Café tem valorização na ICE, mas ganhos são limitados
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com altas moderadas, em uma sessão bastante calma e com poucos negócios finalizados. As cotações do café seguiram a tendência de outras matérias-primas, que se valorizaram seguindo o comportamento de mercados acionários e também o maior "apetite" de especuladores por operações de risco. Dados sobre a possibilidade de a União Europeia criar uma estrutura de proteção para os bancos do bloco econômico foram lidos como muito positivo e animaram as bolsas e também os mercados de commodities. O petróleo, por exemplo, avançou mais de 5%, com o índice CRB, que é uma média de 14 diferentes cotações de produtos, encerrando o dia com variação positiva de mais de 1,5%. Tecnicamente, o café ainda vive um viés baixista, com as resistências básicas não conseguindo ser rompidas. Por outro lado, após ter conseguido romper o nível de 225,00 centavos, os baixistas diminuíram consideravelmente suas ações vendedoras, o que abriu espaço para recompras especulativas e para algumas aquisições de empresas comerciais. Fundamentalmente, o mercado continua no aguardo das chuvas nas zonas produtoras do Brasil, que ainda vivem uma temporada de seca considerável. Tais chuvas deverão dar suporte para floradas mais consistentes para a safra de 2012 do país, que será de ciclo alto. No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 115 pontos com 227,70 centavos, sendo a máxima em 232,00 e a mínima em 226,15 centavos por libra, com o março tendo ganho de 125 pontos, com a libra a 230,80 centavos, sendo a máxima em 235,00 e a mínima em 229,65 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 18 dólares, com 1.990 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 17 dólares, com 2.018 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o café iniciou o dia com ganhos e, na sequência, voltou a sentir a pressão de vendas especulativas. No entanto, mais uma vez, o dezembro não conseguiu nem sequer se aproximar da mínima da semana, em 219,80 centavos, o que abriu espaço para que novas ações compradoras pudessem ser proporcionadas. Nas mínimas, as indústrias de torrefação se mostraram mais ativas. "O mercado é relativamente mais técnico, mas ainda estamos sob forte influência dos mercados externos. Muitos operadores acreditam que o cenário macroeconômico está longe de ter uma definição positiva, principalmente com a crise de confiança nos bancos europeus e com a Grécia dando sinais de que pode quebrar a qualquer minuto. Se o cenário macro deixar de influenciar, a tendência é que o café possa se recuperar, já que vive, ainda, um cenário de oferta limitada", disse um trader. As exportações de café de Honduras aumentaram 22% na temporada 2010-2011, com o recorde de 3,870 milhões de sacas indicou o Instituto do Café de Honduras. A temporada, que terminou em 30 de setembro, teve um valor médio por quilo de café exportado de 2,45 dólares. O valor das exportações da safra chegaram a 1,24 bilhão de dólares, mais do que o dobro do valor alcançado na temporada passada. Em 2009/2010, as exportações de café de Honduras redundaram em 605,6 milhões dólares. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.540 sacas, indo para 1.428.822 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.119 lotes, com as opções tendo 5.176 calls e 2.716 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 232,00, 232,50, 233,00, 233,50-233,60, 234,00, 234,50, 234,90-235,00, 235,50, 236,00, 236,50 e 237,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 226,15, 226,00, 225,50, 225,10-225,00, 224,50, 224,00, 223,50, 223,00, 222,50, 222,00 e 221,70 centavos por libra.
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