Greg Farrell | Financial Times, de Nova York
A Starbucksacertou neste ano as bases de um acordo de US$ 500 milhões com aKraft Foods para recomprar o direito de distribuição do café moído e torrado elaborado pela rede de cafeterias. Mas a Kraft voltou atrás e exigiu US$ 200 milhões adicionais, segundo os documentos judiciais do acirrado processo.
A reclamação da Starbucks acrescenta novos detalhes às diversas declarações da rede de cafés de que o acordo de distribuição entre as duas empresas - acertado em 1998 e revisado em 2004 - chegou a seu ponto mais crítico.
A tentativa da Starbucks de sair do acordo evidencia a intenção da rede de prosseguir com a expansão de seus negócios de produtos ao varejo. A companhia estaria testando uma nova máquina de café, para concorrer diretamente com a Tassimo, da Kraft, e a Nespresso, da Nestlé. Atualmente, as vendas de café ao varejo da Starbucks distribuído pela Kraft nos Estados Unidos somam US$ 500 milhões.
Em 4 de novembro, a Starbucks anunciou que o acordo de distribuição com a Kraft acabaria em março de 2011. Surpreendida pelo anúncio, a Kraft sustentou que o acordo continua em vigor e que se a Starbucks quiser encerrá-lo deveria pagar prêmio de 35% em relação ao valor total do negócio, ou seja, quase US$ 1,5 bilhão.
A fabricante de chocolate quer um mandato judicial contra a Starbucks. As duas empresas apresentarão peças processuais em três semanas, tendo em vista uma possível audiência judicial em 27 de janeiro. A disputa incluiu até a divulgação de e-mails trocados pelos dois poderosos executivos-chefes, Howard Schultz, da Starbucks, e Irene Rosenfeld, da Kraft.
Na segunda-feira, a Starbucks citou um e-mail de janeiro, enviado por Anthony Vernon, alto executivo da Kraft, a Schultz, em que se desculpava pelo desempenho da Kraft e admitia que a relação estava \"muito rompida\". Em outra troca de e-mails entre Schultz e Rosenfeld, o executivo-chefe da Starbucks reclamava dos problemas na relação entre as empresas.
A Kraft também submeteu a questão a uma comissão de arbitragem, seguindo as regras que regem os acordos de distribuição. Ao ter levado o problema à comissão em vez de tentar um acordo, a Kraft corre o risco de sair de mãos vazias do inevitável divórcio.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Mercados de commodities receberam US$ 60 bi no ano
Assis Moreira | De Genebra | Valor Econômico
O total de investimentos financeiros nos mercados de commodities baterá novo recorde ao alcançar cerca de US$ 360 bilhões esta semana. Dez anos atrás, esse segmento de ativos só representava US$ 10 bilhões sob gestão. Conforme o banco BarclaysCapital, de Londres, o fluxo líquido de investimentos adicionais nos índices de commodities este ano deve fechar próximo dos US$ 60 bilhões. Investidores institucionais dominaram as aplicações em matérias-primas em 2010, diversificando seus ativos.
Para analistas, o \"afrouxamento monetário\" nos países desenvolvidos continuará empurrando mais investidores para ações e matérias-primas, em vez de títulos de dívida, por exemplo. Além disso, a atração se explica pela explosão de preços em 2010 em vários mercados de commodities. Produtos como algodão, paládio, café e trigo tiveram altas históricas, superando inclusive a alta de preço do ouro.
O desempenho das commodities é ainda mais significativo porque ocorre no rastro da pior recessão dos últimos tempos que causou um massacre ao redor do mundo.
Os preços de cobre, estanho, borracha e carne de porco também alcançaram recordes históricos este ano. As cotações de açúcar e prata foram as maiores em 30 anos, enquanto as de café e paládio superaram os picos de 13 e 10 anos respectivamente. O crescimento da demanda de petróleo, principal matéria-prima mundial, foi o mais forte em trinta anos. A importação de carvão deve igualmente bater recorde.
Também a demanda global deve superar os picos históricos no biênio 2010/2011 para a maioria dos produtos agrícolas, de acordo com o Barclays. Somente as importações de milho por parte da China aumentaram 3000% em um ano.
O Rind Index, que monitora metais de base atípicos que não são negociados em bolsa, cresce junto com os preços de commodities em geral, indicando a persistência da forte demanda na Ásia. Sem surpresa, a China representa a maior parte dessa demanda.
No entanto, os investimentos financeiros em commodities estão sob crescente pressão de governos, que veem ampliação anormal da volatilidade dos preços e danos para produtores e consumidores.
Em novembro, a forte queda nos preços de matérias-primas durou pouco, mas serviu para ilustrar essa situação. Somente a cotação do açúcar caiu 20% em dois dias.
Essa volatilidade entra de vez na agenda internacional com a decisao da França de buscar no G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes, uma melhor regulação dos mercados financeiros ligados às commodities.
Paris estima que os derivativos, concebidos como proteção contra grandes flutuações de preços, tornaram-se ativos financeiros como os outros, utilizados para especulação e favorecendo, na prática, as repentinas altas e baixas dos preços agrícolas e de commodities ligadas à energia.
Estudo preliminar da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube dos países ricos, avalia no entanto que no geral a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 50 anos para vários produtos. Ou seja, saltos de preços da maioria das commodities agrícolas nos últimos 50 anos seguiram um ritmo similar - valorização em um ano seguida de forte queda no seguinte.
O total de investimentos financeiros nos mercados de commodities baterá novo recorde ao alcançar cerca de US$ 360 bilhões esta semana. Dez anos atrás, esse segmento de ativos só representava US$ 10 bilhões sob gestão. Conforme o banco BarclaysCapital, de Londres, o fluxo líquido de investimentos adicionais nos índices de commodities este ano deve fechar próximo dos US$ 60 bilhões. Investidores institucionais dominaram as aplicações em matérias-primas em 2010, diversificando seus ativos.
Para analistas, o \"afrouxamento monetário\" nos países desenvolvidos continuará empurrando mais investidores para ações e matérias-primas, em vez de títulos de dívida, por exemplo. Além disso, a atração se explica pela explosão de preços em 2010 em vários mercados de commodities. Produtos como algodão, paládio, café e trigo tiveram altas históricas, superando inclusive a alta de preço do ouro.
O desempenho das commodities é ainda mais significativo porque ocorre no rastro da pior recessão dos últimos tempos que causou um massacre ao redor do mundo.
Os preços de cobre, estanho, borracha e carne de porco também alcançaram recordes históricos este ano. As cotações de açúcar e prata foram as maiores em 30 anos, enquanto as de café e paládio superaram os picos de 13 e 10 anos respectivamente. O crescimento da demanda de petróleo, principal matéria-prima mundial, foi o mais forte em trinta anos. A importação de carvão deve igualmente bater recorde.
Também a demanda global deve superar os picos históricos no biênio 2010/2011 para a maioria dos produtos agrícolas, de acordo com o Barclays. Somente as importações de milho por parte da China aumentaram 3000% em um ano.
O Rind Index, que monitora metais de base atípicos que não são negociados em bolsa, cresce junto com os preços de commodities em geral, indicando a persistência da forte demanda na Ásia. Sem surpresa, a China representa a maior parte dessa demanda.
No entanto, os investimentos financeiros em commodities estão sob crescente pressão de governos, que veem ampliação anormal da volatilidade dos preços e danos para produtores e consumidores.
Em novembro, a forte queda nos preços de matérias-primas durou pouco, mas serviu para ilustrar essa situação. Somente a cotação do açúcar caiu 20% em dois dias.
Essa volatilidade entra de vez na agenda internacional com a decisao da França de buscar no G-20, que reúne as maiores economias desenvolvidas e emergentes, uma melhor regulação dos mercados financeiros ligados às commodities.
Paris estima que os derivativos, concebidos como proteção contra grandes flutuações de preços, tornaram-se ativos financeiros como os outros, utilizados para especulação e favorecendo, na prática, as repentinas altas e baixas dos preços agrícolas e de commodities ligadas à energia.
Estudo preliminar da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), espécie de clube dos países ricos, avalia no entanto que no geral a volatilidade dos preços das matérias-primas não é muito diferente do que aconteceu nos últimos 50 anos para vários produtos. Ou seja, saltos de preços da maioria das commodities agrícolas nos últimos 50 anos seguiram um ritmo similar - valorização em um ano seguida de forte queda no seguinte.
Conab aponta queda de 39% em estoques privados de café do Brasil
Conab aponta queda de 39% em estoques privados de café do Brasil
BRASÍLIA (Reuters) - Os estoques de café privados e públicos do Brasil totalizaram 10,4 milhões de sacas de 60 quilos em 31 de março deste ano, informou nesta terça-feira a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB), anunciando também vendas de um pequeno volume a partir de janeiro.
A CONAB relatou que os estoques privados do maior produtor de café do mundo totalizaram 8,94 milhões de sacas até o final de março, uma queda de 39 por cento ante 14,7 milhões de sacas no mesmo período em 2009.
Estes estoques incluem 8,24 milhões de sacas de arábica e aproximadamente 699 mil sacas de robusta.
O estoques públicos ficaram em 1,5 milhão de sacas até o final de março, mas nenhum dado comparativo com o ano passado foi informado.
O governo aumentou seus estoques de café no ano passado com um programa para comprar até 3 milhões de sacas de produtores em leilões de contratos de opções, com o objetivo de elevar os preços baixos ocasião.
Uma ampla proporção do café que foi entregue contra os contratos foi rejeitada por estar abaixo da qualidade especificada e não foi divulgado um volume total.
O secretário de produção do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, disse nesta terça-feira que o governo pode recomeçar em janeiro a liberar aos poucos quantidades de café produzido no final dos anos 1980, por meio de leilões de estoques públicos.
\"Primeiramente, nós vamos oferecer 50 mil sacas e vender de acordo com as necessidades do mercado\", disse Bertone à Reuters. \"Este é o café que o mercado internacional não está interessado\", disse ele, acrescentando que parte do café foi produzido no final da década de 80.
BRASÍLIA (Reuters) - Os estoques de café privados e públicos do Brasil totalizaram 10,4 milhões de sacas de 60 quilos em 31 de março deste ano, informou nesta terça-feira a COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB), anunciando também vendas de um pequeno volume a partir de janeiro.
A CONAB relatou que os estoques privados do maior produtor de café do mundo totalizaram 8,94 milhões de sacas até o final de março, uma queda de 39 por cento ante 14,7 milhões de sacas no mesmo período em 2009.
Estes estoques incluem 8,24 milhões de sacas de arábica e aproximadamente 699 mil sacas de robusta.
O estoques públicos ficaram em 1,5 milhão de sacas até o final de março, mas nenhum dado comparativo com o ano passado foi informado.
O governo aumentou seus estoques de café no ano passado com um programa para comprar até 3 milhões de sacas de produtores em leilões de contratos de opções, com o objetivo de elevar os preços baixos ocasião.
Uma ampla proporção do café que foi entregue contra os contratos foi rejeitada por estar abaixo da qualidade especificada e não foi divulgado um volume total.
O secretário de produção do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, disse nesta terça-feira que o governo pode recomeçar em janeiro a liberar aos poucos quantidades de café produzido no final dos anos 1980, por meio de leilões de estoques públicos.
\"Primeiramente, nós vamos oferecer 50 mil sacas e vender de acordo com as necessidades do mercado\", disse Bertone à Reuters. \"Este é o café que o mercado internacional não está interessado\", disse ele, acrescentando que parte do café foi produzido no final da década de 80.
Noble já fatura US$ 1 bilhão no Brasil
De São Paulo - Há quatro anos, o grupo asiático Noble Grouptinha seis funcionários no Brasil e uma operação que se limitava basicamente ao negócio de compra e venda de commodities.
Em velocidade asiática, nesses últimos quatro anos a Noble entrou num ciclo de crescimento no país que significou aportes de cerca de US$ 2 bilhões em um vasto portfólio de negócios, extrapolando a originação de matérias-primas agrícolas e minerais, para serviços logísticos, processamento de grãos e café, produção de biocombustíveis e de açúcar.
O brasileiro Ricardo Leiman, que há um ano deixou a diretoria de operações mundiais da empresa para ser o CEO global da Noble, antecipa que a empresa no Brasil deve fechar 2010 com uma receita de US$ 1 bilhão, um crescimento nada desprezível de 66% ante os US$ 600 milhões registrados em 2009. Mundialmente, a companhia, listada na bolsa de Cingapura, fatura US$ 40 bilhões.
A tendência é q ue a fatia brasileira nas receitas grupo cresça. Ele afirma que o Brasil foi o país escolhido pelo grupo como região estratégica em produtos agrícolas. Com terras disponíveis, solo e clima favoráveis, o Brasil tem os patamares de custos de produção adequados às estratégias da empresa. \"Nosso modelo de negócio é controlar a cadeia de suprimento. Para isso, precisamos estar presentes em países de baixo custo de produção e repassar o produtor final a países de alta demanda\", esclarece.
O fato é que hoje, o Brasil, onde a Noble tem 8 mil funcionários, é um celeiro de projetos da empresa. A multinacional colocará em breve em operação uma esmagadora de soja com capacidade para processar 1,3 milhão de toneladas do grão por ano e uma planta de biodiesel no Estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de soja.
Além disso, vai inaugurar, no segundo semestre de 2011, um terminal intermodal de açúcar e grãos em Votuporanga (SP), com capacidade para movimentar 1 milhão de tonel adas. O objetivo, diz Leiman, é usar a infraestrutura para volumes próprios e também prestar serviço a terceiros.
O investimento mais recente da Noble no Brasil foi a aquisição das duas usinas paulistas de açúcar e álcool do grupo Cerradinho, por R$ 1,6 bilhão, há duas semanas. A empresa já tinha duas unidades e, agora, com quatro usinas passará a processar 17,5 milhões de toneladas de cana, o que a posicionará entre os maiores do setor.
Juntas as unidades vão produzir 1,34 milhão de toneladas de açúcar, 600 milhões de litros de etanol e cogerar 750 mil megawatts-hora a partir do bagaço da cana. \"Essa posição já é bem representativa. Nossa estratégia é diversificar, não sermos apenas produtores de açúcar e etanol. Não estamos olhando outras aquisições\", afirma Leiman.
A empresa já está operando um terminal de combustíveis líquidos no porto de Itaqui, no Maranhão, e construindo um terminal graneleiro em Santos. Também tem duas misturadoras de fertilizantes, produt o objeto de troca com produtores rurais por commodities. (FB)
Fonte: Valor Econômico
Em velocidade asiática, nesses últimos quatro anos a Noble entrou num ciclo de crescimento no país que significou aportes de cerca de US$ 2 bilhões em um vasto portfólio de negócios, extrapolando a originação de matérias-primas agrícolas e minerais, para serviços logísticos, processamento de grãos e café, produção de biocombustíveis e de açúcar.
O brasileiro Ricardo Leiman, que há um ano deixou a diretoria de operações mundiais da empresa para ser o CEO global da Noble, antecipa que a empresa no Brasil deve fechar 2010 com uma receita de US$ 1 bilhão, um crescimento nada desprezível de 66% ante os US$ 600 milhões registrados em 2009. Mundialmente, a companhia, listada na bolsa de Cingapura, fatura US$ 40 bilhões.
A tendência é q ue a fatia brasileira nas receitas grupo cresça. Ele afirma que o Brasil foi o país escolhido pelo grupo como região estratégica em produtos agrícolas. Com terras disponíveis, solo e clima favoráveis, o Brasil tem os patamares de custos de produção adequados às estratégias da empresa. \"Nosso modelo de negócio é controlar a cadeia de suprimento. Para isso, precisamos estar presentes em países de baixo custo de produção e repassar o produtor final a países de alta demanda\", esclarece.
O fato é que hoje, o Brasil, onde a Noble tem 8 mil funcionários, é um celeiro de projetos da empresa. A multinacional colocará em breve em operação uma esmagadora de soja com capacidade para processar 1,3 milhão de toneladas do grão por ano e uma planta de biodiesel no Estado de Mato Grosso, maior produtor nacional de soja.
Além disso, vai inaugurar, no segundo semestre de 2011, um terminal intermodal de açúcar e grãos em Votuporanga (SP), com capacidade para movimentar 1 milhão de tonel adas. O objetivo, diz Leiman, é usar a infraestrutura para volumes próprios e também prestar serviço a terceiros.
O investimento mais recente da Noble no Brasil foi a aquisição das duas usinas paulistas de açúcar e álcool do grupo Cerradinho, por R$ 1,6 bilhão, há duas semanas. A empresa já tinha duas unidades e, agora, com quatro usinas passará a processar 17,5 milhões de toneladas de cana, o que a posicionará entre os maiores do setor.
Juntas as unidades vão produzir 1,34 milhão de toneladas de açúcar, 600 milhões de litros de etanol e cogerar 750 mil megawatts-hora a partir do bagaço da cana. \"Essa posição já é bem representativa. Nossa estratégia é diversificar, não sermos apenas produtores de açúcar e etanol. Não estamos olhando outras aquisições\", afirma Leiman.
A empresa já está operando um terminal de combustíveis líquidos no porto de Itaqui, no Maranhão, e construindo um terminal graneleiro em Santos. Também tem duas misturadoras de fertilizantes, produt o objeto de troca com produtores rurais por commodities. (FB)
Fonte: Valor Econômico
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Política agrícola não acompanhou avanços do setor rural, diz Luis Carlos Guedes Pinto
por Luciana Franco | Globo Rural
\"Do ponto de vista tecnológico e de produtividade, a agricultura brasileira é um sucesso absoluto\", afirma Guedes
Em outubro, Luis Carlos Guedes Pinto comemorou 45 de carreira. Formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ele se destacou tanto na carreira acadêmica, tendo atuado como pró-reitor de desenvolvimento universitário da Unicamp, como na área publica, onde ocupou diversos cargos importantes, entre os quais se destacam o de presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o de Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Amplo conhecedor do agronegócio brasileiro, Guedes – que está hoje à frente da carteira agrícola do Banco do Brasil – entende que os mecanismos de apoio à agricultura podem ser modernizados de maneira a reduzir os riscos dos investimentos. A seguir, leia um trecho adicional da entrevista publicada com o executivo na edição de novembro da revista Globo Rural.
Globo Rural – Existe uma chance real de o clima seco prejudicar o desenvolvimento das lavouras durante a safra de verão?
Luis Carlos Guedes Pinto – Em geral o fenômeno “La Nina” atinge o oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, alguma parte do Mato Grosso do Sul, um pouquinho do oeste do Paraná e marginalmente São Paulo. A ultima grande crise na agricultura brasileira aconteceu entre 2004 e 2006. No ano agrícola 2004/2005 houve uma seca muito grande. Eu me lembro, pois eu era presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A nossa expectativa era de colher 132 milhões de toneladas até dezembro de 2004 e foram colhidas 113 milhões, então houve uma queda de 19 milhões de toneladas, que se refletiu em redução da renda dos produtores. Além disso, naquele ano agrícola o agricultor começou a safra com o dólar cotado a 2,65 reais e quando ele foi vender, o dólar estava 2,10 reais. Então ele comprou insumos com o dólar alto e vendeu a produção com o dólar baixo. Além disso, os preços no mercado mundial estavam baixos e houve um grande ataque de ferrugem da soja, o que elevou ainda mais os custos de produção. Então essa conjugação de fatores provocou a uma grande crise, que inclusive levou a essa renegociação que se fala muito. Depois no período 2005/2006, isso se repetiu em menor escala. A seca não foi tão grave e o dólar continuou caindo. Portanto, a gente não pode saber agora o impacto que a seca vai causar.
GR – E as dívidas do setor são muito altas?
Guedes – Frequentemente as pessoas jogam tudo na mesma conta. Mas o fato é que o produtor rural, além dos recursos próprios pra financiar seus custos, vai ao sistema financeiro, às tradings, e às revendedoras. Então ele tem uma parte da dívida com revendedores, outra com tradings, e também uma parte de dívida corrente, como, por exemplo, quando se financia uma colheitadeira em 8 anos. É necessário destrinchar estes valores. No Brasil, a renegociação da dívida não decorreu somente da crise de 2004 que eu mencionei, mas sim de situações que aconteceram na década de 1990, como o Plano Collor e até mesmo o Real. Alguns destes planos corrigiam as dívidas por índices diferentes dos que corrigiam o ativo do produtor e houve também um problema sério do câmbio, quando o real chegou a valer mais que o dólar. Isso afetou diretamente a cafeicultura, por exemplo. Temos crises em diferentes regiões, que somadas à situação que aconteceu entre 2004 e 2006, levou a uma grande renegociação em setembro de 2008, no montante R$ 75 bilhões.
GR – A agricultura brasileira é considerada moderna?
Guedes – Do ponto de vista tecnológico e de produtividade, a agricultura brasileira é um sucesso absoluto. Nos últimos 20 anos, tivemos um aumento de 25% na área cultivada com grãos e aumento de 172% na produção. O Brasil há 20 anos era importador de carne e de leite. Hoje é o maior exportador de carne do mundo, de açúcar, de álcool, de suco de laranja, de fumo, de café, de soja e grande exportador de algodão. A agricultura brasileira é uma das mais modernas do mundo, mas os instrumentos da política agrícola não acompanharam. Olhe só que numero impressionante. No ano que me formei, 1965, eram exportadas 16 milhões de sacas de café, e este produto representava 50% das exportações brasileiras. Hoje a gente exporta o dobro e o café responde por apenas 2% das exportações brasileiras. É um avanço da agricultura e do Brasil e foram dois vetores que possibilitaram este avanço: a tecnologia e o crédito rural.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA GLOBO RURAL
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\"Do ponto de vista tecnológico e de produtividade, a agricultura brasileira é um sucesso absoluto\", afirma Guedes
Em outubro, Luis Carlos Guedes Pinto comemorou 45 de carreira. Formado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), ele se destacou tanto na carreira acadêmica, tendo atuado como pró-reitor de desenvolvimento universitário da Unicamp, como na área publica, onde ocupou diversos cargos importantes, entre os quais se destacam o de presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o de Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Amplo conhecedor do agronegócio brasileiro, Guedes – que está hoje à frente da carteira agrícola do Banco do Brasil – entende que os mecanismos de apoio à agricultura podem ser modernizados de maneira a reduzir os riscos dos investimentos. A seguir, leia um trecho adicional da entrevista publicada com o executivo na edição de novembro da revista Globo Rural.
Globo Rural – Existe uma chance real de o clima seco prejudicar o desenvolvimento das lavouras durante a safra de verão?
Luis Carlos Guedes Pinto – Em geral o fenômeno “La Nina” atinge o oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, alguma parte do Mato Grosso do Sul, um pouquinho do oeste do Paraná e marginalmente São Paulo. A ultima grande crise na agricultura brasileira aconteceu entre 2004 e 2006. No ano agrícola 2004/2005 houve uma seca muito grande. Eu me lembro, pois eu era presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A nossa expectativa era de colher 132 milhões de toneladas até dezembro de 2004 e foram colhidas 113 milhões, então houve uma queda de 19 milhões de toneladas, que se refletiu em redução da renda dos produtores. Além disso, naquele ano agrícola o agricultor começou a safra com o dólar cotado a 2,65 reais e quando ele foi vender, o dólar estava 2,10 reais. Então ele comprou insumos com o dólar alto e vendeu a produção com o dólar baixo. Além disso, os preços no mercado mundial estavam baixos e houve um grande ataque de ferrugem da soja, o que elevou ainda mais os custos de produção. Então essa conjugação de fatores provocou a uma grande crise, que inclusive levou a essa renegociação que se fala muito. Depois no período 2005/2006, isso se repetiu em menor escala. A seca não foi tão grave e o dólar continuou caindo. Portanto, a gente não pode saber agora o impacto que a seca vai causar.
GR – E as dívidas do setor são muito altas?
Guedes – Frequentemente as pessoas jogam tudo na mesma conta. Mas o fato é que o produtor rural, além dos recursos próprios pra financiar seus custos, vai ao sistema financeiro, às tradings, e às revendedoras. Então ele tem uma parte da dívida com revendedores, outra com tradings, e também uma parte de dívida corrente, como, por exemplo, quando se financia uma colheitadeira em 8 anos. É necessário destrinchar estes valores. No Brasil, a renegociação da dívida não decorreu somente da crise de 2004 que eu mencionei, mas sim de situações que aconteceram na década de 1990, como o Plano Collor e até mesmo o Real. Alguns destes planos corrigiam as dívidas por índices diferentes dos que corrigiam o ativo do produtor e houve também um problema sério do câmbio, quando o real chegou a valer mais que o dólar. Isso afetou diretamente a cafeicultura, por exemplo. Temos crises em diferentes regiões, que somadas à situação que aconteceu entre 2004 e 2006, levou a uma grande renegociação em setembro de 2008, no montante R$ 75 bilhões.
GR – A agricultura brasileira é considerada moderna?
Guedes – Do ponto de vista tecnológico e de produtividade, a agricultura brasileira é um sucesso absoluto. Nos últimos 20 anos, tivemos um aumento de 25% na área cultivada com grãos e aumento de 172% na produção. O Brasil há 20 anos era importador de carne e de leite. Hoje é o maior exportador de carne do mundo, de açúcar, de álcool, de suco de laranja, de fumo, de café, de soja e grande exportador de algodão. A agricultura brasileira é uma das mais modernas do mundo, mas os instrumentos da política agrícola não acompanharam. Olhe só que numero impressionante. No ano que me formei, 1965, eram exportadas 16 milhões de sacas de café, e este produto representava 50% das exportações brasileiras. Hoje a gente exporta o dobro e o café responde por apenas 2% das exportações brasileiras. É um avanço da agricultura e do Brasil e foram dois vetores que possibilitaram este avanço: a tecnologia e o crédito rural.
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO DE NOVEMBRO DA REVISTA GLOBO RURAL
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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
PANORAMA SIMILAR INDICA MAIS ALTAS PELA FRENTE
Os índices inflacionários americanos, divulgados durante a semana, mostraram que a indústria não está repassando aos consumidores os preços crescentes dos alimentos e de energia, calando temporariamente os que criticam o banco central americano por estar injetando dinheiro na economia. Já na China, a alta inflação ainda não convenceu o governo a incrementar os juros internos, talvez pelo receio de atrair mais capital ao país, ou por crer que os aumentos recentes do compulsório sejam suficientes para conter o aquecido consumo.
Na quinta-feira o CFTC (órgão regulador dos mercados futuros americanos) postergou a decisão de impor novos limites de posição à fundos e especuladores, dissipando momentaneamente o medo de haver uma forte liquidação por parte destes participantes, e por consequência ajudando as commodities a subir.
Papai Noel chegou mais cedo e entrega preços mais altos aos produtores de commodities, principalmente os que produzem açúcar, algodão, café e milho, produtos que subiram bem nos últimos 5 dias. O ano de 2010 chega ao fim sendo generoso para os investidores em commodities e ações. Ambas as classes de investimento tiveram uma boa performance na maior parte das regiões, com exceção dos índices de ações dos países que não saíram do noticiário negativo, como por exemplo Grécia (-32%), Irlanda (-13%), Espanha (-24%), Itália (-20%) e Portugal (-12%). Olhando para as commodities que compõe a cesta do CRB, apenas o gás natural e o cacau caíram. Os grandes ganhadores do ano (até sexta-feira) foram o algodão com alta de 98.57%, a prata que subiu 73.07%, o café com ganhos de 65.69%, o milho com 43.91%, e o trigo com 39.75%. Nada mal!
Independentemente da forte alta, a maior parte dos analistas de bancos apontam para um 2011 com mais ganhos para as commodities, o que deve atrair mais dinheiro ao setor. Curioso notar, entretanto, que para o café as previsões são de preços mais baixos, com a “desculpa” do superávit da safra corrente. Nós temos uma visão diferente, dado que o superávit não foi/é suficiente para recompor os estoques dos cafés mais finos, entre outros motivos.
Os contratos futuros de café subiram forte na sexta-feira, e fecharam a semana com alta de US$ 20 por saca em Nova Iorque, US$ 17 por saca em São Paulo e US$ 4.68 em Londres. Tudo indica que o contrato “C” caminha para o seu maior fechamento anual desde 1985, nada menos do que 25 anos – note que em 1997 o mercado chegou a negociar a US$ 318.00 cts (1º mês de negociação) e US$ 277.00 cts (2o mês), mas no último dia útil do ano o ajuste foi de US$ 162.45 centavos e US$ 157.75 centavos respectivamente.
As novas altas em 13 anos e meio que vimos nesta semana refletem a firmeza dos preços no mercado físico. Os diferenciais para os cafés suaves firmaram bem, e no Brasil os produtores mantêm a disciplina de apenas vender com o mercado subindo – e mesmo assim não há volumes tão grandes sendo negociados. Com a demanda externa forte, a situação de emergência na Colômbia provocada pelas enchentes, e com uma boa parte da safra atual da América Central já comercializada, os países produtores não têm pressa em vender seus cafés e estão ainda mais confiantes em preços melhores.
Encerramos o ano com um panorama parecido com o que traçamos no nosso último comentário de 2009, quando falávamos da escassez de cafés de qualidade. A grande diferença é que estávamos em um ano-safra de déficit, e agora temos um ano de superávit liderado pela produção recorde no Brasil. O que acontece é que muito embora sobrará algo em torno de 7 milhões de sacas entre produção e consumo mundial, os estoques de cafés lavados pouco incrementarão. Os naturais brasileiros são os que mais contribuem para a reposição dos estoques, mas os grãos mais finos serão disputados acirradamente.
O barateamento do café robusta (LIFFE) contra o arábica (Nova Iorque) pode forçar uma maior utilização do primeiro, para minimizar o impacto no bolso dos consumidores, e segundo os baixistas não permitir que o mercado suba muito mais. Discordamos do argumento, e o que os diferenciais estão nos mostrando é que Nova Iorque pode subir pelo menos outros 30 centavos por libra. A necessidade de compra dos comerciais, e a oferta de café fino comedida, me faz acreditar que o intervalo de negociação do “C” para 2011 pode ficar entre US$ 200.00 e US$ 280.00 centavos por libra – uma loucura. Outro motivo que me deixa altista é crer que os certificados da ICE, que neste ano caíram quase 1.4 milhões de sacas, devem chegar no fim de 2011 próximo de 300 mil sacas, zerando no ano seguinte. Portanto espero uma convergência cada vez maior entre diferenciais e a bolsa, principalmente via a subida do terminal.
Este é o último relatório do ano de 2010. Voltaremos a publicá-lo no final de semana de 22/23 de janeiro de 2011. Aproveitando o período de Festas, gostaria de desejar aos amigos e leitores desse comentário semanal um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações. O sucesso da Archer Consulting jamais teria sido alcançado sem o prestígio que cada um de vocês nos oferece. Em 2010, o acesso ao site cresceu 225%, com 24.286 visitas de 46 países (China e Índia são 2º e 4º respectivamente) e 159 cidades no Brasil (entre elas, estão Ibaiti, Iperó, Juatuba e Pirapora).
Boas Festas e Feliz 2011 para todos vocês !!
Rodrigo Costa*
Os índices inflacionários americanos, divulgados durante a semana, mostraram que a indústria não está repassando aos consumidores os preços crescentes dos alimentos e de energia, calando temporariamente os que criticam o banco central americano por estar injetando dinheiro na economia. Já na China, a alta inflação ainda não convenceu o governo a incrementar os juros internos, talvez pelo receio de atrair mais capital ao país, ou por crer que os aumentos recentes do compulsório sejam suficientes para conter o aquecido consumo.
Na quinta-feira o CFTC (órgão regulador dos mercados futuros americanos) postergou a decisão de impor novos limites de posição à fundos e especuladores, dissipando momentaneamente o medo de haver uma forte liquidação por parte destes participantes, e por consequência ajudando as commodities a subir.
Papai Noel chegou mais cedo e entrega preços mais altos aos produtores de commodities, principalmente os que produzem açúcar, algodão, café e milho, produtos que subiram bem nos últimos 5 dias. O ano de 2010 chega ao fim sendo generoso para os investidores em commodities e ações. Ambas as classes de investimento tiveram uma boa performance na maior parte das regiões, com exceção dos índices de ações dos países que não saíram do noticiário negativo, como por exemplo Grécia (-32%), Irlanda (-13%), Espanha (-24%), Itália (-20%) e Portugal (-12%). Olhando para as commodities que compõe a cesta do CRB, apenas o gás natural e o cacau caíram. Os grandes ganhadores do ano (até sexta-feira) foram o algodão com alta de 98.57%, a prata que subiu 73.07%, o café com ganhos de 65.69%, o milho com 43.91%, e o trigo com 39.75%. Nada mal!
Independentemente da forte alta, a maior parte dos analistas de bancos apontam para um 2011 com mais ganhos para as commodities, o que deve atrair mais dinheiro ao setor. Curioso notar, entretanto, que para o café as previsões são de preços mais baixos, com a “desculpa” do superávit da safra corrente. Nós temos uma visão diferente, dado que o superávit não foi/é suficiente para recompor os estoques dos cafés mais finos, entre outros motivos.
Os contratos futuros de café subiram forte na sexta-feira, e fecharam a semana com alta de US$ 20 por saca em Nova Iorque, US$ 17 por saca em São Paulo e US$ 4.68 em Londres. Tudo indica que o contrato “C” caminha para o seu maior fechamento anual desde 1985, nada menos do que 25 anos – note que em 1997 o mercado chegou a negociar a US$ 318.00 cts (1º mês de negociação) e US$ 277.00 cts (2o mês), mas no último dia útil do ano o ajuste foi de US$ 162.45 centavos e US$ 157.75 centavos respectivamente.
As novas altas em 13 anos e meio que vimos nesta semana refletem a firmeza dos preços no mercado físico. Os diferenciais para os cafés suaves firmaram bem, e no Brasil os produtores mantêm a disciplina de apenas vender com o mercado subindo – e mesmo assim não há volumes tão grandes sendo negociados. Com a demanda externa forte, a situação de emergência na Colômbia provocada pelas enchentes, e com uma boa parte da safra atual da América Central já comercializada, os países produtores não têm pressa em vender seus cafés e estão ainda mais confiantes em preços melhores.
Encerramos o ano com um panorama parecido com o que traçamos no nosso último comentário de 2009, quando falávamos da escassez de cafés de qualidade. A grande diferença é que estávamos em um ano-safra de déficit, e agora temos um ano de superávit liderado pela produção recorde no Brasil. O que acontece é que muito embora sobrará algo em torno de 7 milhões de sacas entre produção e consumo mundial, os estoques de cafés lavados pouco incrementarão. Os naturais brasileiros são os que mais contribuem para a reposição dos estoques, mas os grãos mais finos serão disputados acirradamente.
O barateamento do café robusta (LIFFE) contra o arábica (Nova Iorque) pode forçar uma maior utilização do primeiro, para minimizar o impacto no bolso dos consumidores, e segundo os baixistas não permitir que o mercado suba muito mais. Discordamos do argumento, e o que os diferenciais estão nos mostrando é que Nova Iorque pode subir pelo menos outros 30 centavos por libra. A necessidade de compra dos comerciais, e a oferta de café fino comedida, me faz acreditar que o intervalo de negociação do “C” para 2011 pode ficar entre US$ 200.00 e US$ 280.00 centavos por libra – uma loucura. Outro motivo que me deixa altista é crer que os certificados da ICE, que neste ano caíram quase 1.4 milhões de sacas, devem chegar no fim de 2011 próximo de 300 mil sacas, zerando no ano seguinte. Portanto espero uma convergência cada vez maior entre diferenciais e a bolsa, principalmente via a subida do terminal.
Este é o último relatório do ano de 2010. Voltaremos a publicá-lo no final de semana de 22/23 de janeiro de 2011. Aproveitando o período de Festas, gostaria de desejar aos amigos e leitores desse comentário semanal um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de realizações. O sucesso da Archer Consulting jamais teria sido alcançado sem o prestígio que cada um de vocês nos oferece. Em 2010, o acesso ao site cresceu 225%, com 24.286 visitas de 46 países (China e Índia são 2º e 4º respectivamente) e 159 cidades no Brasil (entre elas, estão Ibaiti, Iperó, Juatuba e Pirapora).
Boas Festas e Feliz 2011 para todos vocês !!
Rodrigo Costa*
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
WSJ: Sara Lee Considering Sale To Brazil's JBS
WSJ: Sara Lee Considering Sale To Brazil's JBS
Sara Lee Corp. (SLE) is weighing a sale to Brazil's JBS SA (JBSAY, JBSS3.BR),
as the consumer-products tries to chart its course after its chief executive
stepped down earlier this year, according to people familiar with the matter.
JBS approached Sara Lee and the talks have been on and off over several
months, these people said. But in recent weeks, Sara Lee has been considering
JBS's offer more seriously, these people added. Sara Lee, which makes such
brands as Jimmy Dean sausages and Hillshire Farm meats, has a market
capitalization of about $10.5 billion.
No final decision has been made, these people cautioned, and Sara Lee may
decide against a sale. Any deal would require a large amount of financing. JBS
has a market capitalization nearly equal to Sara Lee, which could make it
challenging to assemble a full takeover offer.
A sale of the whole company is just one of the options Sara Lee is
considering after its chief executive, Brenda Barnes, stepped down permanently
in August after suffering a stroke. Since then, the company has been searching
for a successor, but it needs to first make a decision about its strategic
options. That has been delaying the chief executive search process, people
familiar with the matter said.
Sara Lee is also considering breaking up its core meats and beverages
businesses and put them up for sale, the people said. The meats business, which
includes the Hillshire Farm and Jimmy Dean brands, could fetch interest from
rivals such as Smithfield Foods Inc. (SFD), according to the people familiar
with the matter.
JBS, the world's largest beef exporter, couldn't be reached for comment. Sara
Lee declined to comment.
Sara Lee Corp. (SLE) is weighing a sale to Brazil's JBS SA (JBSAY, JBSS3.BR),
as the consumer-products tries to chart its course after its chief executive
stepped down earlier this year, according to people familiar with the matter.
JBS approached Sara Lee and the talks have been on and off over several
months, these people said. But in recent weeks, Sara Lee has been considering
JBS's offer more seriously, these people added. Sara Lee, which makes such
brands as Jimmy Dean sausages and Hillshire Farm meats, has a market
capitalization of about $10.5 billion.
No final decision has been made, these people cautioned, and Sara Lee may
decide against a sale. Any deal would require a large amount of financing. JBS
has a market capitalization nearly equal to Sara Lee, which could make it
challenging to assemble a full takeover offer.
A sale of the whole company is just one of the options Sara Lee is
considering after its chief executive, Brenda Barnes, stepped down permanently
in August after suffering a stroke. Since then, the company has been searching
for a successor, but it needs to first make a decision about its strategic
options. That has been delaying the chief executive search process, people
familiar with the matter said.
Sara Lee is also considering breaking up its core meats and beverages
businesses and put them up for sale, the people said. The meats business, which
includes the Hillshire Farm and Jimmy Dean brands, could fetch interest from
rivals such as Smithfield Foods Inc. (SFD), according to the people familiar
with the matter.
JBS, the world's largest beef exporter, couldn't be reached for comment. Sara
Lee declined to comment.
Sincal: Governo Lula faz “pirraça” com o café*
Para dirigente sindical, período de 8 anos foi inoperante para o setor
O presidente executivo do Sincal, Armando Matielli, faz críticas contundentes ao período do governo Lula em relação à cafeicultura. “Vejo como um dos piores da história para o café”, afirma o dirigente, em entrevista exclusiva ao Coffee Break como parte da serie “O presidente e o café”.
Para ele, o setor cafeeiro sofreu um dos piores revezes da década. “No governo Lula houve descaso com o setor cafeeiro. Apesar do empenho das lideranças, elas não foram ouvidas”, aponta Matielli.
Segundo o presidente do Sincal “havia incompatibilidade política por parte do governo, apesar do grande empenho de lideranças, como a do presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, do Conselho Nacional do Café (CNC) e também Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na verdade, o governo Lula trabalhou com pirraça contra a cafeicultura”, lembra Armando Matielli.
E ele diz ainda que “foram oito anos em que a cafeicultura ficou ao léu. Não houve gestão interna e ficamos nas mãos dos compradores internacionais. Enfim, foi um governo inoperante para o café”.
Pontos nevrálgicos
Armando Matielli diz que o Sincal faz um trabalho de estudo do setor, com o objetivo de apontar os “pontos nevrálgicos” da cafeicultura. Ele diz que esses aspectos têm que ser considerados para que o setor passe por uma transformação definitiva e que auxilie na formatação concreta de políticas para o produtor.
Segundo o presidente do Sincal, os pontos são:
1- Melhor planejamento estratégico e gestão,
2 – Mudar a comercialização dos cafés brasileiros da bolsa de valores de Nova York para a bolsa de valores de Chicago. “A bolsa de Nova York não representa o nosso café. Essa bolsa tem como referência o café colombiano, que não é igual ao nosso”, explica. Matielli recomenda que a comercialização passe a ser feita pela bolsa de Chicago, onde “teríamos como vantagem não ficar mais preso a Nova York, que usa o raciocínio que o café brasileiro é inferior, vendendo abaixo do preço”, reclama.
O presidente sindicalista contou que o Sincal já está em negociação com a bolsa de valores de Chicago há um ano e que a BMF está auxiliando, onde seria comercializado o café natural. Ele explicou que não é possível que os cafés brasileiros sejam comercializados em peso na bolsa de São Paulo, por causa dos tributos nacionais que pesam sobre os contratos.
3 - Melhor distribuição das verbas do Funcafé. “Não são todas, mas as cooperativas de crédito e os bancos não têm interesse em passar isso aos produtores por causa dos juros mais baixos. Essas cooperativas estão jogando sujo com os produtores. Temos mudar isso”, disse.
“Todos esses pontos já deveria estar implantados há 15 anos. Assim o produtor não estaria passando por tantas dificuldades”, completou Matielli.
Futuro
Quanto às ações para a cafeicultura nos governos estadual e federal, com o governador Antonio Anastasia e a presidente Dilma Rousseff, Matielli se diz esperançoso. “Estou otimista com a iniciativa do Anastasia na criação do Fundo Estadual do Café, com o apoio dos deputados de nossa região. Eles são capazes de fazer do café o que ele realmente representa, como o grande produto brasileiro e ainda pode representar muito mais”, ponderou.
“Quem vai mudar a política de café será Minas Gerais. Temos que tirar a vantagem de ser o estado maior produtor de café do país”, finalizou o presidente do Sincal, Armando Matielli.
O presidente executivo do Sincal, Armando Matielli, faz críticas contundentes ao período do governo Lula em relação à cafeicultura. “Vejo como um dos piores da história para o café”, afirma o dirigente, em entrevista exclusiva ao Coffee Break como parte da serie “O presidente e o café”.
Para ele, o setor cafeeiro sofreu um dos piores revezes da década. “No governo Lula houve descaso com o setor cafeeiro. Apesar do empenho das lideranças, elas não foram ouvidas”, aponta Matielli.
Segundo o presidente do Sincal “havia incompatibilidade política por parte do governo, apesar do grande empenho de lideranças, como a do presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, do Conselho Nacional do Café (CNC) e também Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Na verdade, o governo Lula trabalhou com pirraça contra a cafeicultura”, lembra Armando Matielli.
E ele diz ainda que “foram oito anos em que a cafeicultura ficou ao léu. Não houve gestão interna e ficamos nas mãos dos compradores internacionais. Enfim, foi um governo inoperante para o café”.
Pontos nevrálgicos
Armando Matielli diz que o Sincal faz um trabalho de estudo do setor, com o objetivo de apontar os “pontos nevrálgicos” da cafeicultura. Ele diz que esses aspectos têm que ser considerados para que o setor passe por uma transformação definitiva e que auxilie na formatação concreta de políticas para o produtor.
Segundo o presidente do Sincal, os pontos são:
1- Melhor planejamento estratégico e gestão,
2 – Mudar a comercialização dos cafés brasileiros da bolsa de valores de Nova York para a bolsa de valores de Chicago. “A bolsa de Nova York não representa o nosso café. Essa bolsa tem como referência o café colombiano, que não é igual ao nosso”, explica. Matielli recomenda que a comercialização passe a ser feita pela bolsa de Chicago, onde “teríamos como vantagem não ficar mais preso a Nova York, que usa o raciocínio que o café brasileiro é inferior, vendendo abaixo do preço”, reclama.
O presidente sindicalista contou que o Sincal já está em negociação com a bolsa de valores de Chicago há um ano e que a BMF está auxiliando, onde seria comercializado o café natural. Ele explicou que não é possível que os cafés brasileiros sejam comercializados em peso na bolsa de São Paulo, por causa dos tributos nacionais que pesam sobre os contratos.
3 - Melhor distribuição das verbas do Funcafé. “Não são todas, mas as cooperativas de crédito e os bancos não têm interesse em passar isso aos produtores por causa dos juros mais baixos. Essas cooperativas estão jogando sujo com os produtores. Temos mudar isso”, disse.
“Todos esses pontos já deveria estar implantados há 15 anos. Assim o produtor não estaria passando por tantas dificuldades”, completou Matielli.
Futuro
Quanto às ações para a cafeicultura nos governos estadual e federal, com o governador Antonio Anastasia e a presidente Dilma Rousseff, Matielli se diz esperançoso. “Estou otimista com a iniciativa do Anastasia na criação do Fundo Estadual do Café, com o apoio dos deputados de nossa região. Eles são capazes de fazer do café o que ele realmente representa, como o grande produto brasileiro e ainda pode representar muito mais”, ponderou.
“Quem vai mudar a política de café será Minas Gerais. Temos que tirar a vantagem de ser o estado maior produtor de café do país”, finalizou o presidente do Sincal, Armando Matielli.
Bolsa ICE Futures US vai proibir entrega de grãos antigos de serem entregues por meio dos contratos futuros negociados em Nova York
Rumores de que seus estoques de café arábica estão muito abaixo da perfeição, a bolsa ICE Futures US afirmou que vai proibir grãos antigos de serem entregues por meio dos contratos futuros negociados em Nova York. É a primeira vez que tal medida é tomada.
Os estoques globais de café diminuíram recentemente, por causa da oferta apertada após dois anos consecutivos de fraca produção em países da América Central e, principalmente, na Colômbia, maior produtor mundial de café arábica suave e lavado. Na ICE, a queda dos estoques certificados foi de 44% neste ano. A decisão da ICE de não aceitar café antigo foi bem recebida por algumas torrefadoras.
Outra medida anunciada na semana passada pela bolsa foi a decisão de incluir o café arábica brasileiro na lista de produtos que podem ser entregues por meio dos futuros, um acordo controverso que vinha sendo negociado há uma década. Tais medidas da ICE têm como objetivo alinhar novamente os futuros de café com a situação de oferta global, melhorando a liquidez. As informações são da Dow Jones.
Os estoques globais de café diminuíram recentemente, por causa da oferta apertada após dois anos consecutivos de fraca produção em países da América Central e, principalmente, na Colômbia, maior produtor mundial de café arábica suave e lavado. Na ICE, a queda dos estoques certificados foi de 44% neste ano. A decisão da ICE de não aceitar café antigo foi bem recebida por algumas torrefadoras.
Outra medida anunciada na semana passada pela bolsa foi a decisão de incluir o café arábica brasileiro na lista de produtos que podem ser entregues por meio dos futuros, um acordo controverso que vinha sendo negociado há uma década. Tais medidas da ICE têm como objetivo alinhar novamente os futuros de café com a situação de oferta global, melhorando a liquidez. As informações são da Dow Jones.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Cepea preço médio do café arábica ficou em R$ 355,51 em novembro
Preço recorde Levantamento do Cepea mostra que o preço médio do café arábica no mercado brasileiro ficou em R$ 355,51 por saca no mês de novembro. O valor representa um aumento de 30,4% em comparação com novembro do ano passado, quando a saca valia R$ 272,55. Segundo o Cepea, esse é o maior valor nominal da saca de toda a série histórica, que teve início em 1996. No mercado internacional, o dia também foi de alta para o café. Segundo a Dow Jones Newswires, o mercado segue preocupado com a disponibilidade de café para atender à demanda internacional, especialmente no que se refere aos grãos de melhor qualidade. Na sexta-feira, os contratos com vencimento em março fecharam o pregão de Nova York a US$ 2,096 por libra-peso, alta de 505 pontos.
Preços do robusta sobem com alta internacional
Os preços do café robusta registraram altas significativas em novembro. O aumento nas cotações internacionais, devido ao atraso na entrada da safra do Vietnã, elevou os preços no Brasil. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$ 187,14/saca de 60 kg em novembro, forte alta de 7,7% em relação à média do mês anterior. Já para o tipo 7/8 bica corrida, a média mensal foi de R$ 178,72/saca, avanço expressivo de 7,8% no mesmo período. Na Bolsa de Londres (Euronext.Liffe), o contrato com vencimento em janeiro fechou a US$ 1.789/tonelada em 30 de novembro, recuo de 7,2% em relação ao dia 1º.
Robusta sobe quase 8% em um mês
Apesar de ainda estarem longe dos patamares máximos da série, as cotações do café robusta tipo 6 são as maiores desde setembro de 2009 - em termos nominais. Em janeiro de 2009, o robusta tipo 6 peneira 13 acima era negociado próximo dos R$ 230,00/sc, mas começou a recuar, chegando a ficar abaixo de R$ 150,00 em novembro/09.
Houve alguma recuperação, mas, em abril de 2010, voltou a oscilar em torno de R$ 155,00, pressionado pela maior oferta do robusta nesta temporada. Segundo a Conab, a produtividade dos cafezais do Espírito Santo avançou cerca de 5% nas últimas duas safras (2010/11 sobre 2008/09). A desvalorização do robusta nacional refletiu também sua baixa competitividade no mercado internacional em função do câmbio, o que levou à diminuição das exportações. Como agravante, o produtor enfrentou ainda o aumento do custo de produção. A melhora nas cotações do robusta deve-se principalmente à alta nos preços internacionais motivada pelas chuvas no Vietnã, o maior produtor dessa variedade. As chuvas em excesso prejudicaram a colheita e devem impactar também a qualidade do grão.
Assim que as precipitações cessaram, contudo, os preços voltaram a cair. Apesar das quedas na Bolsa de Londres, no médio prazo, os preços do robusta podem se manter firmes. O governo vietnamita deve iniciar um programa de estocagem de grãos, estimado em 300 mil toneladas de café (5 mil sacas de 60 kg) por seis meses, segundo notícias veiculadas nas últimas semanas. O objetivo do programa é evitar a queda de preços, visto que dezembro deve ser pico de colheita no país. Se confirmada a ação do governo vietnamita, um número maior de compradores pode recorrer ao café robusta brasileiro.
Robusta sobe quase 8% em um mês
Apesar de ainda estarem longe dos patamares máximos da série, as cotações do café robusta tipo 6 são as maiores desde setembro de 2009 - em termos nominais. Em janeiro de 2009, o robusta tipo 6 peneira 13 acima era negociado próximo dos R$ 230,00/sc, mas começou a recuar, chegando a ficar abaixo de R$ 150,00 em novembro/09.
Houve alguma recuperação, mas, em abril de 2010, voltou a oscilar em torno de R$ 155,00, pressionado pela maior oferta do robusta nesta temporada. Segundo a Conab, a produtividade dos cafezais do Espírito Santo avançou cerca de 5% nas últimas duas safras (2010/11 sobre 2008/09). A desvalorização do robusta nacional refletiu também sua baixa competitividade no mercado internacional em função do câmbio, o que levou à diminuição das exportações. Como agravante, o produtor enfrentou ainda o aumento do custo de produção. A melhora nas cotações do robusta deve-se principalmente à alta nos preços internacionais motivada pelas chuvas no Vietnã, o maior produtor dessa variedade. As chuvas em excesso prejudicaram a colheita e devem impactar também a qualidade do grão.
Assim que as precipitações cessaram, contudo, os preços voltaram a cair. Apesar das quedas na Bolsa de Londres, no médio prazo, os preços do robusta podem se manter firmes. O governo vietnamita deve iniciar um programa de estocagem de grãos, estimado em 300 mil toneladas de café (5 mil sacas de 60 kg) por seis meses, segundo notícias veiculadas nas últimas semanas. O objetivo do programa é evitar a queda de preços, visto que dezembro deve ser pico de colheita no país. Se confirmada a ação do governo vietnamita, um número maior de compradores pode recorrer ao café robusta brasileiro.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Uma luz no fundo do túnel
Uma luz no fundo do túnel
Esta semana vimos uma reportagem no programa globo rural que já sabíamos que vinha acontecendo, onde produtores disputavam às mudas de café a disposição no mercado e já pagavam ágios para poder te-las a tempo de plantar novas áreas de café. Já começavam a responder com novos plantios.
Como venho já há algum tempo escrevendo neste espaço que estamos em uma tendência de alta e esta tendência pode ser duradoura ou passageira, basta apenas os produtores entenderem o que esta acontecendo e medir o tamanho do plantio para novas áreas, pois o excesso de plantio agora sinaliza a uma tendência de baixa amanha.
Para o mercado de café isto soa como musica uma luz no fundo do túnel, e não é um trem na direção contraria, pois sabemos que o produtor fisgado pela isca dos preços já começavam a responder com novos plantios. Os vendidos sabem que o mercado uma hora vai retroceder e devolver as milionárias margens que vem pagando desde que o mercado acelerou a tendência em junho de 2010.
O produtor deve procurar produtividade e talvez aumentar a quantidade de área plantada, mas só os produtores que conseguiram obter lucros enquanto o mercado vinha desfavorável.
Para o novo governo que irá se montar espero de coração, que o café tenha um carinho maior por seus responsáveis pelo setor, uma coisa que estamos jogados ao mercado desde que o ex presidente Collor acabou com antigo IBC, e o acordo internacional acabou, sem orientação o produtor chuta para onde o nariz aponta e na maioria das vezes chuta fora do gol e o contra ataque é simplesmente mortal.
A tendência de alta ainda não muda , pois o cenário também não mudou, consumo em alta, estoque em baixa, portanto este plantio ainda simplesmente reflete o que poderá vir no próximo momento do mercado.
A força que esta tendência tomou em junho deste ano foi por motivos climáticos, que ajudaram a um produtor moribundo e descapitalizado, se não fosse por estes fatores, o produtor irá continuar a ser explorado por um mercado que registra 95% do faturamento, e para o coitado 5%.
Enquanto os responsáveis pela classe produtora não entenderem que têm negociar com a indústria de igual valor, pois não existe indústria sem produto, com certeza vão ficar em suas propriedades a ouvir os pássaros a cantar quero-quero, quero-quero, quero-quero, e como se diz na roça, quer..., vai querendo..., Põe a mão no chão, e sai correndo.
Não vamos conquistar nada desta forma, o governo do Estado de Mias Gerais , hoje representado por seu governador , Anastásia, e o novo ministério da presidente Dilma ,deve fazer uma pesquisa de viabilidade de plantio e a quantidade que devera ser plantado, quais são as áreas que trarão maior retorno ,em sua ultima crise no final da década de 80 e começo da de 90 o mercado virou a tendência de baixa depois de ser pego por uma geada no ano de 1.994, com estoques baixos vimos mercado batendo em topos históricos, o que trouxe o plantio de forma desenfreada,e fez com que em 2.002 tivéssemos o fundo histórico, portanto temos dados o suficiente para que não cairmos no mesmo erro.O produtor precisa e tem o direito de ser melhor orientado e representado.
O mercado começa a tomar ares de fim de ano onde normalmente faz uma parada para recomeçar no próximo ano, o gráfico em consolidação acima de 2,00 dólares por libra peso mostra força e que devera nos dar novos topos. Esta consolidação já comentada neste espaço entre 198,4 e 212,00 deverá mudar quando romper um dos dois lados, onde o rompimento abaixo de 198 reflete 170,00, o que particularmente não acredito que possa acontecer e o rompimento acima de 212,00 joga para um alvo entre 223,00 a 230,00 dólares por libra peso,
Vamos esperar para ver o que o futuro nos espera.
Uma boa semana a todos, bons negócios e que Deus nos abençoe
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
Esta semana vimos uma reportagem no programa globo rural que já sabíamos que vinha acontecendo, onde produtores disputavam às mudas de café a disposição no mercado e já pagavam ágios para poder te-las a tempo de plantar novas áreas de café. Já começavam a responder com novos plantios.
Como venho já há algum tempo escrevendo neste espaço que estamos em uma tendência de alta e esta tendência pode ser duradoura ou passageira, basta apenas os produtores entenderem o que esta acontecendo e medir o tamanho do plantio para novas áreas, pois o excesso de plantio agora sinaliza a uma tendência de baixa amanha.
Para o mercado de café isto soa como musica uma luz no fundo do túnel, e não é um trem na direção contraria, pois sabemos que o produtor fisgado pela isca dos preços já começavam a responder com novos plantios. Os vendidos sabem que o mercado uma hora vai retroceder e devolver as milionárias margens que vem pagando desde que o mercado acelerou a tendência em junho de 2010.
O produtor deve procurar produtividade e talvez aumentar a quantidade de área plantada, mas só os produtores que conseguiram obter lucros enquanto o mercado vinha desfavorável.
Para o novo governo que irá se montar espero de coração, que o café tenha um carinho maior por seus responsáveis pelo setor, uma coisa que estamos jogados ao mercado desde que o ex presidente Collor acabou com antigo IBC, e o acordo internacional acabou, sem orientação o produtor chuta para onde o nariz aponta e na maioria das vezes chuta fora do gol e o contra ataque é simplesmente mortal.
A tendência de alta ainda não muda , pois o cenário também não mudou, consumo em alta, estoque em baixa, portanto este plantio ainda simplesmente reflete o que poderá vir no próximo momento do mercado.
A força que esta tendência tomou em junho deste ano foi por motivos climáticos, que ajudaram a um produtor moribundo e descapitalizado, se não fosse por estes fatores, o produtor irá continuar a ser explorado por um mercado que registra 95% do faturamento, e para o coitado 5%.
Enquanto os responsáveis pela classe produtora não entenderem que têm negociar com a indústria de igual valor, pois não existe indústria sem produto, com certeza vão ficar em suas propriedades a ouvir os pássaros a cantar quero-quero, quero-quero, quero-quero, e como se diz na roça, quer..., vai querendo..., Põe a mão no chão, e sai correndo.
Não vamos conquistar nada desta forma, o governo do Estado de Mias Gerais , hoje representado por seu governador , Anastásia, e o novo ministério da presidente Dilma ,deve fazer uma pesquisa de viabilidade de plantio e a quantidade que devera ser plantado, quais são as áreas que trarão maior retorno ,em sua ultima crise no final da década de 80 e começo da de 90 o mercado virou a tendência de baixa depois de ser pego por uma geada no ano de 1.994, com estoques baixos vimos mercado batendo em topos históricos, o que trouxe o plantio de forma desenfreada,e fez com que em 2.002 tivéssemos o fundo histórico, portanto temos dados o suficiente para que não cairmos no mesmo erro.O produtor precisa e tem o direito de ser melhor orientado e representado.
O mercado começa a tomar ares de fim de ano onde normalmente faz uma parada para recomeçar no próximo ano, o gráfico em consolidação acima de 2,00 dólares por libra peso mostra força e que devera nos dar novos topos. Esta consolidação já comentada neste espaço entre 198,4 e 212,00 deverá mudar quando romper um dos dois lados, onde o rompimento abaixo de 198 reflete 170,00, o que particularmente não acredito que possa acontecer e o rompimento acima de 212,00 joga para um alvo entre 223,00 a 230,00 dólares por libra peso,
Vamos esperar para ver o que o futuro nos espera.
Uma boa semana a todos, bons negócios e que Deus nos abençoe
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspot.com
sábado, 11 de dezembro de 2010
Diferential Market international
Diferential Market international
Colombians, UGQ, sold FOB, for Dec./Jan. shipment at 30¢ over Mar. “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 40¢ to 41¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 6¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 21¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 25¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Dec./Jan. shipment from 35¢ to 33¢ under Mar. “C,” depending on description.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Jan./Feb. crossing from 15¢ over Mar. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 12¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 17¢ to 18¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, for Dec. through Mar. equal shipment from $14 over the relevant months “C.”
Extra prime Guatemalas, were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $16 to $17 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $22 to $25 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $30 to $31 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $25 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $35 to $37 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Jan./Feb. shipment from $11 over Mar. “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $15 to $16 over per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $22 over, per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Jan. through Apr. equal shipment were offered FOB from $17 to $18 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $8 to $9 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $11 to $13 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $15 over Mar. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $14 over Mar. “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Dec. shipment from 16¢ over Jan. London.
Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 14¢ over Jan. London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Dec. shipment from 8¢ to 9¢ over Jan. London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Dec. shipment from 9¢ over Jan. London.
Colombians, UGQ, sold FOB, for Dec./Jan. shipment at 30¢ over Mar. “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 40¢ to 41¢ over the relevant months “C.”
Semi washed Brazils, 2/3s, 15/16 were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 6¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 21¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Dec. through May equal shipment from 25¢ under the relevant months “C.”
Santos 4s were offered FOB for Dec./Jan. shipment from 35¢ to 33¢ under Mar. “C,” depending on description.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Jan./Feb. crossing from 15¢ over Mar. “C.”
Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 12¢ over the relevant months “C.”
High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Jan./Feb./Mar. equal shipment from 17¢ to 18¢ over the relevant months “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, for Dec. through Mar. equal shipment from $14 over the relevant months “C.”
Extra prime Guatemalas, were offered FOB for Dec./Jan./Feb. equal shipment from $16 to $17 over Mar. “C.”
Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $22 to $25 over, per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $30 to $31 over the relevant months “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $25 over per 46 kilos, the relevant months “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan./Feb./Mar. equal shipment from $35 to $37 over the relevant months “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Jan./Feb. shipment from $11 over Mar. “C.” High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $15 to $16 over per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Jan./Feb. shipment from $22 over, per 46 kilos, Mar. “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Jan. through Apr. equal shipment were offered FOB from $17 to $18 over the relevant months “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $8 to $9 over the relevant months “C.”
Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Jan. through Apr. equal shipment from $11 to $13 over the relevant months “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $15 over Mar. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Dec./Jan. shipment, per 46 kilos, from $14 over Mar. “C.”
Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Dec. shipment from 16¢ over Jan. London.
Ivory Coast robustas, grade 2, were offered exdock for prompt shipment from 14¢ over Jan. London.
Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Dec. shipment from 8¢ to 9¢ over Jan. London.
Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Dec. shipment from 9¢ over Jan. London.
Venda de café da safra 2010/2011 atinge 69%
A comercialização da safra de café do Brasil 2010/2011 (julho/junho) fechou o mês de novembro em 69%. O dado faz parte de um levantamento da consultoria Safras & Mercado. Em outubro, o balanço alcançou 61%. Com o resultado, já foram comercializadas pelos produtores brasileiros 37,85 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção da consultoria, de uma colheita de 54,6 milhões de sacas.
As vendas estão adiantadas se comparadas ao mesmo período do ano passado, quando 66% da então safra 2009/2010 estava negociada. Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, o produtor brasileiro segue dosando a comercialização, buscando aproveitar os “repiques” de mercado. \"O cafeicultor vem fazendo isso sem provocar alvoroço, o que dá consistência ao fluxo e ajuda a manter a firmeza do mercado. O exportador segue cauteloso, em virtude do risco de liquidez nas montagens de hedge (instrumento que visa proteger operações financeiras), por conta da volatilidade externa\", comenta Barabach.
Exportações
As exportações brasileiras de café em novembro alcançaram um receita de U$ 615.584 milhões, registrando um crescimento de 57,8% em relação a igual período do ano passado. O volume comercializado foi de 3.150 milhões de sacas, o que representou um incremento de 21,6% em comparação com novembro de 2009.
De acordo com o levantamento do Conselho Brasileiro dos Exportadores de Café (Cecafé), os resultados das exportações brasileiras de café nos últimos 12 meses superaram os US$ 5,354 bilhões, com um volume de 32.120 milhões de sacas, acima das expectativas dos exportadores. \"Os embarques do ano calendário de 2010 devem se aproximar dos 33 milhões de sacas\", afirma Guilherme Braga, diretor geral do Cecafé.
As exportações brasileiras de café no acumulado dos onze primeiros meses de 2010 totalizaram 29.570 milhões de sacas de 60 quilos, aumento de 6% no comparativo com janeiro a novembro de 2009, quando os embarques foram de 27.789 milhões de sacas. A receita nos onze primeiros meses do ano foi de US$ 4.961 bilhões, alta de 28% sobre o mesmo período de 2009.
Os embarques do Brasil nos cinco primeiros meses (julho a novembro) da temporada 2010/2011 chegam a 15,193 milhões de sacas, com incremento de 18% na comparação com igual período da temporada 2009/2010, quando as exportações foram de 12,848 milhões de sacas. Já a receita total com os embarques de julho a novembro foi de US$ 2,725 bilhões, avanço de 46% frente a igual período de 2009/2010
As vendas estão adiantadas se comparadas ao mesmo período do ano passado, quando 66% da então safra 2009/2010 estava negociada. Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Barabach, o produtor brasileiro segue dosando a comercialização, buscando aproveitar os “repiques” de mercado. \"O cafeicultor vem fazendo isso sem provocar alvoroço, o que dá consistência ao fluxo e ajuda a manter a firmeza do mercado. O exportador segue cauteloso, em virtude do risco de liquidez nas montagens de hedge (instrumento que visa proteger operações financeiras), por conta da volatilidade externa\", comenta Barabach.
Exportações
As exportações brasileiras de café em novembro alcançaram um receita de U$ 615.584 milhões, registrando um crescimento de 57,8% em relação a igual período do ano passado. O volume comercializado foi de 3.150 milhões de sacas, o que representou um incremento de 21,6% em comparação com novembro de 2009.
De acordo com o levantamento do Conselho Brasileiro dos Exportadores de Café (Cecafé), os resultados das exportações brasileiras de café nos últimos 12 meses superaram os US$ 5,354 bilhões, com um volume de 32.120 milhões de sacas, acima das expectativas dos exportadores. \"Os embarques do ano calendário de 2010 devem se aproximar dos 33 milhões de sacas\", afirma Guilherme Braga, diretor geral do Cecafé.
As exportações brasileiras de café no acumulado dos onze primeiros meses de 2010 totalizaram 29.570 milhões de sacas de 60 quilos, aumento de 6% no comparativo com janeiro a novembro de 2009, quando os embarques foram de 27.789 milhões de sacas. A receita nos onze primeiros meses do ano foi de US$ 4.961 bilhões, alta de 28% sobre o mesmo período de 2009.
Os embarques do Brasil nos cinco primeiros meses (julho a novembro) da temporada 2010/2011 chegam a 15,193 milhões de sacas, com incremento de 18% na comparação com igual período da temporada 2009/2010, quando as exportações foram de 12,848 milhões de sacas. Já a receita total com os embarques de julho a novembro foi de US$ 2,725 bilhões, avanço de 46% frente a igual período de 2009/2010
A pior praga do café é o livre mercado
Foi realizada na semana passada a edição 75 do Congresso Nacional Cafeeiro, máxima instância da Federacafe (Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia), instituição que aglutina os produtores do país. Segundo muitos participantes e analistas econômicos, a reunião significou um "sopro amargo" para mais de meio milhão de famílias que têm como principal fonte de receitas a venda do café.
Várias são as razões para que essas famílias produtoras estejam preocupadas. Primeiramente pelo problema do clima. O fortíssimo verão registrado no ano passado e no começo deste, seguido por uma temporada de chuvas inclemente, que afetou gravemente as zonas produtoras. A conseqüência mais grave é o crescimento vertiginoso das pragas e doenças: a broca e a ferrugem, especialmente esta última, que ataca as folhas e debilita sobremaneira as plantas, diminuindo sua capacidade produtiva.
Em Huila, por exemplo, estima-se que 80% das lavouras são susceptíveis a essa enfermidade. Porém, talvez a principal preocupação é a tendência à baixa produção. No ano passado o país teve uma diminuição de mais de 3 milhões de sacas, fechando em um volume de 7,8 milhões de saca. Para responder a seus críticos, o diretor executivo da Federacafe, Luis Genaro Muñoz, anunciou em abril que essa era uma situação transitória, já que neste ano a produção bateria em 11 milhões de sacas. A realidade é que em outubro a produção somava 6,9 milhões de sacas, sendo que, no melhor dos casos, o volume final deverá ser pouco melhor que o de 2009.
São muitas as explicações (justificáveis?) que são dadas para a dramática diminuição da produção: o verão, o inverno, o envelhecimento dos cafezais, a falta de fertilização das lavouras, a falta de controle das pragas, a não adesão de alguns produtores ao programa de renovação com variedades resistentes. A verdade é que a aplicação de uma política de liberdade absoluta de mercado para a comercialização do grão, abandonando a intervenção reguladora do Fundo Nacional do Café, como ocorria no passado — hoje a Federação paga o pior preço do mercado — conduziu ao desmantelamento progressivo da área dedicada à produção do café.
Com os pequenos e médios produtores submetidos ao comportamento selvagem do mercado, com seus preços de venda atacados pelos compradores internos e externos, se chegou a uma situação de extrema pauperização das famílias camponesas e, com seu empobrecimento, o subseqüente abandono dos cultivos. Esses não podem ser atendidos de maneira adequada, com as necessárias fertilizações e com os controles de pragas, para não se falar das indispensáveis renovações dos cafezais envelhecidos. Além disso, uma lavoura débil não pode enfrentar as mudanças climáticas.
Para terminar de agravar o panorama, a Associação dos Exportadores de Café da Colômbia — dirigida pelo tristemente célebre Jorge Enrique Botero, ex-ministro do Comércio do governo Alvaro Uribe, negociador do Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos —, entidade que defende os interesses comerciais dos monopólios internacionais, está exigindo que a Federacafe saia totalmente da atividade comercializadora, entregando a eles a exclusividade a esse clube de privilegiados. Não surpreende a tímida e malemolente resposta do ministro da Agricultura, Juan Camilo Restrepo, à pretensão da entidade exportador. Definitivamente, a pior praga do café é o livre mercado.
Várias são as razões para que essas famílias produtoras estejam preocupadas. Primeiramente pelo problema do clima. O fortíssimo verão registrado no ano passado e no começo deste, seguido por uma temporada de chuvas inclemente, que afetou gravemente as zonas produtoras. A conseqüência mais grave é o crescimento vertiginoso das pragas e doenças: a broca e a ferrugem, especialmente esta última, que ataca as folhas e debilita sobremaneira as plantas, diminuindo sua capacidade produtiva.
Em Huila, por exemplo, estima-se que 80% das lavouras são susceptíveis a essa enfermidade. Porém, talvez a principal preocupação é a tendência à baixa produção. No ano passado o país teve uma diminuição de mais de 3 milhões de sacas, fechando em um volume de 7,8 milhões de saca. Para responder a seus críticos, o diretor executivo da Federacafe, Luis Genaro Muñoz, anunciou em abril que essa era uma situação transitória, já que neste ano a produção bateria em 11 milhões de sacas. A realidade é que em outubro a produção somava 6,9 milhões de sacas, sendo que, no melhor dos casos, o volume final deverá ser pouco melhor que o de 2009.
São muitas as explicações (justificáveis?) que são dadas para a dramática diminuição da produção: o verão, o inverno, o envelhecimento dos cafezais, a falta de fertilização das lavouras, a falta de controle das pragas, a não adesão de alguns produtores ao programa de renovação com variedades resistentes. A verdade é que a aplicação de uma política de liberdade absoluta de mercado para a comercialização do grão, abandonando a intervenção reguladora do Fundo Nacional do Café, como ocorria no passado — hoje a Federação paga o pior preço do mercado — conduziu ao desmantelamento progressivo da área dedicada à produção do café.
Com os pequenos e médios produtores submetidos ao comportamento selvagem do mercado, com seus preços de venda atacados pelos compradores internos e externos, se chegou a uma situação de extrema pauperização das famílias camponesas e, com seu empobrecimento, o subseqüente abandono dos cultivos. Esses não podem ser atendidos de maneira adequada, com as necessárias fertilizações e com os controles de pragas, para não se falar das indispensáveis renovações dos cafezais envelhecidos. Além disso, uma lavoura débil não pode enfrentar as mudanças climáticas.
Para terminar de agravar o panorama, a Associação dos Exportadores de Café da Colômbia — dirigida pelo tristemente célebre Jorge Enrique Botero, ex-ministro do Comércio do governo Alvaro Uribe, negociador do Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos —, entidade que defende os interesses comerciais dos monopólios internacionais, está exigindo que a Federacafe saia totalmente da atividade comercializadora, entregando a eles a exclusividade a esse clube de privilegiados. Não surpreende a tímida e malemolente resposta do ministro da Agricultura, Juan Camilo Restrepo, à pretensão da entidade exportador. Definitivamente, a pior praga do café é o livre mercado.
Fispal café 2011
Fispal
O setor cafeeiro tem se tornado cada vez mais promissor no Brasil, com crescimento médio de 15 a 20% ao ano. E para promover este mercado, a BTS vai realizar de 06 a 09 de junho 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo, a Fispal café, Feira de Negócios para o setor Cafeeiro, que espera reunir mais de 15 mil visitantes e 60 marcas expositoras.
O setor de café já tem tradição de participação na Fispal Food Service, maior feira de alimentação fora do lar da América Latina, que acontece no mesmo período. Agora, a BTS lança a Fispal café, trazendo toda a força de 26 anos da marca Fispal para um evento especialmente voltado para o segmento.
A Fispal café vai promover uma ótima oportunidade para produtores, torrefadores, exportadores, distribuidores, profissionais do food service, baristas e donos de cafeterias conhec erem as tendências do mercado e fazerem ótimos negócios.
A Fispal café fará parte da Semana Internacional da Alimentação e Hospitalidade que reúne a Fispal Food Service, a Fispal Hotel e a TecnoSorvetes, realizadas no Expo Center Norte, e a Fispal Tecnologia, que acontece no mesmo período, mas no Pavilhão do Anhembi.
O setor cafeeiro tem se tornado cada vez mais promissor no Brasil, com crescimento médio de 15 a 20% ao ano. E para promover este mercado, a BTS vai realizar de 06 a 09 de junho 2011, no Expo Center Norte, em São Paulo, a Fispal café, Feira de Negócios para o setor Cafeeiro, que espera reunir mais de 15 mil visitantes e 60 marcas expositoras.
O setor de café já tem tradição de participação na Fispal Food Service, maior feira de alimentação fora do lar da América Latina, que acontece no mesmo período. Agora, a BTS lança a Fispal café, trazendo toda a força de 26 anos da marca Fispal para um evento especialmente voltado para o segmento.
A Fispal café vai promover uma ótima oportunidade para produtores, torrefadores, exportadores, distribuidores, profissionais do food service, baristas e donos de cafeterias conhec erem as tendências do mercado e fazerem ótimos negócios.
A Fispal café fará parte da Semana Internacional da Alimentação e Hospitalidade que reúne a Fispal Food Service, a Fispal Hotel e a TecnoSorvetes, realizadas no Expo Center Norte, e a Fispal Tecnologia, que acontece no mesmo período, mas no Pavilhão do Anhembi.
ALMG discute melhorias nas políticas estaduais para café e leite
As políticas estaduais para o cultivo do café e a produção de leite no Estado serão temas de duas audiências públicas que a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas realiza na próxima segunda-feira (13/12/10).
Os requerimentos para as reuniões são dos deputados Antônio Carlos Arantes (PSC), presidente da comissão, Dilzon Melo (PTB), Carlos Gomes (PT) e Duarte Bechir (PMN). O encontro para discutir a política cafeeira no Estado acontece às 10 horas, no Auditório.
A reunião sobre a questão leiteira será às 14 horas, no mesmo espaço. De acordo com informações da assessoria do deputado Arantes, as reuniões foram idealizadas para que os representantes dos segmentos possam buscar alternativas para as dificuldades vividas pelos produtores mineiros.
Segundo ela, o produtor rural está desprotegido e cada vez ma is descapitalizado, pois os ganhos não têm sido suficiente para cobrir os custos de produção. Uma das sugestões que podem ser apresentadas diz respeito à criação de alguma forma de subsídio estadual aos produtores de leite e café, considerados pelo próprio governador Antônio Anastasia como bens culturais de Minas.
Os deputados esperam mobilizar associações e cooperativas ligadas aos setores leiteiro e cafeeiro para sensibilizar o Governo do Estado a implementar iniciativas que melhorem as condições de vida dos produtores.
Convidados -
Para a primeira audiência, sobre o café, foram convidados o deputado federal Carlos Melles; a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; os secretários de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, e de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso; o presidente da Fetaemb, Vilson Luiz da Silva; o presidente da F aemg, Roberto Simões; o presidente da Comissão Nacional do café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Breno Pereira de Mesquita; o presidente da Emater, Antônio Lima Bandeira; o presidente do Conselho Nacional do café, Gilson José Ximenez; o diretor da Área de Negócios com o Setor Privado do BDMG, Fernando Lage; e o presidente da Associação Brasileira de cafés Especiais, Túlio Henrique Rennó Junqueira. J
á a reunião das 14 horas, sobre a questão leiteira, terá como convidados o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela; o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues; o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal; o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso; o presidente da Faemg, Roberto Simões; o presidente da Emater, Antônio Lima Bandeira; o diretor do Departamento de Agronegócios do BDMG, Fernando Lage; o chefe do Centro de Pesquisa do Instituto de Laticínio Cândido Tostes, da Epamig, Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior; e o gerente executivo do Polo de Excelência do Leite e Derivados, Geraldo Alvim Dusi.
Os requerimentos para as reuniões são dos deputados Antônio Carlos Arantes (PSC), presidente da comissão, Dilzon Melo (PTB), Carlos Gomes (PT) e Duarte Bechir (PMN). O encontro para discutir a política cafeeira no Estado acontece às 10 horas, no Auditório.
A reunião sobre a questão leiteira será às 14 horas, no mesmo espaço. De acordo com informações da assessoria do deputado Arantes, as reuniões foram idealizadas para que os representantes dos segmentos possam buscar alternativas para as dificuldades vividas pelos produtores mineiros.
Segundo ela, o produtor rural está desprotegido e cada vez ma is descapitalizado, pois os ganhos não têm sido suficiente para cobrir os custos de produção. Uma das sugestões que podem ser apresentadas diz respeito à criação de alguma forma de subsídio estadual aos produtores de leite e café, considerados pelo próprio governador Antônio Anastasia como bens culturais de Minas.
Os deputados esperam mobilizar associações e cooperativas ligadas aos setores leiteiro e cafeeiro para sensibilizar o Governo do Estado a implementar iniciativas que melhorem as condições de vida dos produtores.
Convidados -
Para a primeira audiência, sobre o café, foram convidados o deputado federal Carlos Melles; a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; os secretários de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues, e de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso; o presidente da Fetaemb, Vilson Luiz da Silva; o presidente da F aemg, Roberto Simões; o presidente da Comissão Nacional do café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Breno Pereira de Mesquita; o presidente da Emater, Antônio Lima Bandeira; o presidente do Conselho Nacional do café, Gilson José Ximenez; o diretor da Área de Negócios com o Setor Privado do BDMG, Fernando Lage; e o presidente da Associação Brasileira de cafés Especiais, Túlio Henrique Rennó Junqueira. J
á a reunião das 14 horas, sobre a questão leiteira, terá como convidados o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela; o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues; o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alberto Duque Portugal; o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Sérgio Barroso; o presidente da Faemg, Roberto Simões; o presidente da Emater, Antônio Lima Bandeira; o diretor do Departamento de Agronegócios do BDMG, Fernando Lage; o chefe do Centro de Pesquisa do Instituto de Laticínio Cândido Tostes, da Epamig, Luiz Carlos Gonçalves Costa Júnior; e o gerente executivo do Polo de Excelência do Leite e Derivados, Geraldo Alvim Dusi.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Sara Lee faz cortes e fecha fábrica da Damasco no PR
Sara Lee faz cortes e fecha fábrica da Damasco no PR
Menos de dez dias depois de fechar a compra da paranaense Café Damasco, a
americana Sara Lee anunciou o fechamento da fábrica da empresa em Curitiba e a
demissão da maior parte dos funcionários. A unidade está fora de operação
desde a última sexta-feira e apenas as pessoas que cuidam do processo de
demissão trabalham atualmente.
"Foi vendida apenas a marca. A fábrica ficou com os antigos donos", diz Antonio
Sérgio Farias, presidente do Sindibebidas, Sindicato dos trabalhadores em
Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com Farias, todos os empregados
(cerca de 150) foram dispensados. "Estamos tentando negociar aviso prévio em
dobro, mas está difícil", conta.
O presidente da Damasco, Guivan Bueno, não tem falado sobre o assunto. Ele é
presidente do sindicato patronal da indústria de torrefação de café no Paraná.
Farias disse que buscou informações e soube que os antigos sócios da Damasco
não podem atuar no ramo de café nos próximos cinco anos, mas teriam ficado com
o imóvel que abrigava a fábrica e as instalações.
O fechamento da fábrica em Curitiba é resultado dos termos do negócio entre a
Sara Lee e os antigos donos do Café Damasco. O Valor apurou que o imóvel onde
estava instalada a fábrica paranaense, de fato, não foi incluído na venda para
a multinacional americana. Com isso, além de todas as marcas pertencentes à
Damasco - Maracanã, Bom Taí, Pacheco e Damasco -, apenas as as máquinas e
equipamentos da unidade de Curitiba foram vendidos.
No caso da fábrica na Bahia, tanto as instalações quanto o imóvel entraram na
operação de venda. No mercado, esse é um sinal claro do interesse da Sara Lee
nos mercados da região Nordeste, onde a empresa ainda tem uma participação
pequena e encontrava dificuldades para ganhar participação.
Com isso, dos 180 funcionários que trabalhavam em Curitiba, apenas aqueles
ligados à força de venda e com a rede de distribuição serão incorporados ao
quadro da Sara Lee, segundo a assessoria da multinacional. "Em relação à
reestruturação no quadro de funcionários da fábrica de Curitiba, a Sara Lee
informa que faz parte do processo de transição, e a empresa oferecerá todo o
suporte necessário, sendo observadas todas as regulamentações e procedimentos
locais exigidos", informa nota divulgada pela Sara Lee.
O término das operações fará com que a produção de Curitiba seja totalmente
transferida para a unidade da Sara Lee em Jundiaí, no interior de São Paulo.
Fontes do mercado informaram que a planta paulista estava parcialmente ociosa e
por isso tem capacidade de absorver toda a produção originada no Paraná, sem
comprometer o abastecimento das marcas recém-adquiridas.
"As marcas receberão investimentos e continuarão sendo comercializadas nos
pontos de vendas atuais, através do mesmo sistema de distribuição, passando a
ser produzidas em nosso site, em Jundiaí", diz a nota.
A unidade da Sara Lee em Jundiaí foi inaugurada em 2006 após um investimento de
R$ 90 milhões. A fábrica tem capacidade instalada para produzir anualmente 100
mil toneladas de café torrado e moído e é uma das maiores indústrias do mundo.
Menos de dez dias depois de fechar a compra da paranaense Café Damasco, a
americana Sara Lee anunciou o fechamento da fábrica da empresa em Curitiba e a
demissão da maior parte dos funcionários. A unidade está fora de operação
desde a última sexta-feira e apenas as pessoas que cuidam do processo de
demissão trabalham atualmente.
"Foi vendida apenas a marca. A fábrica ficou com os antigos donos", diz Antonio
Sérgio Farias, presidente do Sindibebidas, Sindicato dos trabalhadores em
Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com Farias, todos os empregados
(cerca de 150) foram dispensados. "Estamos tentando negociar aviso prévio em
dobro, mas está difícil", conta.
O presidente da Damasco, Guivan Bueno, não tem falado sobre o assunto. Ele é
presidente do sindicato patronal da indústria de torrefação de café no Paraná.
Farias disse que buscou informações e soube que os antigos sócios da Damasco
não podem atuar no ramo de café nos próximos cinco anos, mas teriam ficado com
o imóvel que abrigava a fábrica e as instalações.
O fechamento da fábrica em Curitiba é resultado dos termos do negócio entre a
Sara Lee e os antigos donos do Café Damasco. O Valor apurou que o imóvel onde
estava instalada a fábrica paranaense, de fato, não foi incluído na venda para
a multinacional americana. Com isso, além de todas as marcas pertencentes à
Damasco - Maracanã, Bom Taí, Pacheco e Damasco -, apenas as as máquinas e
equipamentos da unidade de Curitiba foram vendidos.
No caso da fábrica na Bahia, tanto as instalações quanto o imóvel entraram na
operação de venda. No mercado, esse é um sinal claro do interesse da Sara Lee
nos mercados da região Nordeste, onde a empresa ainda tem uma participação
pequena e encontrava dificuldades para ganhar participação.
Com isso, dos 180 funcionários que trabalhavam em Curitiba, apenas aqueles
ligados à força de venda e com a rede de distribuição serão incorporados ao
quadro da Sara Lee, segundo a assessoria da multinacional. "Em relação à
reestruturação no quadro de funcionários da fábrica de Curitiba, a Sara Lee
informa que faz parte do processo de transição, e a empresa oferecerá todo o
suporte necessário, sendo observadas todas as regulamentações e procedimentos
locais exigidos", informa nota divulgada pela Sara Lee.
O término das operações fará com que a produção de Curitiba seja totalmente
transferida para a unidade da Sara Lee em Jundiaí, no interior de São Paulo.
Fontes do mercado informaram que a planta paulista estava parcialmente ociosa e
por isso tem capacidade de absorver toda a produção originada no Paraná, sem
comprometer o abastecimento das marcas recém-adquiridas.
"As marcas receberão investimentos e continuarão sendo comercializadas nos
pontos de vendas atuais, através do mesmo sistema de distribuição, passando a
ser produzidas em nosso site, em Jundiaí", diz a nota.
A unidade da Sara Lee em Jundiaí foi inaugurada em 2006 após um investimento de
R$ 90 milhões. A fábrica tem capacidade instalada para produzir anualmente 100
mil toneladas de café torrado e moído e é uma das maiores indústrias do mundo.
COTAÇÃO DO CAFÉ - Mercado cafeeiro finalizaram a quarta-feira com desvalorização
As operações no mercado cafeeiro finalizaram a quarta-feira com desvalorização. Em N.Y. a posição março variou entre a máxima de +0,75 pontos e mínima de -6,65 fechando com -3,35 pts. Realizações de lucros baseando-se em fatores técnicos pressionaram as cotações, o quadro de oferta apertada limitou as perdas.
O dólar encerrou os trabalhos com alta de 0,71%, cotado a R$ 1,6930. Segundo operadores, a valorização da moeda foi sustentada pela persistente presença do Banco Central, que fez dois leilões de compra hoje, pela demanda de investidores estrangeiros que saíram da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e pela continuidade da alta dos juros dos Treasuries no exterior, que novamente impulsionou a moeda dos EUA.
De acordo com um operador de um banco estrangeiro, a forte queda da Bovespa no período da tarde de hoje, na contramão da discreta recuperação das bolsas em Nova York, foi provocada em boa medida pela saída de investidores estrangeiros, que migraram para o mercado de câmbio. Esta demanda favoreceu o aumento dos volumes de negócios com dólar.
A aprovação do orçamento da Irlanda pelo Parlamento do país não dissipou as preocupações com a crise da dívida dos países europeus. Isso porque ainda há necessidade de mais votações sobre alguns aspectos dos cortes no orçamento irlandês e a eleição geral que será realizada no começo do próximo ano deixam o euro vulnerável a riscos políticos. De outro lado, a demanda por títulos do Tesouro norte-americano continua em baixa, derrubando os preços e pressionando os juros, porque os cortes de impostos anunciados, embora devam estimular a economia, podem provocar maior deterioração no déficit orçamentário do país. Agência Estado
Autoridades de café da Costa Rica reduziram as estimativas da produção no ciclo 2010/11 pela segunda vez desde o início da colheita em outubro, em virtude de fortes chuvas no mês passado. O país deve produzir 1,56 milhão de sacas, abaixo das 1,61 milhão de sacas previstas em outubro e da projeção inicial de 1,66 milhão de sacas, de acordo com o Instituto de Café da Costa Rica. O primeiro corte na previsão da safra costarriquenha foi feito após uma doença de fungo induzida pela umidade ter prejudicado as lavouras em setembro. Na última temporada, o país produziu 1,49 milhão de sacas. Autoridades disseram que as duas últimas colheitas foram decepcionantes, mas preveem que a produção cresça no ano-safra atual, à medida que o aumento dos pre&cce dil;os do grão permitiu aos produtores investir em melhores práticas agrícolas, incluindo o uso de fertilizantes de alta qualidade. Apesar da significativa expansão da demanda geral por café na Costa Rica, o consumo interno de grãos cultivados localmente deve subir pouco, conforme ofertas importadas ganham maior participação no mercado. Os costarriquenhos devem consumir 234.598 sacas da safra doméstica durante 2010/11, alta de apenas 2% ante 2009/10. Em compensação, as importações em 2009 quase triplicaram em relação ao ano passado, somando 56.007 sacas. A maior parte do café importado pela Costa Rica vem da Guatemala, sendo 32% solúvel. As informações são da Dow Jones.
O dólar encerrou os trabalhos com alta de 0,71%, cotado a R$ 1,6930. Segundo operadores, a valorização da moeda foi sustentada pela persistente presença do Banco Central, que fez dois leilões de compra hoje, pela demanda de investidores estrangeiros que saíram da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e pela continuidade da alta dos juros dos Treasuries no exterior, que novamente impulsionou a moeda dos EUA.
De acordo com um operador de um banco estrangeiro, a forte queda da Bovespa no período da tarde de hoje, na contramão da discreta recuperação das bolsas em Nova York, foi provocada em boa medida pela saída de investidores estrangeiros, que migraram para o mercado de câmbio. Esta demanda favoreceu o aumento dos volumes de negócios com dólar.
A aprovação do orçamento da Irlanda pelo Parlamento do país não dissipou as preocupações com a crise da dívida dos países europeus. Isso porque ainda há necessidade de mais votações sobre alguns aspectos dos cortes no orçamento irlandês e a eleição geral que será realizada no começo do próximo ano deixam o euro vulnerável a riscos políticos. De outro lado, a demanda por títulos do Tesouro norte-americano continua em baixa, derrubando os preços e pressionando os juros, porque os cortes de impostos anunciados, embora devam estimular a economia, podem provocar maior deterioração no déficit orçamentário do país. Agência Estado
Autoridades de café da Costa Rica reduziram as estimativas da produção no ciclo 2010/11 pela segunda vez desde o início da colheita em outubro, em virtude de fortes chuvas no mês passado. O país deve produzir 1,56 milhão de sacas, abaixo das 1,61 milhão de sacas previstas em outubro e da projeção inicial de 1,66 milhão de sacas, de acordo com o Instituto de Café da Costa Rica. O primeiro corte na previsão da safra costarriquenha foi feito após uma doença de fungo induzida pela umidade ter prejudicado as lavouras em setembro. Na última temporada, o país produziu 1,49 milhão de sacas. Autoridades disseram que as duas últimas colheitas foram decepcionantes, mas preveem que a produção cresça no ano-safra atual, à medida que o aumento dos pre&cce dil;os do grão permitiu aos produtores investir em melhores práticas agrícolas, incluindo o uso de fertilizantes de alta qualidade. Apesar da significativa expansão da demanda geral por café na Costa Rica, o consumo interno de grãos cultivados localmente deve subir pouco, conforme ofertas importadas ganham maior participação no mercado. Os costarriquenhos devem consumir 234.598 sacas da safra doméstica durante 2010/11, alta de apenas 2% ante 2009/10. Em compensação, as importações em 2009 quase triplicaram em relação ao ano passado, somando 56.007 sacas. A maior parte do café importado pela Costa Rica vem da Guatemala, sendo 32% solúvel. As informações são da Dow Jones.
Exportações do café atingem US$ 615,5 milhões e sobem 57,8% em novembro
7 de dezembro de 2010 - As exportações brasileiras de café aumentaram 57,8% em novembro em relação ao mesmo mês do ano passado, para US$ 615,5 milhões, informou hoje o Conselho de Exportadores de café do Brasil (Cecafé).
O volume de café exportado também cresceu, embora a um ritmo menor (21,6%), para 3,15 milhões de sacos de 60 quilogramas.
No acumulado do ano, as receitas dos exportadores brasileiros chegaram a US$ 4,961 bilhões, um aumento de 28%, e o volume de café avançou 6% para 29,5 milhões de sacos.
Os Estados Unidos aumentaram suas compras em 10,99% no acumulado do ano, para 5,9 milhões de sacos, o que voltou a colocar este país como principal consumidor mundial do café brasileiro.
A Alemanha, segundo principal consumidor, aumentou suas compras em 2,92% para 5,6 milhões de sacos, enquanto a Itália elevou seu consumo em 6,6% com 2,4 milhões de sacos.
O diretor da Cecafé, Guilherme Braga, calculou que em todo o ano as exportações devem chegar a 33 milhões de sacos, o que representaria um aumento de 10% em relação ao ano passado, segundo a nota.
O volume de café exportado também cresceu, embora a um ritmo menor (21,6%), para 3,15 milhões de sacos de 60 quilogramas.
No acumulado do ano, as receitas dos exportadores brasileiros chegaram a US$ 4,961 bilhões, um aumento de 28%, e o volume de café avançou 6% para 29,5 milhões de sacos.
Os Estados Unidos aumentaram suas compras em 10,99% no acumulado do ano, para 5,9 milhões de sacos, o que voltou a colocar este país como principal consumidor mundial do café brasileiro.
A Alemanha, segundo principal consumidor, aumentou suas compras em 2,92% para 5,6 milhões de sacos, enquanto a Itália elevou seu consumo em 6,6% com 2,4 milhões de sacos.
O diretor da Cecafé, Guilherme Braga, calculou que em todo o ano as exportações devem chegar a 33 milhões de sacos, o que representaria um aumento de 10% em relação ao ano passado, segundo a nota.
Chuva avança sobre a zona da Mata e Bahia
informações SOMAR e INMET
As pancadas de chuva se espalham por todo o cinturão produtor de café e são típicas dos meses de verão, ou seja concentradas em sua maioria à tarde, gerada pelo calor. Estas chuvas eventualmente são fortes e acompanhadas de temporais, inclusive com o risco de granizo e maior incidência de raios, situação comum em anos sob efeito da La Niña. Nos próximos dias, a chuva deve retornar de forma mais organizada para a zona da Mata, inclusive Bahia.
SÃO PAULO
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com Trovoadas e Rajadas de Ventos Ocasionais em áreas isoladas, especialmente no oeste , no período entre 00:00h, do dia 08/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
MINAS GERAIS
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais EM ÁREAS ISOLADAS no NOROESTE, NORTE, NORDESTE, LESTE e CENTRO do estado, no período entre 00:00h, do dia 07/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
PARANÁ
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com Rajadas de Vento em áreas isoladas no oeste e norte, no período entre 10:00h, do dia 08/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
Previsão do tempo para a região Sudeste
quarta, 08 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM CHUVAS ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 14°C
quinta, 09 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA ISOLADAS NO ESPÍRITO SANTO, SÃO PAULO E POSSIBILIDADE NO RIO DE JANEIRO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 36°C MIN.: 12°C
sexta, 10 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS EM MINAS GERAIS. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO NO ESPÍRITO SANTO E RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO COM PERÍODOS DE CLARO E NÉVOA ÚMIDA AO AMANHECER EM SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 9°C
sábado, 11 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO. PARCIALMENTE NUBLADO COM PERÍODOS DE CLARO COM NÉVOA ÚMIDA AO AMANHECER EM SÃO PAULO; HÁ POSSIBILIDADE DE PANCADAS DE CHUVA ISOLADAS NO OESTE E NOROESTE DO ESTADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 10°C
As pancadas de chuva se espalham por todo o cinturão produtor de café e são típicas dos meses de verão, ou seja concentradas em sua maioria à tarde, gerada pelo calor. Estas chuvas eventualmente são fortes e acompanhadas de temporais, inclusive com o risco de granizo e maior incidência de raios, situação comum em anos sob efeito da La Niña. Nos próximos dias, a chuva deve retornar de forma mais organizada para a zona da Mata, inclusive Bahia.
SÃO PAULO
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com Trovoadas e Rajadas de Ventos Ocasionais em áreas isoladas, especialmente no oeste , no período entre 00:00h, do dia 08/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
MINAS GERAIS
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais EM ÁREAS ISOLADAS no NOROESTE, NORTE, NORDESTE, LESTE e CENTRO do estado, no período entre 00:00h, do dia 07/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
PARANÁ
As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com Rajadas de Vento em áreas isoladas no oeste e norte, no período entre 10:00h, do dia 08/12/2010, às 24:00h, do dia 08/12/2010.
Previsão do tempo para a região Sudeste
quarta, 08 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM CHUVAS ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 14°C
quinta, 09 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS. PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA ISOLADAS NO ESPÍRITO SANTO, SÃO PAULO E POSSIBILIDADE NO RIO DE JANEIRO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 36°C MIN.: 12°C
sexta, 10 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS EM MINAS GERAIS. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO NO ESPÍRITO SANTO E RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO COM PERÍODOS DE CLARO E NÉVOA ÚMIDA AO AMANHECER EM SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 9°C
sábado, 11 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO EM MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO. PARCIALMENTE NUBLADO COM PERÍODOS DE CLARO COM NÉVOA ÚMIDA AO AMANHECER EM SÃO PAULO; HÁ POSSIBILIDADE DE PANCADAS DE CHUVA ISOLADAS NO OESTE E NOROESTE DO ESTADO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 10°C
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Exportações mundiais de café arábica tem alta de 20,25%, diz OIC
De acordo com dados preliminares do informe estatístico mensal da Organização Internacional do Café (OIC), as exportações mundiais da variedade arábica totalizaram 5.066.533 sacas em outubro de 2010, o que representou uma alta de 20,25% na comparação com as 4.213.311 sacas registradas no mesmo mês de 2009, e de 2,05% frente às 4.964.583 sacas de setembro deste ano. Respondendo por 59,10% do total apurado, o Brasil permanece na liderança das exportações mundiais de café arábica, tendo registrado a remessa de 2.994.460 sacas ao exterior em outubro, ou 20,07% a mais do que o embarcado no décimo mês de 2009 (2.493.965 sacas).
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Chuvas em forma de pancadas no cinturão produtor de café
informações SOMAR e INMET
As áreas de instabilidade ainda causam chuva sobre a parte sul do cinturão produtor de café até o final dessa semana. A zona da Mata tem menores condições para chuva até o sábado, quando as áreas de instabilidade aos poucos retornam para essa região.
Em Minas Gerais as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL, OESTE, ZONA DA MATA e CENTRO do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
No Rio de Janeio as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e possibilidade de queda de granizo em áreas isoladas no SUL e NAS REGIÕES SERRANAS e METROPOLITANA do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
Em São Paulo as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no CENTRO e NORTE do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
Previsão do tempo para a região Sudeste
quarta, 01 de dezembro de 2010
NUBLADO A ENCOBERTO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS. DEMAIS AREAS PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA EM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO, POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO SUL, SERRAS E REGIÃO METROPOLITANA DO ESPIRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 11°C
quinta, 02 de dezembro de 2010
ENCOBERTO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS NO CENTRO, SUL E OESTE DE MINAS GERAIS. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA NAS DEMAIS AREAS DE MINAS GERAIS, SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO A CLARO NO ESPÍRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 11°C
sexta, 03 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA NO CENTRO, OESTE E SUL DE MINAS GERAIS. DEMAIS AREAS DA REGIÃO PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO ESPÍRITO SANTO, RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 12°C
sábado, 04 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO. PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS EM MINAS GERAIS E SÃO PAULO. POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO E ESPIRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 12°C
As áreas de instabilidade ainda causam chuva sobre a parte sul do cinturão produtor de café até o final dessa semana. A zona da Mata tem menores condições para chuva até o sábado, quando as áreas de instabilidade aos poucos retornam para essa região.
Em Minas Gerais as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL, OESTE, ZONA DA MATA e CENTRO do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
No Rio de Janeio as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e possibilidade de queda de granizo em áreas isoladas no SUL e NAS REGIÕES SERRANAS e METROPOLITANA do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
Em São Paulo as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no CENTRO e NORTE do estado, no período entre 00:00h, do dia 01/12/2010, às 24:00h, do dia 01/12/2010.
Previsão do tempo para a região Sudeste
quarta, 01 de dezembro de 2010
NUBLADO A ENCOBERTO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS EM MINAS GERAIS. DEMAIS AREAS PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA EM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO, POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO SUL, SERRAS E REGIÃO METROPOLITANA DO ESPIRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 37°C MIN.: 11°C
quinta, 02 de dezembro de 2010
ENCOBERTO A NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS NO CENTRO, SUL E OESTE DE MINAS GERAIS. NUBLADO A PARCIALMENTE NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA NAS DEMAIS AREAS DE MINAS GERAIS, SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO. PARCIALMENTE NUBLADO A CLARO NO ESPÍRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 11°C
sexta, 03 de dezembro de 2010
NUBLADO COM PANCADAS DE CHUVA NO CENTRO, OESTE E SUL DE MINAS GERAIS. DEMAIS AREAS DA REGIÃO PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO COM POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO ESPÍRITO SANTO, RIO DE JANEIRO E SÃO PAULO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 12°C
sábado, 04 de dezembro de 2010
PARCIALMENTE NUBLADO A NUBLADO. PANCADAS DE CHUVA E TROVOADAS ISOLADAS EM MINAS GERAIS E SÃO PAULO. POSSIBILIDADE DE CHUVA ISOLADAS NO RIO DE JANEIRO E ESPIRITO SANTO.
TEMPERATURA: ESTAVEL MAX.: 35°C MIN.: 12°C
Exportações de café devem atingir recorde com folga neste ano
O país deverá somar 32,5 milhões de sacas comercializadas no exterior, com valor superior a US$ 5,5 bilhões. No ano passado, as exportações somaram 30,3 milhões de sacas, no valor de US$ 4,3 bilhões.
Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho Brasileiro dos Exportadores de Café (Cecafé), diz que, mantido o ritmo de vendas de outubro (3,4 milhões de sacas), as exportações do país superarão 10 milhões de sacas com folga de um mês de embarques.
Os mais recentes dados de exportações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam receitas de US$ 616 milhões para novembro, valor próximo do recorde de US$ 638 milhões de outubro.
A maior presença do Brasil no mercado internacional se deve ao recuo das exportações de países tradicionais, como a Colômbia. Apesar da boa safra brasileira, os preços não tiveram tendência de baixa
Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho Brasileiro dos Exportadores de Café (Cecafé), diz que, mantido o ritmo de vendas de outubro (3,4 milhões de sacas), as exportações do país superarão 10 milhões de sacas com folga de um mês de embarques.
Os mais recentes dados de exportações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) indicam receitas de US$ 616 milhões para novembro, valor próximo do recorde de US$ 638 milhões de outubro.
A maior presença do Brasil no mercado internacional se deve ao recuo das exportações de países tradicionais, como a Colômbia. Apesar da boa safra brasileira, os preços não tiveram tendência de baixa
Café: vendas começam a ser postergadas para 2011
02 de dezembro de 2010
O mercado cafeeiro seguiu lento nessa quarta-feira (1). Colaboradores do Cepea comentam que o mês de dezembro geralmente já é mais calmo e, nesta temporada, a lentidão pode ser ainda maior. Isto porque, com a proximidade do final do ano, negociantes já começam a se preocupar com a declaração do imposto de renda, segundo pesquisas do Cepea.
Como o cenário de preços elevados impulsionou os negócios no correr desta safra, a tendência é de redução nas vendas neste mês, na tentativa de minimizar os impostos. Já há relatos, inclusive, de produtores interessados em realizar vendas para entrega e pagamento apenas em 2011. Quanto aos preços, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 360,73/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 1º, ligeira queda de 0,1% em relação ao de terça (30).
O mercado cafeeiro seguiu lento nessa quarta-feira (1). Colaboradores do Cepea comentam que o mês de dezembro geralmente já é mais calmo e, nesta temporada, a lentidão pode ser ainda maior. Isto porque, com a proximidade do final do ano, negociantes já começam a se preocupar com a declaração do imposto de renda, segundo pesquisas do Cepea.
Como o cenário de preços elevados impulsionou os negócios no correr desta safra, a tendência é de redução nas vendas neste mês, na tentativa de minimizar os impostos. Já há relatos, inclusive, de produtores interessados em realizar vendas para entrega e pagamento apenas em 2011. Quanto aos preços, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 360,73/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 1º, ligeira queda de 0,1% em relação ao de terça (30).
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
La Niña prejudica produção de café da Indonésia
O país perde a terceira posição no ranking mundial de produtores de café
Fonte: Agrimoney
A Indonésia devolverá à Colômbia o terceiro lugar no ranking mundial de produtores de café graças às chuvas que prejudicaram as colheitas do país devido ao fenômeno climático La Niña. O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Jakarta descartou as previsões de aumento para 9,6 milhões de toneladas a produção de café da Indonésia em 2010-11 depois de \"maiores e mais intensivas chuvas em áreas produtoras de café da Indonésia. Os maiores níveis de chuvas impactaram os rendimentos de produção, bem como a capacidade dos produtores de secar seus grãos após a colheita\", diz o relatório.
As condições chuvosas têm também aumentado as infestações de broca do café, que, de forma incomum, afetaram grãos arábica, bem como de robusta.
O escritório do USDA cortou para 8,1 milhões de toneladas sua previsão para produção total de café, representando um declínio de 14,9% com relação ao ano anterior, e com reduções estimadas para a colheita de robusta, variedade historicamente favorecida no país, e produção dos grãos de maior valor arábica, que o Governo está tentando estimular.
Nesse nível, a produção de café da Indonésia cairá para menos que a produção da Colômbia, que, de acordo com um outro relatório do USDA, em 2010-11 deverá ser de 9 milhões de toneladas. A produção na Colômbia também foi prejudicada por questões climáticas, com a ferrugem do café se espalhando em um número estimado de 15% dos cafezais. Entretanto, a colheita nesse país deverá mostrar uma recuperação em longo prazo graças ao programa de replantio, que está vendo as primeiras novas árvores em produção.
Relatórios com previsões climáticas oficiais da Austrália disseram que o padrão climático La Niña, que foi responsabilizado por alagamentos no Sudeste da Ásia e condições de seca na América do Sul, provavelmente \"persistirá durante o verão do hemisfério sul e durante o primeiro trimestre de 2011\".
Embora as temperaturas mais baixas que o normal das águas superficiais do Pacifico, tipicamente associadas com o La Niña, tenham começado a aquecer, as águas mais embaixo estão \"até 4 graus Celsius mais frias que o normal\", disse a Agência de Meteorologia da Austrália. \"As condições do La Niña enfraqueceram levemente, mas continuam firmes no Pacífico tropical\".
Fonte: Agrimoney
A Indonésia devolverá à Colômbia o terceiro lugar no ranking mundial de produtores de café graças às chuvas que prejudicaram as colheitas do país devido ao fenômeno climático La Niña. O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Jakarta descartou as previsões de aumento para 9,6 milhões de toneladas a produção de café da Indonésia em 2010-11 depois de \"maiores e mais intensivas chuvas em áreas produtoras de café da Indonésia. Os maiores níveis de chuvas impactaram os rendimentos de produção, bem como a capacidade dos produtores de secar seus grãos após a colheita\", diz o relatório.
As condições chuvosas têm também aumentado as infestações de broca do café, que, de forma incomum, afetaram grãos arábica, bem como de robusta.
O escritório do USDA cortou para 8,1 milhões de toneladas sua previsão para produção total de café, representando um declínio de 14,9% com relação ao ano anterior, e com reduções estimadas para a colheita de robusta, variedade historicamente favorecida no país, e produção dos grãos de maior valor arábica, que o Governo está tentando estimular.
Nesse nível, a produção de café da Indonésia cairá para menos que a produção da Colômbia, que, de acordo com um outro relatório do USDA, em 2010-11 deverá ser de 9 milhões de toneladas. A produção na Colômbia também foi prejudicada por questões climáticas, com a ferrugem do café se espalhando em um número estimado de 15% dos cafezais. Entretanto, a colheita nesse país deverá mostrar uma recuperação em longo prazo graças ao programa de replantio, que está vendo as primeiras novas árvores em produção.
Relatórios com previsões climáticas oficiais da Austrália disseram que o padrão climático La Niña, que foi responsabilizado por alagamentos no Sudeste da Ásia e condições de seca na América do Sul, provavelmente \"persistirá durante o verão do hemisfério sul e durante o primeiro trimestre de 2011\".
Embora as temperaturas mais baixas que o normal das águas superficiais do Pacifico, tipicamente associadas com o La Niña, tenham começado a aquecer, as águas mais embaixo estão \"até 4 graus Celsius mais frias que o normal\", disse a Agência de Meteorologia da Austrália. \"As condições do La Niña enfraqueceram levemente, mas continuam firmes no Pacífico tropical\".
Exportação mundial de café apresentou elevação de 4,5% em outubro
A exportação mundial de café apresentou elevação de 4,5% em outubro passado, em comparação com o mesmo mês de 2009. Foram embarcadas 7,85 milhões de sacas ante 7,51 milhões de sacas em 2009. A informação foi divulgada hoje pela Organização Internacional do Café (OIC). A exportação mundial nos últimos 12 meses do ano cafeeiro apresentou redução de cerca de 4,3%, para 93,6 milhões de sacas, em comparação com perto de 97,8 milhões de sacas no período anterior. Nos últimos 12 meses, encerrados em outubro de 2010, a exportação de café arábica totalizou 61,8 milhões de sacas, em comparação com volume praticamente inalterado no período anter ior. O embarque de robusta no período foi de 31,8 milhões de sacas, em comparação com 36 milhões de sacas.
Boletim Diario do Mercado de Café - 30 Novembro 2010.
O Mercado físico de café trabalhou o dia sem muitos negócios saindo até R$ 370,00 para cafés mais finos, mas mantendo os mesmosníveis de ontem. Para cafés Safra 10/11 de R$ 360,00 a R$ 365,00, com 15% de catação, e para cafés com 20% de catação R$ 355,00 a 360,00.
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Mar/11 foi a US$ 240,80 com 1,85 de baixa, totalizando um volume de 3.952 contratos. Saiu Spread de Dez/Mar de 0,20 a 2,80. Observamos arbitragem Dez/Mar de -20,50 a -19,00; Mar/Mar de 18,50 a 20,00; Set/Set de 20,50 a21,00. O mercado de café BMF trabalhou o dia em baixa, acompanhando a pressão do mercado de NY, chegando a mínima a 239,40. A queda no cenáriointernacional também pressionou o mercado.
O mercado de café para o vencimento Março encerrou cotado a 201,20, com 145pontos de queda, e range entre 200,15 e 204,00. Iniciando a sessão desta terça-feira com relativo movimento de correção à queda assistida ontem, a cotação do café logo em sua abertura perfez sua máxima do dia a 204,00, quando então vendas em escala foram notadas. O continuo e negativo movimento do euro frente ao dólar, ajudou de certaforma a pressionar a commodity, levando-o então rapidamente a atuar por grande parte da manhã nos níveis de seu fechamento, entre o range de 202,00 e203,00. A contínua pressão das vendas no mercado fez com que o grão perdesse tal suporte, levando numa ativação de stops, até a mínima de 200,15, onde então encontrou defesa de compras. Num leve movimento de recuperação, o café trabalhou durante grande parte do dia com certo suporte de 202,00, fato que, num fraco volume de negócios, fechou o dia cotado a 201,20. Na sessão de hoje não desceu nenhum canudo, totalizando no acumulado do período 216 canudos. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 199,50 / 186,30 e 165,10 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de Novembro (entre os dias 01 e 29) somam 2.466.947 sacas, uma variação negativa de 0,4% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Janeiro/11 encerrou cotado a 1792, com 13 pontos de alta, num range de 1759 e 1792.
O fechamento do café arábica BMF para o vencimento Mar/11 foi a US$ 240,80 com 1,85 de baixa, totalizando um volume de 3.952 contratos. Saiu Spread de Dez/Mar de 0,20 a 2,80. Observamos arbitragem Dez/Mar de -20,50 a -19,00; Mar/Mar de 18,50 a 20,00; Set/Set de 20,50 a21,00. O mercado de café BMF trabalhou o dia em baixa, acompanhando a pressão do mercado de NY, chegando a mínima a 239,40. A queda no cenáriointernacional também pressionou o mercado.
O mercado de café para o vencimento Março encerrou cotado a 201,20, com 145pontos de queda, e range entre 200,15 e 204,00. Iniciando a sessão desta terça-feira com relativo movimento de correção à queda assistida ontem, a cotação do café logo em sua abertura perfez sua máxima do dia a 204,00, quando então vendas em escala foram notadas. O continuo e negativo movimento do euro frente ao dólar, ajudou de certaforma a pressionar a commodity, levando-o então rapidamente a atuar por grande parte da manhã nos níveis de seu fechamento, entre o range de 202,00 e203,00. A contínua pressão das vendas no mercado fez com que o grão perdesse tal suporte, levando numa ativação de stops, até a mínima de 200,15, onde então encontrou defesa de compras. Num leve movimento de recuperação, o café trabalhou durante grande parte do dia com certo suporte de 202,00, fato que, num fraco volume de negócios, fechou o dia cotado a 201,20. Na sessão de hoje não desceu nenhum canudo, totalizando no acumulado do período 216 canudos. As médias móveis de 40, 100 e 200 dias estão compreendidas em 199,50 / 186,30 e 165,10 respectivamente. De acordo com a Cecafé, os embarques de Novembro (entre os dias 01 e 29) somam 2.466.947 sacas, uma variação negativa de 0,4% em relação ao mesmo período do mês anterior. O café Londres Janeiro/11 encerrou cotado a 1792, com 13 pontos de alta, num range de 1759 e 1792.
NOVA ENTIDADE COM O OBJETIVO DE INTEGRAR, REPRESENTAR E PROMOVER AS “REGIÕES PRODUTORAS DO CAFÉ DO BRASIL” SERÁ CRIADA
São Paulo, 17 de novembro de 2010, um marco histórico para cafeicultura Brasileira. Em reunião realizada junto às associações e representantes de diversas regiões produtoras do café do Brasil, decidiram pela criação de uma nova entidade que terá como objetivo principal a integração e representação das regiões cafeicultoras e seus produtores, na defesa de seus reais interesses. A ideia vem sendo discutida e desenhada há mais de 8 meses e leva em conta as significativas mudanças da cafeicultura e as tendências emergentes dos consumidores com relação a valorização da “origem” dos produtos que consomem.
A reunião foi aberta ao público e estiveram presentes na mesma representantes e cafeicultores das regiões da Alta Mogiana, Baixa Mogiana, Bahia, Cerrado Mineiro, Paraná, e Sul de Minas, além de representantes de empresas, associações e cooperativas, que juntos discutiram a proposta inicial do estatuto de fundação da nova associação.
Por que uma nova entidade?
Percebemos que, praticamente toda a cadeia do café está organizada, de acordo com cada área de atuação, temos os setores da indústria da torrefação e solúvel, exportadores e grandes produtores de cafés especiais por exemplo, sendo representados com legitimidade por entidades próprias que defendem os interesses de cada setor. Isto não acontece com os produtores e as regiões produtoras, que não possuem uma representação abrangente, que possa defender os reais interesses do setor produtivo.
O ponto inicial
Pela primeira vez na história do agronegócio café, temos regiões produtoras se organizando e algumas delas já estão representadas por entidades. Neste cenário entendemos estar diante de uma oportunidade única: ter uma representação legitimada e controlada pelos próprios produtores, por meio da “Associação das Origens Produtoras do Café do Brasil”.
A associação
Uma nova entidade: neutra e democrática, que tenha legitimidade e ideais em comum, que acredite que o futuro da cafeicultura brasileira está na integração e na valorização das regiões e de seus produtores. “Buscamos novas formas de pensar e agir, junto aos produtores que querem fazer diferente e com estratégias fundamentadas”.
Para defender os interesses das “Origens Produtoras do Café do Brasil” três pilares:
Organização e Integração das regiões visando desenvolvimento.
Foco no desenvolvimento e a na valorização das regiões e seus produtores.
Representatividade Política.
Foco na defesa dos reais interesses das regiões cafeeiras e dos seus produtores.
Promoção e marketing das “Origens Produtoras do Café do Brasil”.
Foco no desenvolvimento de estratégias e ações institucionais para a marca.
A estrutura organizacional
A nova entidade é aberta para todas as regiões produtoras de cafés no Brasil, demarcadas oficialmente ou não.
Cada região será representada por uma entidade definida pelos produtores daquela região, essas entidades formarão o “Conselho Deliberativo”, que será o órgão maior. Independente do tamanho da área da região ou da produtividade, cada região terá direito a duas cadeiras e um voto.
Uma “Diretoria Administrativa” composta por 4 membros e o “Conselho Fiscal” composto de 3 membros, serão escolhidos pelo “Conselho Deliberativo”, e terão o papel de gerenciar e fiscalizar a nova Associação.
Próximos passos
Uma nova reunião acontecerá também em São Paulo – Capital. Estão programadas como atividades, a definição dos membros do “Conselho Deliberativo”, assim como serão discutidas a definição das primeiras ações estratégicas. Esta próxima reunião será fechada às regiões produtoras que já se inscreveram e às regiões que solicitarem participação.
A reunião foi aberta ao público e estiveram presentes na mesma representantes e cafeicultores das regiões da Alta Mogiana, Baixa Mogiana, Bahia, Cerrado Mineiro, Paraná, e Sul de Minas, além de representantes de empresas, associações e cooperativas, que juntos discutiram a proposta inicial do estatuto de fundação da nova associação.
Por que uma nova entidade?
Percebemos que, praticamente toda a cadeia do café está organizada, de acordo com cada área de atuação, temos os setores da indústria da torrefação e solúvel, exportadores e grandes produtores de cafés especiais por exemplo, sendo representados com legitimidade por entidades próprias que defendem os interesses de cada setor. Isto não acontece com os produtores e as regiões produtoras, que não possuem uma representação abrangente, que possa defender os reais interesses do setor produtivo.
O ponto inicial
Pela primeira vez na história do agronegócio café, temos regiões produtoras se organizando e algumas delas já estão representadas por entidades. Neste cenário entendemos estar diante de uma oportunidade única: ter uma representação legitimada e controlada pelos próprios produtores, por meio da “Associação das Origens Produtoras do Café do Brasil”.
A associação
Uma nova entidade: neutra e democrática, que tenha legitimidade e ideais em comum, que acredite que o futuro da cafeicultura brasileira está na integração e na valorização das regiões e de seus produtores. “Buscamos novas formas de pensar e agir, junto aos produtores que querem fazer diferente e com estratégias fundamentadas”.
Para defender os interesses das “Origens Produtoras do Café do Brasil” três pilares:
Organização e Integração das regiões visando desenvolvimento.
Foco no desenvolvimento e a na valorização das regiões e seus produtores.
Representatividade Política.
Foco na defesa dos reais interesses das regiões cafeeiras e dos seus produtores.
Promoção e marketing das “Origens Produtoras do Café do Brasil”.
Foco no desenvolvimento de estratégias e ações institucionais para a marca.
A estrutura organizacional
A nova entidade é aberta para todas as regiões produtoras de cafés no Brasil, demarcadas oficialmente ou não.
Cada região será representada por uma entidade definida pelos produtores daquela região, essas entidades formarão o “Conselho Deliberativo”, que será o órgão maior. Independente do tamanho da área da região ou da produtividade, cada região terá direito a duas cadeiras e um voto.
Uma “Diretoria Administrativa” composta por 4 membros e o “Conselho Fiscal” composto de 3 membros, serão escolhidos pelo “Conselho Deliberativo”, e terão o papel de gerenciar e fiscalizar a nova Associação.
Próximos passos
Uma nova reunião acontecerá também em São Paulo – Capital. Estão programadas como atividades, a definição dos membros do “Conselho Deliberativo”, assim como serão discutidas a definição das primeiras ações estratégicas. Esta próxima reunião será fechada às regiões produtoras que já se inscreveram e às regiões que solicitarem participação.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Americana Sara Lee compra paranaense Café Damasco
Sara Lee compra paranaense Café Damasco
SÃO PAULO - A americana Sara Lee fechou acordo para comprar a brasileira Café
Damasco, que tem sede em Curitiba. Embora não tenha revelado especificamente o
preço da oferta, a compradora informou que vai pagar um valor próximo ao que a
empresa registra em receita anual. Em 2009, segundo a Sara Lee, a Café Damasco
teve receita líquida de cerca de R$ 100 milhões. A transação, que deve ser
fechada amanhã, ainda precisa da aprovação das autoridades antitruste.
"A aquisição da Café Damasco vai criar uma posição forte para a Sara Lee no
território brasileiro, dada sua presença na região Sul", comentou, em nota, o
diretor da divisão internacional de bebidas e panificação da companhia
americana, Frank van Oers. "A transação também proporcionará sinergias
industriais para nossa planta em São Paulo, assim como melhorar a
competitividade no Nordeste, graças à excelente fábrica da Damasco naquela
área."
A Café Damasco foi fundada em 1960 e é uma das sete maiores empresas de
torrefação de café do país, com capacidade de produção de 5,6 milhões de quilos
por mês, segundo o site da companhia. Tem uma fábrica com mais de 200
funcionários em Curitiba e um complexo industrial em Salvador. Entre suas
marcas estão Bom Taí, Maracanã, Palheta e Copacabana (esta para exportação). A
Sara Lee já é líder do mercado brasileiro de café, com as marcas Pilão,
Caboclo, Café do Ponto, Moka e Seleto.aranaense Café Damasco
SÃO PAULO - A americana Sara Lee fechou acordo para comprar a brasileira Café
Damasco, que tem sede em Curitiba. Embora não tenha revelado especificamente o
preço da oferta, a compradora informou que vai pagar um valor próximo ao que a
empresa registra em receita anual. Em 2009, segundo a Sara Lee, a Café Damasco
teve receita líquida de cerca de R$ 100 milhões. A transação, que deve ser
fechada amanhã, ainda precisa da aprovação das autoridades antitruste.
"A aquisição da Café Damasco vai criar uma posição forte para a Sara Lee no
território brasileiro, dada sua presença na região Sul", comentou, em nota, o
diretor da divisão internacional de bebidas e panificação da companhia
americana, Frank van Oers. "A transação também proporcionará sinergias
industriais para nossa planta em São Paulo, assim como melhorar a
competitividade no Nordeste, graças à excelente fábrica da Damasco naquela
área."
A Café Damasco foi fundada em 1960 e é uma das sete maiores empresas de
torrefação de café do país, com capacidade de produção de 5,6 milhões de quilos
por mês, segundo o site da companhia. Tem uma fábrica com mais de 200
funcionários em Curitiba e um complexo industrial em Salvador. Entre suas
marcas estão Bom Taí, Maracanã, Palheta e Copacabana (esta para exportação). A
Sara Lee já é líder do mercado brasileiro de café, com as marcas Pilão,
Caboclo, Café do Ponto, Moka e Seleto.aranaense Café Damasco
Já faltam mudas para o plantio de café
Já faltam mudas para o plantio de café
Há tempos que os fundamentos do mercado de café não criavam um ambiente tão
favorável para a valorização dos preços da commodity. O aumento do consumo
internacional e doméstico, mesmo após um cenário de crise global, e a oferta
mais apertada, depois da redução da safra colombiana e dos países da América
Central, já fizeram com que as cotações subissem 47,3% na bolsa de Nova York em
2010, apesar da queda de 1,29% em novembro, como mostram cálculos do Valor Data
até o dia 26.
A conjuntura para o café é tão favorável que no Brasil, maior produtor e
exportador do planeta, já está difícil encontrar até mudas para serem
adquiridas. A valorização dos preços nos últimos meses foi tão intensa que os
viveiristas - como são chamados os produtores de mudas - de alguns dos
principais polos do país não conseguiram atender à demanda de quem deixou a
decisão de comprar as novas plantas para a última a hora.
Em Minas Gerais, responsável por 52,3% da oferta nacional de café, não há mais
mudas disponíveis. Dono do maior parque cafeeiro do país, com 3,11 bilhões de
pés em produção e outros 473,7 milhões em formação, o Estado tem necessidade
média de 155 milhões de mudas novas por ano, considerando-se uma taxa de
renovação de 5%. "Em Minas Gerais não existe mais muda para comprar. Pague o
preço que for, hoje já não é mais possível encontrar quem tenha mudas para
vender", afirma Antônio Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior
cooperativa de café do mundo.
Segundo Paulino, o preço médio do milheiro de mudas no início do ano estava em
R$ 250, mas apenas para quem fechava contratos de compras naquele momento e
para entrega entre outubro e novembro. Para quem optou por fazer as compras no
mercado disponível, apenas no momento do plantio, o preço médio do lote de mil
mudas subiu de 30% a 50%, dependendo do período de compra.
"O valor das mudas acompanha o preço da saca. Quem acertou a compra antes pagou
menos do que quem deixou para a última hora. O fato é que quem quer comprar
agora não consegue mais", afirma Paulino.
Em São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, com um parque
cafeeiro total de 446,2 milhões de pés, a situação não é diferente. De acordo
com dados da Secretaria de Agricultura do Estado, a disponibilidade de mudas
este foi inferior que em 2009. A expectativa dos viveiristas para a oferta de
mudas para 2010 é também menor que a do ano passado. O plano anual dos
viveiristas paulistas de 2009 previa a oferta de 21,3 milhões de mudas,
enquanto para este ano a disponibilidade de mudas foi reduzida para 21,3
milhões, quase 35% a menos.
O desestímulo dos produtores de mudas está relacionado com os preços. Em
novembro do ano passado, o valor médio da saca de café, segundo o Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), era de R$ 272,55. Em maio,
quando a produção de mudas começa, a saca de café já valia R$ 289. O preço
chegou a R$ 355 em novembro, 30% mais do que no mesmo período do ano passado.
"Ainda não conseguimos quantificar exatamente, mas já é possível sentir uma
migração de áreas de pastagem e grãos para o café. Foi esse efeito manada que
pegou os viveiristas no contrapé e fez com que a disponibilidade de mudas
ficasse mais ajustada", diz Celso Vegro, pesquisador do Instituto de Economia
Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura paulista.
Há 12 anos no negócio de mudas, o produtor Walter Garcia Bronzi vendeu neste
ano 1,5 milhão de mudas a partir dos dois viveiros que tem no interior
paulista, em Batatais e Altinópolis. A disponibilidade do produtor acabou há
dois meses, apesar de o período de plantio do café durar de dezembro a
fevereiro.
"E se eu tivesse mais um milhão teria para quem vender. Nunca vi uma demanda
tão grande quanto a desse ano, tanto que consegui vender a unidade por entre R$
0,35 e R$ 0,40 este ano, sendo que o preço historicamente varia de R$ 0,20 a R$
0,25", afirma Bronzi.
Há tempos que os fundamentos do mercado de café não criavam um ambiente tão
favorável para a valorização dos preços da commodity. O aumento do consumo
internacional e doméstico, mesmo após um cenário de crise global, e a oferta
mais apertada, depois da redução da safra colombiana e dos países da América
Central, já fizeram com que as cotações subissem 47,3% na bolsa de Nova York em
2010, apesar da queda de 1,29% em novembro, como mostram cálculos do Valor Data
até o dia 26.
A conjuntura para o café é tão favorável que no Brasil, maior produtor e
exportador do planeta, já está difícil encontrar até mudas para serem
adquiridas. A valorização dos preços nos últimos meses foi tão intensa que os
viveiristas - como são chamados os produtores de mudas - de alguns dos
principais polos do país não conseguiram atender à demanda de quem deixou a
decisão de comprar as novas plantas para a última a hora.
Em Minas Gerais, responsável por 52,3% da oferta nacional de café, não há mais
mudas disponíveis. Dono do maior parque cafeeiro do país, com 3,11 bilhões de
pés em produção e outros 473,7 milhões em formação, o Estado tem necessidade
média de 155 milhões de mudas novas por ano, considerando-se uma taxa de
renovação de 5%. "Em Minas Gerais não existe mais muda para comprar. Pague o
preço que for, hoje já não é mais possível encontrar quem tenha mudas para
vender", afirma Antônio Carlos Paulino, presidente da Cooxupé, maior
cooperativa de café do mundo.
Segundo Paulino, o preço médio do milheiro de mudas no início do ano estava em
R$ 250, mas apenas para quem fechava contratos de compras naquele momento e
para entrega entre outubro e novembro. Para quem optou por fazer as compras no
mercado disponível, apenas no momento do plantio, o preço médio do lote de mil
mudas subiu de 30% a 50%, dependendo do período de compra.
"O valor das mudas acompanha o preço da saca. Quem acertou a compra antes pagou
menos do que quem deixou para a última hora. O fato é que quem quer comprar
agora não consegue mais", afirma Paulino.
Em São Paulo, segundo maior produtor de café arábica do Brasil, com um parque
cafeeiro total de 446,2 milhões de pés, a situação não é diferente. De acordo
com dados da Secretaria de Agricultura do Estado, a disponibilidade de mudas
este foi inferior que em 2009. A expectativa dos viveiristas para a oferta de
mudas para 2010 é também menor que a do ano passado. O plano anual dos
viveiristas paulistas de 2009 previa a oferta de 21,3 milhões de mudas,
enquanto para este ano a disponibilidade de mudas foi reduzida para 21,3
milhões, quase 35% a menos.
O desestímulo dos produtores de mudas está relacionado com os preços. Em
novembro do ano passado, o valor médio da saca de café, segundo o Centro de
Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), era de R$ 272,55. Em maio,
quando a produção de mudas começa, a saca de café já valia R$ 289. O preço
chegou a R$ 355 em novembro, 30% mais do que no mesmo período do ano passado.
"Ainda não conseguimos quantificar exatamente, mas já é possível sentir uma
migração de áreas de pastagem e grãos para o café. Foi esse efeito manada que
pegou os viveiristas no contrapé e fez com que a disponibilidade de mudas
ficasse mais ajustada", diz Celso Vegro, pesquisador do Instituto de Economia
Agrícola (IEA), órgão da Secretaria de Agricultura paulista.
Há 12 anos no negócio de mudas, o produtor Walter Garcia Bronzi vendeu neste
ano 1,5 milhão de mudas a partir dos dois viveiros que tem no interior
paulista, em Batatais e Altinópolis. A disponibilidade do produtor acabou há
dois meses, apesar de o período de plantio do café durar de dezembro a
fevereiro.
"E se eu tivesse mais um milhão teria para quem vender. Nunca vi uma demanda
tão grande quanto a desse ano, tanto que consegui vender a unidade por entre R$
0,35 e R$ 0,40 este ano, sendo que o preço historicamente varia de R$ 0,20 a R$
0,25", afirma Bronzi.
SE ESFORÇANDO PARA SUBIR MAIS
SE ESFORÇANDO PARA SUBIR MAIS
Quase 2 trilhões de dólares evaporaram no mercado mundial de ações nas últimas 3 semanas, inicialmente por causa da nova onda de turbulência na zona do euro, depois em função da expectativa de retração monetária da China e recentemente com a tensão/ataque entre as Coreias.
Como consequência os investidores correram para a moeda americana, e fizeram com que o índice do dólar (cesta que é composta por seis moedas) subisse 2.41% nos últimos cinco dias, sendo que apenas o Euro desvalorizou 3.15% contra o dólar.
A crise na Europa está brava, e depois do pacote de ajuda da Grécia – que correspondeu a cerca de 47% do PIB do país – e do atual pacote à Irlanda – que pode chegar a quase 60% de seu PIB – o mercado especula sobre a próxima vítima, sendo que Portugal é o mais cotado no momento. O risco é de uma contaminação ainda maior na comunidade europeia, e a catástrofe seria ter Espanha no olho do furacão, já que sua economia é maior do que a soma dos três países acima.
As commodities por sua vez continuam voláteis. Inclusive nesta semana foi publicado um artigo no Wall Street Journal apontando que a volatilidade de um dos índices de commodities, o DJ-UBS (antigo AIG index) está no maior nível desde setembro de 2009, ou em 25% (30 dias). Isto é bem acima da volatilidade do índice de ações S&P, que está em 12.5%. Nossos leitores, e principalmente aqueles que operam commodities, têm sentido isto na pele, e a notícia serve para mostrar que não estão sozinhos na dor, o que não serve muito de consolo, mas... – tem uma frase em inglês que diz que “a angústia (misery) aprecia companhia”.
Seguindo o “novo-padrão” de oscilação, o café em Nova Iorque negociou entre US$ 201.45 e US$ 213.25 centavos por libra nas últimas quatro sessões, sendo que na terça-feira entre mínima e máxima o intervalo foi de US$ 10.15 centavos. Quando tudo dava a impressão que os preços poderiam afundar mais, o mercado recuperou em simpatia com praticamente todas as outras commodities, e encerrou o dia nas altas. Na quarta-feira e na sexta-feira (quinta foi feriado), os preços escorregaram de novo, porém os dois pregões tiveram volumes bem abaixo da média.
O mercado londrino, que no meio de outubro ajudou o arábica na ICE a subir, agora pode ser o vilão e levar o contrato americano para baixo. O aumento de disponibilidade de grãos no Vietnã, e o interesse dos produtores locais em garantir os preços atuais, tem sido responsáveis pela falta da capacidade do mercado futuro em sair das mínimas. Nova Iorque tem uma figura técnica negativa também, o chamado “ombro-cabeça-ombro” (head-and-shoulders), que aponta para uma queda dos preços para US$ 175.15 centavos caso o contrato de março de 2011 rompa US$ 198.30 centavos. É mercado de gente grande!!
Olhando para o mercado físico podemos notar que a entrada da safra dos cafés suaves da Colômbia e América Central trouxeram os diferenciais para patamares mais próximos dos níveis históricos, e com isso o lavado brasileiro cai nominalmente para diferenciais de apenas um dígito positivo. Cafés brasileiros naturais foram vendidos com diferenciais largos, com negócios reportados até o final de 2011 – nada em volume muito grande.
Para finalizar vale notar que o volume de dinheiro investido nos mercados de commodities subiu de 321 bilhões de dólares para 344 bilhões em outubro. Considerando o ano de 2010 o incremento é de 7.2 bilhões até agora, em comparação com o mesmo período em 2009. Resta saber quanto mais será investido neste tipo de ativo, ou pior (baixista), como se comportará o investidor caso o dólar continue a valorizar.
Com o ano acabando, parece que o Brasil apenas aparecerá para vender a bolsa caso ela venha a subir novamente, ou caso o real desvalorize. Entretanto outras origens ainda precisam vender, e para complicar um pouco, da mesma forma que os fundos de investimento ajudaram a levar o mercado para cima, uma liquidação parcial deles pode causar fraqueza no curto-prazo. Para quem precisa vender, é bom aproveitar, pois como sempre escreve o consultor que abriga estes comentários: “lucro não quebra ninguém”.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Corrêa da Costa
Quase 2 trilhões de dólares evaporaram no mercado mundial de ações nas últimas 3 semanas, inicialmente por causa da nova onda de turbulência na zona do euro, depois em função da expectativa de retração monetária da China e recentemente com a tensão/ataque entre as Coreias.
Como consequência os investidores correram para a moeda americana, e fizeram com que o índice do dólar (cesta que é composta por seis moedas) subisse 2.41% nos últimos cinco dias, sendo que apenas o Euro desvalorizou 3.15% contra o dólar.
A crise na Europa está brava, e depois do pacote de ajuda da Grécia – que correspondeu a cerca de 47% do PIB do país – e do atual pacote à Irlanda – que pode chegar a quase 60% de seu PIB – o mercado especula sobre a próxima vítima, sendo que Portugal é o mais cotado no momento. O risco é de uma contaminação ainda maior na comunidade europeia, e a catástrofe seria ter Espanha no olho do furacão, já que sua economia é maior do que a soma dos três países acima.
As commodities por sua vez continuam voláteis. Inclusive nesta semana foi publicado um artigo no Wall Street Journal apontando que a volatilidade de um dos índices de commodities, o DJ-UBS (antigo AIG index) está no maior nível desde setembro de 2009, ou em 25% (30 dias). Isto é bem acima da volatilidade do índice de ações S&P, que está em 12.5%. Nossos leitores, e principalmente aqueles que operam commodities, têm sentido isto na pele, e a notícia serve para mostrar que não estão sozinhos na dor, o que não serve muito de consolo, mas... – tem uma frase em inglês que diz que “a angústia (misery) aprecia companhia”.
Seguindo o “novo-padrão” de oscilação, o café em Nova Iorque negociou entre US$ 201.45 e US$ 213.25 centavos por libra nas últimas quatro sessões, sendo que na terça-feira entre mínima e máxima o intervalo foi de US$ 10.15 centavos. Quando tudo dava a impressão que os preços poderiam afundar mais, o mercado recuperou em simpatia com praticamente todas as outras commodities, e encerrou o dia nas altas. Na quarta-feira e na sexta-feira (quinta foi feriado), os preços escorregaram de novo, porém os dois pregões tiveram volumes bem abaixo da média.
O mercado londrino, que no meio de outubro ajudou o arábica na ICE a subir, agora pode ser o vilão e levar o contrato americano para baixo. O aumento de disponibilidade de grãos no Vietnã, e o interesse dos produtores locais em garantir os preços atuais, tem sido responsáveis pela falta da capacidade do mercado futuro em sair das mínimas. Nova Iorque tem uma figura técnica negativa também, o chamado “ombro-cabeça-ombro” (head-and-shoulders), que aponta para uma queda dos preços para US$ 175.15 centavos caso o contrato de março de 2011 rompa US$ 198.30 centavos. É mercado de gente grande!!
Olhando para o mercado físico podemos notar que a entrada da safra dos cafés suaves da Colômbia e América Central trouxeram os diferenciais para patamares mais próximos dos níveis históricos, e com isso o lavado brasileiro cai nominalmente para diferenciais de apenas um dígito positivo. Cafés brasileiros naturais foram vendidos com diferenciais largos, com negócios reportados até o final de 2011 – nada em volume muito grande.
Para finalizar vale notar que o volume de dinheiro investido nos mercados de commodities subiu de 321 bilhões de dólares para 344 bilhões em outubro. Considerando o ano de 2010 o incremento é de 7.2 bilhões até agora, em comparação com o mesmo período em 2009. Resta saber quanto mais será investido neste tipo de ativo, ou pior (baixista), como se comportará o investidor caso o dólar continue a valorizar.
Com o ano acabando, parece que o Brasil apenas aparecerá para vender a bolsa caso ela venha a subir novamente, ou caso o real desvalorize. Entretanto outras origens ainda precisam vender, e para complicar um pouco, da mesma forma que os fundos de investimento ajudaram a levar o mercado para cima, uma liquidação parcial deles pode causar fraqueza no curto-prazo. Para quem precisa vender, é bom aproveitar, pois como sempre escreve o consultor que abriga estes comentários: “lucro não quebra ninguém”.
Uma ótima semana e muito bons negócios para todos.
Rodrigo Corrêa da Costa
sábado, 27 de novembro de 2010
Boletim semanal Escritório Carvalhaes - Mercado de café não se alterou esta semana
Santos, sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Escritório Carvalhaes
O mercado de café não se alterou esta semana. As bolsas de futuro continuaram apresentando fortes oscilações, sendo que a ICE Futures US, não trabalhou ontem, quinta-feira, devido ao dia de Ação de Graças nos EUA, operando hoje com poucos negócios.
No físico brasileiro continuou intensa a procura por lotes de café arábica de boa qualidade e finos, enquanto que os de qualidade média a fraca só encontram interessados com grande deságio em relação aos primeiros.
Como exemplo, hoje duas grandes empresas compradoras estavam no mercado com ofertas ao redor dos duzentos e trinta reais por saca para lotes de café arábica, da safra corrente, com bebida rio (mesma base praticada desde março de 2007). Os lotes de cereja descascada de melhor qualidade são comercializados entre quatrocentos e quatrocentos e vinte reais por saca, portanto com o ágio chegando a 83% (para comparação, em março de 2007 os cereja descascada valiam entre 270 e 275 reais).
Esse diferencial, aliado às análises de muitos operadores que consideram um pico de mercado os preços praticados para os melhores cafés, explica porque não existe uma corrida para aumentar a área plantada com café e um grande número de produtores não mostra entusiasmo com o atual momento da cafeicultura. As oportunidades que estão surgindo no campo da agro energia, madeira, grãos, laranja e algodão, parecem chamar mais a atenção dos agricultores.
Compradores do exterior, analistas e observadores do mercado de café costumam visitar cafezais de ponta de regiões produtoras de cafés finos, como o cerrado mineiro (responsável por menos de 10% da safra brasileira), e acabam tendo uma visão distorcida da produção brasileira como um todo. Essas regiões realmente entusiasmam e estão investindo bastante, mas não são representativas de boa parte da produção brasileira de café. O que temos de nos perguntar é se o aumento de produção com os bons tratos culturais e renovação dos cafezais dessas regiões de cafés finos não será neutralizado pelo desânimo e desestímulo à produção de café em muitas outras regiões que estão assistindo a alta de binóculo.
Até o dia 25, os embarques de novembro estavam em 2.000.207 sacas de arábica e 61.472 sacas de conillon, somando 2.061.679 sacas de café verde, mais 137.947 sacas de solúvel, contra 2.228.313 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 25, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.766.108 sacas, contra 2.815.450 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 26, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 855 pontos ou US$ 11,30 (R$ 19,53) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 12, a R$ 480,08/saca e hoje, dia 26, a R$ 463,33/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 475 pontos.
Escritório Carvalhaes
O mercado de café não se alterou esta semana. As bolsas de futuro continuaram apresentando fortes oscilações, sendo que a ICE Futures US, não trabalhou ontem, quinta-feira, devido ao dia de Ação de Graças nos EUA, operando hoje com poucos negócios.
No físico brasileiro continuou intensa a procura por lotes de café arábica de boa qualidade e finos, enquanto que os de qualidade média a fraca só encontram interessados com grande deságio em relação aos primeiros.
Como exemplo, hoje duas grandes empresas compradoras estavam no mercado com ofertas ao redor dos duzentos e trinta reais por saca para lotes de café arábica, da safra corrente, com bebida rio (mesma base praticada desde março de 2007). Os lotes de cereja descascada de melhor qualidade são comercializados entre quatrocentos e quatrocentos e vinte reais por saca, portanto com o ágio chegando a 83% (para comparação, em março de 2007 os cereja descascada valiam entre 270 e 275 reais).
Esse diferencial, aliado às análises de muitos operadores que consideram um pico de mercado os preços praticados para os melhores cafés, explica porque não existe uma corrida para aumentar a área plantada com café e um grande número de produtores não mostra entusiasmo com o atual momento da cafeicultura. As oportunidades que estão surgindo no campo da agro energia, madeira, grãos, laranja e algodão, parecem chamar mais a atenção dos agricultores.
Compradores do exterior, analistas e observadores do mercado de café costumam visitar cafezais de ponta de regiões produtoras de cafés finos, como o cerrado mineiro (responsável por menos de 10% da safra brasileira), e acabam tendo uma visão distorcida da produção brasileira como um todo. Essas regiões realmente entusiasmam e estão investindo bastante, mas não são representativas de boa parte da produção brasileira de café. O que temos de nos perguntar é se o aumento de produção com os bons tratos culturais e renovação dos cafezais dessas regiões de cafés finos não será neutralizado pelo desânimo e desestímulo à produção de café em muitas outras regiões que estão assistindo a alta de binóculo.
Até o dia 25, os embarques de novembro estavam em 2.000.207 sacas de arábica e 61.472 sacas de conillon, somando 2.061.679 sacas de café verde, mais 137.947 sacas de solúvel, contra 2.228.313 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 25, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.766.108 sacas, contra 2.815.450 sacas no mesmo dia do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 26, caiu nos contratos para entrega em março próximo, 855 pontos ou US$ 11,30 (R$ 19,53) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 12, a R$ 480,08/saca e hoje, dia 26, a R$ 463,33/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 475 pontos.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
EFEITOS DOS ACORDOS INTERNACIONAIS DO CAFÉ PARA O BRASIL NO PERÍODO DE 1960 A 1992 Por Carlos Eduardo de Andrade
Ao ler o artigo, Líderes Defendem Adesão do Brasil a Acordo para Café, a carta do Rufino e a carta do Celso Vegro, no site www.cafepoit.com.br resolvi fazer uma revisão de literatura sobre o assunto, AIC - Acordo Internacional do Café , na tentativa de enriquecer a discussão
Entre os anos de 1960 e 1992, os preços do café apresentaram alto grau de instabilidade no mercado internacional, como resultado das variações da oferta e da demanda (CAIXETA e SÃO JOSÉ, 1990).
No caso de produtos exportados com inelasticidade preço na demanda externa , as causas da instabilidade interna de preços são as flutuações dos preços internacionais e a taxa de câmbio (HOMEM DE MELO, 1981).
Portanto, quando o preço do café cai, há queda na renda dos produtores e desemprego no campo, empurrando o pequeno produtor e uma grande parte de trabalhadores rurais para a periferia das grandes cidades, o que contribui para aumentar o desemprego de parcela significativa da população .
O excesso ou a escassez de café no mercado internacional é que provoca oscilações nos preços e leva os países importadores e países produtores a tentarem acordos internacionais, visto que o comércio em nível de mercado não consegue estabilizar os preços.
Os interesses políticos e econômicos são diferentes entre os países produtores e os países consumidores. Os países produtores têm muitas vezes nos produtos agrícolas a sua principal fonte de divisas. No caso do café, sabe-se que as principais empresas importadoras, são multinacionais do setor de alimentos.
Os grandes entraves, entre os países, para se conseguir a estabilização de preço são:
a) Os níveis dos custos sociais e políticos dos acordos;
b) O nível da cota de exportação de cada país; e
c) Falta de definição do estoque regulador e de quem arcará com o seu custo.
O Acordo Internacional do café (AIC) que visava estabilização de preços vigorou entre 1962 e 1972 e teve suas cláusulas econômicas suspensas entre 1972 e 1980. Estas foram restabelecidas em setembro de 1980 e vigoraram até fevereiro de 1986, quando foram novamente suspensas até outubro de 1987; vigoraram desta data até julho de 1989, estando suspensas até os dias atuais.
Para estudar, no comércio internacional, os excedentes econômicos gerados por estes acordos, faz-se necessário o uso das curvas de oferta de exportação e de demanda de exportação, consideradas como excesso de oferta e excesso de demanda.
O nível de preço no Brasil (país exportador) é inferior ao preço de equilíbrio dos países consumidores, pressupondo-se condição autárquica.
A curva de excesso de oferta ou oferta de exportação do país exportador demonstra as quantidades disponíveis para exportação em diferentes preços. Essa curva é derivada do país exportador, tendo a sua origem no preço de equilíbrio. Portanto, as quantidades ofertadas acima deste preço são consideradas excesso de oferta.
A curva de excesso de demanda, ou demanda de importação, dos países importadores indica as quantidades que gostariam de importar, em diferentes preços, sendo essa curva derivada do país importador, originada no preço de equilíbrio . Portanto, as quantidades demandadas abaixo desse preço são consideradas excesso de demanda.
O Brasil, como principal exportador de café, tem participação relativamente grande no mercado mundial, podendo influenciar o preço de equilíbrio no mercado internacional.
Com o preço do comércio internacional estabilizado, por políticas de estabilização do país exportador, os produtores perdem e os consumidores do país importador ganham.
Quando há excesso de oferta e os preços estão estabilizados, os produtores do país exportador ganham e os consumidores do país importador perdem.
O estudo e a análise da estabilização do preço, pode ser quantificado em função das estimativas dos excedentes do produtor e do consumidor , que se fundamentam na teoria da utilidade e na teoria da produção, que têm suas origens em MARSHALL (1961), cujos conceitos foram aplicados por diversos autores (PANIAGO,1969; PASSARINHO,1980; VELLUTINI,1985; MENEZES,1987; TERRA, 1988 e ANDRADE,1995).
O excedente do consumidor, segundo MARSHALL (1961), é definido como \"a quantia máxima que o consumidor estaria disposto a pagar por dado volume do bem menos a quantia que realmente paga\".
O excedente do produtor é dado pela diferença entre o que é recebido da venda do produto e o total mínimo requerido para induzir o vendedor a desfazer-se do produto, ou seja, conforme CONTADOR (1988), o excedente do produtor é \"a diferença entre a variação na receita e a variação no custo. É, portanto, a variação do lucro\".
Dessa forma, o excedente do produtor pode ser determinado pela diferença entre o benefício social e o excedente do consumidor.
A equação de demanda em nível de agregado, para o mercado mundial, tem que levar em conta a demanda de exportação, a demanda doméstica, a formação de estoque etc. Além do mais, no estudo, considera-se o mercado de exportação e importação do produto brasileiro, pois o Brasil é um país significativo na produção mundial de café. Faz-se, portanto, a pressuposição de \"país grande\" na teoria de comércio internacional.
O efeito da estabilização é uma questão empírica. Sem conhecimento empírico dos fatores importantes, incluindo a forma (funcional) das curvas de oferta e demanda, suas elasticidades, natureza e causas de deslocamentos ou mudanças nas curvas, é impossível determinar, com certeza, o impacto da estabilização na renda.
Turnovsky (1974) citado por VELLUTINI (1985) e Just e Hallam (1978), chamam a atenção para os deslocamentos das curvas de oferta e demanda, dos efeitos tardios na variação da elasticidade no estudo dos efeitos da estabilização na receita do produtor. Turnovsky concluiu que a manutenção dos preços estáveis, tanto para o exportador quanto para o importador, não tem origem nas forças que tornam os preços instáveis, dependem, sim, exclusivamente da forma funcional ou da curvatura de oferta e demanda.
Para o cálculo do excedente de oferta (oferta de exportação) e de demanda (demanda de exportação) de café do Brasil, foram usados os dados do período de 1960 a 1992. Este período caracterizou-se por uma grande instabilidade de preços externos, correspondente a fases alternadas de superprodução e escassez do produto, e presença ou ausência do Acordo Internacional do Café.
Como os modelos de oferta e demanda de exportação apresentam, entre os componentes explicativos, variáveis endógenas (Pt) e em razão da equação ser superidentificada, fez-se necessária a utilização do método de estimação de equações simultâneas, o Mínimo Quadrado de Dois Estágios (MQ2E) para a demanda, e a oferta foi estimada pelo Mínimo Quadrado Ordinário (MQO).
Ao avaliar o excedente do consumidor somente pela demanda ordinária, pode-se estar distorcendo os resultados. Portanto, para uma análise mais detalhada e precisa dos excedentes dos consumidores em políticas de estabilização, sugere-se o uso das curvas de demanda compensada.
Segundo GARCIA (1993), \"enquanto a curva de demanda ordinária representa a quantidade que um consumidor maximizador de utilidade, com um dado nível de renda, demandará a cada preço, a curva de demanda compensada, mostra a quantidade que um consumidor demandará a cada preço, assumindo que sua renda é ajustada de maneira que ele permaneça sobre sua curva de indiferença original\".
A curva de demanda compensada mostra o efeito substituição, e a curva de demanda ordinária reflete o efeito substituição mais o efeito renda segundo WILLIG (1976). Assim, se o bem for inelástico, a utilidade marginal do dinheiro pode ser considerada constante, dessa forma a demanda compensada coincide com a demanda ordinária.
FERREIRA (1993) diz que se a proporção da renda do consumidor gasta com o produto for pequena, a diferença encontrada ao se utilizar o conceito de excedente é também muito pequena ao se usar a demanda ordinária em vez da demanda compensada.
Escolheram-se para pesquisa os países maiores consumidores de café: Estados Unidos da América (EUA) e União Européia (UE).
Os dados utilizados foram referentes ao período de 1960 a 1992 e foram obtidos de publicações de instituições que realizam pesquisas nas áreas de comércio internacional de café e demais produtos.
Uma vez disponíveis as estimativas estruturais das curvas de oferta e curvas de demanda de exportação, transformaram-se as equações estruturais em equações reduzidas, Q=f(P) onde Q significa oferta de exportação e p significa o preço de exportação.Nos trabalhos foram analisadas as seguintes alternativas:
a) Cálculo dos excedentes em que o limite da variação do preço é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação, sem o AIC, com a equação de demanda de xportação sem o AIC e o preço médio dos 15 anos sem o AIC.
b) Cálculo dos excedentes em que o limite de variação de preço é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação com o AIC, com a equação de demanda de exportação com o AIC e o preço médio observado nos 18 anos com o AIC.
c) Cálculo dos excedentes em que o limite de variação de preços é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação com o AIC, com a equação de demanda de exportação com o AIC,
Uma vez definidos os preços-limites (Pn), determinados anteriormente pelas várias alternativas possíveis, e definidos os preços de equilíbrio(Po) e igualando as equações reduzidas de oferta de exportação com a de demanda de exportação, com e sem AIC, calcularam-se os excedentes dos consumidores, os excedentes do produtores e o benefício social dos efeitos de estabilização de preços ou seja, os efeitos do Acordos Internacionais do Café no período de 1960 a 1992.
Com a metodologia utilizada calculou-se as perdas e os ganhos líquidos do país exportador (Brasil) e dos consumidores internacionais (países Importadores), advindos da presença e ausência do Acordo Internacional. Compararam-se as variabilidades máxima e mínima à média de preços observados dos 15 anos, sem a presença das cláusulas econômicas do AIC, e à média dos preços observados nos 18 anos, com a presença dessas cláusulas, para conhecer os efeitos gerados pela política de estabilização de preços.
Em todas as situações os consumidores(países importadores) tiveram ganhos líquidos, enquanto o produtor (Brasil) e a sociedade tiveram perdas líquidas no comércio internacional do café, no período estudado.
As situações em que as perdas foram maiores foram para as situações, onde o AIC estabeleceu faixas máximas e mínimas de preço. Essas perdas foram maiores nestas situações em função dos seguintes fatos:
Primeiro - Os preços de mercado da saca de café, de 1981 a 1985, período do estabelecimento da faixa mínima e máxima (US$ 160 a US$ 186,2 por saca), estavam abaixo da faixa mínima, sendo a média no período US$ 129,53;
Segundo - Neste mesmo período, o IBC adotou a estratégia de \"Avisos de Garantia\" (títulos a serem descontados nas futuras aquisições), ou seja, o importador recebia a diferença entre o preço oficial de venda do Brasil e a média das cotações do café de outras origens. Estes \"Avisos de Garantia\" eram, na verdade, subsídios aos consumidores; e
Terceiro - A situação é apenas hipotética, uma vez que tal faixa não foi cumprida pelos países consumidores.
Quando se compararam o preço de equilíbrio das equações de oferta, com o AIC, as equações de demanda, nas quais o AIC altera a inclinação ou o intercepto, e as médias dos preços de mercado dos 18 anos com cláusula econômica do AIC, situações mais realistas, observou-se que as alternativas não são tão discrepantes, mas que apenas existiram em hipóteses em face do não-cumprimento das faixas de oscilações do preço. O Brasil perdeu.
Essas perdas são sociais, elas são perdas num todo, no \"agregado\", não significa porém que todos da cadeia café, produção, comercialização interna e exportadores brasileiros perderam.
Nas situações de livre mercado, em que se compararam o preço de equilíbrio das equações de oferta de exportação, sem o AIC, as equações de demanda, sem o AIC, e o preço médio dos 15 anos, sem a intervenção do AIC, situações também mais realistas, percebeu-se também que houve perda para a sociedade e para o Brasil em valores mais palpáveis que os do período de vigência do AIC.
O fato de o Brasil e a sociedade terem tido perda em todas as situações pode estar relacionado com um número reduzido de empresas no mercado internacional do café. Estas empresas absorveram os excedentes.
Além do mais, no caso do café, são mais de 50 países produtores, muitos dos quais com economias frágeis, e a maioria dos governos intervêm na tentativa de defender os interesses nacionais. Ocorre, ainda, uma brutal disparidade de forças dos importadores perante as instituições oficiais. Além disso, como observaram JUST & HALLAM (1978), a maioria dos estudos empíricos tem levado em conta regras arbitrárias de transações de estoques reguladores, como níveis de preço.
A investigação teórica, porém, já demonstrou que a eficiência econômica leva a formação de estoques reguladores, mesmo a preços próximos do normal e normalmente os encargos de manutenção dos estoques reguladores recaem sobre os países produtores.
Na atividade cafeeira, em particular, o governo brasileiro estabeleceu diversas políticas, como:
Controle de produção, preço de garantia, preços mínimos de registro, cota de contribuição, política de intervenção do IBC e as políticas cambiais, que, além de afetarem os preços recebidos pelos produtores, interferiram nos preços pagos pelos importadores. Ainda, esta política cambial interferiu nos preços pagos aos insumos importados utilizados na produção, como os fertilizantes e os defensivos (LOGATO, 1993).
Os resultados acima mostram que o Brasil perdeu excedentes econômicos com a política de comércio internacional em todo o período estudado, tanto no curto quanto no longo prazo, tendo em vista que ao se calcularem as elasticidades de longo prazo, tanto para a oferta quanto para a demanda de exportação, praticamente não houve alteração de valor.
Por outro lado, o Brasil também não ganhou com os preços instáveis no mercado internacional do café. Talvez estas informações estejam ligadas ao fato de que o Brasil, ao tentar garantir o preço do produto isoladamente, por intermédio da política de controle da oferta, incentivou outros países a produzirem café e perdeu mercado, e isso quer dizer que a política adotada pelo Brasil em relação ao café não foi correta.
Também, há de se levar em conta que, até a extinção do IBC, o governo alterava as regras e interferia no mercado nacional, à revelia da sociedade produtora e integrante de toda a cadeia produtiva do café, no intuito de reforçar o caixa e financiar o setor industrial nascente.
Os resultados encontrados mostram que o Brasil vêm, até os dias atuais, adotando política de comércio internacional equivocada e que a escassez de estudos detalhados sobre o comércio internacional de café induz a correntes em direções opostas: uma favorável à volta do acordo e outra contra
Uma desvantagem seria o AIC se transformar em incentivo para os países menos expressivos, via mercado internacional, aumentar a produção e ganhar mercado, em detrimento dos países já tradicionais.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, CARLOS EDUARDO DE. Análises dos Excedentes Econômicos Gerados pelos Acordos Internacionais do Café, no período de 1960 a 1992. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1995. 139 p. (Tese M.S.).
CAIXETA, G.Z.T. & SÃO JOSÉ, J.A.B. Tendência de preços, sazionalidade e relação de trocas no mercado cafeeiro de Minas Gerais, 1979-1988. R. Econ. Sociol. Rural, 28(1):123-42, 1990.
CONTADOR, C.R. Avaliação social de projetos. São Paulo, Atlas, 1988. 301 p.
FERREIRA, M.M. Retorno aos investimentos em pesquisa e assistência técnica na cultura do café em Minas Gerais. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1993. 139 p. (Tese M.S.).
GARCIA, H.A. Retorno social da pesquisa e extensão agropecuárias: algodão na república argentina. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1993. 145 p. (Tese D.S.).
HOMEM DE MELO, F.B. Abertura ao exterior e estabilidade de preços agrícolas. R. Bras. Econ., 35(12):189-205, 1981.
JUST, R. & HALLAM, J.A. Functional flexibility in analysis of commodity price stabilization policy. J. Amer. Stat. Assoc., Business and Economic Statistics Section, 73:220-258, 1978.
LOGATO, E.S. Efeitos das políticas econômicas sobre a cafeicultura mineira, 1970-90. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1993. 137 p. (Tese M.S.).
MARSHALL, A. Principles of economics. 8.ed. London, MacMillan, 1961. 731 p.
MENEZES, J.A.S. Estabilização de preços de cacau via estoque regulador. Brasília, CEPLAC, 1987. 91 p. (Série estudos econômicos, 11).
MENEZES, S.M.A. Brasil e os acordos internacionais de cacau, café e açúcar, 1962-1982. Piracicaba, ESALQ, 1985. 127 p. (Tese M.S.).
PANIAGO, E. An evaluation of agricultural price policies for selected food products: Brazil. Purdue, Purdue University, 1969. 285 p. (Tese Ph.D.).
PASSARINHO, R.P. Análise dos custos sociais de políticas de preços de produtos básicos de alimentação para o caso do Brasil. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1980. 98 p. (Tese M.S.).
TERRA, P. Efeitos econômicos de políticas de estabilização de preços de cacau: o caso do Brasil. Viçosa, MG, UFV, Impr. Univ., 1988. 61 p. (Tese M.S.).
VELLUTINI, R.A.S. Estabilização de preços de produtos primários e bem-estar: uma análise retrospectiva. R. Bras. Econ., 39(3):243-57, 1985.
WILLIG, R.D. Consumer surplus without apology. Amer. Ec. Rev., 66(4):589-97, 1976.
Entre os anos de 1960 e 1992, os preços do café apresentaram alto grau de instabilidade no mercado internacional, como resultado das variações da oferta e da demanda (CAIXETA e SÃO JOSÉ, 1990).
No caso de produtos exportados com inelasticidade preço na demanda externa , as causas da instabilidade interna de preços são as flutuações dos preços internacionais e a taxa de câmbio (HOMEM DE MELO, 1981).
Portanto, quando o preço do café cai, há queda na renda dos produtores e desemprego no campo, empurrando o pequeno produtor e uma grande parte de trabalhadores rurais para a periferia das grandes cidades, o que contribui para aumentar o desemprego de parcela significativa da população .
O excesso ou a escassez de café no mercado internacional é que provoca oscilações nos preços e leva os países importadores e países produtores a tentarem acordos internacionais, visto que o comércio em nível de mercado não consegue estabilizar os preços.
Os interesses políticos e econômicos são diferentes entre os países produtores e os países consumidores. Os países produtores têm muitas vezes nos produtos agrícolas a sua principal fonte de divisas. No caso do café, sabe-se que as principais empresas importadoras, são multinacionais do setor de alimentos.
Os grandes entraves, entre os países, para se conseguir a estabilização de preço são:
a) Os níveis dos custos sociais e políticos dos acordos;
b) O nível da cota de exportação de cada país; e
c) Falta de definição do estoque regulador e de quem arcará com o seu custo.
O Acordo Internacional do café (AIC) que visava estabilização de preços vigorou entre 1962 e 1972 e teve suas cláusulas econômicas suspensas entre 1972 e 1980. Estas foram restabelecidas em setembro de 1980 e vigoraram até fevereiro de 1986, quando foram novamente suspensas até outubro de 1987; vigoraram desta data até julho de 1989, estando suspensas até os dias atuais.
Para estudar, no comércio internacional, os excedentes econômicos gerados por estes acordos, faz-se necessário o uso das curvas de oferta de exportação e de demanda de exportação, consideradas como excesso de oferta e excesso de demanda.
O nível de preço no Brasil (país exportador) é inferior ao preço de equilíbrio dos países consumidores, pressupondo-se condição autárquica.
A curva de excesso de oferta ou oferta de exportação do país exportador demonstra as quantidades disponíveis para exportação em diferentes preços. Essa curva é derivada do país exportador, tendo a sua origem no preço de equilíbrio. Portanto, as quantidades ofertadas acima deste preço são consideradas excesso de oferta.
A curva de excesso de demanda, ou demanda de importação, dos países importadores indica as quantidades que gostariam de importar, em diferentes preços, sendo essa curva derivada do país importador, originada no preço de equilíbrio . Portanto, as quantidades demandadas abaixo desse preço são consideradas excesso de demanda.
O Brasil, como principal exportador de café, tem participação relativamente grande no mercado mundial, podendo influenciar o preço de equilíbrio no mercado internacional.
Com o preço do comércio internacional estabilizado, por políticas de estabilização do país exportador, os produtores perdem e os consumidores do país importador ganham.
Quando há excesso de oferta e os preços estão estabilizados, os produtores do país exportador ganham e os consumidores do país importador perdem.
O estudo e a análise da estabilização do preço, pode ser quantificado em função das estimativas dos excedentes do produtor e do consumidor , que se fundamentam na teoria da utilidade e na teoria da produção, que têm suas origens em MARSHALL (1961), cujos conceitos foram aplicados por diversos autores (PANIAGO,1969; PASSARINHO,1980; VELLUTINI,1985; MENEZES,1987; TERRA, 1988 e ANDRADE,1995).
O excedente do consumidor, segundo MARSHALL (1961), é definido como \"a quantia máxima que o consumidor estaria disposto a pagar por dado volume do bem menos a quantia que realmente paga\".
O excedente do produtor é dado pela diferença entre o que é recebido da venda do produto e o total mínimo requerido para induzir o vendedor a desfazer-se do produto, ou seja, conforme CONTADOR (1988), o excedente do produtor é \"a diferença entre a variação na receita e a variação no custo. É, portanto, a variação do lucro\".
Dessa forma, o excedente do produtor pode ser determinado pela diferença entre o benefício social e o excedente do consumidor.
A equação de demanda em nível de agregado, para o mercado mundial, tem que levar em conta a demanda de exportação, a demanda doméstica, a formação de estoque etc. Além do mais, no estudo, considera-se o mercado de exportação e importação do produto brasileiro, pois o Brasil é um país significativo na produção mundial de café. Faz-se, portanto, a pressuposição de \"país grande\" na teoria de comércio internacional.
O efeito da estabilização é uma questão empírica. Sem conhecimento empírico dos fatores importantes, incluindo a forma (funcional) das curvas de oferta e demanda, suas elasticidades, natureza e causas de deslocamentos ou mudanças nas curvas, é impossível determinar, com certeza, o impacto da estabilização na renda.
Turnovsky (1974) citado por VELLUTINI (1985) e Just e Hallam (1978), chamam a atenção para os deslocamentos das curvas de oferta e demanda, dos efeitos tardios na variação da elasticidade no estudo dos efeitos da estabilização na receita do produtor. Turnovsky concluiu que a manutenção dos preços estáveis, tanto para o exportador quanto para o importador, não tem origem nas forças que tornam os preços instáveis, dependem, sim, exclusivamente da forma funcional ou da curvatura de oferta e demanda.
Para o cálculo do excedente de oferta (oferta de exportação) e de demanda (demanda de exportação) de café do Brasil, foram usados os dados do período de 1960 a 1992. Este período caracterizou-se por uma grande instabilidade de preços externos, correspondente a fases alternadas de superprodução e escassez do produto, e presença ou ausência do Acordo Internacional do Café.
Como os modelos de oferta e demanda de exportação apresentam, entre os componentes explicativos, variáveis endógenas (Pt) e em razão da equação ser superidentificada, fez-se necessária a utilização do método de estimação de equações simultâneas, o Mínimo Quadrado de Dois Estágios (MQ2E) para a demanda, e a oferta foi estimada pelo Mínimo Quadrado Ordinário (MQO).
Ao avaliar o excedente do consumidor somente pela demanda ordinária, pode-se estar distorcendo os resultados. Portanto, para uma análise mais detalhada e precisa dos excedentes dos consumidores em políticas de estabilização, sugere-se o uso das curvas de demanda compensada.
Segundo GARCIA (1993), \"enquanto a curva de demanda ordinária representa a quantidade que um consumidor maximizador de utilidade, com um dado nível de renda, demandará a cada preço, a curva de demanda compensada, mostra a quantidade que um consumidor demandará a cada preço, assumindo que sua renda é ajustada de maneira que ele permaneça sobre sua curva de indiferença original\".
A curva de demanda compensada mostra o efeito substituição, e a curva de demanda ordinária reflete o efeito substituição mais o efeito renda segundo WILLIG (1976). Assim, se o bem for inelástico, a utilidade marginal do dinheiro pode ser considerada constante, dessa forma a demanda compensada coincide com a demanda ordinária.
FERREIRA (1993) diz que se a proporção da renda do consumidor gasta com o produto for pequena, a diferença encontrada ao se utilizar o conceito de excedente é também muito pequena ao se usar a demanda ordinária em vez da demanda compensada.
Escolheram-se para pesquisa os países maiores consumidores de café: Estados Unidos da América (EUA) e União Européia (UE).
Os dados utilizados foram referentes ao período de 1960 a 1992 e foram obtidos de publicações de instituições que realizam pesquisas nas áreas de comércio internacional de café e demais produtos.
Uma vez disponíveis as estimativas estruturais das curvas de oferta e curvas de demanda de exportação, transformaram-se as equações estruturais em equações reduzidas, Q=f(P) onde Q significa oferta de exportação e p significa o preço de exportação.Nos trabalhos foram analisadas as seguintes alternativas:
a) Cálculo dos excedentes em que o limite da variação do preço é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação, sem o AIC, com a equação de demanda de xportação sem o AIC e o preço médio dos 15 anos sem o AIC.
b) Cálculo dos excedentes em que o limite de variação de preço é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação com o AIC, com a equação de demanda de exportação com o AIC e o preço médio observado nos 18 anos com o AIC.
c) Cálculo dos excedentes em que o limite de variação de preços é o preço de equilíbrio da equação de oferta de exportação com o AIC, com a equação de demanda de exportação com o AIC,
Uma vez definidos os preços-limites (Pn), determinados anteriormente pelas várias alternativas possíveis, e definidos os preços de equilíbrio(Po) e igualando as equações reduzidas de oferta de exportação com a de demanda de exportação, com e sem AIC, calcularam-se os excedentes dos consumidores, os excedentes do produtores e o benefício social dos efeitos de estabilização de preços ou seja, os efeitos do Acordos Internacionais do Café no período de 1960 a 1992.
Com a metodologia utilizada calculou-se as perdas e os ganhos líquidos do país exportador (Brasil) e dos consumidores internacionais (países Importadores), advindos da presença e ausência do Acordo Internacional. Compararam-se as variabilidades máxima e mínima à média de preços observados dos 15 anos, sem a presença das cláusulas econômicas do AIC, e à média dos preços observados nos 18 anos, com a presença dessas cláusulas, para conhecer os efeitos gerados pela política de estabilização de preços.
Em todas as situações os consumidores(países importadores) tiveram ganhos líquidos, enquanto o produtor (Brasil) e a sociedade tiveram perdas líquidas no comércio internacional do café, no período estudado.
As situações em que as perdas foram maiores foram para as situações, onde o AIC estabeleceu faixas máximas e mínimas de preço. Essas perdas foram maiores nestas situações em função dos seguintes fatos:
Primeiro - Os preços de mercado da saca de café, de 1981 a 1985, período do estabelecimento da faixa mínima e máxima (US$ 160 a US$ 186,2 por saca), estavam abaixo da faixa mínima, sendo a média no período US$ 129,53;
Segundo - Neste mesmo período, o IBC adotou a estratégia de \"Avisos de Garantia\" (títulos a serem descontados nas futuras aquisições), ou seja, o importador recebia a diferença entre o preço oficial de venda do Brasil e a média das cotações do café de outras origens. Estes \"Avisos de Garantia\" eram, na verdade, subsídios aos consumidores; e
Terceiro - A situação é apenas hipotética, uma vez que tal faixa não foi cumprida pelos países consumidores.
Quando se compararam o preço de equilíbrio das equações de oferta, com o AIC, as equações de demanda, nas quais o AIC altera a inclinação ou o intercepto, e as médias dos preços de mercado dos 18 anos com cláusula econômica do AIC, situações mais realistas, observou-se que as alternativas não são tão discrepantes, mas que apenas existiram em hipóteses em face do não-cumprimento das faixas de oscilações do preço. O Brasil perdeu.
Essas perdas são sociais, elas são perdas num todo, no \"agregado\", não significa porém que todos da cadeia café, produção, comercialização interna e exportadores brasileiros perderam.
Nas situações de livre mercado, em que se compararam o preço de equilíbrio das equações de oferta de exportação, sem o AIC, as equações de demanda, sem o AIC, e o preço médio dos 15 anos, sem a intervenção do AIC, situações também mais realistas, percebeu-se também que houve perda para a sociedade e para o Brasil em valores mais palpáveis que os do período de vigência do AIC.
O fato de o Brasil e a sociedade terem tido perda em todas as situações pode estar relacionado com um número reduzido de empresas no mercado internacional do café. Estas empresas absorveram os excedentes.
Além do mais, no caso do café, são mais de 50 países produtores, muitos dos quais com economias frágeis, e a maioria dos governos intervêm na tentativa de defender os interesses nacionais. Ocorre, ainda, uma brutal disparidade de forças dos importadores perante as instituições oficiais. Além disso, como observaram JUST & HALLAM (1978), a maioria dos estudos empíricos tem levado em conta regras arbitrárias de transações de estoques reguladores, como níveis de preço.
A investigação teórica, porém, já demonstrou que a eficiência econômica leva a formação de estoques reguladores, mesmo a preços próximos do normal e normalmente os encargos de manutenção dos estoques reguladores recaem sobre os países produtores.
Na atividade cafeeira, em particular, o governo brasileiro estabeleceu diversas políticas, como:
Controle de produção, preço de garantia, preços mínimos de registro, cota de contribuição, política de intervenção do IBC e as políticas cambiais, que, além de afetarem os preços recebidos pelos produtores, interferiram nos preços pagos pelos importadores. Ainda, esta política cambial interferiu nos preços pagos aos insumos importados utilizados na produção, como os fertilizantes e os defensivos (LOGATO, 1993).
Os resultados acima mostram que o Brasil perdeu excedentes econômicos com a política de comércio internacional em todo o período estudado, tanto no curto quanto no longo prazo, tendo em vista que ao se calcularem as elasticidades de longo prazo, tanto para a oferta quanto para a demanda de exportação, praticamente não houve alteração de valor.
Por outro lado, o Brasil também não ganhou com os preços instáveis no mercado internacional do café. Talvez estas informações estejam ligadas ao fato de que o Brasil, ao tentar garantir o preço do produto isoladamente, por intermédio da política de controle da oferta, incentivou outros países a produzirem café e perdeu mercado, e isso quer dizer que a política adotada pelo Brasil em relação ao café não foi correta.
Também, há de se levar em conta que, até a extinção do IBC, o governo alterava as regras e interferia no mercado nacional, à revelia da sociedade produtora e integrante de toda a cadeia produtiva do café, no intuito de reforçar o caixa e financiar o setor industrial nascente.
Os resultados encontrados mostram que o Brasil vêm, até os dias atuais, adotando política de comércio internacional equivocada e que a escassez de estudos detalhados sobre o comércio internacional de café induz a correntes em direções opostas: uma favorável à volta do acordo e outra contra
Uma desvantagem seria o AIC se transformar em incentivo para os países menos expressivos, via mercado internacional, aumentar a produção e ganhar mercado, em detrimento dos países já tradicionais.
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