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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Café tem valorização na ICE, mas ganhos são limitados

Café tem valorização na ICE, mas ganhos são limitados   
  Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas moderadas, em uma sessão bastante calma e com poucos negócios finalizados. As cotações do café seguiram a tendência de outras matérias-primas, que se valorizaram seguindo o comportamento de mercados acionários e também o maior "apetite" de especuladores por operações de risco.  Dados sobre a possibilidade de a União Europeia criar uma estrutura de proteção para os bancos do bloco econômico foram lidos como muito positivo e animaram as bolsas e também os mercados de commodities. O petróleo, por exemplo, avançou mais de 5%, com o índice CRB, que é uma média de 14 diferentes cotações de produtos, encerrando o dia com variação positiva de mais de 1,5%.  Tecnicamente, o café ainda vive um viés baixista, com as resistências básicas não conseguindo ser rompidas. Por outro lado, após ter conseguido romper o nível de 225,00 centavos, os baixistas diminuíram consideravelmente suas ações vendedoras, o que abriu espaço para recompras especulativas e para algumas aquisições de empresas comerciais.  Fundamentalmente, o mercado continua no aguardo das chuvas nas zonas produtoras do Brasil, que ainda vivem uma temporada de seca considerável. Tais chuvas deverão dar suporte para floradas mais consistentes para a safra de 2012 do país, que será de ciclo alto.  No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 115 pontos com 227,70 centavos, sendo a máxima em 232,00 e a mínima em 226,15 centavos por libra, com o março tendo ganho de 125 pontos, com a libra a 230,80 centavos, sendo a máxima em 235,00 e a mínima em 229,65 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 18 dólares, com 1.990 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 17 dólares, com 2.018 dólares por tonelada.  De acordo com analistas internacionais, o café iniciou o dia com ganhos e, na sequência, voltou a sentir a pressão de vendas especulativas. No entanto, mais uma vez, o dezembro não conseguiu nem sequer se aproximar da mínima da semana, em 219,80 centavos, o que abriu espaço para que novas ações compradoras pudessem ser proporcionadas. Nas mínimas, as indústrias de torrefação se mostraram mais ativas. "O mercado é relativamente mais técnico, mas ainda estamos sob forte influência dos mercados externos. Muitos operadores acreditam que o cenário macroeconômico está longe de ter uma definição positiva, principalmente com a crise de confiança nos bancos europeus e com a Grécia dando sinais de que pode quebrar a qualquer minuto. Se o cenário macro deixar de influenciar, a tendência é que o café possa se recuperar, já que vive, ainda, um cenário de oferta limitada", disse um trader.  As exportações de café de Honduras aumentaram 22% na temporada 2010-2011, com o recorde de 3,870 milhões de sacas indicou o Instituto do Café de Honduras. A temporada, que terminou em 30 de setembro, teve um valor médio por quilo de café exportado de 2,45 dólares. O valor das exportações da safra chegaram a 1,24 bilhão de dólares, mais do que o dobro do valor alcançado na temporada passada. Em 2009/2010, as exportações de café de Honduras redundaram em 605,6 milhões dólares.  Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.540 sacas, indo para 1.428.822 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.119 lotes, com as opções tendo 5.176 calls e 2.716 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 232,00, 232,50, 233,00, 233,50-233,60, 234,00, 234,50, 234,90-235,00, 235,50, 236,00, 236,50 e 237,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 226,15, 226,00, 225,50, 225,10-225,00, 224,50, 224,00, 223,50, 223,00, 222,50, 222,00 e 221,70 centavos por libra.

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