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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tributação da cadeia produtiva do café cru é alterada

Tributação da cadeia produtiva do café cru é alterada
Nova sistemática também altera as condições das linhas de créditos para o mercado interno e exportações  Foi publicado no DOU, nesta sexta-feira (30/9), a Medida Provisória 545, assinada ontem pela presidente Dilma Roussef, que altera a tributação do PIS/Cofins para as empresas sujeitas ao regime de lucro real.  A nova sistemática isenta de tributação toda a cadeia do café cru, concede crédito presumido de 80% do crédito de 9,25% para o café adquirido nas operações do mercado interno e na exportação do café industrializado, bem como estabelece crédito presumido de 10% dos 9,25%, do valor da saca de café cru exportada.  “Esta publicação representa uma vitória do entendimento conjunto dos setores do café que, juntamente com o Ministério da Fazenda e da Agricultura, tiveram a competência e o equilíbrio para discutir exaustivamente o assunto e chegar à melhor solução possível”, diz Américo Sato, presidente da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café.  O pedido de mudança partiu do CeCafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, em maio de 2010, e ganhou a adesão da ABIC, da ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel e da Cooxupé, maior cooperativa de produtores de café do país. A MP 545 corrige a sistemática anterior, que prejudicava os agricultores, estimulava fraudes e sonegações e gerava concorrência desleal entre grandes e pequenas torrefadoras.  O texto da MP assinado pela presidente Dilma coincide com o sugerido pela ABIC e pelos demais setores do agronegócio café. O varejo supermercadista não sofrerá nenhuma alteração na tributação, continuando com os mesmos procedimentos válidos atualmente. A MP 545 entrará em vigor a partir de 90 dias da data de hoje.

Credit Suisse Trims Cocoa, Coffee, Sugar Price Outlook Credit Suisse has trimmed its three

Credit Suisse Trims Cocoa, Coffee, Sugar Price Outlook Credit Suisse has trimmed its three- and 12-month priceoutlook for cocoa, coffee and raw sugar, all traded on Intercontinental FuturesExchange in New York.   The three-month cocoa price outlook was trimmed back to $2,700 a metric tonfrom the prior August forecast of $3,000/ton, while the 12-month view was cutto $2,400/ton from $2,800/ton, the Swiss banking group said.   "Cocoa prices have been overvalued for nearly four years now," Credit Suissesaid. "At current levels, the market still looks expensive, but prices nowfinally seem to be on the right track for a more reasonable valuation."   A more bearish outlook for sugar is also expected.   Sugar is forecast to hit 26 cents a pounds in both three and 12 months, downfrom the August view of 32 cents and 33 cents a pound respectively.   "On the fundamental side, while Brazilian sugar output is expected todisappoint this season, large crops in India, Thailand, Europe and Russiashould keep the market sufficiently supplied," the bank said. "The global sugarmarket is likely to end the 2011/2012 marketing year with a significantsurplus, limiting price upside."   Arabica coffee is predicted to touch $2.20 a pound in three months and $2 in12 months, compared with the August forecasts of $2.85 and $2.40.   "After the sell-off in recent weeks, the technical picture has deteriorated.The trend is now neutral, momentum is actually negative," Credit Suisse said."Overall, we think there are further downside risks for coffee prices given thesignificant overvaluation and deteriorating technicals."

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ROBÉRIO SILVA É ELEITO NOVO DIRETOR EXECUTIVO DA OIC

ROBÉRIO SILVA É ELEITO NOVO DIRETOR EXECUTIVO DA OIC
O diretor do Departamento do Café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Robério Silva, foi eleito novo diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC). O Ministério das Relações Exteriores confirmou há pouco a informação em Brasília. Ele foi eleito em encontro que se realiza em Londres, do Conselho Internacional da entidade.

NY FECHA EM BAIXA COM INDICAÇÕES DE CHUVAS BENÉFICAS NO BRASIL

NY FECHA EM BAIXA COM INDICAÇÕES DE CHUVAS BENÉFICAS NO BRASIL
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações recuaram e atingiram os níveis mais baixos em oito meses.    O mercado cedeu diante das previsões de clima favorável às lavouras brasileiras de café em outubro, com condições mais adequadas para as floradase para o pegamento das floradas, que vão resultar na safra 2012. As informações partem de agências internacionais de notícias.    As preocupações ainda com a economia global pressionaram o mercado em NY,apesar de notícias melhores quanto à economia europeia, como a aprovação na Alemanha de ajuda a países com dificuldades financeiras na zona do euro.    Os contratos do café arábica para entrega em dezembro fecharam negociadosa 231,15 centavos de dólar por libra-peso, com desvalorização de 2,35 cents,ou de 1%. A posição março/2012 fechou a 234,40 cents, com queda de 2,40 centavos, ou de 1%.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Grão cru de café atinge o melhor preço em 50 anos
Os diversos recordes registrados pelo café este ano estão colocando o Brasil em posição de destaque ainda maior no cenário internacional. Maior produtor mundial, o país contabilizou no ano passado 48,1 milhões de sacas de 60 quilos, das quais 33 milhões foram destinadas ao mercado externo.Em 2011, ano de ciclo de baixa para a safra, a redução dos estoques somou-se a fatores como o aumento do consumo e a queda da safra colombiana, que perdeu entre 2 milhões e 3 milhões de sacas em três anos, para fazer o preço do café em grão cru alcançar o melhor patamar dos últimos 50 anos e bater na casa dos R$ 520 a saca - o dobro do registrado pouco mais de 12 meses atrás."Esse conjunto de fatores, somados ao dólar valorizado, fez os preços subirem a níveis inimagináveis há um ano", diz Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) e presidente executivo do Sindicato da Indústria do Café do Estado de São Paulo.No mercado externo, o preço do café arábica era de US$ 1,30 no ano passado. Em 2011, chegou a US$ 3 - e tende a continuar alto. O Brasil está ganhando produtividade e qualidade. Antes ausente, o café brasileiro hoje compõe 50% dos blends da rede mundial Starbucks. Agora vai ser servido na rede de Alain Ducasse, ícone da gastronomia mundial. O privilégio pertence ao café Jacu, da fazenda Camocim, na região de Pedra Azul (ES), e exemplifica a sofisticação alcançada pelo produto nacional. De alto valor agregado, com preço que supera R$ 5 mil a saca, resulta de grãos consumidos e defecados pelo jacu, pássaro típico da Mata Atlântica. "Queremos mostrar que o Brasil produz o melhor café do mundo", explicou Henrique Sloper, proprietário da Camocim e integrante da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês).O esforço se justifica. O segmento não chega a 3% do mercado mundial, mas cresce entre 7% e 10% ao ano. O subsegmento de cafés orgânicos tem expansão anual de 20% e plus de mais de 100 pontos na bolsa de Nova York, onde chega a 350 pontos. Segundo dados da certificadora UTZ, o Brasil hoje também é líder global em volume de cafés certificados, com 1 milhão de sacas em 2010, 38% do total mundial. "A certificação rende em média US$ 10 de prêmio", diz Vanduir Antonio Caixeta, gerente comercial do Alto Cafezal, grupo que congrega trade e 12 fazendas em Patrocínio (MG), das quais duas já são certificadas e mais duas estão em preparação.O comportamento do grupo reflete a profissionalização do produtor e o desempenho atual do café brasileiro, com mais foco em produtividade do que em expansão. Além de investimentos voltados ao aperfeiçoamento de tratos culturais, irrigação, campo experimental para identificar espécies mais resistentes, o Alto Cafezal gastou mais de R$ 5 milhões em um armazém com capacidade para 300 mil sacas e processamento diário de 3 mil."O pessoal tem se capacitado da porteira para dentro e para fora", diz Caixeta. Isso significa entender mais de mercado, comercialização, câmbio. O grupo, que embarca entre 100 mil e 120 mil sacas ao ano, faz hedge em café e em dólar para lidar com possíveis oscilações. A produção própria soma 2,2 mil hectares, com média de 80 mil sacas anuais e projeto de nos próximos quatro anos chegar a 3 mil hectares e 100 mil sacas por ano.Os planos levam em conta a manutenção dos preços mesmo com cenário financeiro incerto. "O otimismo vem do equilíbrio entre produção e demanda, com ganhos de produtividade, custos de produção mais competitivos e melhoria no perfil qualitativo", concorda Guilherme Braga, diretor executivo do Conselho de Exportadores do Café do Brasil (Cecafé). Mas ele lembra que os preços melhoraram também para os países concorrentes do Brasil - e, nos próximos anos, a expansão da produção pode ser um fator de pressão. "O desafio é continuar o processo de melhoria. O mundo está disposto a comprar café diferenciado e pagar por isso", afirma BragaSegundo ele, o cenário atual reflete a característica de altas e baixas do café, cujo pico de valorização no final dos anos 90 foi seguido de forte queda nos preços entre 2001 e 2002, quando a saca chegou a ficar abaixo de US$ 40. O resultado foi o ajuste na produção mundial, com os países reduzindo rapidamente sua oferta. "Os preços hoje são o dobro dos de 2007, mas sujeitos a grande volatilidade, mesmo sem alteração substancial nos fundamentos", alega.Braga observa que commodities, principalmente café, estão valorizadas, sobem e descem de acordo com a tendência de aplicação de fundos que buscam liquidez e são sujeitas a oscilações. Nos últimos três meses, com o vaivém da crise, os preços chegaram a US$ 2,95 e caíram a US$ 2,30, sem registro de aumento de produção ou de queda no consumo. Em meados de setembro, o movimento de alta e baixa se repetiu com novas notícias a respeito do mau desempenho econômico grego. "Não houve modificação nos fundamentos", aponta o diretor do Cecafé.

Café sobe na ICE e segue retomada de humor dos mercados externos - 27/09

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram um dia de ganhos, em continuidade com a recuperação iniciada na sessão passada, com compras de torrefadores, ainda que em menor grau, e de especuladores e de fundos. Ao longo da manhã, os preços chegaram a registrar fortes valorizações, seguindo o comportamento do mercado externo, que teve ganhos expressivos no segmento de bolsas e também para várias commodities.


Na segunda metade do dia, no entanto, algumas realizações e vendas especulativas fizeram com que as cotações tivessem uma desaceleração, mas a posição dezembro conseguiu se manter acima do intervalo de 240,00 centavos. Operadores avaliam que o mercado ainda tem um viés baixista, sendo que algumas resistências básicas ainda não estão conseguindo ser superadas.

Fundamentalmente, o mercado ainda está atento ao clima, com o Brasil não registrando uma normalização das chuvas no centro-sul, com poucas floradas tendo sido verificadas até o momento. Por outro lado, institutos meteorológicos do México divulgaram que as chuvas devem continuar a ser verificadas nas regiões cafeeiras do país. Na segunda-feira, a área de Tapachula teve mais de 5 mil desabrigados, sendo que Mérida, Veracruz, Chiapas também foram afetadas. Não há noticias sobre danos nas lavouras de café até o momento.

No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 490 pontos com 240,85 centavos, sendo a máxima em 246,55 e a mínima em 237,35 centavos por libra, com o março tendo ganho de 485 pontos, com a libra a 243,95 centavos, sendo a máxima em 249,50 e a mínima em 240,55 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 32 dólares, com 1.986 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 32 dólares, com 2.020 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o bom comportamento do café no dia esteve intimamente ligado ao desempenho dos mercados globais, que aferiram fortes altas na parte da manhã e encerraram o dia com ganhos, ainda que não tão consideráveis quanto os da primeira metade da sessão. Esses analistas ressaltaram que muitos players trabalham com a perspectiva de alguma solução para o imbróglio econômico existente na Europa. Diante disso, alguns segmentos experimentaram fortes ganhos nesta terça, como o cobre, que subiu 4,8%, a prata, 5,2% e o petróleo que aferiu valorização de 5,3%.

Os ganhos mais incisivos da manhã refletiam uma notícia de que a Europa iria ampliar o fundo de resgate do bloco, buscando, desse modo, combater a crise da dívidas em nações com economias mais enfraquecidas. Na parte da tarde, o gabinete alemão, que tenta apoio parlamentar para implementar medidas acordadas junto à União Européia para ajuda financeiros a outros países membros, negou que o fundo estaria sendo ampliado. Tal negativa diminuiu o "ânimo" das bolsas internacionais que, mesmo assim, encerraram o dia com valorização. "Mesmo com a negativa, o mercado está acreditando que possa existir a elaboração de uma plataforma econômica de apoio na Europa para tentar conter o quadro ruim que vigora até o momento", sustentou Michael Gross, analista da OptionSellers.com.

"Acreditamos que as altas para as commodities vieram pela percepção de que os problemas na Europa podem ser contornados. E, caso a Europa não caia num buraco negro, a tendência é de os preços voltarem a se fortalecer. Também estamos verificando ganhos em commodities agrícolas, por conta da oferta apertada", sustentou Mark Waggoner, diretor da corretora Excel Futures.

As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 26, somaram 1.932.876 sacas, contra1.915.622 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.422 sacas, indo para 1.428.377 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.789 lotes, com as opções tendo 3.955 calls e 5.533 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 246,55, 247,00, 247,50, 248,00, 248,50, 249,00, 249,50, 249,90-250,00, 250,50, 251,00 e 251,55 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 237,35, 237,00, 236,50, 236,00, 235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50 e 233,00 centavos por libra.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Após perdas recentes, café na ICE tem dia de recuperaçã​o parcial - 26/09

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com altas, em um dia caracterizado por compras especulativas, com aspectos corretivos, após as fortes perdas processadas ao longo das últimas semanas.


Desde o início do dia, as ações de aquisição de especuladores, torrefações e, em menor grau, fundos, deram suporte para que os ganhos fossem processados, o que permitiu fazer com que o nível de 240,00 centavos chegasse a ser testado. No entanto, na segunda parte do dia, algumas novas vendas fizeram com que a evolução dos preços perdesse intensidade, sendo que o encerramento das operações se deu com ganhos relativos.

Operadores destacaram que, após as intensas liquidações recentes, os contratos apresentaram um quadro sobrevendido, o que deu espaço para que nesta segunda algumas correções técnicas fossem observadas. Tecnicamente, o mercado ainda demonstra um viés baixista, principalmente após o rompimento consistente de suportes ao longo dos últimos dias. Os preços, efetivamente, se posicionam abaixo das médias móveis de curto e médio prazo, o que dá espaço para a manutenção de uma perspectiva baixista. No entanto, como verificado nesta segunda, ainda é possível a observação de ações corretivas.

No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 450 pontos com 235,95 centavos, sendo a máxima em 240,50 e a mínima em 232,00 centavos por libra, com o março tendo ganho de 450 pontos, com a libra a 239,10 centavos, sendo a máxima em 243,25 e a mínima em 235,65 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 75 dólares, com 1.951 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 73 dólares, com 1.983 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por compras especulativas, que permitiram um avanço considerável das cotações em relação ao cenário pressionado da última semana. No entanto, os ganhos foram, em um segundo momento, desacelerados, por conta de algumas revendas.

No segmento externo, o dia se mostrou bem mais calmo que os de "pânico" da semana anterior, com as bolsas de valores nos Estados Unidos ascendendo mais de 2,5%, na Dow Jones, e mais de 1,5% para a área tecnológica, Nasdaq. O índice CRB subiu pouco mais de 0,3%, com destaque para o petróleo, o café e alguns grãos. Os estoques certificados de café nos Estados Unidos bateram nos seus menores níveis em 11 anos, sendo que na última sexta-feira atingiram o patamar mais baixo desde março de 2000.

"A recente retração nas cotações atraiu alguns compradores neste início de semana e os fundos estão fazendo todas as vendas que eles deveriam fazer", disse Alonso Tomas, trader da INTL FCStone, em Miami. "Os estoques baixos tendem a dar suporte aos preços na ICE e os produtores devem continuar a ser reticentes nas vendas", complementou.

O México continua a sofrer com as ações do furacão Hillary, que chega a categoria número III. Segundo o Sistema Meteorológico Nacional, nesta segunda-feira regiões cafeeiras do país deveriam ser afetadas com chuvas fortes e ventos variáveis. Dentre as regiões que seriam atingidas estão Chiapas, Veracruz, Jalisco, Oaxaca e Puebla, que concentram a maior parte da produção do grão do país.

As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 23, somaram 1.781.910 sacas, contra 1.699.950 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 3.612 sacas, indo para 1.430.799 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 19.437 lotes, com as opções tendo 8.462 calls e 3.691 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 240,50, 241,00, 241,50, 242,00, 242,50, 243,00, 243,50, 244,00, 244,50, 244,90-245,00 e 245,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 232,00, 231,50, 231,00, 230,50, 230,10-230,00, 229,50, 229,00, 228,50, 228,00, 227,50 e 227,00 centavos por libra.

domingo, 25 de setembro de 2011

Welcome to the jungle

Welcome to the jungle




Este foi o recado dado pelo mercado para os produtores nesta semana.

“Bem vindo à selva”, com uma queda de quase 3.000 pontos na semana para ser exato foi uma queda de 2870 pontos entre a abertura e o fechamento da semana e de 3520 pontos entre a máxima e a mínima um verdadeiro recorde.

A reação do mercado no mês de setembro foi realmente inacreditável e já temos 13,5% e baixa no mês, e graficamente fazendo uma candle chamada de engolfo de baixa no gráfico mensal.

Qual seria a explicação?

No mês de agosto tivemos 17 pregoes ininterruptos de alta o que para os fundamentalistas céticos a explicação seria, estoques baixos com ano de baixa produção e demanda em alta, tudo bem, mas e agora Jose? o que dizer da baixa do mês de setembro qual seria a explicação?

Bom na minha humilde opinião a alta do mês de agosto não foi provocada pelo aperto de mercadoria e sim na expectativa que o mercado tinha no lançamento de mais um afrouxamento das finanças por parte do governo Norte Americano, afrouxamento este que foi chamado em suas duas versões de quantitative easy ou simplesmente Q.E onde tivemos o Q.E e Q.E2, onde o ultimo consistia em uma recompra de títulos da divida americana na intenção de ajudar a resolver a crise e tirando o mercado do atoleiro que vinha desde 2.008.

O plano Q.E2 que teve em seu orçamento a recompra de 840 bilhões de dólares de títulos teve seu fim em junho deste ano onde o mercado no geral já demonstrava fraqueza e as bolsas ao redor do mundo já caía, como o plano não teve na economia o resultado esperado o FED não fez ainda o tão esperado Q.E3.

O Q.E2 foi o grande responsável pela alta das bolsas como Dow Jones e algumas commodities no ano de 2.010/2.011, e foi também o grande responsável pela alta do café, que já iria subir sim por causa do aperto na oferta, mas a alta realmente foi alavancada por este plano aonde vimos o café subir a níveis só atingidos antes por efeito de uma geada no Brasil fato realmente não houve.

No final de julho o mercado já cogitava em um novo plano do tipo do Q.E2 o que seria o Q.E3, o mercado respondeu prontamente e tivemos a alta do mês de agosto, é inegável o perto de mercadoria, mas este aperto para mim já estaria precificado e para tenhamos uma nova rodada de alta teria que ter um novo problema climático fato que ate agora não ocorreu.

O que os participantes não podem esquecer que esta tendência de alta onde o mercado de café estava, onde tivemos o pico neste ano acima de $3.00 dólares por libra peso, teve seu começo em 2.002, ano em que o mercado fez seu fundo depois de ter feito também um pico acima de $3.00 dólares por libra peso em 1.997, e assumir depois desta alta uma tendência de baixa, que resultou na grande tragédia de 2.002, portanto a alta foi nada mais nada menos do que nove anos.

Entendo que esta alta não vinha sendo repassada para o produtor pelo mercado, que trabalhava sempre com diferencias cada vez mais altos, e também a valorização do real frente ao dolar, fato que não se pode deixar de comentar o que atrapalhou o repasse do preço para o produtor, o que realmente mudou neste mercado foi à grande e massiva injeção de dólar pelo governo Americano no plano citado acima e se espalhou por todo mercado, e alavancou o mercado do ano passado para este resultando numa bela alta, mas temos que entender que o café nestes últimos nove anos de alta teve uma valorização de 500% na bolsa que saiu de 4.400pontos em 2.002 para 30800 pontos em 2.011.

A valorização tão almejada pelo produtor chegou e a resposta em que o mercado quer parece que também que seria o aumento de produção, o fato da alta do mercado traz melhores tratos culturais e aumento de área plantada, coisa que já estamos escutando, onde temos dados que falam que pode dobrar a produção da Colômbia nos próximos oito anos e falta de muda para plantio no Brasil este ano, fatos que soam como musica para indústria internacional.

A queda do mercado em setembro que teve sua aceleração nesta semana pelo agravamento da crise na Europa e por nenhuma atitude tomada pelo Fed. traz novamente a questão se o mercado realmente não teria já feito o seu topo e estar entrando em uma tendência de baixa mais longa.

Costumo dividir o mercado em ciclos de três anos que para mim traz uma analise melhor dos fatos, e estaríamos saindo de um ciclo de três anos de baixa de produção de café para entrarmos em um ciclo de três anos de alta produção, sendo que este ciclo terá aumento de produção pela melhoria dos tratos por parte do cafeicultor, resultado de melhores preços, e também teremos um aumento de área plantada, portanto em termos de produção este novo ciclo que começa agora em outubro com a nova safra dos países da America Central, Colômbia e Vietnã, que são países acima da linha do equador e representam 60% da produção mundial e da florada da próxima safra brasileira, o que traz como entendimento que o aperto de mercadoria esta no final.

Logicamente não estou falando em problemas climáticos, pois se tivermos algo em cima disso este ciclo acima citado seria desfeito e o mercado responderia com uma bela alta.

O fato novo do mercado foi à alta do dólar que salvou o mercado físico da baixa desta semana, deixando o produtor sobre aviso, mas é muito pouco para segurar o que pode estar por vir, portanto todo cuidado é pouco e continuo dizendo que café acima de R$500,00 é excelente preço e lucro nunca quebrou ninguém

Tecnicamente fechamos a semana em zona de suporte, mas fizemos novo fundo e tudo leva crer que a queda vai continuar.

Sem uma política adequada o produtor volta ao sabor do mercado, onde ele é a parte mais fraca e mais desinformada de todos.

“Welcome to the jungle”

Uma boa semana a todos que Deus abençoe a todos, e continuamos vendidos em trade iniciado em 07/09/2011 com stop agora em $245,00 só administrando os lucros.

Wagner Pimentel

WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com

Café mantém perdas na ICE com mercado externo e origens

Os contratos futuros de café arábica tiveram mais um dia de fortes perdas na ICE Futures US, com os preços batendo nos menores níveis em nove meses, atingindo os patamares de 25 de janeiro.


Diante da continuidade da pressão externa, com o temor de um agravamento da situação recessiva, especuladores e fundos se mostraram amplamente vendedores ao longo do dia e as perdas, que já vinham sendo incisivas ao longo dos últimos dias, apenas se ampliaram. Com muitos players partindo para segmentos como o do dólar, a moeda se valorizou e as origens também se sentiram estimuladas a efetuar liquidações, o que contribuiu para que as perdas se acentuassem.

No after-hours, as perdas desaceleraram e o dezembro fechou próximo do nível de 234,50 cents. Tecnicamente, o mercado se mostra extremamente baixista, com as resistências mais efetivas conseguindo ser rompidas sem maiores problemas.

Fundamentalmente, o mercado destaca a possibilidade de ampliação das chuvas no centro-sul do Brasil nos próximos dias, fato que, se consumado, dará fôlego para floradas e também para o pegamento.

No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 780 pontos com 231,45 centavos, sendo a máxima em 241,95 e a mínima em 230,80 centavos por libra, com o março tendo retração de 770 pontos, com a libra a 234,60 centavos, sendo a máxima em 245,00 e a mínima em 234,05 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 75 dólares, com 1.951 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 73 dólares, com 1.983 dólares por tonelada.

Segundo analistas internacionais, o mercado voltou a demonstrar toda sua faceta negativa, caindo fortemente e seguindo o péssimo comportamento das commodities e da economia global como um todo. "Nós simplesmente sofremos com liquidações especulativas massivas. Todo mundo está atemorizado com o colapso financeiro", disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group.

O café, ao longo desta semana, despencou 12% em Nova Iorque. Segundo o trader, com as perdas acentuadas as indústrias de torrefação realizaram algumas compras no período. "Os torrefadores estiveram bem ativos ao longo dos últimos três dias e estão recompondo um pouco de suas reservas para o final deste ano e começo do próximo. Eles ainda vão ter de adquirir para garantir que suas marcas estejam nas gôndolas dos supermercados", indicou o especialista.

Depois de o Federal Reserve pintar um quadro sombrio sobre a economia dos Estados Unidos na quarta-feira, os mercados ficaram nervosos e muitos players se refugiaram no dólar. Isso pressionou, por exemplo, o real brasileiro, o que fez com que os produtores do país se sentissem estimulados a liquidar mais incisivamente, já que vendem em dólar e recebem na moeda local que, segundo a consultoria EBS, teve 3,8% de retração ao longo desta semana. "Com o dólar tão forte, você talvez venda um pouco a mais do que aquilo que você não queria vender", sustentou Christian Wolthers, presidente da divisão de café verde da Wolthers Americas, ao se referir aos cafeicultores.

"Os fundamentos do mercado de café não se alteraram e continuam sólidos. Agora é preciso aguardar os desdobramentos das medidas que estão sendo tomadas pelas autoridades econômicas do hemisfério norte e sua influência sobre o rumo dos mercados nas próximas semanas", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semanal.

O Vietnã deverá exportar 30 mil toneladas métricas de café em setembro, cerca de 500 mil sacas, total 16,7% menor que o registrado em agosto, previu o Escritório Geral de Estatísticas do país. A receita dos embarques deverá cair neste mês para 70 milhões de dólares, ante 83 milhões de dólares do mês passado. A previsão de remessas para a temporada 2010/2011 foi mantida em 1,16 milhão de toneladas métricas. A safra do país em 2011/2012, que se inicia em uma semana,é estimada em 18 milhões de sacas.

As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 22, somaram 1.600.339 sacas, contra1.699.950 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 3.410 sacas, indo para 1.434.411 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.504 lotes, com as opções tendo 7.432 calls e 7.628 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 241,95-242,00, 242,50, 243,00, 243,50, 244,00, 244,50, 244,90-245,00 e 245,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 230,80, 230,50, 230,10-230,00, 229,50, 229,00, 228,50, 228,00, 227,50, 227,00 e 226,50 centavos por libra.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

performance dos ativos na semana

Vietnam '11-12 Coffee Crop Pre-Grading Possible -Liffe Executive

Vietnam '11-12 Coffee Crop Pre-Grading Possible -Liffe Executive
Dow Jones LONDON - NYSE Liffe could make permanent a pilot scheme to ensureVietnamese coffee meets exchange standards by the end of the 2011-12 season,according to Liffe's head of commodity product management. The Europe-based operator three months ago launched a pilot scheme to gradecoffee before it is shipped from Ho Chi Minh city, the main export port of theworld's largest producer of the robusta beans traded on Liffe. In an interview late Thursday, Peter Blogg told Dow Jones Newswires theproject, which will finish in October, helps exporters to secure financing forcoffee by attaching a futures value to the supplies at origin. Liffe will decide next month whether to make the scheme permanent. "Exporters want to be able to attach a futures value to the coffee before itgets shipped and banks prefer commodities with a futures value as a backstop,"he said. "I'm optimistic we could have it in place for the upcoming crop, so wecan catch at least part of that." Should it prove successful, it could be rolled out to other coffee producerssuch as Indonesia and Brazil, or even other commodities such as cocoa, he said. Vietnam is a key coffee supplier but traders say the growing number ofdefaults on supply contracts by domestic exporters, which they pegged atbetween 70,000 and 100,000 metric tons this season, is deterring buyers. Blogg said the scheme shouldn't directly affect the futures market as Ho ChiMinh won't be a delivery point for supplies, like in Europe and the U.S. But itcould "bring more transparency to the market as there will be more of an ideaof how much coffee in Vietnam is deliverable," he said. Under the plan, 50-ton parcels of coffee are held in warehouses, from whichsamples would be sent to the U.K. to be graded. If they pass, the supplies geta valid certificate for six months and won't need to be re-tested in London. And it could also help ease another long-term issue created by logisticalconstraints in European warehouses, an issue that has come into sharp focusthis year due to near-record high stocks sitting in ports such as Antwerp. Roel Vaessen, secretary general of the European Coffee Federation, whichearlier this year sent a letter to Liffe raising concerns about potentialbottlenecks in Europe's ports, said the scheme should "remove an element ofuncertainty so we have more flexibility when the coffee arrives." Blogg declined to comment on the letter itself and said the project wasn'tbeing driven "by any debate in the market about any movement of goods orregulations." But said it "could take some of the pressure off as today youhave to ship and wait for grading."

MERCADO: CAFÉ APRESENTA QUEDA NAS COTAÇÕES NO BRASIL COM FORTE BAIXA

MERCADO: CAFÉ APRESENTA QUEDA NAS COTAÇÕES NO BRASIL COM FORTE BAIXA
EM NYO mercado brasileiro de café registrou preços mais baixos nesta quinta-feira, pressionado por mais um dia de fortes perdas para o café arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures). A alta do dólar, entretanto, novamente evitou uma influência mais negativa da baixa de NY. No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa safra nova foi cotado aR$ 525,00/530,00 a saca, contra R$ 528,00/532,00 de ontem. No cerrado mineiro, arábica bebida boa safra 2011 teve cotação de R$ 525,00/530,00, contra R$ 528,00/532,00 de ontem. O café arábica "rio" tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve cotação de R$ 312,00/315,00 a saca, contra R$ 315,00/320,00 de ontem. Já o conillon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, foi cotado a R$ 226,00/228,00 a saca, contra R$ 228,00/230,00 de ontem.Nova York A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações voltaram a despencar em meio às preocupações com a economia americana, já que o pacote do Federal Reserve (Banco Central americano) não foi considerado satisfatório, e se mantém o medo de uma recessão nos EUA e global. Com as preocupações de investidores, fundos e especuladores, o dia foi defuga de capitais mais uma vez das commodities, o que determinou as fortes perdas de produtos agrícolas em bolsas de futuros, com a valorização do dólar contra outras moedas exercendo pressão. As informações partem de agências internacionais de notícias. Os contratos do café arábica para entrega em dezembro fecharam negociadosa 239,25 centavos de dólar por libra-peso, com perda de 12,70 cents, ou de 5%.A posição março fechou a 242,30 cents, com baixa de 12,75 centavos, ou de 5%. CÂMBIO O dólar comercial fechou em alta de 1,60%, cotado a R$ 1,8930 para compra e a R$ 1,8950 para venda. Na sessão de terça-feira, a divisa fechara em alta de 4,24%, cotada a R$ 1,8650 para venda. A forte aversão ao risco que dominou os mercados hoje refletiu no mercado brasileiro de câmbio. O Banco Central realizou um leilão de venda da divisa para frear a forte valorização da divisa hoje, que chegou a ficar acima de R$ 1,90. Investidores estão em uma fase de pessimismo em relação a economia mundial e a uma possível nova crise a nível mundial.

Pânico nos mercados externos se mantém e café despenca na ICE

Pânico nos mercados externos se mantém e café despenca na ICE
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US tiveram uma quinta-feira catastrófica, com perdas intensas sendo reportadas, ao redor de 5% no fechamento e de quase 6% em determinados momentos do dia. Grandes fundos e especuladores se posicionaram no lado vendedor e romperam vários suportes, com o dezembro batendo nos menores patamares desde 8 de agosto. O dia, mais uma vez, seguiu o nervosismo dos mercados externos, que tiveram perdas fortes no segmento acionário e também de matérias-primas. O café, cacau, açúcar, entre outros produtos registraram retrações consideráveis e o petróleo encerrou o dia com perdas de 6,59%. Tecnicamente, o mercado de café demonstra diversos elementos baixistas, com praticamente todas as médias móveis ficando acima do fechamento, o que dá margem para que novas liquidações possam ser estimuladas. Por outro lado, o mercado dá demonstração de estar consideravelmente sobrevendido, o que poderia dar espaço para correções. Tais correções, no entanto, só deverão conseguir ganhar corpo com os segmentos externos se mostrando mais calmos. Para operadores, os temores dos mercados externos são de um quadro recessivo. O fator Grécia traz o medo de que toda a economia européia seja afetada com um possível calote, por outro lado, os Estados Unidos dão sinal de que a tão esperada recuperação ainda está longe de ser efetivada. Com isso, muitos players, não querendo nem lembrar do cenário de pânico do final de 2008, se afastam de mercados como de ações e commodities e preferem ser mais técnicos, apostando em campos seguros, cautelosos. Fundamentalmente, o mercado ainda avalia, de longe e sem maiores temores, o início da safra de importantes origens, como a Colômbia e os centro-americanos, com a expectativa de quanto de café suave esses países poderão colocar à venda para amenizar a escassez atual. No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 1.270 pontos com 239,25 centavos, sendo a máxima em 251,00 e a mínima em 235,65 centavos por libra, com o março tendo retração de 1.275 pontos, com a libra a 242,30 centavos, sendo a máxima em 254,20 e a mínima em 238,85 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 35 dólares, com 2.026 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 33 dólares, com 2.056 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a quinta-feira foi negra para os mercados internacionais de café. Com fortes liquidações, resistências básicas e até mais consistentes foram rompidas. Entretanto, as perdas estiveram atreladas, efetivamente, aos mercados externos, o que abre espaço para algumas perspectivas de recuperação, caso o "pavor" das bolsas internacionais seja equalizado. "Efetivamente, não operamos olhando para o café. Estamos focados nas bolsas, em outras commodities. É claro que a tendência do café é de queda, por conta de sua estrutura técnica atual, mas retrações como as dessa quinta-feira só reforçam uma perspectiva imediata. Caso os mercados externos se recuperem, a tendência é de termos uma correção", disse um trader. "A movimentação do mercado pressionou o café no exterior. No Brasil, o dólar está com um movimento de alta muito forte e, assim, os preços para os produtores não sofreram maiores alterações", sustentou um corretor baseado na cidade de Santos. As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 21, somaram 1.536.826 sacas, contra 1.699.950 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 655 sacas, indo para 1.437.821 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 33.355 lotes, com as opções tendo 7.591 calls e 6.277 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 251,00, 251,50, 252,00, 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00 e 255,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 235,65, 235,50, 235,10-235,00, 234,50, 234,00, 233,50, 233,00, 232,50, 232,00 e 231,50 centavos por libra.

Commodities `derretem` em dia de nervosismo

Commodities `derretem` em dia de nervosismo
Em meio ao recrudescimento das preocupações com a crise econômica global, as commodities agrícolas acentuaram seu ritmo de queda e atingiram novas mínimas nas bolsas americanas na quinta-feira. Em Chicago, os contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) do milho sofreram o maior tombo em quase um ano. Em Nova York, o açúcar atingiu mínimas em três meses. O cacau despencou ao menor nível em mais de um ano, e o café praticamente zerou os ganhos que tinha em 2011.Todos os mercados foram castigados pelo surto de aversão ao risco, exacerbado pela decepção dos investidores com as medidas anunciadas na quarta-feira pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) e pelo impasse criado pela Grécia na União Europeia. Investidores liquidaram posições em ativos sensíveis ao crescimento econômico, como é o caso das commodities, e buscaram segurança no dólar, que voltou a se fortalecer - o índice dólar, que mede o desempenho da moeda americana em relação a uma cesta de divisas importantes, subiu 1,41%.Na bolsa de Chicago, os contratos de segunda posição da soja em grão (janeiro) fecharam em queda de 37,25 centavos de dólar, a US$ 12,9425 por bushel. Os de milho (março) recuaram 35,75 centavos, para US$ 6,63 por bushel. Na bolsa de Nova York, os contratos do cacau para março sofreram perda de US$ 45, cotados a US$ 2.725 por tonelada - menor cotação desde 15 de setembro do ano passado.O café recuou 1.275 pontos, para US$ 2,4230 por libra-peso, enquanto o açúcar fechou a 24,81 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 110 pontos. Finalmente, o algodão perdeu mais 354 pontos e fechou a 99,29 centavos de dólar por libra-peso (abaixo do patamar psicológico de US$ 1).Apesar da corrida contra as commodities, investidores veem limites para a uma queda mais sustentada. Em relatório, o banco de investimento Barclays Capital divulgou que os sinais de desaceleração da demanda ainda são insuficientes para eliminar os riscos de alta nas cotações do petróleo, dos grãos e de alguns metais industriais. Para a instituição, as dificuldades no lado da oferta devem manter os mercados voláteis e sensíveis a políticas de estímulo ao crescimento econômico, "tornando ainda mais difícil se encontrar o equilíbrio adequado entre crescimento e inflação".O relatório pondera, ainda, que uma eventual queda na demanda global por matérias-primas precisa ser enxergada à luz do desempenho "excepcional" dos últimos 12 meses. "Se a demanda começar a se retrair, será a partir de níveis extremamente elevados", pontua.O Barclays minimiza ainda o potencial de queda na demanda da China e sugere que o país esteja encerrando um período de queima de estoques de produtos como cobre, petróleo, açúcar, soja e milho, o que deve se traduzir em uma retomada mais acentuada das importações nos próximos meses. De acordo com o banco, os chineses começaram a consumir estoques em função do aperto no crédito, dos preços voláteis e das incertezas em relação ao futuro, "mas esse processo não pode durar muito".

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PRODUÇÃO DE ROBUSTA E ARÁBICA NO ESPIRITO SANTO É RECORDE

PRODUÇÃO DE ROBUSTA E ARÁBICA NO ESPIRITO SANTO É RECORDE - CEPEAA safra 2011/12 de café do Espírito Santo tem sido considerada bastante positiva por agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Além de os preços atuais estarem acima dos praticados no mesmo período do ano passado, o estado capixaba apresenta produção recorde nesta temporada. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra total de café no Espírito Santo (robusta earábica) está estimada em 11,6 milhões de sacas de 60 kg, 14% maior que a temporada anterior. Um dos motivos para o bom desempenho das lavouras capixabas é o investimento em novas tecnologias e em tratos culturais. O incremento no volume foi possível, também, pelo aumento de 4,8% no número de pés em produção e pelas condições climáticas favoráveis tanto no desenvolvimento da safra quanto na época de colheita. Assim, a produtividade média no Espírito Santo nesta safra - considerando-se arábica e robusta - foi a maior entre todos os estados produtores. Segundo a Conab, a produtividade foi de 25,57 sacas por hectare, enquanto a média nacional foi de 21,04 sacas. As informações partem do Cepea.

Pessimismo global faz Bolsa cair 3%; dólar ameniza alta

Pessimismo global faz Bolsa cair 3%; dólar ameniza alta
O nervosismo do investidor com a crise internacional mantém o dólar em forte alta e a Bolsa de Valores no campo negativo.A divisa americana é negociada por R$ 1,870, em um aumento de 0,26%. A taxa cambial já atingiu R$ 1,960 logo pela manhã, mas cedeu logo após uma novo intervenção do Banco Central. A autoridade monetária realizou o equivalente a uma operação de venda de moeda, mas no mercado futuro, justamente o segmento de negócios que tem pressionado os preços do dólar.Já o Ibovespa, o termômetro da Bolsa brasileira, recua 3,07%, aos 54.261 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,29 bilhões, relativamente alto para o horário.A Bolsa brasileira acompanha o tom negativo visto nas demais praças financeiras. Na Europa, as principais Bolsas sofrem perdas de 4,37% (Londres), 4,35% (Paris) e 4,36% (Frankfurt).Nos EUA, onde os mercados abriram há pouco, a Bolsa de Nova York tem forte desvalorização de X%.2,61Além da preocupação com a crise europeia, analistas ainda apontam a frustração dos investidores com o plano anunciado ontem pelo banco central dos EUA (o Federal Reserve) para reestimular a economia.Muitos esperavam uma proposta mais ousada que a operação de US$ 400 bilhões. E outra parcela reagiu mal ao aviso dessa autoridade monetária, que alertou para os riscos significativos' da economia americana.PERSPECTIVAS.O analista gráfico da XP Investimentos. Gilberto Coelho, enxerga patamar dos 54.100 pontos como o próximo "fundo" da Bolsa, que já foi testado hoje. "Se romper esse nível de preços, provavelmente o Ibovespa deve ir para os 52 mil, 51.800 pontos", comenta.A análise gráfica, ou técnica, busca identificar níveis de preços que indiquem uma mudança de tendência consistente para o mercado de ações. Em agosto, por exemplo, o patamar dos 48 mil pontos foi visto como um "suporte" para a Bolsa, que bateu nesse valor e subiu pelas semanas seguintes até a faixa dos 55 mil e 57 mil pontos.Para que a Bolsa reverta a tendência de baixa predominante seria preciso que o índice Ibovespa voltasse a oscilar na marca dos 58 mil pontos, diz o profissional da XP ."A partir desse ponto, nós poderíamos ver a Bolsa tentando atingir os 65 mil pontos". Esse patamar era a projeção para a Bolsa de boa parte do mercado para o final de ano. Mas com a volatilidade atual, esse prognóstico está sob franca revisão.DÓLAR MAIS CARO.Há vários fatores apontados por analistas do mercado para (tentar) explicar a disparada dos preços: o medo de um calote da Grécia (e os efeitos nocivos desse evento para o sistema bancário europeu); a perspectiva de juros ainda mais baixos nos próximos meses (o que reduz o apelo para que grandes investidores estrangeiros migrem capital para cá), e finalmente, movimentos especulativos, executados no mercado futuro de moeda, mas que afetam os preços no segmento à vista.Em um cenário internacional de maior incerteza, tradicionalmente investidores correm para os chamados portos seguros': o dólar e o ouro.A commodity metálica é um refúgio histórico para aqueles que buscam se proteger contra as turbulência da economia mundial. Já o dólar é a moeda em que os ativos mais seguros do planeta são negociados: os títulos do Tesouro dos EUA.Por outro lado, economistas também destacam vários motivos que podem levar a taxa cambial a mudar de rota no curto ou no médio prazo: as reservas internacionais robustas do país,e o controle dos gastos públicos, o que reforça a credibilidade do país como alternativa viável para o capital externo; além do fato de que os juros brasileiros, apesar do viés de baixa' percebido pelo mercado, ainda seguem como os mais altos do planeta.Por enquanto, no entanto, a volatidade ainda deve mandar nos mercados: conforme as autoridades europeias já indicaram uma solução para o imbróglio grego não deve aparecer antes de outubro. Por esse motivo, acreditam, a taxa cambial deve continuar pressionada.

Café despenca na ICE em dia de pressão sobre commoditie​s e dólar forte - 21/09/2011

Os contratos futuros de café arábica despencaram nesta quarta-feira na ICE Futures US, em uma sessão caracterizada por liquidações de especuladores e fundos. A posição dezembro rompeu os 255,00 centavos e se aproximou, inclusive, do nível de 250,00 centavos, num indicativo do potencial vendedor dos participantes.
O dia foi de indicadores externos negativos e, com o aumento da preocupação com a economia global, muitas vendas passaram a ser processadas em mercados de commodities. Os temores se ampliaram na parte da tarde, após o Federal Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, ter anunciado a compra de 400 bilhões de dólares em títulos de vencimento entre seis e 30 anos, com a venda de igual valor em títulos com vencimentos mais imediatos. A medida, que foi lida pelo mercado como uma busca do segmento econômico dos Estados Unidos de conter os juros e auxiliar os financiamentos, estimulou a aquisição de dólares, sendo que a moeda registrou altas consideráveis em várias partes do mundo.
Com o dólar fortalecido, foram diversos os operadores que entraram liquidando nos mercados de commodities, o que pressionou consideravelmente mercados como o de softs, incluindo café e milho, e também de diversos grãos. O índice CRB, que analisa a média de variação de 14 diferentes matérias-primas, fechou o dia com perdas de quase 1%, sendo que o petróleo, que flutuou no lado positivo ao longo de grande parte do dia, inverteu a mão e caiu mais de 2%.
Tecnicamente, o café se mostra ainda mais enfraquecido, abaixo de médias móveis mais significativas, como de 20 e 40 dias, mas também recuando em relação a médias de prazos mais longos, o que é um indicativo do viés negativo atual para o grão, o que pode abrir espaço para retrações ainda mais consistentes.
Fundamentalmente, o mercado ainda avalia, de longe e sem maiores temores, o início da safra de importantes origens, como a Colômbia e os centro-americanos, com a expectativa de quanto de café suave esses países poderão colocar à venda para amenizar a escassez atual.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 825 pontos com 251,95 centavos, sendo a máxima em 260,40 e a mínima em 251,35 centavos por libra, com o março tendo retração de 810 pontos, com a libra a 255,05 centavos, sendo a máxima em 263,10 e a mínima em 254,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou queda de 79 dólares, com 2.061 dólares por tonelada, com o janeiro tendo desvalorização de 76 dólares, com 2.089 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por uma abertura próxima da estabilidade, com a falta de direcionamento recente parecendo voltar a dominar as ações. No entanto, a partir da abertura de mercados externos, os "ânimos vendedores" se tornaram mais consistentes e, passo a passo, os bearishs (baixistas) forçaram alguns suportes que, diferentemente das sessões passadas, conseguiram ser rompidos, principalmente o de 255,10 centavos, o que abriu espaço para novos stops.
"Se graficamente o café já não demonstra nenhuma consistência mais efetiva, o quadro se torna ainda mais negro diante de um dia amplamente negativo nos mercados externos. A alta do dólar serviu como combustível para muita gente sair vendendo", sustentou um trader. "Estamos em uma retomada do movimento técnico de baixa. Ao conseguirmos romper, finalmente, os 255,10-255,00, o mercado se sentiu estimulado a liquidar de forma mais intensa e isso vem fazendo com que tenhamos perdas consideráveis. O cenário é baixista e deveremos, sim, buscar os 250,00 centavos, que é um nível consideravelmente importante, e, na seqüência, os 245,50, mínima de 16 de agosto", sustentou um broker.
As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 20, somaram 1.290.931 sacas, contra 1.210.351 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.070 sacas, indo para 1.437.166 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 22.323 lotes, com as opções tendo 6.401 calls e 5.404 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 260,40-260,50, 261,00, 261,50, 262,00, 262,50, 263,00-263,10, 263,50, 264,00, 264,50, 264,90-265,00 e 265,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 251,35, 251,00, 250,50, 250,10-250,00, 249,50, 249,00, 248,50, 248,00, 247,50, 247,00, 246,50, 246,00 e 245,50 centavos por libra.

NY FECHA COM BAIXA ACENTUADA EM MEIO À APREENSÃO COM ECONOMIA DOS EUA

NY FECHA COM BAIXA ACENTUADA EM MEIO À APREENSÃO COM ECONOMIA DOS EUA
A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações desta quarta-feira com preços acentuadamente mais baixos. As cotações despencaram na sessão, diante das preocupações com a economia nos Estados Unidos, Europa e no mundo, principalmente com a apreensão em torno da reunião do comitê de política monetária do Banco Central americano (Federal Reserve). As cotações caíram aos níveis mais baixos em 5 semanas. O dólar subiu contra outras moedas pressionando para baixo as commodities nos mercados futuros. Investidores, em movimento de manada, fugiram dos mercadosconsiderados de maior risco no dia, com medo em relação às medidas do FED, eos preços dos produtos agrícolas caíram fortemente nas bolsas de futuros. Asinformações partem de agências internacionais de notícias. Os contratos do café arábica para entrega em dezembro fecharam negociadosa 251,95 centavos de dólar por libra-peso, com perda de 8,25 cents, ou de 3,2%. A posição março fechou a 255,05 cents, com baixa de 8,10 centavos, ou de 3,1%. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) divulgou há pouco que manteve ataxa básica de juros entre 0% e 0,25% e reafirmou que as taxas devem continuarextremamente baixas até meados de 2013. A instituição também informou que, para garantir "uma recuperação mais forte", pretende comprar US$ 400 bilhões em títulos do Tesouro de longo prazo, com vencimento de seis a 30 anos, até meados de junho de 2012. O Fomc ainda programa a venda em igual quantidade em títulos do Tesouro com vencimentode três anos ou menos. Na reunião, que durou dois dias, a decisão não aconteceu de forma unânime. Richard Fisher, Narayana Kocherlakota e Charles Plosser, segundo o Fed, não apoiam uma "nova acomodação" da política monetária neste momento. No comunicado, Fomc diz que o crescimento econômico dos Estados Unidoscontinua lento e que a taxa de desemprego continua alta no país. O Comitê acredita que haja uma retomada no processo de recuperação, mas já antecipa que a queda da taxa de desemprego aconteça gradualmente. Os gastos dos consumidores aumentaram em ritmo "apenas moderado" nos últimos meses e o setor imobiliário continua enfraquecido. As expectativas de inflação, de acordo com o Fomc, continuam estáveis. O Comitê antecipa que a inflação irá se estabilizar nos próximos trimestres, inclusive com a dissipação dos aumentos dos preços de energia. Foram discutidas uma série depossíveis ferramentas para promover uma recuperação econômica mais forte e o Fomc afirma que continuará monitorando as condições econômicas, implementando-as quando necessário.

ALTA DO DÓLAR JÁ COMPENSA A QUEDA DAS COMMODITIES

ALTA DO DÓLAR JÁ COMPENSA A QUEDA DAS COMMODITIES
A escalada do dólar em setembro, que chegou a 17,07%, já está trazendo mais dinheiro para o bolso dos agricultores que exportam, mesmo com a queda dos preços das commodities no mês. Ontem, a moeda americana teve a maior alta desde 22 de outubro de 2008, em plena crise financeira - subiu 4,25% e fechou a R$ 1,865. A desvalorização diária, consecutiva e rápida do real forçou as empresas com dívidas no exterior a procurar hedge para seus compromissos em condições menos favoráveis. Ele está mais caro e as incertezas sobre as cotações tendem a encarecê-lo ainda mais. Para o Banco Central, a corrida do dólar é apenas um fenômeno transitório. A valorização do dólar em relação ao real, que ganhou força em setembro, até agora impediu a queda dos preços domésticos das principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil, que perderam sustentação nas bolsas internacionais nas últimas semanas em decorrência das turbulências financeiras em países desenvolvidos.Mais do que isso: os preços de exportação de produtos como soja, milho, café e açúcar estão até mais elevados do que no fim de agosto, quando as incertezas em relação à economia global tornaram-se ainda maiores, amplificaram as dúvidas sobre o futuro da demanda e abriram espaço para o fortalecimento da moeda americana no mercado externo.Para os produtores brasileiros que exportam e temiam que a crise no Hemisfério Norte provocasse uma baixa das cotações que reduzisse suas atuais margens de lucro elevadas, trata-se de uma boa notícia, que inclusive já acelerou as vendas antecipadas da colheita da safra que começou agora a ser plantada (2011/12). Do ponto de vista do combate à inflação, porém, ainda não há refresco à vista nesse fronte. Com a disparada de ontem, o dólar passou a acumular alta superior a 15% em relação ao real neste mês.Produto com maior peso nas exportações agrícolas do Brasil, a soja fechou a quarta-feira em queda de 1,3% na bolsa de Chicago, cotada a US$ 13,32 por bushel (medida equivalente a 27,2 quilos). Com mais esse recuo, os futuros de segunda posição de entrega do grão (normalmente os de maior liquidez) passaram a acumular baixa de 8,6% em setembro. Apesar disso, o preço da oleaginosa convertido em reais ficou 5,2% mais alto no período. "Os preços praticados no Brasil estão acima dos picos de agosto", diz Antonio Sartori, da corretora gaúcha Brasoja.Atraídos pelos preços favoráveis, os agricultores aceleram a comercialização da próxima safra. De acordo com Sartori, os gaúchos já comprometeram aproximadamente 20% da produção que será entregue em maio de 2012, um resultado excepcional em um Estado onde as negociações antecipadas de soja são uma prática pouco comum. "Mais da metade desse volume foi comercializado nas últimas semanas. A alta do câmbio compensou até mesmo a queda dos prêmios pagos nos portos", observa. Segundo ele, há um ano nem 10% da safra do Estado havia sido negociada.Fenômeno semelhante é observado em Mato Grosso, onde a cultura das vendas antecipadas é arraigada. Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, associação que representa os produtores do Estado, calcula que metade da safra 2011/12 do Estado já foi comercializada, ante pouco mais de 30% em igual período do ano passado. Mais de um terço desse volume foi negociado neste mês.O milho é outra commodity cujos preços resistem a cair, mesmo com a colheita da safrinha no Paraná. Em setembro, os futuros do grão recuaram 8,9% em Chicago, mas acumulam alta de 4,8% no mês na conversão para a moeda brasileira. Ontem, a commodity caiu 0,56% na bolsa americana, para US$ 6,99 por bushel (27,2 quilos), menor preço de fechamento desde 10 de agosto. Em compensação, o indicador Cepea/Esalq para o milho no mercado físico está no maior nível desde fevereiro, a R$ 31,65 por saca, alta de 3,94% no mês.Historicamente, os preços domésticos do milho são pouco influenciados pelo comportamento do câmbio e do mercado externo, já que o Brasil sempre teve uma participação tímida no mercado internacional do grão. Mas o rápido aumento dos embarques nos últimos anos fez com que o cenário interno fosse cada vez mais influenciado pelo sobe-e-desde do preço oferecido aos exportadores. Sintoma dessa mudança, as vendas antecipadas de milho no Mato Grosso, que praticamente inexistiam até o ano passado, somavam 33% até o fim de agosto. Estima-se que, três semanas depois, estejam próximas de 50%. "É muito possível que, a essa altura, tenhamos vendido mais milho do que soja em Mato Grosso", afirma um trader.O efeito cambial também é sentido nos mercados de café e açúcar, que desde o início do mês acumulam queda de 11,5% e 10,3%, respectivamente, em Nova York. Em moeda local, o café acumula alta de 1,9% e o açúcar, 3,3%, no mesmo período. Gil Barabach, analista da consultoria Safras & Mercados, pondera que a alta do real é um dos fatores que ajudam a pressionar os preços das commodities agrícolas lá fora, devido à posição do Brasil no tabuleiro. "A alta do dólar estimula as exportações, e os preços internacionais se ajustam a esse aumento de oferta".No entanto, o ritmo da queda nos preços internacionais é insuficiente para fazer frente à erosão do câmbio, diz Fábio Silveira, da RC Consultores. Para ele, o resultado "inevitável" dessa equação será um aumento da inflação no Brasil. "O recuo dos preços internacionais ainda é muito tímido perto desse salto do dólar."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

SINCAL – Cafeicultura – Brasil perdendo 30 bilhões de U$$

SINCAL – Cafeicultura – Brasil perdendo 30 bilhões de U$$

A cafeicultura brasileira vem sofrendo um processo de total desgoverno desde a extinção do I.B.C (Instituto Brasileiro do Café). O Brasil como o principal produtor e o segundo maior consumidor mundial, abandonou as políticas cafeeiras deixando a mercê de uma verdadeira evasão de divisas, numa total incompetência de gestão e, os preços corroídos e totalmente inadequados aos cafeicultores que vem perdendo nesses últimos 15 anos e, favorecendo tão somente o mercado internacional escoando pelo ralo da ingerência bilhões e bilhões de dólares (U$$). Analisando de 1994 até 2010, os preços subiram tão somente 35%, enquanto os custos de produção foram majorados em 550% (fonte: Cepea/Esalq, MTE, Cooperativas) tornando a atividade produtiva sacrificada e massacrada. Quando dialogamos com o setor governamental a argumentação é a seguinte: “Ganhamos mercado, pois nossas exportações crescem em níveis excelentes, saímos, no caso do café arábica, de 12,8 milhões de sacas exportados em 1996 e alcançamos 27 milhões de sacas em 2010”. Isso é em fato, mas quem pagou caro nesse crescimento foram somente os cafeicultores. Sabemos que ao redor de 70% de nossas lavouras cafeeiras encontra-se em regiões montanhosas (Sul de Minas Gerais, Zona da Mata Mineira, Espírito Santo e grande parte da Mogiana no Estado de São Paulo), regiões essas que só existe uma opção, planta-se café ou planta-se café, não há outra alternativa. Para esses agricultores dado a declividade das terras impedindo outras lavouras economicamente viáveis. Com isso os cafeicultores, dessas regiões, tornaram-se verdadeiros escravos em prol dos demais elos da cadeia do Agronegócio Café. O resultado disso tudo foi um empobrecimento dos municípios produtores. Quando comparamos o I.D.H. (Índice de Desenvolvimento Humano) observamos que os municípios produtores de café estão abaixo de outros municípios da região. Os municípios perderam em arrecadação, os cafeicultores perderam receitas e os trabalhadores rurais sacrificados pela baixa remuneração da mão-de-obra. Resultando pobreza e miséria. O Brasil perdeu bilhões de dólares em divisas pela pratica de preços ridículos em relação aos países concorrentes. Alem disso, podemos ser acionados internacionalmente, pelas leis da OMC (Organização Mundial do Comercio) por um verdadeiro “dumping” no mercado cafeeiro. A nossa política de preço foi extremamente predatória, vendendo sempre com preços abaixo dos concorrentes, Inacreditável, pois possuímos praticamente 50% de markt Share (participação do mercado) no arábica, e conseguimos vender, abaixo, em media U$$ 40/saca em relação ao mercado internacional. A retórica que nosso Café Natural é inferior que o café lavado é pura “balela” comercial. O café lavado dura no máximo 1 ano, e depois perde suas características organolépticas. Além de poluir o meio ambiente pelos efluentes do processo de lavagem e fermentação arrastando grande parte dos componentes que são inerentes a mucilagem do café cereja lavado e fermentado anaerobicamente. Somado a poluição ambiental e perda das qualidades organolépticas, a produção do café lavado, depende de uma quantidade enorme de água, que é uma preocupação em voga no mundo atual. A nossa produção do Café Natural Brasileiro (90% do total) são produzidos convencionalmente, seco no terreiro ou na própria planta utilizando a luz e o sol com uma conotação mais Natural que os lavados, que não polui e economiza água. Outro aspecto importante é que a mucilagem impregnada entre o pergaminho e a casca é transportada diretamente ao fruto propriamente dito, qualificando nosso café com excelentes propriedades organolépticas e durabilidade de anos a fio. O Café Natural Brasileiro possui: corpo, aroma, doçura e outras tantas propriedades que o mundo cafeeiro não vive sem o nosso café.
Dentro do apresentado não podemos mais aceitar o “Statu quo” no setor produtivo que em vem bancando todo o agronegócio. O cafeicultor fica com o Agro e os demais elos ficam com o Negócio. A retórica do setor governamental, principalmente o MAPA (Ministério da Agricultura), que ganhamos Markt Share, aumentando o volume exportado, vendendo US$ 40/saca mais barato que os concorrentes. É a pior estratégia de marketing e está fundamentalmente provado que ganhar mercado a base de preço é levar a atividade a bancarrota com tendência a eliminar a cafeicultura que tanto colaborou e, colabora para o desenvolvimento do País empregando milhões de trabalhadores. Vamos ganhar Markt Share com rentabilidade e enriquecimento das regiões produtoras, extirpando a verdadeira escravidão econômica que reina no setor produtivo. Nos últimos 15 (quinze) anos, exportamos, por volta, 300 milhões de sacas de café arábica, (conforme gráfico abaixo), perdendo US$ 40/saca de café (em média) ou seja jogamos fora ao redor de 12 bilhões de dólares. É muito dinheiro. Valor esse que deveria estar empregado nos municípios produtores extirpando a pobreza e melhorando o I.D.H. Enquanto isso os países importadores, normalmente países de primeiro mundo, ganham verdadeiras fortunas. Na gestão amadora da cafeicultura brasileira reinante, percebemos uma verdadeira acomodação dos elos do agronegócio amparados por lucros em detrimento ao setor produtivo. Precisamos, urgentemente, mudar essa política cafeeira ou continuaremos perdendo U$$ 40,00 ou mais por saca como demonstrado anteriormente. Traçado uma perspectiva em cima da retrospectiva, dos últimos 15 anos, e crescendo 2% ao ano, pela própria demanda do mercado, nos próximos 15 anos, exportaremos mais de 450 milhões de sacas (conforme gráfico abaixo) e com isso acumularemos mais 18 bilhões de U$$ que serão evadidos do Brasil e das regiões produtoras. Na somatória da retrospectiva e da perspectiva estamos calculando um prejuízo a nossa nação de 30 Bilhões de dólares, INACREDITÁVEL! Precisamos de mudanças radicais imediatamente, no “Statu Quo”, ou o setor produtivo estará fadado ao desaparecimento provocando um desemprego massivo. Dentro do contexto, a SINCAL sugere medidas para aumentarmos o nosso faturamento, sem perder Markt Share tais como:
1- REGULAGEM DE FLUXO: A lei da oferta e da procura é responsável pela formação do preço. A regulagem do fluxo é muito mais determinante que a oferta e a demanda. Como o Café Natural Brasileiro, não impede estocagem como os lavados, poderemos regular nosso fluxo com uma engenharia financeira utilizando recursos da União ou mesmo do FUNCAFÈ (Por volta de 4,5 Bilhões de Reais). O FUNCAFÈ vem sendo utilizado ou até inutilizado por ineficiência gestora e nunca chega ao cafeicultor mais necessitado.
2- PIS / CONFINS – Abolir os 9,25% de PIS/CONFINS que é pago somente pelo cafeicultor e, capitalizando os importadores e torrefadores. Tributos esses, que mascaram o mercado, centralizando o comércio nas mãos de um verdadeiro oligopólio, eliminando elos importantes do Agronegócio como: maquinistas, comerciantes, corretores entre outros. Além das firmas “laranjas”, existentes no mercado, que originaram a operação “broca do café” com a Polícia Federal intervindo, e até levando a prisão alguns apatriotas. Tudo isso foi largamente ventilado na imprensa em 2010. A SINCAL aguarda com ansiedade a assinatura da medida provisória, da eliminação do PIS/CONFINS. Sabemos que algumas empresas, principalmente Multinacionais, estão fazendo “Lobby” em Brasília para aproveitarem, ainda mais, por um determinado tempo, a isenção do PIS/CONFINS. Com isso, estamos transferindo um subsidio camuflado para países importadores em detrimento à Pátria e aos 320.000 cafeicultores, dos quais são considerados 84% de pequenos e mini produtores (propriedades familiares) indefesos e reféns desse sistema lesivo.
3- BOLSA DE VALORES: Nosso Café Natural Brasileiro não tem identidade pois, na bolsa de Nova York (NYBOT), o referencial é o contrato “C” (de Colômbia) e com isso o mercado comprador utiliza a propalada retórica inverdadeira da superioridade do lavado em relação ao natural, como já expomos. Precisamos criar o contrato do Café Natural Brasileiro. A Bolsa de Nova York é baseada em “Cafés Lavados” de 19 países, encabeçados pela Colômbia, até os países com produção residual e, impedem a entrada do Café Natural Brasileiro como balizador preço no mercado, mesmo sendo o Brasil, responsável por praticamente 50% do Mercado Mundial de Arábica. Devemos criar autonomia com o nosso café em outra bolsa como a C.M.E (Chicago Mercantile Exchange) que atualmente é sócia da BVM&F de São Paulo. A C.M.E possui um sistema de roteamento moderníssimo e eficiente. Com isso, haverá a necessidade da eliminação de tributos (I.O.F e Imposto de Renda) em cima das operações BVM&F, que a impede de concorrer livremente no mercado Mundial, pois outras bolsas de valores são praticamente isentas de tais tributações. Dentro desse contexto, o Brasil passará a comandar o mercado cafeeiro mundial.
4- MELHORIA DA QUALIDADE -
No mercado interno, estamos consumindo um café de péssima qualidade, pois utilizamos um percentual de praticamente 50% de robusta, somados ao P.V.A (Preto, Verde, Ardido), sobrando uma porcentagem pequena para cafés arábicas qualificados. Não somos contra o Robusta, pois são cafeicultores iguais aos de Arábica, mas esse percentual de 50% é excessivo deixando os produtores de Robusta a mercê da industria nacional. Deveríamos abrir o mercado internacional para o nosso Robusta, com isso aumentaremos a possibilidade de oferta. Somente com a melhoria da qualidade poderemos verdadeiramente “levar a boca” dos brasileiros um café responsável e saboroso e com isso expandiremos o consumo, e passamos a ser o primeiro consumidor Mundial de café. Abrirá a possibilidade de novas marcas, pois hoje, os preços praticados nos supermercados, mal pagam o custo de um café de qualidade. Portanto, a margem do torrefador nacional é oriunda da industrialização de cafés inferiores e resíduos como o P.V.A (preto, verde e ardido). A rotulagem dos cafés torrados com as especificações do conteúdo será uma das soluções para esta situação.
5- REGISTRO DE EXPORTAÇÃO - O controle sobre o Registro de Exportação de café do jeito que está sendo efetuado não nos dá a mínima segurança e transparência, pois, quando o café é vendido a fixar base a cotação de um produto que não é o nosso, e é do Café Colombiano registrado na Bolsa de N.York. Isso nos causa a nítida impressão de que: 1- Se for interessante subfaturar se subfatura e se for interessante superfaturar se superfatura, até por que hoje existe I.O.F para se internar moeda (e seria uma forma de se internar sem I.O.F) 2- O prazo para este registro também não é adequado, até por que muitas vezes estes embarques são prorrogados, o que não deveria ocorrer, ele deveria ser cancelado e ser feita nova venda. Portanto, um controle de fato, em cima das Exportações, nos daria transparência e com certeza um faturamento maior sem transferir dinheiro para o Importador. Cabe a pergunta!!!! Porque rolar os embarques não cumpridos? Para beneficio de quem? Logicamente não é para o cafeicultor e para a Pátria. O exportador fica vendido esperando o cafeicultor ser estrangulados economicamente, com isso compram barato beneficiando também o torrefador, pois tudo é feito de comum acordo. Com relação do preço de registro, poderá ser a cotação da Bolsa como Chicago, menos o frete e o diferencial de qualidade e colocando um prazo para a execução dos contratos de 60 a 90 dias antes do embarque já dará uma moralizada na comercialização.
Essas são algumas sugestões da SINCAL e esperamos que tais sugestões sejam implementadas e colocadas na pratica, pois perdendo 30 bilhões de dólares é insuportável para o Cafeicultor, para o trabalhador rural e para a Pátria. O patriotismo é um gesto nobre e necessário para o desenvolvimento de uma nação como o Brasil, enquadrado no terceiro mundo, em decorrência ao apatriotismo, corrupções, oligopólios entre outros que corroem a renda da população em dretimento a “encher o bolso” de determinados privilegiados (corruptos) ou de determinados seguimentos levando-nos a pobreza. CHEGA, O CAFEICULTOR ESTÁ CANSADO. Armando MatielliPresidente Executivo da SINCAL Fernando C. Souza Barros Jr.Diretor da SINCAL em Assuntos Econômicos

Café tem dia de queda, mas fica acima de 260,00 cents na ICE - 20/09/2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com quedas, depois de flutuar durante boa parte no lado positivo da escala. Ao longo da manhã, os compradores voltaram a atuar e os ganhos foram detectados. No entanto, as resistências não foram efetivamente rompidas e uma área de vendas foi formada acima do nível de 265,00 centavos, o que limitou, consideravelmente, os ganhos e abriu espaço para que os baixistas voltassem a atuar, o que culminou em um fechamento no lado negativo da escala, ainda que as perdas não tenham sido das mais intensas e o nível psicológico de 260,00 centavos tenha sido preservado.
Tecnicamente, o mercado continua demonstrando um viés baixista, com os fechamentos se posicionando em patamares abaixo de linhas de médias móveis importantes, como de 20 e de 40 dias, o que, na visão de operadores, é um estímulo vendedor. Mas esses operadores reconhecessem que o mercado modificou ligeiramente seu comportamento recente, não tendo demonstrado consistência para romper alguns suportes mais imediatos, como o nível de 259,50 centavos nesta terça-feira e de 255,10 centavos na semana passada.
Fundamentalmente, os players analisam com atenção o início da nova safra da Colômbia e de países centro-americana, sendo que o volume a ser colocado no mercado de grãos lavados suaves não deverá ser dos mais consistentes, ainda mais se levando em conta que as reservas internacionais se mostram bastante reticentes.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve queda de 185 pontos com 260,20 centavos, sendo a máxima em 266,00 e a mínima em 259,50 centavos por libra, com o março tendo retração de 190 pontos, com a libra a 263,15 centavos, sendo a máxima em 268,65 e a mínima em 262,60 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 9 dólares, com 2.140 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 9 dólares, com 2.165 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela tentativa dos altistas em ampliar os ganhos modestos verificados recentemente, no entanto, em um patamar entre 265,00-266,00 centavos, mais uma vez, foram observadas ações de realizações e também de vendas especulativas, que foram suficientes para a inversão da tendência inicial.
"Na parte da manhã os mercados externos se mostraram bastante consistentes e isso deu 'ânimo' para algumas altas também no café. Na segunda metade do dia, as bolsas de valores estabilizaram e as commodities, que vinham tendo bons avanços, também desaceleraram", indicou um trader.
As exportações do grupo de países produtores de cafés suaves latinos em agosto totalizaram 24,65 milhões de sacas, 12% a mais que no mesmo período do ano anterior, sendo que, como a temporada chega ao fim, as exportações se mostram mais lentas com várias regiões já tendo comercializado suas produções, indicou a Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala), entidade responsável pelas estatísticas do bloco. Esse grupo é formado por Colômbia, México, Peru, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Costa Rica, El Salvador e Nicarágua. Todos os países do bloco tiveram aumento nas remessas no mês, com exceção da Nicarágua. O maior produtor mundial de lavados, a Colômbia, teve aumento de 13% nas remessas, sendo que el Salvador e Honduras aferiram aumentos consideráveis nos embarques, de 63% e 22%, respectivamente.
As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 19, somaram 1.223.979 sacas, contra 1.210.351 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 8.172 sacas, indo para 1.438.236 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.117 lotes, com as opções tendo 3.834 calls e 2.793 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 266,00, 266,50, 267,00, 267,50, 268,00, 268,50, 269,00, 269,50, 269,90-270,00, 270,50 e 271,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 259,50, 259,00, 258,50, 258,00, 257,50, 257,00, 256,50, 256,00, 255,50, 255,10-255,00, 254,50 e 254,00 centavos por libra.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O real perdeu 9,8% frente ao dólar em setembro

O real perdeu 9,8% frente ao dólar em setembro – foi a segunda maior desvalorização entre as principais moedas do mundo, segundo um levantamento feito pelo Citi com base em informações da Bloomberg. Só o franco suíço caiu mais, 10,5% (veja o ranking abaixo). A baixa do real se deve, em grande parte, à saída de investidores estrangeiros, que buscam aplicações de menor risco em meio à piora da crise na Europa. É isso que explica também a queda da bolsa ontem e hoje. Executivos de mercado têm comentado que mais investidores estrangeiros estão desmontando suas posições compradas em real (aposta na valorização da moeda) e passaram a esperar novas baixas do real. As moedas que mais desvalorização em setembro: Franco suíço: -10,5% ,Real: -9,8%, Rand sul-africano: -9,2%, Won coreano: -7,6% e Peso mexicano: -6,7%

Recuperação do dólar pode ser má notícia para Wall Street

Recuperação do dólar pode ser má notícia para Wall Street
A recuperação do dólar americano pode ser a última coisa que os investidores em ações queriam ver depois do um tórrido verão em Wall Street.Durante boa parte dos últimos 12 meses, a fragilidade do dólar foi vista pelos investidores como um fator impulsionador para as ações americanas, que muitas vezes ajudou a aumentar os lucros trimestrais de uma série de empresas americanas de atuação mundial, como a McDonald's, a Johnson & Johnson, a Coca-Cola e a PepsiCo.Mas, na ausência de qualquer sinal de um fim para a crise da dívida da zona do euro, o dólar se valorizou significativamente, chegando à alta recorde do último período de quase sete meses, em termos ponderados pelo comércio exterior. Num momento em que alguns analistas cambiais preveem novas quedas para o euro, até mesmo rumo ao US$ 1,20, em relação ao seu nível atual de US$ 1,364, as expectativas de lucros para o S&P 500 poderão deteriorar ainda mais, o que pressionará o índice referencial americano."A recuperação do dólar é uma faca de dois gumes", diz Bruce Bittles, estrategista-chefe de transações em bolsa da administradora de grandes fortunas Baird. "A força relativa do dólar está atraindo ativos do exterior, mas pode trazer problemas para os nossos mercados de exportação e alterar a equação das empresas de atuação mundial na hora de reconverter os lucros em dólares."Nos últimos anos, a desvalorização do dólar ajudou muitas exportadoras americanas, ao aumentar o acesso de seus produtos no exterior. A John Deere, por exemplo, maior fabricante mundial de tratores, é uma das empresas para as quais o valor do dólar tem muita influência sobre os resultados, no repatriamento dos lucros gerados no exterior.Antes da temporada de divulgação de resultados do terceiro trimestre, mês que vem, os analistas reduziram suas previsões de crescimento dos lucros por ação para o S&P 500 dos 16,4% do início de julho para 13,5%, segundo a FactSet.Mas a alta do dólar não será prejudicial para todos os setores. De modo geral, os períodos de fragilidade do dólar foram compensadores para os industriais e os setores americanos de matérias-primas e insumos, além de assistirem ao bom desempenho de alguns nomes nas áreas de produtos energéticos e de tecnologia, segundo o Citi. Um dólar fraco também tende a impulsionar a área de hardware e equipamentos tecnológicos. Mas, segundo o Citi, um dólar mais valorizado favorece o setor de softwares e serviços tecnológicos, além de elevar as ações das empresas da área de saúde."O dólar tem algum impacto, mas este não é, absolutamente, o fim do mundo", diz Tobias Levkovich, estrategista-chefe de ações americanas do Citi, que estima que 30% das vendas das empresas constantes do S&P 500 são realizadas fora dos Estados Unidos, 20% das quais na Europa.Ele acrescenta que há vantagens decorrentes da alta do dólar, que poderá resultar "na queda dos preços das commodities, fator que ajudará a economia e o mercado de capitais como um todo".Outras pessoas também se mostram relativamente despreocupadas com os efeitos da alta do dólar."O dólar foi, com certeza, uma vantagem para muitas das nossas empresas, mas, neste momento, não estamos preocupados demais com ele", diz Eric Schenstein, diretor da Jensen Investment Management, com uma carteira US$ 5 bilhões em ativos administrados.Embora a carteira da Jensen, composta principalmente de empresas de alto valor de mercado, tenha mais de 50% dos lucros de suas participantes gerados fora dos EUA, Schenstein diz: "As grandes empresas sabem administrar sua exposição e estão nos mercados emergentes há anos."Ele também observa que a diversificação das exposições das empresas fará com que as discrepâncias entre as moedas asiáticas e as latino-americanas em relação ao dólar possam neutralizar-se mutuamente.Outras grandes empresas americanas da indústria de transformação moldaram suas empresas deliberadamente de forma a restringir o impacto das variações cambiais. Defrontadas com o rápido crescimento nos mercados emergentes, as grandes indústrias multinacionais americanas abriram subsidiárias no mundo inteiro, nos últimos anos, para reduzir o risco representado pelas flutuações cambiais e conquistar apoio político e do mercado consumidor local para os seus produtos.Algumas empresas evitam o risco cambial realizando todos os seus negócios em dólares americanos. A fabricante de aeronaves Boeing, a maior exportadora americana, realiza vendas em âmbito internacional num mercado totalmente denominado em dólar.Mesmo assim, muitos encaram a valorização do dólar como um inquestionável fator negativo para o mercado de ações americano, que até esta altura do ano se manteve melhor do que muitas outras bolsas do mundo.Michael Kastner, diretor da Halyard Asset Management, diz: "O dólar é coisa a ser observada, e [sua alta] deverá ter um impacto, sem dúvida."Com a intensificação dos temores de um desaquecimento do crescimento mundial, os investidores em ações americanas estarão torcendo para que qualquer revés decorrente da valorização do dólar seja mínimo.

Brasil agora é foco da Starbucks,

Brasil agora é foco da Starbucks, afirma CEO Após se focar no mercado asiático, a Starbucks quer expandir sua rede de cafeterias na América Latina, especialmente no Brasil, de acordo com o CEO da empresa Howard Schultz. A Starbucks tem aproximadamente US$ 2 bilhões em caixa para investir de "maneira agressiva e oportunista", disse ontem Schultz, em Madrid."Nos últimos anos, temos nos impulsionado mais em direção à Ásia do que à América Latina" disse o CEO. "Agora estamos voltando atrás e examinando onde estão as oportunidades, especificamente no Brasil. Estamos olhando para isso de muito perto." No Brasil, a rede americana tem 28 lojas, sendo que a última foi aberta este mês em um campus da Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo.Mais de 20% da receita da Starbucks vêm de fora dos Estados Unidos. A rede acelerou a abertura de lojas na China para suprir a demanda da crescente classe média do país. A cafeteria planeja mais do que triplicar seu número de lojas na China continental para 1,5 mil até 2015. O executivo disse que está mais otimista do que nunca em relação à companhia e que o crescimento mais forte vem da China.Schultz afirma estar "cautelosamente otimista" em relação aos negócios na Europa Ocidental e na Espanha, onde as taxas de desemprego permanecem as mais altas na Europa, em 21%. Ele disse que a Starbucks vai abrir "agressivamente" mais lojas na Europa, incluindo a Espanha, "ao longo do tempo".A rede de cafeterias deve crescer através de aquisições, segundo Schultz. "Pela primeira vez na nossa história pode haver potencialmente aquisições como parte do crescimento da empresa."

Em dia de ajuste, dólar comercial sobe e dólar futuro cai - 20/09/2011

SÃO PAULO - O pregão de terça-feira foi de ajuste no preço do dólar no mercado

à vista. A cotação subiu acertando valor com o mercado futuro, que no fim datarde de segunda-feira tinha passado por firme movimento de alta. Por contadisso, o hiato de preços tinha de ser fechado.No fim do dia, o dólar comercial apontava alta de 0,50%, a R$ 1,789 na venda,maior cotação desde 1 de julho de 2010. No intradia, a moeda fez mínima a R$1,768 (-0,67%) e subiu a R$ 1,803 (+1,29%).Da mínima do ano, registrada em 26 de julho, a R$ 1,537, o preço da moedaamericana já subiu 16,40%.Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto subiu 0,70%, para R$1,7965. O volume negociado no dia somou US$ 86,75 milhões, contra US$ 175milhões no pregão anterior.Alinhado ao movimento de câmbio externo do dia, o dólar para outubro tinhabaixa de 0,85%, a R$ 1,7915, antes do ajuste final. Ontem, o contrato subiu3,85%, a R$ 1,807, fechando na máxima do dia.No câmbio externo, o dólar também perdeu valor ante seus principais rivaisconforme a preocupação com a Grécia diminuiu e os agentes adotaram uma posturaum pouco mais otimista enquanto aguardam o resultado da reunião do FederalReserve (Fed), banco central americano. Amanhã será conhecida a decisão docolegiado sobre a adoção ou não de novas medidas de estímulo.O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta demoedas, apontava queda de 0,32%, a 77,10 pontos. Já o euro rondava aestabilidade a US$ 1,367, depois de subir a US$ 1,374.De volta ao câmbio local, os especialistas do HSBC acreditam que essa recenteescalada de alta no preço do dólar estaria próxima do fim.A instituição acredita em uma normalização da taxa de câmbio na linha entre R$1,60 e R$ 1,70, desde que as condições globais permitam. Entre os fatores quedariam suporte a esse movimento estão pontos técnicos, como o próprio preço,bem como a redução do risco de novas intervenções e a continuidade de firmefluxo de investimento externo.Outro ponto destacado pelo HSBC é que o "choque" proveniente da mudança de rumoda política monetária já teria sido absorvido, com o mercado de juros futuroscolocando na conta uma redução de 150 pontos-base no juro básico.Mais um fator que suporta a visão do banco são as commodities, que seguem bemdemandadas, o que representa um ponto se suporte relevante para o preço do real."Nós amenizamos, mas ainda não abandonamos nossa visão otimista com relação aoreal. Acreditamos em taxa de câmbio em R$ 1,65 no fim do ano, contra US$ 1,52na previsão anterior", diz o banco em relatório.Mercado futuroOs dados apresentados hoje pela BM&F reforçam uma percepção surgida ontem nasmesas de operação de que havia um novo comprador atuando no dólar futuro.Não se sabe quem seria o tomador ou quantos seriam, mas de acordo com umespecialista, boa parte da nova demanda teria sido originada por um fundoestrangeiro que está utilizando o mercado de câmbio local para se proteger dapiora de quadro externo.Tal fundo teria vendido papéis europeus e comprado dólar no mercado local, poistrabalha com novas desvalorizações do real no caso de piora de humor externo.Os dados apresentados mostram um aumento de 36.176 novos contratos comprados dedólar na segunda-feira, o que equivale a US$ 1,808 bilhão. Também foi efetuadauma redução de posição vendida de 5.736 contratos, ou US$ 286 milhões.Dessa forma, a posição comprara do estrangeiro em dólar futuro subiu em US$2,095 bilhões no pregão de ontem, para US$ 4,399 bilhões.Se o estrangeiro compra dólar futuro alguém necessariamente tem de vender.Nesse caso, os bancos são a maior contraparte. As instituições financeirasampliaram a posição vendida em dólar futuro em US$ 1,66 bilhão, para US$ 6,031bilhões.Colocando na conta as posições em cupom cambial (DDI - juro em dólar) temos oestrangeiro com posição global ainda vendida em US$ 9,07 bilhões. E os bancosainda comprados, mas em apenas US$ 956 milhões.Isso decorre do fato de os estrangeiros conservarem um estoque vendido em cupomcambial de US$ 13,473 bilhões. Enquanto os bancos possuem US$ 6,987 bilhões emcompras de cupom cambial.

EXPORTAÇÕES DE LATINO-AMERICANOS CAEM 12,5% EM AGOSTO

EXPORTAÇÕES DE LATINO-AMERICANOS CAEM 12,5% EM AGOSTO
As exportações de café arábica lavado (suaves) do grupo de países chamado latino-americanos, envolvendo Colômbia, México, Peru, República Dominicana e nações da América Central, totalizaram 1,5 milhão desacas em agosto, tendo queda de 12,5% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. As informações partem da Associação de Café da Guatemala (Anacafe), segundo noticiaram agências internacionais. As exportações totais do grupo no acumulado da temporada 2010/11, de outubro de 2010 a agosto de 2011, onze primeiros meses da temporada 2010/11, chegam a 24,65 milhões de sacas, com incremento de 12% sobre o mesmo período da temporada anterior. Os cinco países que contam na América Central são Guatemala, Costa Rica,Honduras, El Salvador e Nicarágua. Todos os países do grupo tiveram incrementos nos embarques nos onze meses acumulados da temporada, à exceção da Nicarágua, que no período teve embarques de 1,47 milhão de sacas (queda de 8% sobre o mesmo período da temporada anterior). As exportações da Nicarágua foram afetadas em função da safra prejudicada pelo clima desfavorável. O maior produtor de cafés arábica lavados/suaves, a Colômbia, tem exportações acumuladas de 7,56 milhões de sacas em 2010/11, com aumento de 13% sobre a temporada anterior. Em agosto os embarques foram de 374.000 sacas, com queda de 60% contra o mesmo mês do ano passado. El Salvador e Honduras tiveram aumentos nos embarques no acumulado de outubro de 2010 a agosto de 2011 de 63% e 22%, respectivamente, atingindo 1,61 milhão e 3,84 milhões de sacas. A República Dominicana teve o maior incremento nos embarques na temporada até agosto, de 122%.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE

Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE
Futures US encerraram esta segunda-feira com ganhos. Após uma primeira parte do dia caracterizada por perdas consideráveis, a expectativa era de que o café seguisse a tendência dos mercados externos e acumulasse novas retrações. No entanto, com algumas resistências mais importantes sendo preservadas, o que se viu foi um movimento de recompras, o que permitiu que os ganhos voltassem a aparecer e o encerramento do dia se desse acima do intervalo psicológico de 260,00 centavos para o dezembro.
Operadores destacaram que o fato de não ter conseguido testar o nível de mínima da sessão passada — em 255,10 centavos por libra — abriu espaço para que alguns players invertessem a tendência inicial e passassem para o lado comprador. Esses operadores ainda destacaram que os bearishs (baixistas) já não demonstram um potencial de liquidação tão intenso quanto nos dias anteriores, sendo que próximos de alguns suportes básicos já são verificadas zonas de compra. Tecnicamente, contudo, o café ainda registra um viés baixista.
Fundamentalmente, o mercado continua com poucas novidades e ainda sente a pressão externa, principalmente com a instabilidade de economias da zona do euro e a preocupação dos Estados Unidos com um cenário recessivo.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 165 pontos com 262,05 centavos, sendo a máxima em 264,35 e a mínima em 255,45 centavos por libra, com o março tendo ganho de 180 pontos, com a libra a 265,05 centavos, sendo a máxima em 266,85 e a mínima em 258,45 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição novembro registrou alta de 22 dólares, com 2.131 dólares por tonelada, com o janeiro tendo valorização de 21 dólares, com 2.156 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado por duas metades distintas. Na parte inicial do dia, os vendedores atuaram fortemente e rapidamente buscaram atingir a mínima da sexta-feira, nível que, no entanto, foi preservado. Na segunda metade do dia, os compradores ganharam corpo e o nível de 264,35 centavos chegou a ser batido. Nas máximas, contudo, algumas realizações foram detectadas, o que diminuiu o potencial das altas.
O mercado externo teve um dia negativo, com as bolsas de valores nos Estados Unidos, por exemplo, caindo cerca de 1% ao final do dia, depois de terem experimentado perdas de quase 3% no decorrer dos negócios. O índice CRB caiu fortemente, 1,64%, refletindo o comportamento ruim de mercados como de petróleo e ouro. O dólar se manteve estável em relação a uma cesta de moedas internacionais.
"Os altistas estão surpresos com o movimento que vimos do flat-price, e me parece que podem se decepcionar mais se estiverem olhando apenas para o que acontece no Brasil, pois continuo achando que os diferenciais é que ficarão firmes com os terminais se mantendo dentro de um intervalo de preço mais baixo – caso não haja seca, é claro. A recuperação rápida que vimos na sexta-feira da ICE dá a impressão que podemos ter uma correção positiva. Para tanto o contrato de dezembro tem de se manter acima de 255,00 centavos, caso contrário os fundos podem voltar a vender", indicou Rodrigo Corrêa da Costa, consultor da Archer Consulting.
As exportações de café da Nicarágua em agosto tiveram queda de 35%, indo a 65.826 sacas, indicou o Centro de Trâmites da Nicarágua. A receita com as remessas recuou 15% no mês, com 18,6 milhões de dólares, com a média de 2,17 dólares por libra. Até agora, na safra 2010/2011, o país remeteu 1,47 milhão de sacas ao exterior, 7,5% a mais que no mesmo período do ano anterior.
As exportações de café do Brasil em setembro, até o dia 16, somaram 1.059.486 sacas, contra1.130.103 sacas registradas no mesmo período de agosto, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram alta de 135 sacas, indo para 1.446.408 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.348 lotes, com as opções tendo 4.869 calls e 9.150 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 264,35, 264,50, 264,90-265,00, 265,50, 266,00, 266,50, 267,00, 267,50, 268,00 e 268,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 255,45, 255,10-255,00, 254,50, 254,00, 253,50, 253,00, 252,50, 252,00, 251,50, 251,00, 250,50, 250,10-250,00 e 249,50 centavos por libra

DESVALORIZAÇÃO DO REAL COMPENSANDO PARCIALMENTE -Rodrigo Corrêa da Costa

DESVALORIZAÇÃO DO REAL COMPENSANDO PARCIALMENTE
A semana começou tensa com os preços das ações desmoronando após agências de riscos terem diminuído a nota da dívida de vários bancos franceses, e o preço dos seguros de dívidas soberanas européias ter atingido altas históricas. As incertezas provocaram uma pane nos empréstimos interbancários na Europa com as entidades relutantes em negociar entre si.Os nervos então se acalmaram com notícias de que China e Itália estavam em conversa para que a primeira venha prover liquidez aos títulos da segunda, e tudo ficou “bem” novamente quando os bancos centrais da Inglaterra, Japão, Suíça, Estados Unidos e da zona do euro coordenaram empréstimos para irrigar o setor financeiro até o fim do ano. Ufa!Ao final do curto período de cinco dias as medidas acima ajudaram as bolsas a subir novamente com destaque para a alta do mercado americano (+5.35%) e alemão (+7.39%). O índice do dólar, que estava se fortalecendo como alternativa de proteção, parou de subir e fechou com leve queda de 0.74%. As commodities derreteram, com exceção de algumas ligadas a energia, talvez por não ter encontrado tempo para digerir o otimismo dos outros mercados.O café em Nova Iorque perdeu US$ 12.70 por saca, com queda de US$ 11.40 por saca na BM&F e US$ 3.72 por saca na LIFFE. Os fundos que tinham uma posição de 9 mil lotes comprados provavelmente venderam próximo da metade desta posição, ajudando algumas poucas compras de torradores que esperavam por uma oportunidade.A desvalorização do real brasileiro ajudou, inicialmente, os fazendeiros a não sentir uma retração tão forte do nível de compras no mercado interno local. Mas após a queda da bolsa o ajuste de preço dos exportadores se distanciou bastante das bases de interesse de venda dos produtores, que não cederam à fraqueza do terminal. Com isso mais uma vez os diferenciais de reposição negociaram em campo positivo e a arbitragem estreitou para pouco menos de US$ 2 centavos negativos – ou seja, nada de diferente do previsto e ocorrido nos últimos meses.Nas outras origens o movimento foi fraco, dado a falta de produto, com apenas alguns negócios de safra-nova reportados na Honduras e Costa Rica segundo um grande “dealer”.Enquanto isto os estoques mundiais que poderiam ter sofrido uma forte queda com os embarques menores de Brasil nos últimos meses têm se mantido estáveis. Na Europa ao final de julho aumentaram 138,797 sacas para um total de 13.6 milhões, e nos Estados Unidos em agosto caíram 74,476 sacas para 4,737,341 sacas, o último incluindo os certificados da ICE. Como o pico da entressafra dos suaves está encerrando as chances são pequenas de vermos uma utilização rápida destes cafés. Por sinal, é impressionante ver a aversão de torradores no hemisfério norte para algumas qualidades de lavado mesmo que sejam oferecidos a preços mais atrativos do que cafés naturais finíssimos.Números oficiais divulgados pela CONAB no dia 13 apontaram para uma produção do ano-safra 11/12 de 43.15 milhões de sacas, com uma produtividade média de 21.04 sacas por hectare (20.6 para o arábica e 22.39 para o conillon). Ao mesmo tempo do outro lado do mundo uma consultora famosa dava palestra dizendo que o número é de 49.2 milhões de sacas para o corrente ciclo, e já previu uma produção para 12/13 de 60 milhões de sacas – façam suas apostas!Os altistas estão surpresos com o movimento que vimos do flat-price, e me parece que podem se decepcionar mais se estiverem olhando apenas para o que acontece no Brasil, pois continuo achando que os diferenciais é que ficarão firmes com os terminais se mantendo dentro de um intervalo de preço mais baixo – caso não haja seca, é claro.A recuperação rápida que vimos na sexta-feira da ICE dá a impressão que podemos ter uma correção positiva. Para tanto o contrato de dezembro tem de se manter acima de US$ 255.00 centavos, caso contrário os fundos podem voltar a vender. Para os que têm pouca cobertura de compra aproveitem e coloquem alguma fixação no livro.Uma ótima semana e muito bons negócios para todos, Rodrigo Corrêa da Costa

Indústria citrícola acende sinal vermelho no País

Indústria citrícola acende sinal vermelho no País

19/09/11 - 05:42
São Paulo - A industria citrícola brasileira, que está em um período de estagnação, precisa se reestruturar para não encolher, afirmou ao DCI Christian Lohbauer, presidente da Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus-BR). A causa para o alarme é a queda no consumo mundial de suco de laranja, a falta de investimentos no campo e os altos custos de produção.

"A conclusão é que a industria citrícola do Brasil precisa se reinventar, e se reestruturar para não perder aos poucos o seu tamanho e importância", disse ele.

Já o setor produtivo, que historicamente ocupava as regiões norte e central do Estado de São Paulo, está migrando para a região sul, conhecida por "Castelo", em busca de terras mais baratas, e menor incidência de pragas.

Com um volume de vendas externas estagnado na casa de 1,3 milhão de toneladas de suco de laranja por ano, um consumo em queda e os custos de produção em alta, Lohbauer garante que a industria precisa de uma transformação obrigatória para não agravar ainda mais a situação. "Não acredito que o setor está fadado a desaparecer, mas ele entrou em um período de estagnação que pode ser crônico".

Há dez anos o volume de exportação do setor era de 1,34 milhão de toneladas, neste ano a previsão é atingir a mesma marca. Para o executivo, a melhor saída para o setor é ampliar o consumo do produto, com ações efetivas nos países compradores, melhorando o marketing e os preços. "Precisamos de ajuda, pois fazer o americano e o europeu voltarem a tomar suco é algo complicado. Para essa redução de preços precisamos melhorar os custos e reestruturar a cadeia produtiva. Precisamos reduzir os custos de produção da laranja, do suco e de exportação, e isso é um trabalho que temos que fazer aqui", disse.

Apesar da crescente produção de laranjas no País, que segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deve atingir na safra 2011/2012, 377 milhões de caixas de 40 quilos, 18% superior a colheita anterior que foi de 322 milhões de caixas, a área plantada no maior estado produtor da fruta, São Paulo, segue em queda.

Neste segundo levantamento, á área ocupada com laranja no Estado de São Paulo é de 580 mil hectares, queda de 6,38% se comparado aos 620 mil hectares da safra anterior. Segundo Christian Lohbauer, as principais razões para essa redução é a erradicação de pomares improdutivos, a falta de competitividade da laranja frente a outras culturas, e o baixo rendimento do negócio.

Para ele, a cana-de-açúcar, que no ano passado tomou 25 mil hectares da laranja, não é a razão principal para essa perda, e sim a falta de viabilidade da cultura. "Hoje o produtor está repensando a viabilidade de se plantar laranja. Principalmente aqueles pomares mais antigos, que possuíam árvores mais espaçadas, mais velhas e a produtividade mais baixa. Esses pomares não são rentáveis, e isso é uma realidade", garantiu Lohbauer.

Entretanto, o setor produtivo já encontrou uma saída para minimizar essa perda de competitividade da cultura, que sofre também com a alta incidência de pragas e problemas climáticos. Trata-se de uma migração para a região sul do estado.

A região central do estado que detém a maior parte da produção paulista com 134 milhões de caixas, registrou uma queda de 0,4% no número de árvores produtivas desde 2005 até o ano passado. Na região noroeste a queda foi de 8% e a Norte 16%. Já a região de "Castelo", o incremento nesses cinco anos no número de árvores foi de 89%, passando de 21 milhões em 2005 para pouco mais de 40 milhões no ano passado. "Nessas regiões os preços das terras eram mais baratas, e a incidência de pragas é muito menor, principalmente o greening, que ataca com maior eficácia em regiões menos úmidas", descreveu o diretor da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Gastão Crocco.

Apesar dos benefícios, Flávio Viegas, presidente da Associação Brasileira dos Citricultores (Associtrus), destacou que o alto índice de umidade também atraí outras doenças, como o cancro cítrico. "Existe realmente esse movimento em busca de novas áreas, terras mais baratas, clima um pouco mais favorável, e a fuga de algumas doenças que existem no norte. Entretanto, o sul possui suas próprias pragas", ressaltou.

Outro problema que essa migração pode gerar é o custo da logística, já que a nova região não possui nenhuma industria para o processamento de laranja. Segundo o presidente da CitrusBR, se a produção está se deslocando, as indústrias também precisam seguir esse trajeto. "Essa mudança é necessária para as fabricas, pois senão os custos que ficariam mais baratos na produção, encarecem no transporte. Entretanto, não existe nenhum plano para a criação de fábricas novas, pelo contrário temos plantas fechando como a Citrosuco que fechou uma unidade em 2009", disse.

Crocco, que também possuí uma fazenda de laranja na região central do estado, atestou: "Minha produtividade na unidade da região sul é muito maior que esta".


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