavos por libra, com o março tendo ganho de 125 pontos, com a libra a 230,80 centavos, sendo a máxima em 235,00 e a mínima em 229,65 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 18 dólares, com 1.990 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 17 dólares, com 2.018 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o café iniciou o dia com ganhos e, na sequência, voltou a sentir a pressão de vendas especulativas. No entanto, mais uma vez, o dezembro não conseguiu nem sequer se aproximar da mínima da semana, em 219,80 centavos, o que abriu espaço para que novas ações compradoras pudessem ser proporcionadas. Nas mínimas, as indústrias de torrefação se mostraram mais ativas. "O mercado é relativamente mais técnico, mas ainda estamos sob forte influência dos mercados externos. Muitos operadores acreditam que o cenário macroeconômico está longe de ter uma definição positiva, principalmente com a crise de confiança nos bancos europeus e com a Grécia dando sinais de que pode quebrar a qualquer minuto. Se o cenário macro deixar de influenciar, a tendência é que o café possa se recuperar, já que vive, ainda, um cenário de oferta limitada", disse um trader.  As exportações de café de Honduras aumentaram 22% na temporada 2010-2011, com o recorde de 3,870 milhões de sacas indicou o Instituto do Café de Honduras. A temporada, que terminou em 30 de setembro, teve um valor médio por quilo de café exportado de 2,45 dólares. O valor das exportações da safra chegaram a 1,24 bilhão de dólares, mais do que o dobro do valor alcançado na temporada passada. Em 2009/2010, as exportações de café de Honduras redundaram em 605,6 milhões dólares.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.540 sacas, indo para 1.428.822 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.119 lotes, com as opções tendo 5.176 calls e 2.716 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 232,00, 232,50, 233,00, 233,50-233,60, 234,00, 234,50, 234,90-235,00, 235,50, 236,00, 236,50 e 237,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 226,15, 226,00, 225,50, 225,10-225,00, 224,50, 224,00, 223,50, 223,00, 222,50, 222,00 e 221,70 centavos por libra.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Seis gurus opinam sobre a crise

Seis gurus opinam sobre a crise Coerentes, contra a política dos empoados líderes europeus Atenas - A crise do euro, ou melhor, a crise de incompetência política dos empoados líderes europeus, acessa uma crítica curva e a agonia atinge o auge, considerando que todos os cenários para a Grécia, assim como para a Europa total - do mais favorável até o mais desfavorável - estão em aberto.Tentemos iluminar determinados aspectos escuros das prováveis eventualidades que o futuro poderá reservar, por intermédio das previsões de determinados dos mais reconhecidos gurus da economia mundial.Batalha franco-alemã A "briga" entre franceses e alemães em defesa de seus próprios interesses. Assim tenta explicar o famoso economista norte-americano. E destaca que "as autoridades alemãs têm dores de consciência por ter assinado o acordo de 21 de julho e consideram que foram obrigadas a concordar com um acordo que prova-se excessivamente vantajoso para os bancos. Provavelmente, referem-se aos bancos franceses. Os alemães promovem a idéia de um corte de 50% nos títulos do erário grego em troca para aceitarem o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF), a exemplo de como havia pedido aos demais europeus fazer o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geitner. Os franceses opõem-se a um tão grande corte porque seus bancos mantêm particularmente grandes portfólios de papéis da dívida grega. O mesmo, ocorre também, com o Banco Central Europeu, o qual, opõe-se a este novo episódio das intermináveis medidas de salvação", opina Ed Giardeni.Bancos serão estatizados O guru da CLSA, uma das maiores empresas financeiras da região da Ásia, sustenta que "a economia mundial enfrentará ainda mais dez a 15 anos de dor e lágrimas, com única exceção a Ásia. Especificamente sobre a Europa, seus problemas não referem-se, simplesmente, à falência de certas economias, como a Grécia. O Velho Continente encontra-se em um caminho que leva à falência e, finalmente, à estatização de seus bancos privados. Já os EUA, encontram-se em uma queda que, iniciada em junho deste ano, será muito longa", prevê Russel Neypier.Desvalorização de 120% O analista da Roubini Global Economics, think tank dirigido pelo economista Nouriel Roubini (o profeta do catastrofismo), elaborou estudo especial em torno do provável espectro de desvalorização da dracma, caso a Grécia abandone o euro. Em sua análise, sustenta que "a Grécia poderia eliminar seu déficit atual de 8% na balança de contas correntes com uma desvalorização da ordem de 50%. Contudo, os mercados, provavelmente, não perdoarão a falta de fé com a qual a Grécia gerencia até o momento a crise, e a desvalorização será maior. Uma desvalorização mais realista seria da ordem de 120%. Em condições reais, este percentual poderá elevar-se mais se a - esperada - inflação fugir do controle", afirma Michael Hart.Melhor falência agora Falência ou caos é o dilema não só para a Grécia, mas para a Europa inteira, de acordo com o bilionário e mega-investidor norte-americano James Rogers. "Os europeus - diz - têm uma montanha inteira de bônus e outros "tóxicos" gregos, irlandeses e outros e não sabem o que fazer com esses. Existe somente uma solução: reunirem seus líderes em uma sala e dizer "ok, devemos eliminar dívidas. E devemos sofrer grandes prejuízos. Você, banco "X", sofrerá muito. Vamos montar uma cerca em torno de vocês e os apoiaremos para vocês manterem o sistema vivo; assim, o mundo poderá sacar dinheiro dos bancos e pagar seus compromissos". Se isso não acontecer agora, o mercado obrigará os europeus a fazer isto dentro de dois anos a partir de agora. Mas, então, estaremos falando de um caos incontrolável. Agora, falaríamos apenas sobre falências controladas", diz Rogers.Iminente falência "O governo grego deve escapar rapidamente de sua desfavorabilíssima posição", sustenta o professor de Economia da Universidade de Harvard Martin Feldstein, que explica: "A dívida da Grécia não é viável (no nível de 150% do PIB), sua economia está desabando, registra déficit crônico em sua balança de contas correntes e seus bancos sangram em depósitos. A única solução para a Grécia é a interrupção de pagamentos. Quando fizer isto, deverá ser anulado pelo menos 50% do valor de sua dívida. Mas, ao invés disso, os europeus optam postergar o inevitável mantendo a Grécia em vida. Por quê? Para darem tempo, por um lado, aos seus bancos se prepararem paro choque de uma falência grega, e, por outro, a países como a Itália e Espanha convencerem os mercados de que não terão o mesmo destino. Contudo, os europeus poderão, eventualmente, não ter o tempo que exigem. As taxas de juros de endividamento da Grécia mostram que o mercado espera sua falência para muito em breve. Os políticos da Zona do Euro aprenderão de forma cruel que enganar os mercados é uma política extremamente perigosa", alerta Feldstein."Bomba" da Previdência O famoso pelo pensamento pessimista guru dos mercados Marc Faber avalia que, "seja qual for a solução da crise atual" - suavemente, como esperam os governos de ambas as margens do Oceano Atlântico, ou anômala (como acredita ele mesmo) - "não deverá resolver os problema maior que enfrentarão as sociedades: o financiamento dos gigantescos programas de aposentadorias e Previdência Social na Europa e EUA. Trata-se de um problema pesadelo que recrudescerá nos próximos anos, conforme a geração da grande explosão populacional, após a Segunda Guerra Mundial, marcha ruma à aposentadoria. A única solução para este problema - mas, também, para muitos outros consequentes - é ser encontrado um líder disposto a cometer suicídio político e renegar promessas que foram formuladas durante uma geração inteira", sentencia Faber.As soluções existem, mas contrariam, obviamente, as opiniões dos empoados líderes políticos da União Européia, interessados apenas em salvar seus futuros políticos e os bancos dos banqueiros delinquentes que levaram as populações de ambas as margens do Oceano Atlântico ao caos. Petros Panayotídis Sucursal dos Bálcãs. Taxa Tobin nas transações monetárias européias Bruxelas - O economista laureado com o Prêmio Nobel e aluno de John Maynard Keynes James Tobin foi o primeiro a lançar a idéia de um imposto mundial sobre transações - para o mercado de câmbio - em 1972. A Comissão Européia (CE), órgão executivo da União Européia (UE) propõe a aplicação da Taxa Tobin sobre transações de bancos, seguradoras, fundos de aposentadorias e pensões, hedge funds e outros na UE a partir de 2014, imposto esse que arrecadará cerca de 57 bilhões de euros por ano.Para as transações de bônus e ações propõe-se alíquota mínima de 0,1%, e também sobre produtos monetários institucionalizados e outros similares o denominador de 0,01%. A proposta da CE deverá ser aprovada, por unanimidade, pelos 27 países-membros da UE, mas, caso seja bloqueada pelo governo britânico, então o imposto será adotado pela Zona do Euro apenas.A aplicação de tributação internacional tornou-se questão "incendiária" dos empoados politiqueiros europeus, principalmente alemães e franceses durante longos anos. Os políticos Leonel Jospin, da França, e Gerhard Schröder, da Alemanha, haviam proposto a Taxa Tobin desde 2001, mas naquela época a CE opunha-se por completo, "porque a adoção de uma idéia assim transgride os regulamentos que disciplinam a livre movimentação de capitais entre os países-membros". Driblando a taxa Será que trata-se de, no mínimo, equívoco? A tributação dos bancos em nível internacional os obrigará a pagarem os futuros pacotes de salvação, dizem. A posição dos EUA e da Grã-Bretanha foi sempre negativa, mas a proposta tem sido corajosamente defendida pelo economista e Prêmio Nobel Paul Krugman.Também o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown havia se posicionado a favor da tributação das transações interbancárias. Porém, existiu sonora divergência de pontos de vista com o presidente dos EUA, Barack Obama, e assim a idéia foi abandonada.Apesar de, frequentemente, ser apresentada como uma medida radical, a Taxa Tobin sobre transações de capitais é, na realidade, bastante difundida. As despesas com estampilhas pagas por ocasião da compra de ações britânicas sobrevivem desde a época de Keynes. Contudo, já é bastante fácil serem desviadas pelos investidores que utilizam produtos.Essencialmente, medidas desta natureza são úteis apenas se passarem pelo teste dos impostos: isto é, aumentando as arrecadações sem afetar excessivamente os preços e as empresas. Mas não passam pelo teste. Frequentemente, é tão fácil evitá-los, porque não trazem arrecadação.A experiência da Suécia das supervolumosas arecadações sobre transações de ações, bônus e outros similares, realizada durante a década de 1980, foi abandonada em 1991, mas sem antes deixar de resultar em repentina queda das transações. Os investidores da Suécia escaparam do pagamento do imposto transacionando com o exterior.Entretanto, o mais importante é que a Taxa Tobin é uma forma insuficiente para o enfrentamento dos grandes pecados do setor financeiro, porque o volume das transações é um mau indício sobre a dimensão, sobre assumir risco e sobre transações de ações, títulos ou a complexidade dos bancos. Punirá as transações de "alta frequência", algo que, contudo, representava uma secundária contribuição à crise.A Taxa Tobin também não contribuirá para a prevenção de uma bolha. Os investidores que desejam negociar em mercados cujos preços já são altos não se desencorajarão por uma pequena contribuição. O setor financeiro precisa de conserto, mas um imposto assim constitui ferramenta equivocada para a tarefa.Mary Stassinákis Sucursal da União Européia.

Technical Special: ICE Coffee Bounces On Oversold Conditions

Technical Special: ICE Coffee Bounces On Oversold Conditions  DJ
  ICE December coffee futures bounced modestly higher in early Wednesday morning action. However, for now, any gains should merely be viewed as corrective to the overall technical downtrend seen on the daily chart. Coffee futures are over sold in the wake of the latest selling action, which leaves the market vulnerable to modest short-term gains.   ICE December coffee recently traded up 110 points at $2.2765 a pound.   Since the beginning of September, the bearish forces have been in firm control of the near-term technical trend. ICE December coffee has slid from$2.9085 a pound on Sept. 1 to the Oct. 3 low at $2.1980.   As the market hit the early-October lows, the nine-period relative strength index (RSI), a widely watched momentum indicator, had fallen to deeply oversoldlevels under the 30% mark. On Sept. 23, the RSI hit 14%, but climbed to 20% on Oct. 3 as price hit a new selloff low. Technical traders call that a bullish divergence, when price hits a new low but the momentum tool climbs. It suggests the market is overdone on the downside, at least for the short term, and vulnerable to a corrective rally to alleviate the oversold conditions.   Dave Toth, director of technical research at R.J. O'Brien, said the market was approaching a test of key short-term resistance. He pointed to the $2.3360high from Sept. 30 as key to watch. "If the market can recover about that levelit could have bullish implications," he said.   Overall, Toth saw the potential that the Oct. 3 low was the end of afive-wave Elliott decline from the Sept. 1 high. Elliott moves conclude withfive waves. Also, Toth noted that the Oct. 3 low "is just one figure away from38.2% of the entire 2010-2011 rally on a log scale."   Toth said that all adds up to a "good "risk/reward possibility for the restof the year" in the coffee market. He saw gains through $2.3360, if they wereto occur short-term as a signal to "pare or neutralize bearish exposure" to thecoffee market and also a signal to "start building cautious bullish positions."Toth identified the $2.1980 low as a place for a stop-loss. "The $2.1980 low is the only technical level of any pertinence below the market," he explained.   However, the burden is on the bulls currently to rally through $2.3360 and then $2.4655, the Sept. 27 high, to confirm that bullish action is anything other than just corrective.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Outlook Positive For Cocoa, Coffee 04/10

Outlook Positive For Cocoa, Coffee Coffee and cocoa futures markets appear better positioned tohandle global financial turmoil since demand for the two commodities is lesssensitive to economic downturns than agricultural products like cotton. Forcoffee, $2.20/pound "is probably what we're going to look back on as a cheapprice," says Sterling Smith at Country Hedging. "Global demand is increasing."Cocoa, too, is often considered an affordable luxury, which may even benefitfrom a recession. "I expect the increase in demand for chocolate during rougheconomic times as a way of rewarding oneself," says Rohit Deshpande, aprofessor at Harvard Business School. ICE December cocoa ends up 0.7% at$2,592/ton, recovering from a more than 2-year low. Arabica coffee gains 1.4%to $2.2655.

Vietnam Coffee Defaults Spur Trade To Source From Farms - SCTA HeadDJ

Vietnam Coffee Defaults Spur Trade To Source From Farms - SCTA HeadDJ
 International trade houses are shying away from deals withVietnamese exporters due to the rising number of defaults on coffee export contracts, the president of the Swiss Coffee Trade Association said Tuesday.   Traders have struggled with defaults on exports from the world's largestproducer of robusta beans for several seasons, but the number of unfulfilled contracts have surged this year as coffee prices have risen.   Nicolas Tamari, who is also the director-general of Geneva-based coffeemerchant Sucafina, said the issue had reached such a level that the SCTA hadasked the Swiss government to raise it with their Vietnamese counterparts.   "This year there has been a significant increase in the number of membersreporting high volume of defaults...because of the rising market," he said."The major losers have been the trade."   In some cases, international merchants have even started investing directlyin farming projects to cut out unreliable middlemen, he added.   "There is much dissatisfaction expressed by Vietnamese exporters over foreigncompanies purchasing direct from the farmer, claiming that they have theadvantage of lower financing costs," he said. Because "the reliability of localenterprises" has been called into question, "we may see a continuation offoreign investment in the coffee sector," he added.   Coffee prices climbed to multi-decade peaks earlier this year as poorproduction in some countries and rising consumption sparked concerns of ashortfall of supplies. Prices for robusta beans rose by around 50% during theyear, meaning many exporters in Vietnam preferred to default on contracts inthe hope of getting more for their supplies later.   Tamari, whose SCTA handles around two-thirds of world coffee exports fromproducing countries, declined to give an estimate of the scale of the defaults.Traders said up to 100,000 metric tons of coffee have been affected. One addedthat many buyers are refusing to pay for coffee in advance as a result.   "You'd be absolutely mad to stump up the cash until the beans are sittingright in front of you," he said.   But Luong Van Tu, chairman of the Vietnam Coffee and Cocoa Association playeddown the problem, saying that exporters have "postponed" rather than defaultedon contracts. He estimated only 30,000-40,000 tons had been affected.   "These are postponed, not defaults," he said. "Some of them are waitingbecause the new crop is coming."   Tamari said the SCTA is also lobbying for a pan-European arbitration panel tobe created to deal with such problems in the future. Although there are alreadynational arbitration bodies in France, Germany, Italy and the U.K., he saidenforcing arbitration awards in other countries can be difficult.

Café segue tendência baixista e tem novas perdas na ICE - 03/10/11

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma segunda-feira de fortes perdas, em um dia em que, mais uma vez, prevaleceram as liquidações especulativas e de fundos, o que fez com que os preços atingissem os menores níveis desde 24 de dezembro de 2010.

Os fatores externos voltaram a pressionar as cotações do grão, sendo que as bolsas de valores internacionais tiveram um novo dia de perdas consideráveis, com as commodities, em geral, também tendo perdas e o dólar registrando uma alta de quase 1% em relação a uma cesta de moedas internacionais.Com a nova baixa, o café continua sua escalada de perdas que, em certo ponto, já era prevista por alguns operadores internacionais, que estimavam que o dezembro deveria buscar um intervalo entre 225,00 e 215,00 centavos de dólar, antes de tentar esboçar alguma ação corretiva. Efetivamente, a primeira perna desse suporte foi rompida com extrema facilidade ainda na manhã desta segunda-feira, sendo que no prosseguimento das ações foi detectada uma área de compras por volta dos 220,00 centavos, o que permitiu uma recuperação parcial dos preços na parte da tarde. Nesse nível, as aquições predominante foram de indústrias de torrefação.
Fundamentalmente, as chuvas no Brasil se mostraram bastante fracas, frustrando a expectativa de que um bom volume de águas pudesse estimular novas floradas e o pegamento de frutos.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 545 pontos com 223,45 centavos, sendo a máxima em 228,60 e a mínima em 219,80 centavos por libra, com o março tendo retração de 535 pontos, com a libra a 226,70 centavos, sendo a máxima em 232,05 e a mínima em 223,15 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 50 dólares, com 1.929 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 51 dólares, com 1.962 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma nova onda negativa nos segmentos externos. As bolsas de valores nos Estados Unidos e na Europa registraram quedas consideráveis, refletindo, principalmente, notícias vindas da Grécia. O país, que está no centro da atual onda de pânico dos mercados, informou que não irá cumprir uma meta de déficit orçamentário no ano e, além disso, o Banco Central local informou que a economia do país em 2012 deve cair mais de 2,5%.

"Mais uma vez seguimos o mau humor da macroeconomia. Os segmentos de risco estão sofrendo efetivamente com os temores das bolsas e com a valorização do dólar. Algumas origens, por exemplo, liquidam quase que automaticamente com o dólar se valorizando, além disso, vários players estão saindo do mercado e buscando refúgios em paragens mais calmas", disse um trader.
O Ministério do Comércio Exterior do Brasil informou que o país registrou a exportação de 2,66 milhões de sacas de café no último mês de setembro. O número é inferior ao enviado ao exterior no mesmo período de 2010, quando 2,96 milhões de sacas teriam sido embarcadas. Segundo o Ministério, em agosto o Brasil exportou 2,59 milhões de sacas de café.
"O relatório de posicionamento dos traders finalmente mostrou os fundos com uma posição líquida vendida, resultado de uma diminuição da posição bruto-comprada para próxima de níveis historicamente baixos e de novas vendas adicionas nos livros. Os comerciais aproveitaram para aumentar a posição comprada, o que deve continuar acontecendo com novas quedas do terminal.
O efeito perverso do estoque certificado ser composto por qualidades que não refletem no 'C' vai fazer com que o trabalho de manter os preços altos seja feito via diferencial, pelo menos até que os fundos estejam suficientemente vendidos e então vejamos uma recuperação do mercado futuro", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, analista da Archer Consulting.
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque ficaram estáveis em 1.430.987 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.980 lotes, com as opções tendo 4.994 calls e 5.864 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 228,60, 229,00, 229,50, 229,90-230,00, 230,50, 231,00, 231,50, 232,00, 232,50, 233,00, 233,50-233,60, 234,00 e 234,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 219,80, 219,50, 219,00, 218,50, 218,00, 217,50, 217,00, 216,50, 216,00, 215,50 e 215,10-215,00 centavos por libra