A economia da felicidade por Jeffrey D. Sachs
Vivemos em tempos de altas ansiedades. Apesar de o mundo usufruir de uma riqueza total sem precedentes, também há ampla insegurança, agitação e insatisfação. Nos Estados Unidos, uma grande maioria dos americanos acredita que o país está "no caminho errado". O pessimismo está nas alturas. O mesmo vale para muitos outros lugares.Tendo essa situação como pano de fundo, chegou a hora de reconsiderar as fontes básicas de felicidade em nossa vida econômica. A busca incansável de rendas maiores vem nos levando a uma ansiedade e iniquidade sem precedentes, em vez de nos conduzir a uma maior felicidade e satisfação na vida. O progresso econômico é importante e pode melhorar a qualidade de vida, mas só se o buscarmos junto com outras metas.Nesse sentido, o Reino do Butão vem mostrando o caminho. Há 40 anos, o quarto rei do Butão, jovem e recém-entronado, fez uma escolha notável: o Butão deveria buscar a "Felicidade Nacional Bruta" (FNB), em vez do Produto Nacional Bruto (PNB). Desde então, o país vem experimentando uma abordagem alternativa e holística em relação ao desenvolvimento, que enfatiza não apenas o crescimento da economia, mas também a cultura, saúde mental, compaixão e comunidade.Dezenas de especialistas reuniram-se recentemente na capital do Butão, Thimbu, para fazer um balanço sobre o desempenho do país. Fui um dos coanfitriões, com o primeiro-ministro do Butão, Jigme Thinley, um líder em desenvolvimento sustentável e grande defensor do conceito de "FNB". A reunião ocorreu na esteira da declaração de julho da assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou os países a avaliar como as políticas nacionais podem promover a felicidade em suas sociedades.Devemos sim apoiar o desenvolvimento e crescimento econômico, mas apenas dentro de um contexto mais amplo: um contexto que promova a sustentabilidade ambiental e os valores da compaixão e honestidade, necessários para criar a confiança social. Todos os que se reuniram em Thimbu concordaram sobre a importância de buscar a felicidade em vez da renda nacional. A questão que examinamos é como alcançar a felicidade em um mundo caracterizado pela rápida urbanização, meios de comunicação de massa, capitalismo global e degradação ambiental. Como nossa vida econômica pode ser reordenada para recriar um senso de comunidade, confiança e sustentabilidade ambiental?Estas foram algumas das conclusões iniciais. Primeira, não devemos menosprezar o valor do progresso econômico. Há sofrimento quando as pessoas passam fome, quando são privadas do atendimento de necessidades básicas, como água potável, atendimento médico e educação, ou empregos dignos.Segunda, a busca contínua do PNB, sem levar em conta outros objetivos, tampouco é caminho para a felicidade. Nos EUA, o PNB subiu acentuadamente nos últimos 40 anos, mas a felicidade, não. Em vez disso, a busca obstinada do PNB levou a grandes desigualdades de riqueza e poder - alimentadas pelo crescimento de uma grande subclasse --, aprisionou milhões de crianças na pobreza e provocou grave degradação ambiental.Terceira, a felicidade é alcançada por meio de uma abordagem de vida equilibrada, entre indivíduos e sociedade. Como indivíduos, somos infelizes quando nos é negado o atendimento de necessidades básicas materiais, mas também somos infelizes se a busca por rendas maiores substitui nosso foco na família, amigos, comunidade, compaixão e equilíbrio interno. Como sociedade, uma coisa é organizar políticas econômicas para manter os padrões de vida em alta, mas outra bem diferente é subordinar todos os valores da sociedade à busca do lucro.A política nos EUA, contudo, permitiu cada vez mais que os lucros empresariais dominassem todas as outras aspirações: igualdade, justiça, confiança, saúde física e mental e sustentabilidade ambiental. As contribuições de empresas a campanhas corroem cada vez mais o processo democrático, com a benção da Corte Suprema dos EUA.Quarta, o capitalismo global apresenta muitas ameaças diretas à felicidade. Está destruindo o ambiente com as mudanças climáticas e outros tipos de poluição, enquanto um fluxo incansável de propaganda da indústria petrolífera leva muitas pessoas a desconhecer o problema. Isso enfraquece a estabilidade mental e confiança social, com a incidência de depressões clínicas aparentemente em alta. Os meios de comunicação de massa se tornaram meio de distribuição de "mensagens" empresariais em grande parte abertamente contra a ciência, enquanto os americanos sofrem de um número cada vez de vícios de consumo.Consideremos como as lanchonetes de refeições rápidas usam óleos, gorduras, açúcares e outros ingredientes viciantes que criam uma dependência, prejudicial à saúde, em relação a alimentos que contribuem para a obesidade. Cerca de 30% dos americanos são obesos na atualidade. O resto do mundo acabará seguindo o mesmo caminho, a menos que os países restrinjam práticas empresariais perigosas, como a publicidade, voltada a crianças, de alimentos viciantes e prejudiciais à saúde.O problema não está apenas nos alimentos, a publicidade voltada às grandes massas contribuiu para muitos outros vícios de consumo, que implicam em altos custos à saúde pública, incluindo o hábito de ver televisão em excesso, apostas, uso de drogas, fumo e alcoolismo.Quinta, para promover a felicidade, precisamos identificar os muitos fatores além do PNB que podem melhorar ou piorar o bem-estar de uma sociedade. A maioria dos países investe para calcular o PNB, mas pouco gasta para identificar as fontes da má situação da área de saúde (como o fast-food e o tempo excessivo em frente à TV), o declínio da confiança social e a degradação ambiental. Uma vez que compreendamos esses fatores, teremos condições de agir.A busca insana pelos lucros empresariais ameaça a todos nós. Naturalmente, devemos apoiar o desenvolvimento e crescimento econômico, mas apenas dentro de um contexto mais amplo: um contexto que promova a sustentabilidade ambiental e os valores da compaixão e honestidade, necessários para criar a confiança social. A busca da felicidade não deveria ficar confinada ao belo reino montanhoso do Butão. Jeffrey D. Sachs é professor de Economia e diretor do Instituto Terra, da Columbia University. É também assessor especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Café volta a ter bons ganhos na ICE e pode buscar os 300,00 - 29/08
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta segunda-feira com fortes ganhos, em mais uma ação de continuidade de compras, que já se estende por mais de duas semanas na bolsa norte-americana.
O dia foi caracterizado por ações compradoras de especuladores e de fundos, ao passo que as origens, notadamente as brasileiras, continuam demonstrando pouco apetite vendedor, o que dá sustentação para os ganhos na bolsa. Os níveis de preço alcançados na casa de comercialização nova-iorquina atingiram os melhores níveis desde maio e alguns operadores já avaliam a possibilidade de o nível de 300,00 centavos ser testado.
O fechamento da sessão se deu próximo das máximas do dia, o que, na visão de traders, também é uma sinalização de força. As médias móveis de curto e de longo prazo estão conseguindo ser superadas, o que também é uma sinalização altista, sendo que, passo a passo, o mercado vem conseguindo ampliar seus níveis de cotação. Fundamentalmente, o mercado continua a verificar uma escassez de notícias.
A questão climática no Brasil praticamente está descartada, sendo que várias regiões do país registram temperaturas dignas de verão, totalmente atípicas para um agosto. Por sua vez, a Colômbia não demonstra maiores preocupações climáticas e o Vietnã não apresenta novidades no que se refere aos atrasos nos embarques.
O mercado externo também contribuiu para o bom desempenho das cotações do café. As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram um dia de ganhos consistentes, ao passo que o dólar voltou a demonstrar fraqueza em relação a uma cesta de moedas internacionais.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 525 pontos com 284,45 centavos, sendo a máxima em 284,75 e a mínima em 279,90 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 525 pontos, com a libra a 286,95 centavos, sendo a máxima em 287,00 e a mínima em 282,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, não se verificou sessão, por conta do feriado bancário de primavera.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela força dos preços. A abertura do dia se deu na mínima registrada, sendo que, escalonadamente, os ganhos foram se consolidando, se tornando ainda mais incisivos na segunda parte da sessão. "Tivemos uma continuidade do clima favorável verificado ao longo das últimas sessões. O café demonstra uma retomada do cenário de força e poderemos, sim, buscar níveis mais altos, rompendo resistências mais fortes", disse um trader.
As cotações na ICE tendo a ficar firmes, em torno do nível de 300,00 centavos, por conta da demanda do grão. A opinião é de Emmanuel Drivas, co-fundador e diretor da The Coffee Club, maior rede de cafeterias da Austrália. Para ele, a forte procuara por café de alta qualidade, em especial nos mercados emergentes, como China e Índia, deve continuar a sustentar as cotações em alta. Para Drivas, o café é visto como um produto sofisticado. "É isso que está elevando a demanda nos mercados asiáticos."
Drew Geraghty, broker da Icap Futures, disse que é possível que o mercado possa, novamente, buscar os 300,00 centavos por libra peso, no curto prazo, principalmente se o Brasil mantiver sua atividade vendedora de forma limitada e também por conta da aproximação do inverno no hemisfério norte, período em que, tradicionalmente, se verifica uma maior demanda por grãos no mercado internacional. Os futuros de café arábica tiveram um ganho de 20% desde o último dia 8 de agosto.
As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 26, somaram 2.195.845 sacas, contra 1.747.270 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.000 sacas, indo para 1.468.595 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.510 lotes, com as opções tendo 2.645 calls e 2.948 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 284,75, 284,90-285,00, 285,50, 286,00, 286,50, 287,00, 287,50, 288,00, 288,50 e 289,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 279,90, 279,50, 279,00, 278,50, 278,00, 277,50, 277,00, 276,50, 276,00, 275,50 e 275,10-275,00 centavos por libra.
O dia foi caracterizado por ações compradoras de especuladores e de fundos, ao passo que as origens, notadamente as brasileiras, continuam demonstrando pouco apetite vendedor, o que dá sustentação para os ganhos na bolsa. Os níveis de preço alcançados na casa de comercialização nova-iorquina atingiram os melhores níveis desde maio e alguns operadores já avaliam a possibilidade de o nível de 300,00 centavos ser testado.
O fechamento da sessão se deu próximo das máximas do dia, o que, na visão de traders, também é uma sinalização de força. As médias móveis de curto e de longo prazo estão conseguindo ser superadas, o que também é uma sinalização altista, sendo que, passo a passo, o mercado vem conseguindo ampliar seus níveis de cotação. Fundamentalmente, o mercado continua a verificar uma escassez de notícias.
A questão climática no Brasil praticamente está descartada, sendo que várias regiões do país registram temperaturas dignas de verão, totalmente atípicas para um agosto. Por sua vez, a Colômbia não demonstra maiores preocupações climáticas e o Vietnã não apresenta novidades no que se refere aos atrasos nos embarques.
O mercado externo também contribuiu para o bom desempenho das cotações do café. As bolsas de valores dos Estados Unidos tiveram um dia de ganhos consistentes, ao passo que o dólar voltou a demonstrar fraqueza em relação a uma cesta de moedas internacionais.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 525 pontos com 284,45 centavos, sendo a máxima em 284,75 e a mínima em 279,90 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 525 pontos, com a libra a 286,95 centavos, sendo a máxima em 287,00 e a mínima em 282,00 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, não se verificou sessão, por conta do feriado bancário de primavera.
De acordo com analistas internacionais, o dia foi caracterizado pela força dos preços. A abertura do dia se deu na mínima registrada, sendo que, escalonadamente, os ganhos foram se consolidando, se tornando ainda mais incisivos na segunda parte da sessão. "Tivemos uma continuidade do clima favorável verificado ao longo das últimas sessões. O café demonstra uma retomada do cenário de força e poderemos, sim, buscar níveis mais altos, rompendo resistências mais fortes", disse um trader.
As cotações na ICE tendo a ficar firmes, em torno do nível de 300,00 centavos, por conta da demanda do grão. A opinião é de Emmanuel Drivas, co-fundador e diretor da The Coffee Club, maior rede de cafeterias da Austrália. Para ele, a forte procuara por café de alta qualidade, em especial nos mercados emergentes, como China e Índia, deve continuar a sustentar as cotações em alta. Para Drivas, o café é visto como um produto sofisticado. "É isso que está elevando a demanda nos mercados asiáticos."
Drew Geraghty, broker da Icap Futures, disse que é possível que o mercado possa, novamente, buscar os 300,00 centavos por libra peso, no curto prazo, principalmente se o Brasil mantiver sua atividade vendedora de forma limitada e também por conta da aproximação do inverno no hemisfério norte, período em que, tradicionalmente, se verifica uma maior demanda por grãos no mercado internacional. Os futuros de café arábica tiveram um ganho de 20% desde o último dia 8 de agosto.
As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 26, somaram 2.195.845 sacas, contra 1.747.270 sacas registradas no mesmo período de setembro, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 2.000 sacas, indo para 1.468.595 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 11.510 lotes, com as opções tendo 2.645 calls e 2.948 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 284,75, 284,90-285,00, 285,50, 286,00, 286,50, 287,00, 287,50, 288,00, 288,50 e 289,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 279,90, 279,50, 279,00, 278,50, 278,00, 277,50, 277,00, 276,50, 276,00, 275,50 e 275,10-275,00 centavos por libra.
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
CAFÉ SOBE MAIS, MAS PODE SOFRER UMA PAUSA por Rodrigo Corrêa da Costa
CAFÉ SOBE MAIS, MAS PODE SOFRER UMA PAUSA O comentário desta semana será curto já que apenas agora (domingo, 23:30hrs) retornei para casa depois de ter tido que evacuar meu apartamento em função do furacão Irene. No total foi uma viagem de 10 horas, que com preparativos tomaram praticamente todo o final de semana. Por sinal a semana foi turbulenta com o terremoto em Virginia que também foi sentido aqui em Nova Iorque. Bem, os mercados ao menos conseguiram subir apesar dos eventos da natureza e do presidente do FED americano não ter sinalizado um novo plano de compra de títulos. Os investidores se contentaram em ouvir o Sr.Bernanke dizer que ainda tem cartas na manga para serem usadas caso seja preciso (yeah, right!).Os ganhos significativos dos mercados acionários nos Estados Unidos e relativamente modestos no resto do mundo não atrapalharam as commodities que também subiram, muito embora o ouro em apenas uma sessão tenha caído quase 6%.O café não mudou sua trajetória de alta ganhando US$ 12.37 por saca na ICE, US$ 12.70 na BM&F, e US$ 4.20 na LIFFE. Como podemos notar a alta do “C” foi completamente refletida no arábica em São Paulo, o que faz com que a arbitragem se mantenha estreita, encerrando a semana em US$ 6.52 centavos por libra negativos.A movimentação no mercado físico no Brasil foi boa com os produtores aproveitando a alta para vender um pouco de seus cafés. No FOB parece que foram negociados cafés do tipo equivalente a “swedish” a diferenciais difíceis de serem explicados, algo como US$ 20 centavos por libra de desconto – vai entender...Nas regiões produtoras de cafés-suaves a procura por café aumentou e negócios de safra-nova foram reportados, porém os volumes foram pequenos. A falta de café e o pico da entressafra na América Central podem ser parcialmente explicados pelo crescimento da exportação dos países produtores de arábica. Segundo dado divulgado pela ANACAFÉ nesta semana, os países da América Latina, excluindo o Brasil, incrementaram suas exportações em 14% se comparados com o mesmo período da safra anterior. O total exportado entre outubro de 2010 e julho de 2011 foi de 23.1 milhões de sacas, mostrando que não houve nenhum fazendeiro que tenha virado suas costas para os preços atrativos.Do lado do robusta tudo indica que o Vietnã colherá uma nova safra-recorde, algo que poucos imaginavam há seis meses atrás. Em função disto o mercado londrino não está conseguindo subir muito, e os diferenciais para a safra-nova tem sido oferecido a níveis atrativos para os compradores.Para a semana que se inicia embora possamos ter uma sequência de ganho do café na ICE, por razões técnicas e por causa do recuo de venda de origens, creio que o potencial de alta é limitado. Vale ressaltar que os fundos já não estão mais vendidos, e que alguns indicadores podem não fazer com que eles montem uma posição grande comprada neste momento. Portanto acredito que estamos perto de uma realização dos preços, que deve levar Nova Iorque para baixo de US$ 270 centavos no curto-prazo.Uma ótima semana e muito bons negócios para todos,Rodrigo Corrêa da Costa escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting
domingo, 28 de agosto de 2011
Mercado de Açúcar – Comentário Semanal – de 22 a 26 de agosto de 2011
Mercado de Açúcar – Comentário Semanal – de 22 a 26 de agosto de 2011
A VANGUARDA DO ATRASO O mercado de açúcar em NY fechou a semana com pressão nos primeiros meses de vencimento, empurrando para baixo o outubro/2011 que encerrou a semana a 30,22 centavos de dólar por libra-peso, queda de 74 pontos, pouco mais de 16 dólares por tonelada. Março e maio também fecharam mais fracos perdendo, respectivamente, 8 e 3 dólares por tonelada na semana. Os meses com vencimento mais longo (após outubro de 2012) fecharam a semana com ganhos de até 12 dólares por tonelada na semana, indicando que a percepção de que a situação de oferta por parte do principal país exportador (Brasil) continuará a pesar sobre o mercado internacional, antecipando assim hedges de compra para aquele período. Como pano de fundo do velho padrão petista de fazer as coisas e piorar tudo (vide Correio, Infraero, ANEEL), a ANP (Agência Nacional do Petróleo) divulgou na semana passada uma minuta que disciplina a produção de etanol no país. Segundo a agência, a minuta é resultado de consulta pública (sei, sei). Mas no fundo no fundo, a ideia é deixar o setor de joelhos e ressuscitar o anacrônico Instituto do Açúcar e do Álcool. Esse pessoal é o que há de mais moderno em termos de atraso.Se for aprovada a tal minuta, construir, ampliar a capacidade, modificar e operar planta de etanol dependerá de autorização prévia da agência, caso a caso. Aqui o leitor já percebe nas entrelinhas do que se trata. Um truque da burocracia paquidérmica e boçal que mina o Brasil que trabalha, para poder botar a mão no bolso do empresariado, sem pedir licença. Até para aumentar a capacidade de armazenamento de etanol, as usinas terão que pedir benção aos cardeais da agência. Depois de recebida a solicitação, a agência terá até 60 dias, para analisar o pedido de autorização para construção. Depois de concluída a obra, a empresa deverá então solicitar à agência nova autorização, desta vez para operar a usina. Imagine o custo que essa insanidade toda vai acarretar.O pior não é isso. Estamos assistindo ao renascimento do controle do Estado e, como sói acontecer, para desestruturar um setor que já tem de sobra problemas estruturais para resolver sozinho. Veja algumas simulações a seguir.A Archer Consulting estima (com dados obtidos da ANFAVEA, Bioagência e Sindipeças e da própria Archer) que a frota de veículos leves no Brasil em 2016, vai alcançar 41,6 milhões de unidades dos quais 65% serão flex. Assumindo que 45% dos proprietários de carros flex optem por etanol no momento de encher o tanque e que a mistura de anidro na gasolina caia para 18% nos próximos anos, o consumo total de combustível para 2016 será de 72,3 bilhões de litros, 39,5 bilhões de etanol e 32,8 de gasolina A.Para atender a essa demanda conservadora e assumindo que a participação do Brasil no mercado internacional de açúcar mantenha-se nos níveis atuais, o país terá que moer em 5 anos, pelo menos 830 milhões de toneladas de cana, ou seja, crescer anualmente algo como 10,67%, construindo pelo menos 50 novas usinas e investindo quase US$ 40 bilhões.Poucos acreditam que existam condições de crescimento nesse ritmo, ainda mais levando em consideração o sumiço provável dos investidores com os disparates praticados pelo governo, com a falta de transparência com a qual a indústria pode encarar com a intervenção esdrúxula desse pessoal de Brasilia. O setor corre o risco de empacar seu crescimento se o empresário não bater o pé firme e fizer ver à opinião pública da importância que o etanol tem na matriz energética nacional, na melhora das condições de saúde pela utilização de energia renovável e sensivelmente menos poluente, etc.Se o setor conseguir crescer apenas 5% ao mês, e o total disponível de cana moída daqui a 5 anos for, por exemplo, de apenas 650 milhões de toneladas, o percentual de proprietários de carros flex que poderão (pela falta de disponibilidade) encher o tanque com etanol seria de irrisórios 13%. E o consumo de combustível no país passaria a ser de 66,9 bilhões de litros (queda de 5 bilhões de litros), dos quais 24,7 de etanol e 42,2 de gasolina A. Ou seja, o país terá que estar pronto para produzir/importar quase 10 bilhões a mais de gasolina A, ou terá que importar etanol dos EUA, ou mesmo uma combinação entre as duas estratégias. Todas, certamente, mais nocivas do ponto de vista econômico financeiro. Durma-se com um barulho desses.Resgata-se, em tristes episódios como esse que estamos prestes a assistir, a máxima que circulava há anos nos meios acadêmicos de que o PT é mesmo um partido orientado por intelectuais que estudam e não trabalham, formado por militantes que trabalham e não estudam e comandado por socialistas que não estudam e não trabalham.No Fundo administrado pela Archer Consulting, agora verdadeiro, desde o final de março de 2011, apresenta rentabilidade acumulada para o investidor de 51,5316% ao ano líquido.Tenham todos uma excelente semanaArnaldo Luiz Corrêa
A VANGUARDA DO ATRASO O mercado de açúcar em NY fechou a semana com pressão nos primeiros meses de vencimento, empurrando para baixo o outubro/2011 que encerrou a semana a 30,22 centavos de dólar por libra-peso, queda de 74 pontos, pouco mais de 16 dólares por tonelada. Março e maio também fecharam mais fracos perdendo, respectivamente, 8 e 3 dólares por tonelada na semana. Os meses com vencimento mais longo (após outubro de 2012) fecharam a semana com ganhos de até 12 dólares por tonelada na semana, indicando que a percepção de que a situação de oferta por parte do principal país exportador (Brasil) continuará a pesar sobre o mercado internacional, antecipando assim hedges de compra para aquele período. Como pano de fundo do velho padrão petista de fazer as coisas e piorar tudo (vide Correio, Infraero, ANEEL), a ANP (Agência Nacional do Petróleo) divulgou na semana passada uma minuta que disciplina a produção de etanol no país. Segundo a agência, a minuta é resultado de consulta pública (sei, sei). Mas no fundo no fundo, a ideia é deixar o setor de joelhos e ressuscitar o anacrônico Instituto do Açúcar e do Álcool. Esse pessoal é o que há de mais moderno em termos de atraso.Se for aprovada a tal minuta, construir, ampliar a capacidade, modificar e operar planta de etanol dependerá de autorização prévia da agência, caso a caso. Aqui o leitor já percebe nas entrelinhas do que se trata. Um truque da burocracia paquidérmica e boçal que mina o Brasil que trabalha, para poder botar a mão no bolso do empresariado, sem pedir licença. Até para aumentar a capacidade de armazenamento de etanol, as usinas terão que pedir benção aos cardeais da agência. Depois de recebida a solicitação, a agência terá até 60 dias, para analisar o pedido de autorização para construção. Depois de concluída a obra, a empresa deverá então solicitar à agência nova autorização, desta vez para operar a usina. Imagine o custo que essa insanidade toda vai acarretar.O pior não é isso. Estamos assistindo ao renascimento do controle do Estado e, como sói acontecer, para desestruturar um setor que já tem de sobra problemas estruturais para resolver sozinho. Veja algumas simulações a seguir.A Archer Consulting estima (com dados obtidos da ANFAVEA, Bioagência e Sindipeças e da própria Archer) que a frota de veículos leves no Brasil em 2016, vai alcançar 41,6 milhões de unidades dos quais 65% serão flex. Assumindo que 45% dos proprietários de carros flex optem por etanol no momento de encher o tanque e que a mistura de anidro na gasolina caia para 18% nos próximos anos, o consumo total de combustível para 2016 será de 72,3 bilhões de litros, 39,5 bilhões de etanol e 32,8 de gasolina A.Para atender a essa demanda conservadora e assumindo que a participação do Brasil no mercado internacional de açúcar mantenha-se nos níveis atuais, o país terá que moer em 5 anos, pelo menos 830 milhões de toneladas de cana, ou seja, crescer anualmente algo como 10,67%, construindo pelo menos 50 novas usinas e investindo quase US$ 40 bilhões.Poucos acreditam que existam condições de crescimento nesse ritmo, ainda mais levando em consideração o sumiço provável dos investidores com os disparates praticados pelo governo, com a falta de transparência com a qual a indústria pode encarar com a intervenção esdrúxula desse pessoal de Brasilia. O setor corre o risco de empacar seu crescimento se o empresário não bater o pé firme e fizer ver à opinião pública da importância que o etanol tem na matriz energética nacional, na melhora das condições de saúde pela utilização de energia renovável e sensivelmente menos poluente, etc.Se o setor conseguir crescer apenas 5% ao mês, e o total disponível de cana moída daqui a 5 anos for, por exemplo, de apenas 650 milhões de toneladas, o percentual de proprietários de carros flex que poderão (pela falta de disponibilidade) encher o tanque com etanol seria de irrisórios 13%. E o consumo de combustível no país passaria a ser de 66,9 bilhões de litros (queda de 5 bilhões de litros), dos quais 24,7 de etanol e 42,2 de gasolina A. Ou seja, o país terá que estar pronto para produzir/importar quase 10 bilhões a mais de gasolina A, ou terá que importar etanol dos EUA, ou mesmo uma combinação entre as duas estratégias. Todas, certamente, mais nocivas do ponto de vista econômico financeiro. Durma-se com um barulho desses.Resgata-se, em tristes episódios como esse que estamos prestes a assistir, a máxima que circulava há anos nos meios acadêmicos de que o PT é mesmo um partido orientado por intelectuais que estudam e não trabalham, formado por militantes que trabalham e não estudam e comandado por socialistas que não estudam e não trabalham.No Fundo administrado pela Archer Consulting, agora verdadeiro, desde o final de março de 2011, apresenta rentabilidade acumulada para o investidor de 51,5316% ao ano líquido.Tenham todos uma excelente semanaArnaldo Luiz Corrêa
Café na ICE mantém força e fecha semana com novas altas
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta sexta-feira com altas. O movimento observado na bolsa norte-americana é de continuidade de aquisições especulativas e de fundos, o que vem permitindo uma evolução contínua dos ganhos, sendo que os preços atingiram os melhores níveis desde 3 de junho.
Tecnicamente, o mercado desmente alguns analistas que, até há pouco, apontavam as dificuldades do mercado em testar — e romper — resistências mais importantes, algo que efetivamente foi conseguido nesta semana, com o dezembro conseguindo deixar para trás níveis como 274,75, 276,70 e 277,50 centavos de dólar por libra peso. Assim, o mercado se posiciona acima de médias móveis consideráveis, como de 20 e 40 dias, que são indicadores bastante consideráveis e que determinam uma tendência, neste momento, altista. Ao contrário do que indicavam esses especialistas, o café conseguiu, inclusive, flutuar acima dos 280,00 centavos, ainda que não tenha conseguido fechar acima desse patamar, mas tal fato demonstra que a disposição compradora dos bullishs (altistas) continua bastante ativa.
O café foi apoiado nesta sexta-feira pelo bom comportamento dos mercados internacionais. As bolsas de valores nos Estados Unidos, por exemplo, subiram mais de 1,5%, ao passo que o índice CRB teve avanço de quase 1%, impulsionado pelo ouro, grãos e alguns softs. O dólar, por sua vez, demonstrou fraqueza e recuou 0,70% em relação a uma cesta de moedas internacionais.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 370 pontos com 279,20 centavos, sendo a máxima em 280,50 e a mínima em 275,25 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 355 pontos, com a libra a 281,70 centavos, sendo a máxima em 282,60 e a mínima em 277,95 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou queda de 5 dólares, com 2.340 dólares por tonelada, com o novembro ficando estável em 2.362 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o mercado manteve a consistência, a exemplo da semana passada, quando teve uma valorização bastante expressiva. No encerramento desta semana, a posição dezembro conseguiu acumular ganho de 3,46%. Especificamente nesta sexta-feira, o dezembro iniciou as ações timidamente, mas, assim como verificado na sessão passada, os bearishs (baixistas) não demonstraram força vendedora, o que deu espaço para os compradores consolidarem os ganhos. "Conseguimos ter uma nova ação dos compradores e isso permitiu fazer com que evoluíssemos para as máximas desde 3 de junho. A perspectiva é de testarmos agora a resistência de 281,60 centavos de dólar por libra", indicou um trader.
"A cada semana novos números chegam ao mercado confirmando a apertada situação estatística e a impossibilidade de uma correção significativa a curto e médio prazo. Os estoques mundiais (a somatória dos estoques de países produtores e consumidores) caem ano após ano, enquanto o consumo mundial cresce anualmente acima dos dois milhões de sacas. Em um cálculo bastante conservador, apenas para manter o precário equilíbrio atual entre consumo e produção global, a produção mundial nos próximo dez anos terá de crescer em mais de 20 milhões de sacas, ou um Vietnã, o segundo maior produtor de café do mundo. Aumentar a produção mundial em 20 milhões de sacas em apenas dez anos é uma meta ambiciosa e difícil de ser atingida. As mudanças climáticas e a competição por áreas e mão de obra com outras commodities agrícolas tornam a missão ainda mais difícil", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semana.
O Equador reportou a exportação de 626.504 sacas de café entre janeiro e junho deste ano. Esse volume é 28% maior que as 489.186 sacas remetidas ao exterior no mesmo período do ano passado, indicou o Conselho Nacional do Café do Equador. As remessas de café verde nesses seis primeiros meses somaram 196.915 sacas, ao passo que os embarques de solúvel atingiram 429.589 sacas. A receita líquida dessas exportações somaram 97,49 milhões de dólares,m 44% a mais que em 2010.
As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 25, somaram 2.038.163 sacas, contra1.381.493 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.359 sacas, indo para 1.470.595 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.926 lotes, com as opções tendo 5.811 calls e 1.954 puts. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem uma resistência em 280,50, 281,00, 281,50, 282,00, 282,50, 283,00, 283,50, 284,00, 284,50, 284,90-285,00, 285,50 e 286,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 275,25, 275,00, 274,50, 274,00, 273,50, 273,15, 273,00, 272,50, 272,00-271,95, 271,50, 271,00, 270,50, 270,10-270,00, 269,50, 269,00 e 268,50 centavos por libra.
Tecnicamente, o mercado desmente alguns analistas que, até há pouco, apontavam as dificuldades do mercado em testar — e romper — resistências mais importantes, algo que efetivamente foi conseguido nesta semana, com o dezembro conseguindo deixar para trás níveis como 274,75, 276,70 e 277,50 centavos de dólar por libra peso. Assim, o mercado se posiciona acima de médias móveis consideráveis, como de 20 e 40 dias, que são indicadores bastante consideráveis e que determinam uma tendência, neste momento, altista. Ao contrário do que indicavam esses especialistas, o café conseguiu, inclusive, flutuar acima dos 280,00 centavos, ainda que não tenha conseguido fechar acima desse patamar, mas tal fato demonstra que a disposição compradora dos bullishs (altistas) continua bastante ativa.
O café foi apoiado nesta sexta-feira pelo bom comportamento dos mercados internacionais. As bolsas de valores nos Estados Unidos, por exemplo, subiram mais de 1,5%, ao passo que o índice CRB teve avanço de quase 1%, impulsionado pelo ouro, grãos e alguns softs. O dólar, por sua vez, demonstrou fraqueza e recuou 0,70% em relação a uma cesta de moedas internacionais.
No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 370 pontos com 279,20 centavos, sendo a máxima em 280,50 e a mínima em 275,25 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 355 pontos, com a libra a 281,70 centavos, sendo a máxima em 282,60 e a mínima em 277,95 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou queda de 5 dólares, com 2.340 dólares por tonelada, com o novembro ficando estável em 2.362 dólares por tonelada.
De acordo com analistas internacionais, o mercado manteve a consistência, a exemplo da semana passada, quando teve uma valorização bastante expressiva. No encerramento desta semana, a posição dezembro conseguiu acumular ganho de 3,46%. Especificamente nesta sexta-feira, o dezembro iniciou as ações timidamente, mas, assim como verificado na sessão passada, os bearishs (baixistas) não demonstraram força vendedora, o que deu espaço para os compradores consolidarem os ganhos. "Conseguimos ter uma nova ação dos compradores e isso permitiu fazer com que evoluíssemos para as máximas desde 3 de junho. A perspectiva é de testarmos agora a resistência de 281,60 centavos de dólar por libra", indicou um trader.
"A cada semana novos números chegam ao mercado confirmando a apertada situação estatística e a impossibilidade de uma correção significativa a curto e médio prazo. Os estoques mundiais (a somatória dos estoques de países produtores e consumidores) caem ano após ano, enquanto o consumo mundial cresce anualmente acima dos dois milhões de sacas. Em um cálculo bastante conservador, apenas para manter o precário equilíbrio atual entre consumo e produção global, a produção mundial nos próximo dez anos terá de crescer em mais de 20 milhões de sacas, ou um Vietnã, o segundo maior produtor de café do mundo. Aumentar a produção mundial em 20 milhões de sacas em apenas dez anos é uma meta ambiciosa e difícil de ser atingida. As mudanças climáticas e a competição por áreas e mão de obra com outras commodities agrícolas tornam a missão ainda mais difícil", indicou o Escritório Carvalhaes, em seu comentário semana.
O Equador reportou a exportação de 626.504 sacas de café entre janeiro e junho deste ano. Esse volume é 28% maior que as 489.186 sacas remetidas ao exterior no mesmo período do ano passado, indicou o Conselho Nacional do Café do Equador. As remessas de café verde nesses seis primeiros meses somaram 196.915 sacas, ao passo que os embarques de solúvel atingiram 429.589 sacas. A receita líquida dessas exportações somaram 97,49 milhões de dólares,m 44% a mais que em 2010.
As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 25, somaram 2.038.163 sacas, contra1.381.493 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).
Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.359 sacas, indo para 1.470.595 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 14.926 lotes, com as opções tendo 5.811 calls e 1.954 puts. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem uma resistência em 280,50, 281,00, 281,50, 282,00, 282,50, 283,00, 283,50, 284,00, 284,50, 284,90-285,00, 285,50 e 286,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 275,25, 275,00, 274,50, 274,00, 273,50, 273,15, 273,00, 272,50, 272,00-271,95, 271,50, 271,00, 270,50, 270,10-270,00, 269,50, 269,00 e 268,50 centavos por libra.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Café ignora cenário externo e tem nova alta na ICE Futures US
Café ignora cenário externo e tem nova alta na ICE Futures US
Os contratos futuros de café arábica negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com altas, em mais uma sessão esvaziada, com poucas ações reportadas e que foi caracterizada pela força compradora para o grão, mesmo com os mercados externos se mostrando negativos para as commodities. A exemplo do verificado na quarta-feira, o café teve uma alta considerável na parte da manhã, no entanto, passou por um processo de desaceleração e encerrou o dia ainda com ganhos, mas relativamente mais modestos. No after-hours, os ganhos cresceram ligeiramente. O dia foi caracterizado por ações técnicas, com o dezembro conseguindo, logo pela manhã, romper as máximas observadas na quarta-feira. No entanto, esse patamar não foi mantido, já que, ao redor do nível de 277,00 centavos, foram verificadas ações vendedoras especulativas. Com isso, o café aos poucos foi registrando algumas retrações e os ganhos finais não foram dos mais incisivos. Operadores, no entanto, ressaltaram que o comportamento do café no dia foi bastante interessante, já que "driblou" um quadro externo negativo e também conseguiu, finalmente, um fechamento acima da principal resistência atual, que estava em 274,75 centavos de dólar por libra peso. Para esses operadores, a performance do dia minimiza, em grande parte, a desconfiança gerada na quarta-feira, quando o mercado se fortaleceu significativamente para, na sequência, se posicionar abaixo da resistência. No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 175 pontos com 275,50 centavos, sendo a máxima em 277,90 e a mínima em 273,15 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 170 pontos, com a libra a 278,15 centavos, sendo a máxima em 280,35 e a mínima em 276,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou queda de 20 dólares, com 2.345 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 12 dólares, com 2.362 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a abertura da sessão se deu com fraqueza, com a perspectiva de que os baixistas poderiam conseguir pressionar o mercado a partir da desaceleração da sessão passada. No entanto, mais uma vez, esses operadores se mostraram bastante reticentes e não conseguiram avançar as liquidações. Pouco a pouco, os compradores passaram a ser mais efetivos e os ganhos se consolidaram, independentemente do mercado externo, cujo perfil foi negativo. Uma nova alta do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais foi verificada, ao passo que as bolsas de valores em vários mercados da Europa e nos Estados Unidos fecharam a quinta-feira com perdas. O índice CRB teve ligeira alta, estimulado por grãos e alguns softs. "Fecharmos dentro do nível de 275,00 centavos deu um novo estímulo ao mercado, que se mostrou um tanto quanto cauteloso na quarta-feira, após a não manutenção de alguns patamares. Esperamos que os altistas se mantenham ativos e possamos continuar essa escalada além dos melhores níveis de preço em três meses para o café", disse um trader. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 24, somaram 1.915.622 sacas, contra 1.381.493 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.310 sacas, indo para 1.471.954 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.411 lotes, com as opções tendo 5.137 calls e 896 puts. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem uma resistência em 277,90-278,00, 278,50, 279,00, 279,50, 279,90-280,00, 280,50, 281,00, 281,50, 282,00 e 282,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 273,15, 273,00, 272,50, 272,00-271,95, 271,50, 271,00, 270,50, 270,10-270,00, 269,50, 269,00, 268,50, 268,00, 267,50, 267,35, 267,00, 266,65, 266,50 e 266,00 centavos por libra.
Os contratos futuros de café arábica negociados na Euronext/Liffe encerraram esta quarta-feira com altas, em mais uma sessão esvaziada, com poucas ações reportadas e que foi caracterizada pela força compradora para o grão, mesmo com os mercados externos se mostrando negativos para as commodities. A exemplo do verificado na quarta-feira, o café teve uma alta considerável na parte da manhã, no entanto, passou por um processo de desaceleração e encerrou o dia ainda com ganhos, mas relativamente mais modestos. No after-hours, os ganhos cresceram ligeiramente. O dia foi caracterizado por ações técnicas, com o dezembro conseguindo, logo pela manhã, romper as máximas observadas na quarta-feira. No entanto, esse patamar não foi mantido, já que, ao redor do nível de 277,00 centavos, foram verificadas ações vendedoras especulativas. Com isso, o café aos poucos foi registrando algumas retrações e os ganhos finais não foram dos mais incisivos. Operadores, no entanto, ressaltaram que o comportamento do café no dia foi bastante interessante, já que "driblou" um quadro externo negativo e também conseguiu, finalmente, um fechamento acima da principal resistência atual, que estava em 274,75 centavos de dólar por libra peso. Para esses operadores, a performance do dia minimiza, em grande parte, a desconfiança gerada na quarta-feira, quando o mercado se fortaleceu significativamente para, na sequência, se posicionar abaixo da resistência. No encerramento do dia, o dezembro em Nova Iorque teve alta de 175 pontos com 275,50 centavos, sendo a máxima em 277,90 e a mínima em 273,15 centavos por libra, com o março registrando oscilação positiva de 170 pontos, com a libra a 278,15 centavos, sendo a máxima em 280,35 e a mínima em 276,35 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou queda de 20 dólares, com 2.345 dólares por tonelada, com o novembro tendo desvalorização de 12 dólares, com 2.362 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, a abertura da sessão se deu com fraqueza, com a perspectiva de que os baixistas poderiam conseguir pressionar o mercado a partir da desaceleração da sessão passada. No entanto, mais uma vez, esses operadores se mostraram bastante reticentes e não conseguiram avançar as liquidações. Pouco a pouco, os compradores passaram a ser mais efetivos e os ganhos se consolidaram, independentemente do mercado externo, cujo perfil foi negativo. Uma nova alta do dólar em relação a uma cesta de moedas internacionais foi verificada, ao passo que as bolsas de valores em vários mercados da Europa e nos Estados Unidos fecharam a quinta-feira com perdas. O índice CRB teve ligeira alta, estimulado por grãos e alguns softs. "Fecharmos dentro do nível de 275,00 centavos deu um novo estímulo ao mercado, que se mostrou um tanto quanto cauteloso na quarta-feira, após a não manutenção de alguns patamares. Esperamos que os altistas se mantenham ativos e possamos continuar essa escalada além dos melhores níveis de preço em três meses para o café", disse um trader. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 24, somaram 1.915.622 sacas, contra 1.381.493 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.310 sacas, indo para 1.471.954 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 15.411 lotes, com as opções tendo 5.137 calls e 896 puts. Tecnicamente, o dezembro na ICE Futures US tem uma resistência em 277,90-278,00, 278,50, 279,00, 279,50, 279,90-280,00, 280,50, 281,00, 281,50, 282,00 e 282,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 273,15, 273,00, 272,50, 272,00-271,95, 271,50, 271,00, 270,50, 270,10-270,00, 269,50, 269,00, 268,50, 268,00, 267,50, 267,35, 267,00, 266,65, 266,50 e 266,00 centavos por libra.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
The Federal Reserve chairman-Ben Bernanke
Ben Bernanke is preparing to give a key speech that will be closely watched by markets for any hint of new stimulus.
The Federal Reserve chairman will talk to the annual gathering of central bankers at Jackson Hole, Wyoming.
Last year, his speech paved the way for $600bn (£368bn) of quantitative easing - injecting cash into the financial system to try to boost the economy.
This year, with the US again slowing sharply, markets are speculating that further QE may be round the corner.
Market anticipation
Shares have rallied all week in anticipation that the Fed will act to reinvigorate the US recovery.
Earlier this month, stock markets plummeted as economic data pointed to sluggish or virtually non-existent growth in the US and Europe.
"Recent events have made it blatantly clear that the economy is in a funk," says Paul Dales, senior US economist at Capital Economics.
"The housing market remains at rock bottom and even the manufacturing sector, which had been the shining light of this recovery, has come off the boil."
Gold also hit a new record high on Tuesday, before falling back as stocks rallied.
Investors see gold as a haven in times of economic uncertainty, and QE is expected to depress the value of the dollar versus gold, which also makes the precious metal more attractive.
Limited options
Mr Bernanke is not expected to make any major announcements in his speech.
Dow Jones Industrial Average
Last Updated at 25 Aug 2011, 16:05 ET value change % 11149.82 -
-170.89 -
-1.51 Top winner and loser Bank of America Corp. 7.65 +
+0.63 +
+9.01 3M Co. 78.19 -
-2.10 -
-2.62
But last year, unable to cut short-term interest rates any further, Mr Bernanke used his speech to lay out the Fed's alternative policy options.
Markets - correctly - took this as a signal that a second round of QE was imminent.
This year, Mr Bernanke's policy options to try to try to boost growth are seen as more limited.
Most, including QE, work primarily by lowering longer-term cost of borrowing. ...
http://www.bbc.co.uk/news/business-14644827?print=true
The Federal Reserve chairman will talk to the annual gathering of central bankers at Jackson Hole, Wyoming.
Last year, his speech paved the way for $600bn (£368bn) of quantitative easing - injecting cash into the financial system to try to boost the economy.
This year, with the US again slowing sharply, markets are speculating that further QE may be round the corner.
Market anticipation
Shares have rallied all week in anticipation that the Fed will act to reinvigorate the US recovery.
Earlier this month, stock markets plummeted as economic data pointed to sluggish or virtually non-existent growth in the US and Europe.
"Recent events have made it blatantly clear that the economy is in a funk," says Paul Dales, senior US economist at Capital Economics.
"The housing market remains at rock bottom and even the manufacturing sector, which had been the shining light of this recovery, has come off the boil."
Gold also hit a new record high on Tuesday, before falling back as stocks rallied.
Investors see gold as a haven in times of economic uncertainty, and QE is expected to depress the value of the dollar versus gold, which also makes the precious metal more attractive.
Limited options
Mr Bernanke is not expected to make any major announcements in his speech.
Dow Jones Industrial Average
Last Updated at 25 Aug 2011, 16:05 ET value change % 11149.82 -
-170.89 -
-1.51 Top winner and loser Bank of America Corp. 7.65 +
+0.63 +
+9.01 3M Co. 78.19 -
-2.10 -
-2.62
But last year, unable to cut short-term interest rates any further, Mr Bernanke used his speech to lay out the Fed's alternative policy options.
Markets - correctly - took this as a signal that a second round of QE was imminent.
This year, Mr Bernanke's policy options to try to try to boost growth are seen as more limited.
Most, including QE, work primarily by lowering longer-term cost of borrowing. ...
http://www.bbc.co.uk/news/business-14644827?print=true
EXPORTADORES DA INDONÉSIA CANCELAM CONTRATOS DE 12.000 T EM 2011
EXPORTADORES DA INDONÉSIA CANCELAM CONTRATOS DE 12.000 T EM 2011
Os exportadores de café na provincial de Lampung, na Indonésia, já cancelaram contratos para o embarque de 12.000 toneladas de grãos para compradores estrangeiros neste ano, uma vez que a produção menor tem restringido a disponibilidade de robusta, de acordo com executivos da indústria. Exportadores poderão cancelar ainda mais embarques nos próximos meses, com o término da colheita em Lampung, que é responsável por cerca de 70% da produção total de café no país, afirmou o presidente da Associação dos Exportadores de Café da Indonésia, Suyanto Husein. "A nova safra irá atingir o mercado apenas em meados de março do ano que vem, deixando muitos exportadores preocupados, já que precisarão adquirir o pouco café que ainda resta por preços mais altos", disse Husein. Estima-se que o consumo local crescerá 30% neste ano para cerca de 240.000toneladas, enquanto a produção deverá recuar em praticamente a mesma porcentagem para cerca de 500.000 toneladas, apontou o presidente da entidade. Fundamentos positivos têm elevado as cotações locais no terceiro maior exportador de café da Ásia, com o robusta atualmente cotado a cerca de 23.000 rúpias por quilograma, segundo um executivo do setor em Jakarta. A alta dos preços tem tornado cada vez menos atraente para exportadores adquirirem oferta para cumprir as obrigações com exportações, que foram negociadas a preços bem menores no início do ano. Exportadores estão perdendoaté US$400 por tonelada em compras para honrar os contratos atuais, disse outro executivo da Indonésia. A demanda de torrefadores domésticos também tem tirado café das mãos dos exportadores. No passado, os exportadores indonésios se voltaram para o Vietnã para o fornecimento de grãos em tempos de escassez, mas a oferta vietnamita não estará disponível até que a nova colheita comece em outubro ou novembro, disse um trader em Cingapura. A Organização Internacional do café (OIC) estimou as exportações da Indonésia de outubro a junho, durante a safra 2010/11, em 3,85 milhões de sacas de 60 quilos, queda de 19% ante ao ciclo anterior. O Vietnã exportou 40.000 toneladas de café em agosto, decréscimo de 24,5% ante a julho, de acordo com dados do Escritório Geral de Estatísticas dopaís, uma queda que investidores atribuem aos baixos estoques do principal produtor de robusta da Ásia. As informações partem de agências internacionais.
Os exportadores de café na provincial de Lampung, na Indonésia, já cancelaram contratos para o embarque de 12.000 toneladas de grãos para compradores estrangeiros neste ano, uma vez que a produção menor tem restringido a disponibilidade de robusta, de acordo com executivos da indústria. Exportadores poderão cancelar ainda mais embarques nos próximos meses, com o término da colheita em Lampung, que é responsável por cerca de 70% da produção total de café no país, afirmou o presidente da Associação dos Exportadores de Café da Indonésia, Suyanto Husein. "A nova safra irá atingir o mercado apenas em meados de março do ano que vem, deixando muitos exportadores preocupados, já que precisarão adquirir o pouco café que ainda resta por preços mais altos", disse Husein. Estima-se que o consumo local crescerá 30% neste ano para cerca de 240.000toneladas, enquanto a produção deverá recuar em praticamente a mesma porcentagem para cerca de 500.000 toneladas, apontou o presidente da entidade. Fundamentos positivos têm elevado as cotações locais no terceiro maior exportador de café da Ásia, com o robusta atualmente cotado a cerca de 23.000 rúpias por quilograma, segundo um executivo do setor em Jakarta. A alta dos preços tem tornado cada vez menos atraente para exportadores adquirirem oferta para cumprir as obrigações com exportações, que foram negociadas a preços bem menores no início do ano. Exportadores estão perdendoaté US$400 por tonelada em compras para honrar os contratos atuais, disse outro executivo da Indonésia. A demanda de torrefadores domésticos também tem tirado café das mãos dos exportadores. No passado, os exportadores indonésios se voltaram para o Vietnã para o fornecimento de grãos em tempos de escassez, mas a oferta vietnamita não estará disponível até que a nova colheita comece em outubro ou novembro, disse um trader em Cingapura. A Organização Internacional do café (OIC) estimou as exportações da Indonésia de outubro a junho, durante a safra 2010/11, em 3,85 milhões de sacas de 60 quilos, queda de 19% ante ao ciclo anterior. O Vietnã exportou 40.000 toneladas de café em agosto, decréscimo de 24,5% ante a julho, de acordo com dados do Escritório Geral de Estatísticas dopaís, uma queda que investidores atribuem aos baixos estoques do principal produtor de robusta da Ásia. As informações partem de agências internacionais.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Boa safra deve esfriar cotação do café
A Colômbia e outros grandes produtores de café de alta qualidade esperam a maior safra de grãos em três anos, uma mudança que poderia amenizar a valorização recente dos preços.A menos que o clima prejudique a colheita, a Colômbia, o México, o Peru e todos os países da América Central, exceto El Salvador, estão esperando safras maiores, segundo uma pesquisa com as organizações de café nacionais. Combinada, a produção desses países é estimada em 26,35 milhões de sacas de 60 quilos, uma alta de pelo menos 2% na safra que começa em 1 de outubro.A área que vai da região central do México até o sul do Peru concentra a maior produção do café arábica, de acidez moderada e com grãos lavados, que há muito tempo é negociado a uma cotação maior que a de outros tipos de grãos devido ao sabor apreciado e ao intenso processo de lavagem.O clima ruim e cafezais velhos e com baixa produtividade têm causado uma escassez de grãos desde 2008.A falta do produto no mercado puxou a valorização de 95% do contrato futuro de café na IntercontinentalExchange nos últimos três anos. Em 2011, o mercado futuro ultrapassou US$ 3 dólares por libra, a maior alta em 14 anos."Se a produção de café arábica puder se recuperar um pouco, especialmente na Colômbia, isso definitivamente colocará pressão sobre as negociações em Nova York", disse o analista de commodities Keith Flury, do Rabobank Group.O contrato para entrega em setembro começou o dia em queda de 0,25%, depois de fechar na sexta-feira na maior cotação em cinco semanas. Os operadores dizem que os fundos de investimentos estavam comprando contratos futuros para cobrir posições vendidas, ou apostas de que os preços vão cair. A Colômbia deve recuperar parte da produção na safra que começa em 1 de outubro, e a estimativa dos operadores é a de que o total some nove milhões de sacas.Em quatro anos, a produção provavelmente retornará à média anterior à 2008, de 11 milhões a 12 milhões de sacas, de acordo com a Federação de Café da Colômbia, a Fedecafé.O diretor de comunicação da Fedecafé, Marth Sanchez, disse que a Colômbia está elevando o cultivo de mudas resistentes à ferrugem, uma praga que tem afetado a produção nos últimos anos. O país também planeja aumentar a densidade das plantações.O maior produtor de café depois da Colômbia, Honduras, espera um crescimento de 10% da produção na comparação anual, para 4,75 milhões de sacas.O aumento seria seguido do salto de 22% na safra atual, segundo funcionários do Instituto Hondurenho de Café, o Ihcafé.Especialistas do setor atribuem o crescimento à maior produtividade devido aos programas coordenados e à forte queda no contrabando de grãos para a Guatemala."Estamos ajudando nossos vizinhos a elevar a produtividade", disse Mario Ordoñez, gerente técnico do Ihcafé.Conseguir aumentar a produtividade tem sido um problema para as plantações de café na região, porque muitos produtores abandonaram seus cafezais quando os preços caíram e agora precisam substituir ou podar as mudas.No México, onde as plantações velhas e sem produtividade estão sendo substituídas nacionalmente, melhores práticas de plantio devem elevar a produção para mais de 4,1 milhões de sacas na atual safra, segundo a Associação Mexicana para Produção de Café, a Amecafé.El Salvador é o único país com expectativa de queda na produção.A safra atual tem sido particularmente robusta, por isso os pés de café não vão produzir na mesma quantidade na próxima colheita. O Conselho Salvadorenho de Café informou que a produção deve cair 15%, para 1,53 milhão de sacas.
International Market Coffee today
Colombians, UGQ, were offered FOB, for Sept./Oct. shipment from 21¢ to 22¢ over Dec. “C,” and were offered FOB, for Nov./Dec. shipment from 20¢ over the relevant months “C.”
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for Sept./Oct. shipment from 25¢ to 26¢ over Dec. “C,” and were offered FOB, for Nov./Dec. shipment from 24¢ to 26¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 4¢ to 3¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 7¢ to 6¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 18¢ to 15¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for Sept./Oct. shipment from 12¢ to 13¢ over Nov. London.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Sept. crossing from 5¢ over Dec. “C.” Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Sept. shipment from 3¢ over Dec. “C.” High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Sept. shipment from 8¢ over Dec. “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Sept. shipment from $4 over Dec. “C.” Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Sept./Oct. shipment from $10 to $12 over, per 46 kilos, Dec. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $16 over Dec. “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $20 to $21 over, per 46 kilos, Dec. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept. shipment from $30 to $32 over Dec. “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Sept. shipment from $4 over Dec. “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $5 over per 46 kilos, Dec. “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $8 over, per 46 kilos, Dec. “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Sept./Oct. shipment were offered FOB from $14 over Dec. “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $2 over Dec. “C,” and new crop High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan. shipment from equal to to $1 over Mar. “C.” Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $6 over Dec. “C,” and new crop Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan. shipment from $4 to $5 over Mar. “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Sept./Oct./Nov. equal shipment, per 46 kilos, from equal to to $1 under Dec. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Sept./Oct./Nov. equal shipment, per 46 kilos, from $4 to $3 under Dec. “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Sept. shipment from 20¢ over Nov. London. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Sept. shipment from 14¢ over Nov. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Sept. shipment from 18¢ over Nov. London.
Colombian supremos, screen 17/18, were offered FOB, for Sept./Oct. shipment from 25¢ to 26¢ over Dec. “C,” and were offered FOB, for Nov./Dec. shipment from 24¢ to 26¢ over the relevant months “C.”
Santos 2s, screen 17/18, fine cup, were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 4¢ to 3¢ under the relevant months “C.”
Santos 2/3s, medium to good bean, fine cup, were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 7¢ to 6¢ under the relevant months “C.”
Santos 3/4s were offered FOB for Sept. through Dec. equal shipment from 18¢ to 15¢ under the relevant months “C.”
Brazil conillon robustas, 5/6s, screen 13, were offered FOB for Sept./Oct. shipment from 12¢ to 13¢ over Nov. London.
Prime Mexicans were offered FOB Laredo for Sept. crossing from 5¢ over Dec. “C.” Prime Mexicans, were offered FOB Veracruz for Sept. shipment from 3¢ over Dec. “C.” High grown Mexicans, European preparation, were offered FOB Veracruz for Sept. shipment from 8¢ over Dec. “C.”
Prime Guatemalas were offered FOB, per 46 kilos, Sept. shipment from $4 over Dec. “C.” Hard bean Guatemalas, European preparation, were offered FOB for Sept./Oct. shipment from $10 to $12 over, per 46 kilos, Dec. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $16 over Dec. “C.”
Hard bean Costa Ricas, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $20 to $21 over, per 46 kilos, Dec. “C,” and strictly hard beans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept. shipment from $30 to $32 over Dec. “C.”
Central standard Salvadors were offered FOB per 46 kilos, for Sept. shipment from $4 over Dec. “C.”
High grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $5 over per 46 kilos, Dec. “C.”
Strictly high grown Salvadors, European preparation, were offered FOB for Sept. shipment from $8 over, per 46 kilos, Dec. “C.”
Strictly high grown Nicaraguas, European preparation, for Sept./Oct. shipment were offered FOB from $14 over Dec. “C.”
High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $2 over Dec. “C,” and new crop High grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan. shipment from equal to to $1 over Mar. “C.” Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Sept./Oct. shipment from $6 over Dec. “C,” and new crop Strictly high grown Hondurans, European preparation, were offered FOB, per 46 kilos, for Dec./Jan. shipment from $4 to $5 over Mar. “C.”
Hard bean Perus, MCMs, were offered FOB for Sept./Oct./Nov. equal shipment, per 46 kilos, from equal to to $1 under Dec. “C.”
Hard bean Perus, MCs, were offered FOB for Sept./Oct./Nov. equal shipment, per 46 kilos, from $4 to $3 under Dec. “C.” Uganda robustas, screen 15, were offered exdock for Sept. shipment from 20¢ over Nov. London. Vietnam robustas, grade 2, were offered exdock for Sept. shipment from 14¢ over Nov. London. Indonesian robustas, grade 4, 80 defects, were offered exdock for Sept. shipment from 18¢ over Nov. London.
Commodities Agrícolas 24-08
Commodities Agrícolas
Estoques apertados Os futuros de café atingiram o maior nível desde junho em Nova York, com sinais de que a demanda forte está reduzindo os estoques. Dezembro fechou em alta de 325 pontos, a US$ 2,7160 a libra-peso. A Associação Nacional de Café da Guatemala informou que os embarques de café dos nove países exportadores da América Latina subiram 0,3% em julho sobre o mesmo mês de 2010. Além disso, a Colômbia, terceiro maior produtor mundial, exportou nos últimos 12 meses 94% de sua produção, e Honduras embarcou quase toda sua oferta. "Não há dúvida de que os fundamentos para o café estão positivos", disse Marcio Bernardo, da Newedge. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para o grão fechou em alta de 0,77% com a saca a R$ 485,75. Queda surpreendente Previsões de que o furacão Irene tende a seguir para o leste da Flórida e ameaçar os pomares de laranja do Estado americano, a desvalorização do dólar em relação a outras moedas e altas de preços de outras commodities foram insuficientes para evitar a queda das cotações do suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) ontem na bolsa de Nova York. Segundo um trader consultado pela agência Dow Jones Newswires, aparentemente a baixa foi provocado pela redução das apostas de um único fundo de investimento. Os contratos para novembro fecharam a US$ 1,6320 por libra-peso, baixa de 245 pontos sobre a véspera. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura ao produtor saiu, em média, por R$ 9,65, segundo o Cepea/Esalq. Clima mais seco Sinais de que a produção de soja dos Estados Unidos pode declinar por causa da intensificação do clima seco no Meio Oeste americano ajudaram a elevar as cotações da commodity na bolsa de Chicago. Os papéis com vencimento em novembro encerraram o dia a US$ 1,39725 o bushel, valorização de 12 centavos. Conforme informações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 59% das lavouras de soja do país receberam melhor classificação de desempenho nesta semana, queda em relação aos 61% registrados na semana anterior, segundo informações da Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do grão negociada no Paraná registrou alta de 1,44%, para 47,17. Incerteza nos EUA A piora nas condições das lavouras de milho dos EUA fez o mercado futuro do grão fechar em alta ontem na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro subiram 9 centavos a US$ 7,4350 por bushel. Conforme a Bloomberg, citando o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 57% das lavouras de milho dos EUA estavam em boas ou excelentes condições até 21 de agosto, uma piora sobre os 60% apurados até a semana antes. A condição climática varia de "anormalmente secas" a seca "moderada" de Ohio a Iowa, segundo a Universidade de Nebraska. Relatórios preliminares indicam que poderá haver queda de produtividade em relação à safra passada em Nebraska e Indiana. No mercado doméstico, o indicador de Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos subiu 0,07%, para R$ 30,04. Clima derruba a safra de inverno no ParanáSegundo maior produtor de milho safrinha do país, atrás de Mato Grosso, o Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos.A ocorrência de duas geadas no Estado -uma em julho e outra neste mês- prejudicou a segunda safra de milho em quantidade e em qualidade. Agora, a chuva, constante há pelo menos cinco dias, atrasa a colheita.Segundo a Seab (Secretaria de Agricultura do Paraná), até a semana passada 55% das áreas cultivadas com milho haviam sido colhidas. Na média das últimas três safras para esta época do ano, esse percentual foi de 74%.A estimativa do órgão para a produção no Estado é de 5,19 milhões de toneladas, 37% abaixo do potencial de 8,19 milhões de toneladas. Parte dessas perdas já foi computada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no início deste mês. Mas, caso a chuva persista, o dano pode ser maior ainda.A situação também é preocupante no caso do trigo, que ainda está em estágio de maturação. A Seab prevê uma quebra de, no mínimo, 12% na produção de trigo, estimada em 2,53 milhões de toneladas, mas já admite revisão."Se a chuva continuar por mais três ou quatro dias, vamos ter mais prejuízos", diz Otmar Hubner, da Seab. O feijão, cuja colheita já terminou, também sofreu com as geadas. Os produtores paranaenses que plantaram tardiamente perderam de 35% a 40% da produção, o que prejudica o abastecimento no Estado e contribui para a alta de preço em todo o país. Neste mês, o preço do feijão sobe 26%, em média, segundo pesquisa da Folha. Efeito seca Enquanto a chuva atrapalha a colheita no Sul do Brasil, a seca nos EUA prejudica a produtividade da safra de grãos. E a expectativa sobre a produção americana sustenta os preços em Chicago. Nesta semana, a soja sobe 3,7% e o milho, 2,3%. Altos estoques 1 A oferta de carnes nos EUA está em um nível muito superior ao do ano passado. Em julho, os estoques de carne bovina do país estavam 8% acima dos do mesmo mês de 2010. Altos estoques 2 No caso da carne suína, os estoques estão 16% maiores neste ano. No caso da de frango, o aumento é de 14%, informou ontem o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA). Recuperação O petróleo voltou a subir ontem em Nova York e atingiu US$ 85,44 por barril (mais 1,2%). A expectativa do anúncio de novos estímulos à economia americana estimulou a valorização, pois permanece a incerteza sobre o retorno da Líbia no fornecimento da commodity. Quem paga mais Apesar da alta de 5% do álcool nas usinas na semana passada, o açúcar remunerou o produtor 47% mais que o anidro. Em relação ao hidratado, a vantagem do açúcar é de 60%, segundo o Cepea. Em alta Ontem, o açúcar fechou estável em Nova York, mas nesta semana sobe 10%.
Estoques apertados Os futuros de café atingiram o maior nível desde junho em Nova York, com sinais de que a demanda forte está reduzindo os estoques. Dezembro fechou em alta de 325 pontos, a US$ 2,7160 a libra-peso. A Associação Nacional de Café da Guatemala informou que os embarques de café dos nove países exportadores da América Latina subiram 0,3% em julho sobre o mesmo mês de 2010. Além disso, a Colômbia, terceiro maior produtor mundial, exportou nos últimos 12 meses 94% de sua produção, e Honduras embarcou quase toda sua oferta. "Não há dúvida de que os fundamentos para o café estão positivos", disse Marcio Bernardo, da Newedge. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para o grão fechou em alta de 0,77% com a saca a R$ 485,75. Queda surpreendente Previsões de que o furacão Irene tende a seguir para o leste da Flórida e ameaçar os pomares de laranja do Estado americano, a desvalorização do dólar em relação a outras moedas e altas de preços de outras commodities foram insuficientes para evitar a queda das cotações do suco concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) ontem na bolsa de Nova York. Segundo um trader consultado pela agência Dow Jones Newswires, aparentemente a baixa foi provocado pela redução das apostas de um único fundo de investimento. Os contratos para novembro fecharam a US$ 1,6320 por libra-peso, baixa de 245 pontos sobre a véspera. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura ao produtor saiu, em média, por R$ 9,65, segundo o Cepea/Esalq. Clima mais seco Sinais de que a produção de soja dos Estados Unidos pode declinar por causa da intensificação do clima seco no Meio Oeste americano ajudaram a elevar as cotações da commodity na bolsa de Chicago. Os papéis com vencimento em novembro encerraram o dia a US$ 1,39725 o bushel, valorização de 12 centavos. Conforme informações divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), 59% das lavouras de soja do país receberam melhor classificação de desempenho nesta semana, queda em relação aos 61% registrados na semana anterior, segundo informações da Bloomberg. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do grão negociada no Paraná registrou alta de 1,44%, para 47,17. Incerteza nos EUA A piora nas condições das lavouras de milho dos EUA fez o mercado futuro do grão fechar em alta ontem na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro subiram 9 centavos a US$ 7,4350 por bushel. Conforme a Bloomberg, citando o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 57% das lavouras de milho dos EUA estavam em boas ou excelentes condições até 21 de agosto, uma piora sobre os 60% apurados até a semana antes. A condição climática varia de "anormalmente secas" a seca "moderada" de Ohio a Iowa, segundo a Universidade de Nebraska. Relatórios preliminares indicam que poderá haver queda de produtividade em relação à safra passada em Nebraska e Indiana. No mercado doméstico, o indicador de Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos subiu 0,07%, para R$ 30,04. Clima derruba a safra de inverno no ParanáSegundo maior produtor de milho safrinha do país, atrás de Mato Grosso, o Paraná deve perder cerca de 40% de sua produção de inverno por problemas climáticos.A ocorrência de duas geadas no Estado -uma em julho e outra neste mês- prejudicou a segunda safra de milho em quantidade e em qualidade. Agora, a chuva, constante há pelo menos cinco dias, atrasa a colheita.Segundo a Seab (Secretaria de Agricultura do Paraná), até a semana passada 55% das áreas cultivadas com milho haviam sido colhidas. Na média das últimas três safras para esta época do ano, esse percentual foi de 74%.A estimativa do órgão para a produção no Estado é de 5,19 milhões de toneladas, 37% abaixo do potencial de 8,19 milhões de toneladas. Parte dessas perdas já foi computada pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) no início deste mês. Mas, caso a chuva persista, o dano pode ser maior ainda.A situação também é preocupante no caso do trigo, que ainda está em estágio de maturação. A Seab prevê uma quebra de, no mínimo, 12% na produção de trigo, estimada em 2,53 milhões de toneladas, mas já admite revisão."Se a chuva continuar por mais três ou quatro dias, vamos ter mais prejuízos", diz Otmar Hubner, da Seab. O feijão, cuja colheita já terminou, também sofreu com as geadas. Os produtores paranaenses que plantaram tardiamente perderam de 35% a 40% da produção, o que prejudica o abastecimento no Estado e contribui para a alta de preço em todo o país. Neste mês, o preço do feijão sobe 26%, em média, segundo pesquisa da Folha. Efeito seca Enquanto a chuva atrapalha a colheita no Sul do Brasil, a seca nos EUA prejudica a produtividade da safra de grãos. E a expectativa sobre a produção americana sustenta os preços em Chicago. Nesta semana, a soja sobe 3,7% e o milho, 2,3%. Altos estoques 1 A oferta de carnes nos EUA está em um nível muito superior ao do ano passado. Em julho, os estoques de carne bovina do país estavam 8% acima dos do mesmo mês de 2010. Altos estoques 2 No caso da carne suína, os estoques estão 16% maiores neste ano. No caso da de frango, o aumento é de 14%, informou ontem o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA). Recuperação O petróleo voltou a subir ontem em Nova York e atingiu US$ 85,44 por barril (mais 1,2%). A expectativa do anúncio de novos estímulos à economia americana estimulou a valorização, pois permanece a incerteza sobre o retorno da Líbia no fornecimento da commodity. Quem paga mais Apesar da alta de 5% do álcool nas usinas na semana passada, o açúcar remunerou o produtor 47% mais que o anidro. Em relação ao hidratado, a vantagem do açúcar é de 60%, segundo o Cepea. Em alta Ontem, o açúcar fechou estável em Nova York, mas nesta semana sobe 10%.
Esta é a hora-ANTONIO DELFIM NETTO
Esta é a hora
ANTONIO DELFIM NETTO
Há uma nuvem escura sobre a economia mundial, anunciadora de possíveis dificuldades. Talvez a manifestação mais típica dessa ameaça seja a procura dos papéis do Tesouro das duas maiores economias de mercado.Os EUA, com uma inflação anual da ordem de 3,6% ao ano e a Alemanha, com 2,4%, têm taxas de juros reais virtualmente nulas para papéis com menos de um ano.Diante das incertezas que envolvem a economia mundial, há uma procura de abrigo nos papéis do Tesouro das duas economias. A despeito do ridículo exibicionismo da S&P, a demanda de papéis americanos tem aumentado com taxa de juro real cadente... Sinal ainda mais evidente da desesperada busca de segurança é o preço do ouro: US$ 1.873,9 por onça, em 19/8.Se você não está confuso, é porque está desinformado!São, no fundo, sinais de pânico no mundo em que prevalecem: 1º) a disfuncionalidade política dos EUA; 2º) as complicações da administração da Comunidade Europeia; 3º) o esgotamento das medidas tocadas por tecnocratas (as políticas fiscal e monetária) e 4º) mais importante, a evidente falta de estadistas.O grave é que o problema se autoalimenta. A fuga para a segurança produz mais insegurança: destrói valor nas Bolsas (particularmente dos bancos "sob suspeita") e pode levar a outra interrupção do crédito interbancário, condição suficiente para ampliar a crise da economia real. O Brasil, como parte do mundo, também sentirá os efeitos da tempestade.Nossa situação é melhor do que a da maioria dos países, mas ainda temos a maior taxa de juros real e a moeda mais sobrevalorizada do mundo!Talvez tenhamos a chance de iniciar a solução desses problemas, ao reduzir substancialmente a taxa de juro real.O movimento preliminar preparatório deve aproveitar a credibilidade do governo e estabelecer uma política fiscal de longo prazo, cuidadosa e crível: de crescimento de custeio abaixo do crescimento do PIB;regras claras para a redução da taxa do financiamento da dívida com LFT; colocação de papéis do Tesouro em reais no exterior; políticas de estímulo à poupança; aumento do superavit primário; atenção ao problema da aposentadoria do servidor público; desindexação ampla, geral e irrestrita;ajustamento da caderneta de poupança e medidas microeconômicas que reduzam o estresse do ajustamento do mercado de trabalho. A curva de juros atual parece indicar que é hora de um programa fiscal bem conformado e amplo, acompanhado de políticas microeconômicas que retirem do Banco Central o peso das incertezas fiscais (vistas pelo mercado) e lhe deem musculatura e tranquilidade para, num prazo adequado, reduzir a taxa de juros real a qualquer coisa entre 2% e 3%.
ANTONIO DELFIM NETTO
Há uma nuvem escura sobre a economia mundial, anunciadora de possíveis dificuldades. Talvez a manifestação mais típica dessa ameaça seja a procura dos papéis do Tesouro das duas maiores economias de mercado.Os EUA, com uma inflação anual da ordem de 3,6% ao ano e a Alemanha, com 2,4%, têm taxas de juros reais virtualmente nulas para papéis com menos de um ano.Diante das incertezas que envolvem a economia mundial, há uma procura de abrigo nos papéis do Tesouro das duas economias. A despeito do ridículo exibicionismo da S&P, a demanda de papéis americanos tem aumentado com taxa de juro real cadente... Sinal ainda mais evidente da desesperada busca de segurança é o preço do ouro: US$ 1.873,9 por onça, em 19/8.Se você não está confuso, é porque está desinformado!São, no fundo, sinais de pânico no mundo em que prevalecem: 1º) a disfuncionalidade política dos EUA; 2º) as complicações da administração da Comunidade Europeia; 3º) o esgotamento das medidas tocadas por tecnocratas (as políticas fiscal e monetária) e 4º) mais importante, a evidente falta de estadistas.O grave é que o problema se autoalimenta. A fuga para a segurança produz mais insegurança: destrói valor nas Bolsas (particularmente dos bancos "sob suspeita") e pode levar a outra interrupção do crédito interbancário, condição suficiente para ampliar a crise da economia real. O Brasil, como parte do mundo, também sentirá os efeitos da tempestade.Nossa situação é melhor do que a da maioria dos países, mas ainda temos a maior taxa de juros real e a moeda mais sobrevalorizada do mundo!Talvez tenhamos a chance de iniciar a solução desses problemas, ao reduzir substancialmente a taxa de juro real.O movimento preliminar preparatório deve aproveitar a credibilidade do governo e estabelecer uma política fiscal de longo prazo, cuidadosa e crível: de crescimento de custeio abaixo do crescimento do PIB;regras claras para a redução da taxa do financiamento da dívida com LFT; colocação de papéis do Tesouro em reais no exterior; políticas de estímulo à poupança; aumento do superavit primário; atenção ao problema da aposentadoria do servidor público; desindexação ampla, geral e irrestrita;ajustamento da caderneta de poupança e medidas microeconômicas que reduzam o estresse do ajustamento do mercado de trabalho. A curva de juros atual parece indicar que é hora de um programa fiscal bem conformado e amplo, acompanhado de políticas microeconômicas que retirem do Banco Central o peso das incertezas fiscais (vistas pelo mercado) e lhe deem musculatura e tranquilidade para, num prazo adequado, reduzir a taxa de juros real a qualquer coisa entre 2% e 3%.
Ben Bernanke e a mensagem das montanhas
Ben Bernanke e a mensagem das montanhas
MARIO MESQUITA
Aumentar a inflação para diminuir a dívida reduzirá também o poder de compra de famílias de menor renda No final desta semana ocorre o seminário anual do Fed em Jackson Hole, no Estado de Wyoming. Esses eventos reúnem banqueiros centrais de todo o mundo, bem como acadêmicos e, mais raros, representantes do setor financeiro, para debater temas macroeconômicos relevantes. Ocasionalmente, o seminário é utilizado para sinalizar inflexões de política monetária. Esse foi o caso em 2010, quando o discurso de abertura de Ben Bernanke indicou a adoção da segunda rodada de relaxamento quantitativo. Diante da piora dos mercados financeiros internacionais ocorrida nas últimas semanas, há grande expectativa de que Bernanke repita a dose, valendo-se da oportunidade para anunciar novas medidas voltadas ao socorro da economia norte-americana e, consequentemente, da claudicante recuperação global, sob o belo cenário das montanhas Teton. Há, contudo, razões mais e menos importantes para se acreditar que o raio de ação de Bernanke é mais limitado desta vez. A primeira e mais importante é que, ao contrário de 2010, o risco de deflação nos EUA parece pequeno, visto que a inflação cheia encontra-se em 3,6%, e mesmo a medida de núcleo acha-se em 1,8%. Sendo assim, fica difícil argumentar que o Fed precisa agir para corrigir desvios em relação aos dois lados de seu mandato dual, salvaguardar a atividade econômica e manter a estabilidade de preços, visto que esta última não parece estar sob ameaça, pelo menos não da forma em que parecia estar em meados de 2010.Outra dificuldade deriva dos prováveis efeitos colaterais do relaxamento quantitativo. Este visa elevar preços de ativos e, com isso, impulsionar a riqueza, a confiança e o dispêndio privado. Mas uma das consequências dessa política é a elevação dos preços de matérias-primas, que acaba corroendo a renda das famílias e solapando a própria expansão do consumo. Finalmente, a mera sinalização de que as taxas de juros devem ficar em patamares mínimos até 2013, explicitada pelo Fed em sua última reunião de política, já suscitou votos contrários de três integrantes do Fomc (o Copom norte-americano) -curiosamente, apesar da tradição democrática dos Estados Unidos, o dissenso nas decisões do Fed é tido como algo muito grave.Diante dessas dificuldades, outras opções, ainda mais controversas, têm sido levantadas. Entre elas a de anunciar uma política deliberada de inflacionar a economia americana, comprometendo temporariamente o mandato da estabilidade de preços para estimular a atividade. A lógica é que o aumento da inflação levaria à antecipação do consumo, e premiaria os devedores -entre os quais o maior, o governo americano- às expensas dos poupadores.Mas os efeitos seriam incertos, visto que uma elevação da inflação que efetivamente reduzisse o tamanho real da dívida provavelmente reduziria também o poder de compra das famílias no piso da escala de renda. Evidentemente, iniciar um surto inflacionário pode ser bem mais fácil do que terminá-lo. E, a depender da magnitude e da persistência do choque inflacionário, as políticas desinflacionárias que seriam adotadas a seguir teriam de ser agressivamente contracionistas, o que certamente não é o desejo do Fed.Há sugestões também de que o Fed passe a comprar ativos de longo prazo, de forma a manter as taxas de juros longas, importantes tanto para o financiamento do investimento como das hipotecas, em níveis reduzidos -em linha com a iniciativa adotada no governo Kennedy no século passado, sob a denominação de Operação Twist.Ocorre que as taxas longas já se encontram em patamares historicamente muito reduzidos, sem que isso seja suficiente para sustentar a atividade econômica. Mesmo assim, por ser relativamente menos controversa, essa política poderia ser anunciada nas próximas semanas. Com tantas dificuldades, ainda que as pressões por uma nova rodada de estímulo, vindas dos políticos e também dos mercados, sejam muito fortes, não é implausível que a mensagem das montanhas esteja aquém do que almejam e esperam os investidores. MARIO MESQUITA, 45, doutor em economia pela Universidade de Oxford, escreve às quartas-feiras, a cada 14 dias, neste espaço.
MARIO MESQUITA
Aumentar a inflação para diminuir a dívida reduzirá também o poder de compra de famílias de menor renda No final desta semana ocorre o seminário anual do Fed em Jackson Hole, no Estado de Wyoming. Esses eventos reúnem banqueiros centrais de todo o mundo, bem como acadêmicos e, mais raros, representantes do setor financeiro, para debater temas macroeconômicos relevantes. Ocasionalmente, o seminário é utilizado para sinalizar inflexões de política monetária. Esse foi o caso em 2010, quando o discurso de abertura de Ben Bernanke indicou a adoção da segunda rodada de relaxamento quantitativo. Diante da piora dos mercados financeiros internacionais ocorrida nas últimas semanas, há grande expectativa de que Bernanke repita a dose, valendo-se da oportunidade para anunciar novas medidas voltadas ao socorro da economia norte-americana e, consequentemente, da claudicante recuperação global, sob o belo cenário das montanhas Teton. Há, contudo, razões mais e menos importantes para se acreditar que o raio de ação de Bernanke é mais limitado desta vez. A primeira e mais importante é que, ao contrário de 2010, o risco de deflação nos EUA parece pequeno, visto que a inflação cheia encontra-se em 3,6%, e mesmo a medida de núcleo acha-se em 1,8%. Sendo assim, fica difícil argumentar que o Fed precisa agir para corrigir desvios em relação aos dois lados de seu mandato dual, salvaguardar a atividade econômica e manter a estabilidade de preços, visto que esta última não parece estar sob ameaça, pelo menos não da forma em que parecia estar em meados de 2010.Outra dificuldade deriva dos prováveis efeitos colaterais do relaxamento quantitativo. Este visa elevar preços de ativos e, com isso, impulsionar a riqueza, a confiança e o dispêndio privado. Mas uma das consequências dessa política é a elevação dos preços de matérias-primas, que acaba corroendo a renda das famílias e solapando a própria expansão do consumo. Finalmente, a mera sinalização de que as taxas de juros devem ficar em patamares mínimos até 2013, explicitada pelo Fed em sua última reunião de política, já suscitou votos contrários de três integrantes do Fomc (o Copom norte-americano) -curiosamente, apesar da tradição democrática dos Estados Unidos, o dissenso nas decisões do Fed é tido como algo muito grave.Diante dessas dificuldades, outras opções, ainda mais controversas, têm sido levantadas. Entre elas a de anunciar uma política deliberada de inflacionar a economia americana, comprometendo temporariamente o mandato da estabilidade de preços para estimular a atividade. A lógica é que o aumento da inflação levaria à antecipação do consumo, e premiaria os devedores -entre os quais o maior, o governo americano- às expensas dos poupadores.Mas os efeitos seriam incertos, visto que uma elevação da inflação que efetivamente reduzisse o tamanho real da dívida provavelmente reduziria também o poder de compra das famílias no piso da escala de renda. Evidentemente, iniciar um surto inflacionário pode ser bem mais fácil do que terminá-lo. E, a depender da magnitude e da persistência do choque inflacionário, as políticas desinflacionárias que seriam adotadas a seguir teriam de ser agressivamente contracionistas, o que certamente não é o desejo do Fed.Há sugestões também de que o Fed passe a comprar ativos de longo prazo, de forma a manter as taxas de juros longas, importantes tanto para o financiamento do investimento como das hipotecas, em níveis reduzidos -em linha com a iniciativa adotada no governo Kennedy no século passado, sob a denominação de Operação Twist.Ocorre que as taxas longas já se encontram em patamares historicamente muito reduzidos, sem que isso seja suficiente para sustentar a atividade econômica. Mesmo assim, por ser relativamente menos controversa, essa política poderia ser anunciada nas próximas semanas. Com tantas dificuldades, ainda que as pressões por uma nova rodada de estímulo, vindas dos políticos e também dos mercados, sejam muito fortes, não é implausível que a mensagem das montanhas esteja aquém do que almejam e esperam os investidores. MARIO MESQUITA, 45, doutor em economia pela Universidade de Oxford, escreve às quartas-feiras, a cada 14 dias, neste espaço.
Syngenta é multada em R$ 300 mil
Syngenta é multada em R$ 300 milCobrança faz parte de um acordo, com abrangência nacional, entre a empresa e a Procuradoria em Ribeirão Em nota, grupo diz que vai se responsabilizar pelos direitos dos trabalhadores das empresas terceirizadas A Syngenta líder na produção mundial de sementes foi multada em R$ 300 mil por terceirizar trabalhadores rurais que plantavam o produto vendido pela empresa.A multa faz parte de um acordo entre a Syngenta e o Ministério Público do Trabalho em Ribeirão Preto e evita que a empresa seja ré em uma ação judicial.Com o acordo, a Syngenta Seeds e a Syngenta Proteção de Cultivos se comprometem a não terceirizar empregados, sob pena de multa de R$ 4.000 por infração e por trabalhador prejudicado.A multa de R$ 300 mil será revertida à Apae de Ituverava.O acordo tem abrangência nacional. O procurador Henrique Lima Correia afirma que, há pelo menos dois anos, a Syngenta estava sendo alvo de diversas ações na Justiça por terceirização ilícita de mão de obra.Segundo ele, a contratação de terceirizados favorecia a Syngenta, pois reduzia os custos com os encargos trabalhistas. "Além de sonegar milhões de reais, a prática expõe o trabalhador."Não há dados sobre os trabalhadores afetados.Os casos surgiram em maior número em Ituverava, mas também há registros de ações na Justiça de São Paulo e de Uberlândia (MG).Segundo a assessoria da Procuradoria, os trabalhadores foram contratados por "empresas de fachada e cooperativas fraudulentas" para atuar na colheita, carpina, eliminação de plantas fora do padrão e corte em lavouras da Syngenta.O Ministério Público do Trabalho entendeu que essas atividades eram o foco da empresa, pois culminavam na produção de sementes.A legislação trabalhista proíbe que terceirizados atuem em áreas que sejam o objetivo final da empresa.Correia disse que as empresas que terceirizavam para a Syngenta já não existem mais e que os trabalhadores prejudicados já não estão ligados à empresa. OUTRO LADOEm nota, a Syngenta informou que vai se responsabilizar pelos direitos dos trabalhadores das empresas terceirizadas, caso elas não cumpram com as obrigações devidas. Reforçou ainda que atua de acordo com os padrões de integridade e respeito ao trabalhador.
Bolsas sobem forte com expectativa de ação do Fed
Bolsas sobem forte com expectativa de ação do Fed
Os principais índices acionários dos Estados Unidos tiveram forte alta nesta terça-feira, em meio a expectativas de que o presidente do banco central americano, Ben Bernanke, sinalize novos estímulos econômicos, oferecendo esperanças de que o pior já tenha passado após quatro semanas de perdas. O índice Dow Jones avançou 2,97%, para 11.176 pontos. O Nasdaq subiu 4,29%, para 2.446 pontos, e o Standard & Poor's 500 teve valorização de 3,43%, para 1.162 pontos.Dados fracos no setor imobiliário e na indústria regional motivaram a última rodada de apostas de que Bernanke agirá, mesmo que o leque de opções do Fed pareça limitado. Ele fará um pronunciamento em uma conferência do banco central norte-americano na sexta-feira, em Jackson Hole, Wyoming.Papéis do setor de tecnologia e de outros setores ligados ao crescimento ditaram grande parte dos ganhos. As expressivas altas lembram as fortes oscilações que o mercado sofreu duas semanas atrás, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's reduzir a nota de crédito de longo prazo dos EUA.Na Europa, a expectativa com o Fed também impulsionou os mercados, ao lado de indicadores das economias chinesa e alemã. O índice Dax da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 1,07%, depois de ter sido a única bolsa europeia a ter fechado em queda na segunda-feira. O índice CAC 40 de Paris subiu 1,08%. Em Londres, o FTSE-100 terminou a sessão em alta de 0,67%.
Os principais índices acionários dos Estados Unidos tiveram forte alta nesta terça-feira, em meio a expectativas de que o presidente do banco central americano, Ben Bernanke, sinalize novos estímulos econômicos, oferecendo esperanças de que o pior já tenha passado após quatro semanas de perdas. O índice Dow Jones avançou 2,97%, para 11.176 pontos. O Nasdaq subiu 4,29%, para 2.446 pontos, e o Standard & Poor's 500 teve valorização de 3,43%, para 1.162 pontos.Dados fracos no setor imobiliário e na indústria regional motivaram a última rodada de apostas de que Bernanke agirá, mesmo que o leque de opções do Fed pareça limitado. Ele fará um pronunciamento em uma conferência do banco central norte-americano na sexta-feira, em Jackson Hole, Wyoming.Papéis do setor de tecnologia e de outros setores ligados ao crescimento ditaram grande parte dos ganhos. As expressivas altas lembram as fortes oscilações que o mercado sofreu duas semanas atrás, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's reduzir a nota de crédito de longo prazo dos EUA.Na Europa, a expectativa com o Fed também impulsionou os mercados, ao lado de indicadores das economias chinesa e alemã. O índice Dax da Bolsa de Frankfurt fechou em alta de 1,07%, depois de ter sido a única bolsa europeia a ter fechado em queda na segunda-feira. O índice CAC 40 de Paris subiu 1,08%. Em Londres, o FTSE-100 terminou a sessão em alta de 0,67%.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Commodities Agrícolas 23/08
Commodities Agrícolas
Correção à vista O mercado futuro de café da bolsa de Nova York fechou a segunda-feira com perdas modestas. Os contratos de arábica com entrega em dezembro recuaram 1,50 centavo, para US$ 2,6835 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, os preços da commodity podem sofrer alguma correção após subirem 14% em duas semanas sem que houvesse qualquer novidade do ponto de vista dos fundamentos. Fundos de investimento, que haviam apostado contra o café, cobriram suas posições nos últimos dias e deram impulso às cotações. "Acho que foi longe e rápido demais", disse Márcio Bernardo, analista da Newedge, sobre os ganhos recentes. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq caiu 0,67%, para R$ 482,05 por saca. Irene dá suporte A ameaça de que o Irene, o primeiro furacão do Atlântico da atual "temporada" americana, ganhe força nos próximos dias e prejudique os pomares de laranja da Flórida prevaleceu sobre o comportamento do dólar e garantiu a alta das cotações do suco ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em novembro fecharam a US$ 1,6565 por libra-peso, ganho de 150 pontos em relação ao fechamento de sexta. Segundo a agência Dow Jones Newswires, o Irene já está causando problemas em Porto Rico, o que alimenta expectativas sobre seus efeitos nos EUA. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura permaneceu, em média, a R$ 9,70 ao produtor, de acordo com levantamento do Cepea/Esalq. Efeito climático A preocupação com o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos voltou a impulsionar os preços futuros da soja ontem na bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, com vencimento em novembro, terminaram o pregão cotados a US$ 13,8525 por bushel, com valorização de 16,75 centavos. Durante o pregão, a commodity registrou a cotação mais alta desde 27 de julho. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 38%. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, as chuvas do fim de semana não foram suficientes para recuperar a umidade do solo nas áreas carentes do Meio-Oeste, onde choveu apenas um quarto do volume esperado desde o começo de agosto. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq subiu 0,69%, para R$ 49,34 por saca. Teto em dez semanas Os preços do milho atingiram ontem o patamar mais alto em dez semanas na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro, mais negociados, fecharam com valorização de 9,25 centavos, cotados a US$ 7,3450 por bushel. Mais cedo, a posição chegou a US$ 7,3650 por bushel, maior cotação desde 7 de junho. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, mais uma vez, as cotações foram impulsionados pelas más condições climáticas no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O comportamento dos mercados financeiros favoreceu o movimento, com maior apetite por ativos de risco. Os preços do milho subiram 68% ao longo do último ano. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&FBovespa teve aumento de 0,03%, para R$ 30,02 por saca. Conselho O novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ouviu ontem do ex-ministro Pratini de Moraes que a abertura de novos mercados para a suinocultura brasileira deve ser a prioridade na sua gestão, além do fim do embargo russo às carnes, que já dura dois meses. Renda em alta O produtor de soja deve ter renda de R$ 1.946 por hectare na safra 2011/12, estima a Céleres -alta de 32% em relação ao projetado para a safra anterior. Rentabilidade A consultoria também calcula que a margem operacional bruta dos produtores deva crescer 35%, o que deverá estimular o plantio de soja. Sem limite 1 O preço do ouro bateu novo recorde ontem e fechou a US$ 1.888,70 por onça-troy (31,1 gramas), alta de 2,15% em Nova York. Durante o dia, o metal chegou bem perto de US$ 1.900, ao atingir US$ 1.895. Em 30 dias, a alta é de 17,95%. Sem limite 2 O mercado brasileiro acompanhou e, na BM&F, o contrato à vista de 250 gramas subiu 2,11%, com o grama cotado a R$ 97.
Correção à vista O mercado futuro de café da bolsa de Nova York fechou a segunda-feira com perdas modestas. Os contratos de arábica com entrega em dezembro recuaram 1,50 centavo, para US$ 2,6835 por libra-peso. Segundo analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, os preços da commodity podem sofrer alguma correção após subirem 14% em duas semanas sem que houvesse qualquer novidade do ponto de vista dos fundamentos. Fundos de investimento, que haviam apostado contra o café, cobriram suas posições nos últimos dias e deram impulso às cotações. "Acho que foi longe e rápido demais", disse Márcio Bernardo, analista da Newedge, sobre os ganhos recentes. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq caiu 0,67%, para R$ 482,05 por saca. Irene dá suporte A ameaça de que o Irene, o primeiro furacão do Atlântico da atual "temporada" americana, ganhe força nos próximos dias e prejudique os pomares de laranja da Flórida prevaleceu sobre o comportamento do dólar e garantiu a alta das cotações do suco ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em novembro fecharam a US$ 1,6565 por libra-peso, ganho de 150 pontos em relação ao fechamento de sexta. Segundo a agência Dow Jones Newswires, o Irene já está causando problemas em Porto Rico, o que alimenta expectativas sobre seus efeitos nos EUA. No mercado de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja pera in natura permaneceu, em média, a R$ 9,70 ao produtor, de acordo com levantamento do Cepea/Esalq. Efeito climático A preocupação com o clima no Meio-Oeste dos Estados Unidos voltou a impulsionar os preços futuros da soja ontem na bolsa de Chicago. Os contratos mais negociados, com vencimento em novembro, terminaram o pregão cotados a US$ 13,8525 por bushel, com valorização de 16,75 centavos. Durante o pregão, a commodity registrou a cotação mais alta desde 27 de julho. Nos últimos 12 meses, acumula alta de 38%. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, as chuvas do fim de semana não foram suficientes para recuperar a umidade do solo nas áreas carentes do Meio-Oeste, onde choveu apenas um quarto do volume esperado desde o começo de agosto. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq subiu 0,69%, para R$ 49,34 por saca. Teto em dez semanas Os preços do milho atingiram ontem o patamar mais alto em dez semanas na bolsa de Chicago. Os contratos para dezembro, mais negociados, fecharam com valorização de 9,25 centavos, cotados a US$ 7,3450 por bushel. Mais cedo, a posição chegou a US$ 7,3650 por bushel, maior cotação desde 7 de junho. Segundo analistas ouvidos pela agência Bloomberg, mais uma vez, as cotações foram impulsionados pelas más condições climáticas no Meio-Oeste dos Estados Unidos. O comportamento dos mercados financeiros favoreceu o movimento, com maior apetite por ativos de risco. Os preços do milho subiram 68% ao longo do último ano. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&FBovespa teve aumento de 0,03%, para R$ 30,02 por saca. Conselho O novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ouviu ontem do ex-ministro Pratini de Moraes que a abertura de novos mercados para a suinocultura brasileira deve ser a prioridade na sua gestão, além do fim do embargo russo às carnes, que já dura dois meses. Renda em alta O produtor de soja deve ter renda de R$ 1.946 por hectare na safra 2011/12, estima a Céleres -alta de 32% em relação ao projetado para a safra anterior. Rentabilidade A consultoria também calcula que a margem operacional bruta dos produtores deva crescer 35%, o que deverá estimular o plantio de soja. Sem limite 1 O preço do ouro bateu novo recorde ontem e fechou a US$ 1.888,70 por onça-troy (31,1 gramas), alta de 2,15% em Nova York. Durante o dia, o metal chegou bem perto de US$ 1.900, ao atingir US$ 1.895. Em 30 dias, a alta é de 17,95%. Sem limite 2 O mercado brasileiro acompanhou e, na BM&F, o contrato à vista de 250 gramas subiu 2,11%, com o grama cotado a R$ 97.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Mercado retoma a fase de alta aversão a risco
Mercado retoma a fase de alta aversão a risco
A recente calmaria do mercado chegou ao fim. As bolsas do mundo inteiro voltaram a cair de forma acentuada e, mais uma vez, graças a uma série de fatores externos. O Indice Bovespa chegou a cair 5,13%, mas acabou encerrando os negócios com uma queda um pouco menor, 3,52%, aos 53.134 pontos. Com essa baixa, o indicador passa a cair na semana 0,63%. Apenas sete papéis que compõem o índice conseguiram fechar ontem no campo positivo.O mercado começou o dia com o pé esquerdo, repercutindo a reportagem do jornal "The Wall Street Journal" de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e suas unidades regionais estão de olho nas operações de bancos europeus em terras americanas. Isso porque a autoridade monetária teme que haja um contágio do sistema bancário dos EUA por meio das subsidiárias dos bancos europeus.Ibovespa cai 3,52% novamente com Europa e EUATambém incentivou o mau humor do mercado a notícia de que, pela primeira vez desde fevereiro, um banco recorreu à linha de redesconto do Banco Central Europeu (BCE). Quando uma instituição financeira recorre ao banco central é um sinal importante de que o banco está, no mínimo, com dificuldades de fechar suas contas. Como consequência dos dois acontecimentos, as ações da maior parte dos bancos europeus tiveram quedas expressivas no pregão de ontem."O mercado agora vai ficar com olhos e ouvidos abertos, para ver se este é só o começo de uma longa fila de bancos europeus que vão passar o pires junto ao Banco Central Europeu", diz o diretor de uma corretora. Vale lembrar que, até então, a crise na Europa parecia circunscrita aos governos, enquanto que, a partir de agora, pode se estender ao sistema bancário dos países.Não apenas o medo de uma deterioração dos bancos europeus formou o cenário negativo de ontem. Alguns indicadores sobre a economia americana vieram muito ruins e aumentaram o grupo dos que acreditam que os EUA caminham a passos largos para uma nova recessão e não apenas uma desaceleração, como se esperava anteriormente.A principal decepção ocorreu com o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia. Em agosto, o indicador foi -30,7 ante uma expectativa de que fosse +2, ou seja, um abismo de diferença. O Fed da Filadélfia é um termômetro importante de como está o índice geral do setor manufatureiro (ISM) americano. O diretor de tesouraria de um banco lembra que, se depender apenas do indicador da Filadélfia, o ISM deve estar na casa dos 42 pontos, o que já mostra uma retração econômica, estando abaixo de 50.Entre os principais participantes da bolsa, apenas o fluxo das empresas públicas e privadas e das instituições financeiras está positivo tanto no ano quanto no mês.Daniele Camba
A recente calmaria do mercado chegou ao fim. As bolsas do mundo inteiro voltaram a cair de forma acentuada e, mais uma vez, graças a uma série de fatores externos. O Indice Bovespa chegou a cair 5,13%, mas acabou encerrando os negócios com uma queda um pouco menor, 3,52%, aos 53.134 pontos. Com essa baixa, o indicador passa a cair na semana 0,63%. Apenas sete papéis que compõem o índice conseguiram fechar ontem no campo positivo.O mercado começou o dia com o pé esquerdo, repercutindo a reportagem do jornal "The Wall Street Journal" de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e suas unidades regionais estão de olho nas operações de bancos europeus em terras americanas. Isso porque a autoridade monetária teme que haja um contágio do sistema bancário dos EUA por meio das subsidiárias dos bancos europeus.Ibovespa cai 3,52% novamente com Europa e EUATambém incentivou o mau humor do mercado a notícia de que, pela primeira vez desde fevereiro, um banco recorreu à linha de redesconto do Banco Central Europeu (BCE). Quando uma instituição financeira recorre ao banco central é um sinal importante de que o banco está, no mínimo, com dificuldades de fechar suas contas. Como consequência dos dois acontecimentos, as ações da maior parte dos bancos europeus tiveram quedas expressivas no pregão de ontem."O mercado agora vai ficar com olhos e ouvidos abertos, para ver se este é só o começo de uma longa fila de bancos europeus que vão passar o pires junto ao Banco Central Europeu", diz o diretor de uma corretora. Vale lembrar que, até então, a crise na Europa parecia circunscrita aos governos, enquanto que, a partir de agora, pode se estender ao sistema bancário dos países.Não apenas o medo de uma deterioração dos bancos europeus formou o cenário negativo de ontem. Alguns indicadores sobre a economia americana vieram muito ruins e aumentaram o grupo dos que acreditam que os EUA caminham a passos largos para uma nova recessão e não apenas uma desaceleração, como se esperava anteriormente.A principal decepção ocorreu com o índice de atividade industrial do Fed da Filadélfia. Em agosto, o indicador foi -30,7 ante uma expectativa de que fosse +2, ou seja, um abismo de diferença. O Fed da Filadélfia é um termômetro importante de como está o índice geral do setor manufatureiro (ISM) americano. O diretor de tesouraria de um banco lembra que, se depender apenas do indicador da Filadélfia, o ISM deve estar na casa dos 42 pontos, o que já mostra uma retração econômica, estando abaixo de 50.Entre os principais participantes da bolsa, apenas o fluxo das empresas públicas e privadas e das instituições financeiras está positivo tanto no ano quanto no mês.Daniele Camba
Nouriel Roubini: Danou-se, então, o capitalismo
NEW YORK. A volatilidade massiva e as fortes quedas nas cotações de bolsa que hoje atingem os mercados financeiros globais mostram que as mais avançadas economias estão à beira de um segundo mergulho na mesma recessão. Uma crise financeira e econômica causada por excesso de dívidas e de alavancagem no setor privado levou a uma massiva realavancagem pelo setor público, para evitar uma Grande Depressão 2.0. Mas a ‘recuperação’ subsequente foi anêmica e inferior ao que se esperava nas economias mais avançadas, por causa de uma dolorosa desalavancagem.Agora, uma combinação de altos preços de petróleo e commodities, turbilhão no Oriente Médio, terremoto e tsunami no Japão, crises de dívida na zona do euro e os problemas fiscais nos EUA (e, recentemente, a desvalorização dos papéis americanos por uma agência de avaliação de riscos) levaram a aumento massivo do comportamento de aversão a riscos. Economicamente, os EUA, a zona do euro, o Reino Unido e o Japão estão ociosos. E até mercados emergentes de rápido crescimento (China, os emergentes asiáticos e a América Latina), e economias orientadas para exportação que dependem daqueles mercados (a Alemanha e a Austrália, rica em recursos), experimentam fortes freadas.Até o ano passado, os políticos sempre conseguiram inventar algum novo coelho para tirar das cartolas, reinflar preços e tentar alguma recuperação econômica. Estímulos fiscais, taxas de juro próximas de zero, duas rodadas de ‘injeção de dinheiro novo’ [orig. quantitative easing], cerco aos papéis podres e trilhões de dólares em ‘resgates’ e provisão de liquidez para bancos e instituições financeiras: tudo isso já foi tentado. Agora, acabaram-se os coelhos.Atualmente, a política fiscal é o peso que impede o crescimento tanto na zona do euro como no Reino Unido. E até os EUA, governos estaduais e governos locais, e agora também o governo federal, estão cortando gastos e reduzindo pagamentos. Em pouco tempo, não há dúvidas, começarão a aumentar impostos.
Mais uma rodada de ‘resgate’ de bancos é politicamente inaceitável e economicamente irrealizável: a maioria dos governos, sobretudo na Europa, estão tão depauperados que não têm fundos para ‘resgatar’ coisa alguma; de fato, seus riscos soberanos são de tal ordem que já há preocupação sobre a saúde dos bancos europeus que detêm a maior parte dos papéis cada dia mais desvalorizados, dos estados europeus.
Nem a política monetária poderá ajudar muito. Novas injeções de dinheiro [ing. quantitative easing] são limitadas pela inflação que já ultrapassa as metas fixadas na eurozona e no Reino Unido. O Federal Reserve dos EUA talvez inicie uma terceira injeção de dinheiro [ing. quantitative easing (QE3)], mas será pequena demais, vinda tarde demais. Os 600 bilhões da injeção QE2 do ano passado e $1 trilhão em cortes de impostos e transferências conseguiram crescimento pífio de apenas 3% durante um trimestre. E em seguida o crescimento despencou para menos de 1% no primeiro semestre de 2011. A terceira injeção de dinheiro (QE3) será menor e conseguirá ainda menos, em termos de revalorizar os ativos e restaurar o crescimento.
A depreciação da moeda não é opção viável para todas as economias avançadas: todas precisam de moeda mais fraca e melhor equilíbrio na balança comercial, mas não podem ter tudo isso todas ao mesmo tempo. Portanto, depender de taxas de câmbio para influenciar equilíbrios comerciais é jogo de soma zero. Veem-se guerras monetárias no horizonte, com Japão e Suíça já engajados nas primeiras escaramuças para enfraquecer a taxa de câmbio. Em seguida virão outras.
Enquanto isso, na zona do euro, Itália e Espanha estão em risco de perder acesso aos mercados, com pressões financeiras subindo também na França. Mas Itália e Espanha são ambas grandes demais para quebrar e grandes demais, também, para serem resgatadas. Por hora, o Banco Central Europeu trocará alguns bônus, como ponte para a nova Instituição de Estabilização Financeira da Europa [ing. European Financial Stabilization Facility (EFSF)]. Mas, se Itália e/ou Espanha perdem acesso aos mercados, os €440 bilhões ($627 bilhões) do escudo da EFSF já estarão desvalorizados ao final de 2011 ou início de 2012.
Assim sendo, a menos que se triplique o montante do EFSF – movimento contra o qual a Alemanha resistirá –, só resta, como opção, a reestruturação ordeira, mas coercitiva das dívidas de Itália e Espanha, como aconteceu na Grécia. A reestruturação coercitiva de dívidas não securitizadas de bancos insolventes virá em seguida. Assim, apesar de o processo de desalavancagem mal ter começado, logo será indispensável reduzir as dívidas, se os países não conseguem crescer nem salvar-se nem se autoinflacionar a partir de seus problemas fiscais.
Tudo isso leva a concluir que, ao que parece, Karl Marx acertou, no mínimo em parte, quando disse que a globalização, a intermediação financeira sem qualquer controle, e a redistribuição de renda e riqueza, do trabalho para o capital, poderia levar o capitalismo à autodestruição (embora, pelo que já se viu, o socialismo não seja capaz de fazer melhor). As empresas cortam empregos porque não há demanda final suficiente. Mas, com menos empregos, cai a renda do trabalho, aumenta a desigualdade e a demanda final acaba por ficar ainda mais reduzida.
Manifestações populares, do Oriente Médio a Israel e ao Reino Unido – e logo também, sem dúvida, em outras economias avançadas e mercados emergentes – são todas provocadas pelas mesmas questões e tensões: desigualdade crescente, pobreza, desemprego e desesperança. Até as classes médias já sentem, em todo o mundo, que a renda e as oportunidades encolheram.
Para conseguir que as economias orientadas pelo mercado operem como podem e devem, temos de voltar ao equilíbrio adequado entre mercados e provisão de bens públicos. Isso implica fugir tanto do modelo anglo-saxão de economia de laissez-faire e vudu, quanto do modelo europeu continental dos estados de bem-estar movidos a déficits. Esses dois modelos faliram.
O equilíbrio adequado exige que se criem empregos em parte por estímulos fiscais orientados para o investimento em infraestrutura produtiva. Exige também taxação mais progressiva; mas estímulos ficais de curto prazo, com disciplina fiscal de longo prazo; empréstimos-só-em-último-caso, por autoridades monetárias, para evitar corridas a bancos, e só nesse caso; redução da carga da dívida para proprietários insolventes e outros agentes econômicos super pressionados; e supervisão e regulação mais estrita de um sistema financeiro que perdeu o rumo e o prumo. Além disso, é preciso quebrar e dividir todos os bancos e trustes oligopolistas grandes demais para quebrar.
Ao longo do tempo, as economias avançadas terão de investir em capital humano, formação e redes de segurança social, para aumentar a produtividade e permitir que os trabalhadores sejam competitivos, flexíveis e encontrem seu nicho numa economia globalizada. É isso. A única alternativa é – como nos anos 1930s – estagnação sem fim, depressão, guerras monetárias e comerciais, controle de capitais, crises financeiras, fundos soberanos insolventes e incontrolável instabilidade social e política massiva.
Mais uma rodada de ‘resgate’ de bancos é politicamente inaceitável e economicamente irrealizável: a maioria dos governos, sobretudo na Europa, estão tão depauperados que não têm fundos para ‘resgatar’ coisa alguma; de fato, seus riscos soberanos são de tal ordem que já há preocupação sobre a saúde dos bancos europeus que detêm a maior parte dos papéis cada dia mais desvalorizados, dos estados europeus.
Nem a política monetária poderá ajudar muito. Novas injeções de dinheiro [ing. quantitative easing] são limitadas pela inflação que já ultrapassa as metas fixadas na eurozona e no Reino Unido. O Federal Reserve dos EUA talvez inicie uma terceira injeção de dinheiro [ing. quantitative easing (QE3)], mas será pequena demais, vinda tarde demais. Os 600 bilhões da injeção QE2 do ano passado e $1 trilhão em cortes de impostos e transferências conseguiram crescimento pífio de apenas 3% durante um trimestre. E em seguida o crescimento despencou para menos de 1% no primeiro semestre de 2011. A terceira injeção de dinheiro (QE3) será menor e conseguirá ainda menos, em termos de revalorizar os ativos e restaurar o crescimento.
A depreciação da moeda não é opção viável para todas as economias avançadas: todas precisam de moeda mais fraca e melhor equilíbrio na balança comercial, mas não podem ter tudo isso todas ao mesmo tempo. Portanto, depender de taxas de câmbio para influenciar equilíbrios comerciais é jogo de soma zero. Veem-se guerras monetárias no horizonte, com Japão e Suíça já engajados nas primeiras escaramuças para enfraquecer a taxa de câmbio. Em seguida virão outras.
Enquanto isso, na zona do euro, Itália e Espanha estão em risco de perder acesso aos mercados, com pressões financeiras subindo também na França. Mas Itália e Espanha são ambas grandes demais para quebrar e grandes demais, também, para serem resgatadas. Por hora, o Banco Central Europeu trocará alguns bônus, como ponte para a nova Instituição de Estabilização Financeira da Europa [ing. European Financial Stabilization Facility (EFSF)]. Mas, se Itália e/ou Espanha perdem acesso aos mercados, os €440 bilhões ($627 bilhões) do escudo da EFSF já estarão desvalorizados ao final de 2011 ou início de 2012.
Assim sendo, a menos que se triplique o montante do EFSF – movimento contra o qual a Alemanha resistirá –, só resta, como opção, a reestruturação ordeira, mas coercitiva das dívidas de Itália e Espanha, como aconteceu na Grécia. A reestruturação coercitiva de dívidas não securitizadas de bancos insolventes virá em seguida. Assim, apesar de o processo de desalavancagem mal ter começado, logo será indispensável reduzir as dívidas, se os países não conseguem crescer nem salvar-se nem se autoinflacionar a partir de seus problemas fiscais.
Tudo isso leva a concluir que, ao que parece, Karl Marx acertou, no mínimo em parte, quando disse que a globalização, a intermediação financeira sem qualquer controle, e a redistribuição de renda e riqueza, do trabalho para o capital, poderia levar o capitalismo à autodestruição (embora, pelo que já se viu, o socialismo não seja capaz de fazer melhor). As empresas cortam empregos porque não há demanda final suficiente. Mas, com menos empregos, cai a renda do trabalho, aumenta a desigualdade e a demanda final acaba por ficar ainda mais reduzida.
Manifestações populares, do Oriente Médio a Israel e ao Reino Unido – e logo também, sem dúvida, em outras economias avançadas e mercados emergentes – são todas provocadas pelas mesmas questões e tensões: desigualdade crescente, pobreza, desemprego e desesperança. Até as classes médias já sentem, em todo o mundo, que a renda e as oportunidades encolheram.
Para conseguir que as economias orientadas pelo mercado operem como podem e devem, temos de voltar ao equilíbrio adequado entre mercados e provisão de bens públicos. Isso implica fugir tanto do modelo anglo-saxão de economia de laissez-faire e vudu, quanto do modelo europeu continental dos estados de bem-estar movidos a déficits. Esses dois modelos faliram.
O equilíbrio adequado exige que se criem empregos em parte por estímulos fiscais orientados para o investimento em infraestrutura produtiva. Exige também taxação mais progressiva; mas estímulos ficais de curto prazo, com disciplina fiscal de longo prazo; empréstimos-só-em-último-caso, por autoridades monetárias, para evitar corridas a bancos, e só nesse caso; redução da carga da dívida para proprietários insolventes e outros agentes econômicos super pressionados; e supervisão e regulação mais estrita de um sistema financeiro que perdeu o rumo e o prumo. Além disso, é preciso quebrar e dividir todos os bancos e trustes oligopolistas grandes demais para quebrar.
Ao longo do tempo, as economias avançadas terão de investir em capital humano, formação e redes de segurança social, para aumentar a produtividade e permitir que os trabalhadores sejam competitivos, flexíveis e encontrem seu nicho numa economia globalizada. É isso. A única alternativa é – como nos anos 1930s – estagnação sem fim, depressão, guerras monetárias e comerciais, controle de capitais, crises financeiras, fundos soberanos insolventes e incontrolável instabilidade social e política massiva.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Commodities Agrícolas
Foco nos fundamentos A pressão advinda das turbulências financeiras irradiadas dos EUA e da Europa diminuiu e abriu espaço para a continuidade da recuperação das cotações do açúcar ontem na bolsa de Nova York. Os contratos para março encerraram a sessão a 28,69 centavos de dólar por libra-peso, em alta de 149 pontos. Analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires realçaram que, diante da menor influência financeira, os fundamentos voltaram a prevalecer. Nesse sentido, pesaram para a valorização previsões de redução da oferta do produto no Brasil que estão sendo divulgadas desde a semana passada. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar cristal negociada em São Paulo caiu 0,75%, para R$ 67,67. Cobertura de posições Em mais uma sessão marcada por coberturas de posições após as fortes quedas da semana passada, que derrubaram os preços ao menor patamar em seis meses, o café voltou a subir consideravelmente ontem na bolsa de Nova York. Com os ajustes promovidos pelos investidores, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a US$ 2,6680 por libra-peso, ganho de 1.180 pontos em relação à véspera. Para analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, se os exportadores tiverem paciência para evitar uma "onda vendedora", há espaço para as cotações subirem ainda mais. No mercado doméstico, a saca de 60,5 quilos de café de boa qualidade ficou entre R$ 470 e R$ 490, de acordo com informações do Escritório Carvalhaes, de Santos. Chuvas no Paquistão Chuvas pesadas devastaram plantações de algodão do Paquistão, o quarto maior produtor do mundo, e fizeram as cotações subirem forte ontem na bolsa de Nova York, informou a Bloomberg. Os contratos para dezembro tiveram valorização de 397 pontos e fecharam a US$ 1,0782 por libra-peso. Tempestades nas regiões de Sindh e do Punjab na semana passada podem ter danificado até 1,7 milhão de toneladas de algodão que estavam nos campos ainda para serem colhidas, conforme a Associação dos Desencaroçadores de Algodão do Paquistão. Em junho, o Ministério da Agricultura do país definiu a meta de produzir 16,5 milhões de toneladas. No mercado doméstico, o indicador Cepea /Esalq para a libra-peso do algodão subiu 0,02%, para R$ 1,7097. No mês, ainda há queda de 5,58%. Clima nos EUA As preocupações em torno das condições climáticas sobre as lavouras dos Estados Unidos voltaram a dar o tom e sustentaram as cotações da soja ontem na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em novembro encerraram a sessão a US$ 13,6675 por bushel, valorização de 17,25 centavos de dólar em relação à véspera. Os mesmos temores chegaram a oferecer suporte também ao milho - que, no entanto, encerrou a sessão com perdas modestas. O trigo também subiu em Chicago, por conta do menor plantio que o esperado de produto rico em proteínas nos EUA, conforme a Dow Jones Newswires. Em Rondonópolis (MT), as oferta de compra da saca de 60 quilos da soja ficaram em R$ 40,80, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Baixa oferta garante cotação de commoditiesOs preços das commodities resistem à crise nos países desenvolvidos. Após caírem no auge das turbulências, as cotações voltaram a subir. Ontem, a alta foi generalizada nas principais Bolsas.Esse comportamento pode ser explicado por um movimento financeiro: a baixa taxa de juros nos EUA contribui para a fraqueza do dólar, favorável à valorização das commodities.Outra explicação, que complementa a anterior, é a baixa oferta da maioria das matérias-primas. No caso do cobre, o mercado mundial opera, neste ano, com deficit próximo a 300 mil toneladas.Os estoques de petróleo também estão baixos. Com a eliminação da oferta da Líbia, os países exportadores se aproximaram do limite de utilização de sua capacidade.No caso das agrícolas, problemas climáticos estão reduzindo as estimativas de safra para o açúcar, no Brasil, e para a soja e o milho, nos EUA.Apesar da restrição na oferta ser evidente, economistas do banco Itaú dizem que a sustentação do nível atual de preços dependerá da evolução da demanda nas próximas semanas. Em relatório, a equipe de análise do banco afirma que os dados de atividade dos EUA e da China, motores desse mercado, devem ser observados com atenção nas próximas semanas, pois determinarão o impacto da crise na demanda.Para o banco, a tendência de estabilidade dos preços só será confirmada com a manutenção da demanda chinesa e dos demais emergentes. Se depender de Europa e EUA, haverá redução de consumo, o que pode provocar queda moderada dos preços. Suspensão A produção da unidade de Barretos (SP) da JBS, de onde partiu o contêiner de carne industrializada rejeitado pelos EUA, está suspensa, segundo Francisco Jardim, secretário de Defesa Agropecuária. Em nota, a empresa informou que as atividades seguem normalmente. Motivo Os EUA devolveram a carne após testes laboratoriais terem constatado nível do vermífugo ivermectina acima do limite tolerado. Ao trabalho 1 Segundo o secretário, técnicos do ministério vão rastrear a linha de produção da unidade de Barretos da JBS para verificar a origem do problema. Ao trabalho 2 Francisco Jardim se reúne hoje com representantes de frigoríficos e, amanhã, com membros da indústria farmacêutica para discutir o problema. Queixa Os frigoríficos dizem que, apesar de seguir as instruções das bulas dos remédios, é comum encontrar restos de vermífugo na carne. Novela russa A autoridade sanitária russa anunciou o embargo a mais três frigoríficos brasileiros e ameaçou outras três unidades, ontem. A autoridade sanitária do país alegou presença de parasitas e de bactérias nas carnes. Ceagesp em alta O volume de vendas da Ceagesp subiu 2,7% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializados 2,2 milhões de toneladas de produtos frescos. Força do interior O crescimento das vendas foi maior no interior, de 12,5%. Mas o entreposto de São Paulo, com 1,8 milhão de toneladas (alta de 0,4%), respondeu por 79% do volume e por 81% da receita.
Café dispara na ICE com predomínio de compras especulativas e de fundos
Café dispara na ICE com predomínio de compras especulativas e de fundos
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com fortes ganhos, com a predominância de compras especulativas e de grandes fundos, na esteira de fatores técnicos, ao conseguir romper importantes resistências, e também ao refletir algumas informações sobre a safra brasileira de café, estimada para baixo, em um cenário que se avizinha de oferta bastante limitada. No início da noite, o ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, sob várias acusações envolvendo sua pasta, pediu demissão. Operadores indicaram que a quarta-feira foi caracterizada por bastante movimentação no mercado cafeeiro, com muitos players, após um início de operações bastante limitado e com quedas, passando a registrar compras expressivas, o que permitiu que ganhos consistentes fossem verificados, com os preços alcançando os melhores patamares desde 14 de julho. As altas passaram a ser consolidadas após o rompimento de importantes resistências. Tão logo o nível de 255,00 centavos foi rompido, especuladores e fundos passaram a executar compras, o que permitiu que outra resistência, no patamar de 260,00 centavos, fosse também superado, o que garantiu que uma valorização de mais de mil pontos pudesse ser registrada. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 1.165 pontos com 263,20 centavos, sendo a máxima em 263,60 e a mínima em 250,65 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 1.180 pontos, com a libra a 266,80 centavos, sendo a máxima em 267,30 e a mínima em 254,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 36 dólares, com 2.350 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 36 dólares, com 2.380 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por boas compras que se mostraram independentes do comportamento dos mercados internacionais. O dólar teve uma perda relativa ao longo do dia, no entanto, fechou a quarta com ligeiros ganhos, mas, mesmo assim, as compras no café se mantiveram. O índice CRB teve alta, impulsionado, por softs e por grãos, principalmente, ao passo que o petróleo teve um pequeno recuo. "Tivemos um dia consideravelmente agitado, com um volume bom de negócios e com muitas alternativas de compras. Conseguimos registrar o rompimento de várias resistências e isso deu uma boa base para que os altistas predominassem no mercado e pudessem vislumbrar a busca por novos níveis de preço", disse um trader. Um analista sustentou que a tendência é o mercado buscar a máxima de 7 de julho, em 274,75 centavos, o que seria um interessante "swing de alta", o que faz, inclusive, com que os players não consigam ter uma visão clara de uma tendência de curto prazo. Para esses analistas, para interromper a tendência de baixa recente seria importante o rompimento do nível de 7 de julho, sendo que os ganhos até o momento verificados foram basicamente corretivos. Graficamente, o mercado dá sinais de mudança para uma tendência de alta. O índice de força relativa, que é uma ferramenta amplamente utilizada, se mostra em alta, sendo que o mercado também tem conseguido se posicionar acima de médias móveis de 50 e 40 dias. Paul Hare, vice-presidente executivo do Linn Group, a ação de mercado se mostrou muito efetiva, acima da média móvel de 40 dias, que pode representar uma mudança de tendência, após dois meses de pressão baixista. Para o especialista, no lado de baixa os preços poderiam buscar o nível de 240,00 centavos, ao passo que no nível de alta o foco é de 275,00 centavos. O Mercon Coffee Group apresentou uma revisão para sua estimativa da safra de 2011/2012 de café do Brasil. A primeira, divulgada em março, apontava uma produção de 52,4 milhões de sacas. O número foi revisto agora para 48,6 milhões de sacas. De acordo com a trading, há cinco meses, o tamanho dos frutos em regiões produtoras de café do Brasil era "expressivo", o que indicava um potencial para uma grande safra. No entanto, a produtividade dos cafezais mostrou-se menor do que o esperado, especialmente no sul e cerrado de Minas Gerais, e ainda na região da Mogiana. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 16, somaram 1.130.103 sacas, contra 977.954 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 7.635 sacas, indo para 1.484.162 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.576 lotes, com as opções tendo 4.215 calls e 9.172 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 263,60, 264,00, 264,50, 264,90-265,00, 265,50, 265,65, 266,00, 266,50, 267,00, 267,50 e 268,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 250,65, 250,50, 250,10-250,00, 249,50, 249,00, 248,50, 248,00, 247,50, 247,00, 246,50 e 246,00 centavos por libra.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com fortes ganhos, com a predominância de compras especulativas e de grandes fundos, na esteira de fatores técnicos, ao conseguir romper importantes resistências, e também ao refletir algumas informações sobre a safra brasileira de café, estimada para baixo, em um cenário que se avizinha de oferta bastante limitada. No início da noite, o ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, sob várias acusações envolvendo sua pasta, pediu demissão. Operadores indicaram que a quarta-feira foi caracterizada por bastante movimentação no mercado cafeeiro, com muitos players, após um início de operações bastante limitado e com quedas, passando a registrar compras expressivas, o que permitiu que ganhos consistentes fossem verificados, com os preços alcançando os melhores patamares desde 14 de julho. As altas passaram a ser consolidadas após o rompimento de importantes resistências. Tão logo o nível de 255,00 centavos foi rompido, especuladores e fundos passaram a executar compras, o que permitiu que outra resistência, no patamar de 260,00 centavos, fosse também superado, o que garantiu que uma valorização de mais de mil pontos pudesse ser registrada. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 1.165 pontos com 263,20 centavos, sendo a máxima em 263,60 e a mínima em 250,65 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 1.180 pontos, com a libra a 266,80 centavos, sendo a máxima em 267,30 e a mínima em 254,10 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 36 dólares, com 2.350 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 36 dólares, com 2.380 dólares por tonelada. De acordo com analistas internacionais, o dia foi marcado por boas compras que se mostraram independentes do comportamento dos mercados internacionais. O dólar teve uma perda relativa ao longo do dia, no entanto, fechou a quarta com ligeiros ganhos, mas, mesmo assim, as compras no café se mantiveram. O índice CRB teve alta, impulsionado, por softs e por grãos, principalmente, ao passo que o petróleo teve um pequeno recuo. "Tivemos um dia consideravelmente agitado, com um volume bom de negócios e com muitas alternativas de compras. Conseguimos registrar o rompimento de várias resistências e isso deu uma boa base para que os altistas predominassem no mercado e pudessem vislumbrar a busca por novos níveis de preço", disse um trader. Um analista sustentou que a tendência é o mercado buscar a máxima de 7 de julho, em 274,75 centavos, o que seria um interessante "swing de alta", o que faz, inclusive, com que os players não consigam ter uma visão clara de uma tendência de curto prazo. Para esses analistas, para interromper a tendência de baixa recente seria importante o rompimento do nível de 7 de julho, sendo que os ganhos até o momento verificados foram basicamente corretivos. Graficamente, o mercado dá sinais de mudança para uma tendência de alta. O índice de força relativa, que é uma ferramenta amplamente utilizada, se mostra em alta, sendo que o mercado também tem conseguido se posicionar acima de médias móveis de 50 e 40 dias. Paul Hare, vice-presidente executivo do Linn Group, a ação de mercado se mostrou muito efetiva, acima da média móvel de 40 dias, que pode representar uma mudança de tendência, após dois meses de pressão baixista. Para o especialista, no lado de baixa os preços poderiam buscar o nível de 240,00 centavos, ao passo que no nível de alta o foco é de 275,00 centavos. O Mercon Coffee Group apresentou uma revisão para sua estimativa da safra de 2011/2012 de café do Brasil. A primeira, divulgada em março, apontava uma produção de 52,4 milhões de sacas. O número foi revisto agora para 48,6 milhões de sacas. De acordo com a trading, há cinco meses, o tamanho dos frutos em regiões produtoras de café do Brasil era "expressivo", o que indicava um potencial para uma grande safra. No entanto, a produtividade dos cafezais mostrou-se menor do que o esperado, especialmente no sul e cerrado de Minas Gerais, e ainda na região da Mogiana. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 16, somaram 1.130.103 sacas, contra 977.954 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 7.635 sacas, indo para 1.484.162 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.576 lotes, com as opções tendo 4.215 calls e 9.172 puts. Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 263,60, 264,00, 264,50, 264,90-265,00, 265,50, 265,65, 266,00, 266,50, 267,00, 267,50 e 268,00 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 250,65, 250,50, 250,10-250,00, 249,50, 249,00, 248,50, 248,00, 247,50, 247,00, 246,50 e 246,00 centavos por libra.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
MERCON GROUP ESTIMA SAFRA DO BRASIL 2011/12 EM 48,6 MILHÕES DE SACAS
MERCON GROUP ESTIMA SAFRA DO BRASIL 2011/12 EM 48,6 MILHÕES DE SACAS
A trading Mercon Coffee Group divulgou ontem uma revisão para sua estimativa da safra 2011/12 de café do Brasil. A primeira, divulgada em março, apontava que a colheita renderia uma produção de 52,4 milhões de sacas de 60 quilos. O número foi revisto agora para 48,6 milhões de sacas. Segundo a trading, há cinco meses, o tamanho dos frutos em regiões produtoras de café do Brasil era "expressivo", o que indicava um potencial para uma grande safra. No entanto, a produtividade dos cafezais mostrou-se menordo que o esperado, especialmente no sul e cerrado de Minas Gerais, e ainda na região da Mogiana. A Mercon estima ainda que a colheita da safra de café no Brasil alcança, atualmente, 75% da produção projetada, no caso do arábica, e95% para o conilon.
A trading Mercon Coffee Group divulgou ontem uma revisão para sua estimativa da safra 2011/12 de café do Brasil. A primeira, divulgada em março, apontava que a colheita renderia uma produção de 52,4 milhões de sacas de 60 quilos. O número foi revisto agora para 48,6 milhões de sacas. Segundo a trading, há cinco meses, o tamanho dos frutos em regiões produtoras de café do Brasil era "expressivo", o que indicava um potencial para uma grande safra. No entanto, a produtividade dos cafezais mostrou-se menordo que o esperado, especialmente no sul e cerrado de Minas Gerais, e ainda na região da Mogiana. A Mercon estima ainda que a colheita da safra de café no Brasil alcança, atualmente, 75% da produção projetada, no caso do arábica, e95% para o conilon.
Nova Iorque volta a demonstrar consistência e tem bons ganhos
Nova Iorque volta a demonstrar consistência e tem bons ganhos
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com bons ganhos, na esteira de compras especulativas e de grandes fundos. Após uma abertura pressionada, seguindo a tendência negativa dos mercados externos, o café, passo a passo, começou a inverter a tendência, com os compradores voltando a demonstrar consistência. Mesmo com as bolsas de valores nos Estados Unidos e na Europa registrando perdas e várias commodities tendo retração, o café conseguiu se posicionar positivamente rompendo novamente os 250,00 centavos para o dezembro e, na sequência, atingindo o patamar de 255,00 centavos, nível considerado "tecnicamente bastante interessante", com a média móvel de 200 dias voltando a ser rompida, o que pode dar espaço para novas ações compradoras. Operadores ressaltaram que a expectativa do mercado era de um aumento nas ofertas de cafés brasileiros, já que a colheita vai chegando a seus momentos finais. No entanto, a maior parte dos produtores do país se mostra, ao menos razoavelmente capitalizados, o que permite que essas vendas sejam bastante dosadas. Esses players indicaram que os brasileiros buscam prêmios mais interessantes para seu café, caso contrário as vendas não se efetivam. Um desses operadores sustentou que o mercado opera de lado, no que se refere aos aspectos técnicos mais macros, estando focado, efetivamente, nas ações especulativas e que as origens, notadamente as brasileiras, deverão nortear os preços, ao menos no curto prazo. Fundamentalmente, o mercado continua sem novidades, com as estimativas de safra mundiais já bastante assimiladas — e precificadas —, ao passo que a questão clima no Brasil não provoca maiores temores nos participantes, já que o centro-sul do país registra temperaturas acima da média para esta época do ano. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 585 pontos com 251,55 centavos, sendo a máxima em 252,00 e a mínima em 242,00 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 560 pontos, com a libra a 255,00 centavos, sendo a máxima em 255,50 e a mínima em 245,75 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 18 dólares, com 2.314 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 15 dólares, com 2.344 dólares por tonelada. Segundo analistas internacionais, o café voltou a subir após falhar na tentativa de romper importantes suportes. Para o analista Keith Flury, é possível que o mercado mantenha a tendência de alta, sendo que o nível de 280,00-300,00 centavos de dólar não pode ser descartado “O mercado mostra uma consolidação diferenciada do aspecto externo, isso é um sinal de força e não deve ser descartado”, disse um trader. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.846 sacas, indo para 1.491.797 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.576 lotes, com as opções tendo 4.215 calls e 9.172 puts. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 15, somaram 1.051.975 sacas, contra 789.168 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 251,85, 252,00, 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50, 256,00, 256,50, 257,00 e 257,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 242,00, 241,50, 241,00, 240,50, 240,10-240,00, 239,50, 239,40, 239,00, 238,50, 238,00, 237,50, 237,00, 236,50, 236,00, 235,50, 235,10-235,00 e 234,50 centavos por libra.
Os contratos futuros de café arábica negociados na ICE Futures US encerraram esta terça-feira com bons ganhos, na esteira de compras especulativas e de grandes fundos. Após uma abertura pressionada, seguindo a tendência negativa dos mercados externos, o café, passo a passo, começou a inverter a tendência, com os compradores voltando a demonstrar consistência. Mesmo com as bolsas de valores nos Estados Unidos e na Europa registrando perdas e várias commodities tendo retração, o café conseguiu se posicionar positivamente rompendo novamente os 250,00 centavos para o dezembro e, na sequência, atingindo o patamar de 255,00 centavos, nível considerado "tecnicamente bastante interessante", com a média móvel de 200 dias voltando a ser rompida, o que pode dar espaço para novas ações compradoras. Operadores ressaltaram que a expectativa do mercado era de um aumento nas ofertas de cafés brasileiros, já que a colheita vai chegando a seus momentos finais. No entanto, a maior parte dos produtores do país se mostra, ao menos razoavelmente capitalizados, o que permite que essas vendas sejam bastante dosadas. Esses players indicaram que os brasileiros buscam prêmios mais interessantes para seu café, caso contrário as vendas não se efetivam. Um desses operadores sustentou que o mercado opera de lado, no que se refere aos aspectos técnicos mais macros, estando focado, efetivamente, nas ações especulativas e que as origens, notadamente as brasileiras, deverão nortear os preços, ao menos no curto prazo. Fundamentalmente, o mercado continua sem novidades, com as estimativas de safra mundiais já bastante assimiladas — e precificadas —, ao passo que a questão clima no Brasil não provoca maiores temores nos participantes, já que o centro-sul do país registra temperaturas acima da média para esta época do ano. No encerramento do dia, o setembro em Nova Iorque teve alta de 585 pontos com 251,55 centavos, sendo a máxima em 252,00 e a mínima em 242,00 centavos por libra, com o dezembro registrando oscilação positiva de 560 pontos, com a libra a 255,00 centavos, sendo a máxima em 255,50 e a mínima em 245,75 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição setembro registrou alta de 18 dólares, com 2.314 dólares por tonelada, com o novembro tendo valorização de 15 dólares, com 2.344 dólares por tonelada. Segundo analistas internacionais, o café voltou a subir após falhar na tentativa de romper importantes suportes. Para o analista Keith Flury, é possível que o mercado mantenha a tendência de alta, sendo que o nível de 280,00-300,00 centavos de dólar não pode ser descartado “O mercado mostra uma consolidação diferenciada do aspecto externo, isso é um sinal de força e não deve ser descartado”, disse um trader. Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.846 sacas, indo para 1.491.797 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 24.576 lotes, com as opções tendo 4.215 calls e 9.172 puts. As exportações de café do Brasil em agosto, até o dia 15, somaram 1.051.975 sacas, contra 789.168 sacas registradas no mesmo período de julho, informou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil). Tecnicamente, o setembro na ICE Futures US tem uma resistência em 251,85, 252,00, 252,50, 253,00, 253,50, 254,00, 254,50, 254,90-255,00, 255,50, 256,00, 256,50, 257,00 e 257,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 242,00, 241,50, 241,00, 240,50, 240,10-240,00, 239,50, 239,40, 239,00, 238,50, 238,00, 237,50, 237,00, 236,50, 236,00, 235,50, 235,10-235,00 e 234,50 centavos por libra.
Commodities Agrícolas
Commodities Agrícolas
China e Brasil Sinais de aquecimento da demanda chinesa por açúcar fortaleceram o mercado da commodity ontem na bolsa de Nova York. Os contratos para março encerraram a 27,20 centavos de dólar por libra-peso, alta de 56 pontos. Analistas ouvidos pela Bloomberg dizem que a China pode ter um déficit de 2 milhões de toneladas de açúcar neste ano. "Se for confirmado o aperto dos estoques chineses, a demanda será um pouco melhor", disse Jack Scoville, da Price Futures Group, de Chicago. A China é o segundo maior consumidor global de açúcar. Segundo a Dow Jones Newswires, também afeta o mercado a preocupação sobre o tamanho da safra de cana no Brasil. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal fechou ontem em R$ 68,18 por saca, queda de 0,89%. Estoque apertado Os futuros do café arábica na bolsa de Nova York subiram de forma expressiva no pregão de ontem puxados pelo risco de estoques mundiais apertados ao fim da temporada 2010/11. Os contratos com vencimento em dezembro encerraram o dia a US$ 2,55 a libra-peso, valorização de 560 pontos. De acordo com analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, a performance da commodity é a melhor entre as agrícolas até agora. "Eu acho que um movimento para US$ 2,80 a US$ 3 é possível dado o alto risco associado ao apertado estoque de passagem no fim do ciclo", disse Keith Flury, analista do banco holandês Rabobank. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do grão de café 1,17% cotado a R$ 459,65. No mês, a alta acumulada é de 4,70%. Efeito do clima Especulações em relação aos efeitos da onda de calor de julho nas lavouras de milho dos EUA fizeram o grão subir ontem na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em dezembro subiram 7,50 centavos de dólar a US$ 7,2750 por bushel. Conforme analistas ouvidos pela Bloomberg, há temores de que o calor tenha afetado a produtividade das lavouras de milho mais do que o governo disse na semana passada. Se confirmado, isso indicaria oferta mais apertada de milho. Cerca de 83% das lavouras foi polinizada em julho, quando as temperaturas no Meio-Oeste foram as maiores na média desde 1955, segundo a T-Storm Weather LLC in Chicago. O indicador de preços Esalq/BM&FBovespa para o milho ficou em R$ 30,11 por saca, alta de 0,20%. Estiagem americana A seca nas Grandes Planícies americanas continua a dar força às cotações do trigo nas bolsas americanas. Em Chicago, o contrato para dezembro encerrou o dia a US$ 7,52 o bushel, alta de 10,50 centavos. Em Kansas, o mesmo vencimento fechou o pregão com valorização de 6,75 centavos a US$ 6,75 o bushel. De acordo com a Bloomberg, muito das lavouras de trigo do Texas, do oeste de Oklahoma e do sudoeste de Kansas estão sofrendo com uma seca "excepcional", a mais severa classificação dada pela Universidade do Nebraska. "Não há nenhuma indicação de que essa seca vai cessar", disse um analista à Bloomberg. No mercado do Paraná, o trigo ficou ontem com preço médio de R$ 25,83 por saca, recuo de 0,27%, segundo o Deral/Seab. EUA voltam a barrar carne exportada pela JBS por excesso de vermífugoAs autoridades sanitárias norte-americanas voltaram a encontrar a presença do vermífugo ivermectina acima do permitido pelas regras dos EUA em uma carga de carne industrializada da JBS.Segundo a Folha apurou, a carne, industrializada na unidade da companhia em Barretos (SP), foi devolvida pelo FSIS (Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar), após análises laboratoriais. A empresa foi informada na sexta-feira passada.O órgão manterá análises laboratoriais em mais 15 carregamentos da unidade de Barretos e, caso problemas semelhantes sejam registrados, essa fábrica pode ser excluída da lista de frigoríficos habilitados a exportar carne industrializada para os EUA.Essa não é a primeira vez que a JBS tem carregamento devolvido pelos americanos. No ano passado, os EUA encontraram a presença do vermífugo acima do permitido em uma carga de Lins (SP).O episódio acabou em prejuízo para todo o setor. Os embarques de carne foram suspensos logo após a devolução da carga da JBS, no final de maio de 2010, e retomados apenas em dezembro.A assessoria de imprensa da JBS informou que a devolução do contêiner de Barretos é um caso isolado, pois a empresa tem adotado todas as recomendações do acordo entre Brasil e EUA.Entre elas está o cuidado dos produtores em respeitar o prazo de carência da aplicação do ivermectina nos animais até o abate.Segundo Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores de carne), os frigoríficos não podem confiar nas recomendações de prazo das bulas."O que está escrito na bula não se evidencia no resultado final", afirma. Colheita atrasada A colheita da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul é lenta. Chuvas na região impossibilitam a evolução normal dos trabalhos e podem prejudicar a qualidade dos grãos. Abaixo da média Das áreas cultivadas com milho em Mato Grosso do Sul, 35% já foram colhidas, ante 41% no mesmo período do ano passado. O índice também está abaixo da média do Centro-Oeste, de 77%, segundo a Céleres. Ritmo lento A consultoria também informou que a venda antecipada da safra de soja 2011/12 atingiu 11% da produção na semana passada -mais um ponto percentual em relação à anterior. Da safra 2010/11, 83% já foram vendidos. Expectativa A queda no ritmo de comercialização é consequência da redução nas estimativas para a produção de soja americana. Com a deterioração das lavouras nos EUA, os produtores brasileiros aguardam preços maiores no futuro. Com oferta maior, preço do boi recua em São PauloO aumento da oferta de animais para abate provocou queda nos preços do boi gordo, ontem, em São Paulo.A Informa Economics FNP apontou a arroba a R$ 100, em média. Segundo a Scot Consultoria, o valor de referência já chega a R$ 99,50.A liberação para o abate de animais ainda mantidos em confinamento e de bovinos de regiões que enfrentam seca, como Sudeste e Centro-Oeste, explica esse recuo.Mas a tendência ainda não é de queda. Após esse descarte de animais, espera-se um período de restrição na oferta, que deve se tornar abundante apenas no início de 2012, com a nova safra. Baixa oferta de cana altera projeções da Cosan para a RaízenA queda da oferta de cana-de-açúcar no país levou a Cosan a reduzir as projeções de processamento da Raízen, joint venture do grupo com a Shell.A informação foi dada ontem pelo diretor financeiro e de relações com os investidores, Marcelo Martins.O volume processado de cana deve alcançar de 53 milhões a 56 milhões de toneladas. A previsão anterior sugeria um intervalo entre 50 milhões a 60 milhões de toneladas.As projeções para as vendas de açúcar e de etanol também foram reduzidas.
China e Brasil Sinais de aquecimento da demanda chinesa por açúcar fortaleceram o mercado da commodity ontem na bolsa de Nova York. Os contratos para março encerraram a 27,20 centavos de dólar por libra-peso, alta de 56 pontos. Analistas ouvidos pela Bloomberg dizem que a China pode ter um déficit de 2 milhões de toneladas de açúcar neste ano. "Se for confirmado o aperto dos estoques chineses, a demanda será um pouco melhor", disse Jack Scoville, da Price Futures Group, de Chicago. A China é o segundo maior consumidor global de açúcar. Segundo a Dow Jones Newswires, também afeta o mercado a preocupação sobre o tamanho da safra de cana no Brasil. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o açúcar cristal fechou ontem em R$ 68,18 por saca, queda de 0,89%. Estoque apertado Os futuros do café arábica na bolsa de Nova York subiram de forma expressiva no pregão de ontem puxados pelo risco de estoques mundiais apertados ao fim da temporada 2010/11. Os contratos com vencimento em dezembro encerraram o dia a US$ 2,55 a libra-peso, valorização de 560 pontos. De acordo com analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, a performance da commodity é a melhor entre as agrícolas até agora. "Eu acho que um movimento para US$ 2,80 a US$ 3 é possível dado o alto risco associado ao apertado estoque de passagem no fim do ciclo", disse Keith Flury, analista do banco holandês Rabobank. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do grão de café 1,17% cotado a R$ 459,65. No mês, a alta acumulada é de 4,70%. Efeito do clima Especulações em relação aos efeitos da onda de calor de julho nas lavouras de milho dos EUA fizeram o grão subir ontem na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em dezembro subiram 7,50 centavos de dólar a US$ 7,2750 por bushel. Conforme analistas ouvidos pela Bloomberg, há temores de que o calor tenha afetado a produtividade das lavouras de milho mais do que o governo disse na semana passada. Se confirmado, isso indicaria oferta mais apertada de milho. Cerca de 83% das lavouras foi polinizada em julho, quando as temperaturas no Meio-Oeste foram as maiores na média desde 1955, segundo a T-Storm Weather LLC in Chicago. O indicador de preços Esalq/BM&FBovespa para o milho ficou em R$ 30,11 por saca, alta de 0,20%. Estiagem americana A seca nas Grandes Planícies americanas continua a dar força às cotações do trigo nas bolsas americanas. Em Chicago, o contrato para dezembro encerrou o dia a US$ 7,52 o bushel, alta de 10,50 centavos. Em Kansas, o mesmo vencimento fechou o pregão com valorização de 6,75 centavos a US$ 6,75 o bushel. De acordo com a Bloomberg, muito das lavouras de trigo do Texas, do oeste de Oklahoma e do sudoeste de Kansas estão sofrendo com uma seca "excepcional", a mais severa classificação dada pela Universidade do Nebraska. "Não há nenhuma indicação de que essa seca vai cessar", disse um analista à Bloomberg. No mercado do Paraná, o trigo ficou ontem com preço médio de R$ 25,83 por saca, recuo de 0,27%, segundo o Deral/Seab. EUA voltam a barrar carne exportada pela JBS por excesso de vermífugoAs autoridades sanitárias norte-americanas voltaram a encontrar a presença do vermífugo ivermectina acima do permitido pelas regras dos EUA em uma carga de carne industrializada da JBS.Segundo a Folha apurou, a carne, industrializada na unidade da companhia em Barretos (SP), foi devolvida pelo FSIS (Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar), após análises laboratoriais. A empresa foi informada na sexta-feira passada.O órgão manterá análises laboratoriais em mais 15 carregamentos da unidade de Barretos e, caso problemas semelhantes sejam registrados, essa fábrica pode ser excluída da lista de frigoríficos habilitados a exportar carne industrializada para os EUA.Essa não é a primeira vez que a JBS tem carregamento devolvido pelos americanos. No ano passado, os EUA encontraram a presença do vermífugo acima do permitido em uma carga de Lins (SP).O episódio acabou em prejuízo para todo o setor. Os embarques de carne foram suspensos logo após a devolução da carga da JBS, no final de maio de 2010, e retomados apenas em dezembro.A assessoria de imprensa da JBS informou que a devolução do contêiner de Barretos é um caso isolado, pois a empresa tem adotado todas as recomendações do acordo entre Brasil e EUA.Entre elas está o cuidado dos produtores em respeitar o prazo de carência da aplicação do ivermectina nos animais até o abate.Segundo Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores de carne), os frigoríficos não podem confiar nas recomendações de prazo das bulas."O que está escrito na bula não se evidencia no resultado final", afirma. Colheita atrasada A colheita da safrinha de milho em Mato Grosso do Sul é lenta. Chuvas na região impossibilitam a evolução normal dos trabalhos e podem prejudicar a qualidade dos grãos. Abaixo da média Das áreas cultivadas com milho em Mato Grosso do Sul, 35% já foram colhidas, ante 41% no mesmo período do ano passado. O índice também está abaixo da média do Centro-Oeste, de 77%, segundo a Céleres. Ritmo lento A consultoria também informou que a venda antecipada da safra de soja 2011/12 atingiu 11% da produção na semana passada -mais um ponto percentual em relação à anterior. Da safra 2010/11, 83% já foram vendidos. Expectativa A queda no ritmo de comercialização é consequência da redução nas estimativas para a produção de soja americana. Com a deterioração das lavouras nos EUA, os produtores brasileiros aguardam preços maiores no futuro. Com oferta maior, preço do boi recua em São PauloO aumento da oferta de animais para abate provocou queda nos preços do boi gordo, ontem, em São Paulo.A Informa Economics FNP apontou a arroba a R$ 100, em média. Segundo a Scot Consultoria, o valor de referência já chega a R$ 99,50.A liberação para o abate de animais ainda mantidos em confinamento e de bovinos de regiões que enfrentam seca, como Sudeste e Centro-Oeste, explica esse recuo.Mas a tendência ainda não é de queda. Após esse descarte de animais, espera-se um período de restrição na oferta, que deve se tornar abundante apenas no início de 2012, com a nova safra. Baixa oferta de cana altera projeções da Cosan para a RaízenA queda da oferta de cana-de-açúcar no país levou a Cosan a reduzir as projeções de processamento da Raízen, joint venture do grupo com a Shell.A informação foi dada ontem pelo diretor financeiro e de relações com os investidores, Marcelo Martins.O volume processado de cana deve alcançar de 53 milhões a 56 milhões de toneladas. A previsão anterior sugeria um intervalo entre 50 milhões a 60 milhões de toneladas.As projeções para as vendas de açúcar e de etanol também foram reduzidas.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Smucker Cutting Coffee Prices, Citing Decline In Green CoffeeFutures
Smucker Cutting Coffee Prices, Citing Decline In Green CoffeeFutures
--J.M. Smucker cutting prices by average of 6% on Folgers, Dunkin Donuts
coffees
--Cites decline in green coffee costs as reason for decline
--Price cuts could prompt response from Kraft, Starbucks
J. M. Smucker Co. (SJM) is cutting prices on Folgers
and Dunkin Donuts bagged coffee, electing to use the recent pullback in green
coffee prices to chase market share rather than pad margins.
Smucker on Tuesday said it is cutting coffee prices on its brands by an
average of 6%, a move coming after a year in which the company raised prices a
total of 23% due to rapidly rising costs.
Smucker appears to be the first major coffee roaster to cut prices, which
could put pressure on competitors like Kraft Foods Inc. (KFT), which owns
Maxwell House, and Starbucks Corp. (SBUX) to respond by either lowering prices
or increasing promotions. A Kraft Foods spokeswoman, Bridget MacConnell, said
the company has not announced any price cuts on coffee.
Starbucks Chief Executive Howard Schultz, speaking on CNBC Tuesday, said that
the coffee giant has locked in its coffee inventory for all of 2012, a long
buying period that ensures stability but doesn't benefit as much when costs
fall. Schultz said Starbucks will look at cutting prices on some items, and
will rely on its loyalty program to offer customers deals.
"We are looking for certain ways we can lower [prices on] certain items,"
Schultz said.
Smuckers tends to buy green coffee in 18 to 22 week intervals, Smucker
President Vincent Byrd said on the company's June earnings call, a shorter time
frame that allows it to adjust prices based on costs. The strategy can force
the company to raise prices faster when costs increase, but allow it to take
advantage of declines.
Smucker's price cuts come as consumers face a fresh batch of economic jitters
over debt concerns in the U.S. economy and the prospect of a prolonged economic
weakness. Food manufacturers, who have been raising prices in the face of
higher costs, have expressed caution about the ultimate pushback from
consumers.
Coffee makers have been among the more aggressive players in raising pricing,
as they've been under pressure over the past year as green coffee prices rose
rapidly. Starbucks, for instance, in May increased retail prices 17% on bagged
coffee sold in its cafes.
But recently, they've gotten a break. Benchmark arabica coffee futures on
IntercontinentalExchange have fallen 21% since hitting a 14-year peak above $3
a pound in early May, as concerns over supplies waned during Brazil's harvest.
Prices could fall even further, analysts say, when other major growers in Latin
America start their harvests in the last quarter of this year.
Smucker shares fell 1.2% in early trading to $75, but are up more than 14%
year to date.
--J.M. Smucker cutting prices by average of 6% on Folgers, Dunkin Donuts
coffees
--Cites decline in green coffee costs as reason for decline
--Price cuts could prompt response from Kraft, Starbucks
J. M. Smucker Co. (SJM) is cutting prices on Folgers
and Dunkin Donuts bagged coffee, electing to use the recent pullback in green
coffee prices to chase market share rather than pad margins.
Smucker on Tuesday said it is cutting coffee prices on its brands by an
average of 6%, a move coming after a year in which the company raised prices a
total of 23% due to rapidly rising costs.
Smucker appears to be the first major coffee roaster to cut prices, which
could put pressure on competitors like Kraft Foods Inc. (KFT), which owns
Maxwell House, and Starbucks Corp. (SBUX) to respond by either lowering prices
or increasing promotions. A Kraft Foods spokeswoman, Bridget MacConnell, said
the company has not announced any price cuts on coffee.
Starbucks Chief Executive Howard Schultz, speaking on CNBC Tuesday, said that
the coffee giant has locked in its coffee inventory for all of 2012, a long
buying period that ensures stability but doesn't benefit as much when costs
fall. Schultz said Starbucks will look at cutting prices on some items, and
will rely on its loyalty program to offer customers deals.
"We are looking for certain ways we can lower [prices on] certain items,"
Schultz said.
Smuckers tends to buy green coffee in 18 to 22 week intervals, Smucker
President Vincent Byrd said on the company's June earnings call, a shorter time
frame that allows it to adjust prices based on costs. The strategy can force
the company to raise prices faster when costs increase, but allow it to take
advantage of declines.
Smucker's price cuts come as consumers face a fresh batch of economic jitters
over debt concerns in the U.S. economy and the prospect of a prolonged economic
weakness. Food manufacturers, who have been raising prices in the face of
higher costs, have expressed caution about the ultimate pushback from
consumers.
Coffee makers have been among the more aggressive players in raising pricing,
as they've been under pressure over the past year as green coffee prices rose
rapidly. Starbucks, for instance, in May increased retail prices 17% on bagged
coffee sold in its cafes.
But recently, they've gotten a break. Benchmark arabica coffee futures on
IntercontinentalExchange have fallen 21% since hitting a 14-year peak above $3
a pound in early May, as concerns over supplies waned during Brazil's harvest.
Prices could fall even further, analysts say, when other major growers in Latin
America start their harvests in the last quarter of this year.
Smucker shares fell 1.2% in early trading to $75, but are up more than 14%
year to date.
Karl Marx, o visionário. "O capitalismo pode destruir-se", diz Roubini
No início do século, Nouriel Roubini recebeu a alcunha de Dr. Doom, devido às previsões catastróficas que fazia para a economia mundial. A crise no imobiliário confirmou-se, tal como Roubini tinha alertado e o economista turco de origem judaica e naturalizado norte-americano passou a ser considerado como uma das vozes a ser ouvida.
Agora, em entrevista ao "Wall Street Journal", Roubini afirma que "os mercados não estão a fazer nada, não estão a ajudar a crise. Os riscos deixaram-nos nervosos e as empresas acabam por não contratar pessoas, porque dizem que não há tanta procura, mas chegámos a um paradoxo. Se não se contratam trabalhadores, não há verbas dos salários, não há confiança dos consumidores e não há consumo, logo não há a tal procura". O economista explica ainda que "nos últimos dois ou três anos estivemos ainda pior, porque tivemos uma redistribuição de rendimentos do trabalho para o capital, dos salários para os lucros e os desequilíbrios entre rendimentos e riqueza aumentaram. Karl Marx estava certo, em algum ponto, o capitalismo pode destruir-se a si próprio, porque não se pode continuar a transferir rendimentos dos salários para os lucros sem ter menor capacidade de trabalho e uma menor procura".
Ainda assim, Roubini não considera que a economia dos Estados Unidos esteja perto desse ponto, apesar de todo o risco que enfrenta. Mas não deixa de referir que as possibilidades de EUA, Europa e Japão entrarem numa segunda recessão conjunta são de 50%, o que pode colocar parte do sistema financeiro em insolvência.
Ontem, o multimilionário norte-americano Warren Buffett escreveu um artigo de opinião no "New York Times", em que enviou um recado a Barack Obama. Buffett entende que a partilha de sacrifícios pedidos à população é injusta para as classes mais pobres e não se dá ao trabalho de medir palavras: "Parem de mimar os super-ricos", defende. Para revelar que a austeridade o tem mimado: " Verifiquei junto dos meus amigos milionários para saber que sacrifícios lhes foram pedidos, mas também eles ficaram intactos. No último ano, a minha conta fiscal foi de 6 938 744 dólares, apenas 17,4% dos meus rendimentos tributáveis, o que é uma percentagem menor do que a que foi paga pelas outras 20 pessoas do meu escritório. As suas taxas de impostos estavam entre 33% e 41%", explica.
Obélix poderia dizer que estes americanos são loucos. Roubini cita Marx; Buffet pede mais impostos
Agora, em entrevista ao "Wall Street Journal", Roubini afirma que "os mercados não estão a fazer nada, não estão a ajudar a crise. Os riscos deixaram-nos nervosos e as empresas acabam por não contratar pessoas, porque dizem que não há tanta procura, mas chegámos a um paradoxo. Se não se contratam trabalhadores, não há verbas dos salários, não há confiança dos consumidores e não há consumo, logo não há a tal procura". O economista explica ainda que "nos últimos dois ou três anos estivemos ainda pior, porque tivemos uma redistribuição de rendimentos do trabalho para o capital, dos salários para os lucros e os desequilíbrios entre rendimentos e riqueza aumentaram. Karl Marx estava certo, em algum ponto, o capitalismo pode destruir-se a si próprio, porque não se pode continuar a transferir rendimentos dos salários para os lucros sem ter menor capacidade de trabalho e uma menor procura".
Ainda assim, Roubini não considera que a economia dos Estados Unidos esteja perto desse ponto, apesar de todo o risco que enfrenta. Mas não deixa de referir que as possibilidades de EUA, Europa e Japão entrarem numa segunda recessão conjunta são de 50%, o que pode colocar parte do sistema financeiro em insolvência.
Ontem, o multimilionário norte-americano Warren Buffett escreveu um artigo de opinião no "New York Times", em que enviou um recado a Barack Obama. Buffett entende que a partilha de sacrifícios pedidos à população é injusta para as classes mais pobres e não se dá ao trabalho de medir palavras: "Parem de mimar os super-ricos", defende. Para revelar que a austeridade o tem mimado: " Verifiquei junto dos meus amigos milionários para saber que sacrifícios lhes foram pedidos, mas também eles ficaram intactos. No último ano, a minha conta fiscal foi de 6 938 744 dólares, apenas 17,4% dos meus rendimentos tributáveis, o que é uma percentagem menor do que a que foi paga pelas outras 20 pessoas do meu escritório. As suas taxas de impostos estavam entre 33% e 41%", explica.
Obélix poderia dizer que estes americanos são loucos. Roubini cita Marx; Buffet pede mais impostos
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Liffe Coffee May Rise Above $2,400/Ton
Liffe Coffee May Rise Above $2,400/Ton
On Winter Demand-MacquarieDJLondon robusta coffee futures will likely rebound toover $2,400 a metric ton in the fourth quarter as roasters are expected toaccelerate purchases to meet upcoming demand during the winter season, saidMacquarie Research. Robusta coffee futures on the London International Financial Futures Exchangeended at $2,280/ton Friday, the benchmark's highest close since July 18, asLiffe inventories fell for the second consecutive week. As coffee availability from key producing countries becomes increasinglytight, roasters are also likely to continue drawing certified stocks held inthe NYSE Liffe nominated warehouses, a move which will also support prices, thebank said in a note recently. Despite a large crop of over 18.5 million 60-kilogram bags this year in toprobusta supplier Vietnam, virtually all of this has been sold, and the countryhas very little stocks to see them through to the 2011-12 harvest due November,it said. Up to 670,000 bags of contracted exports faced delays last week because ofdwindling stocks and there are fears of washouts or shipment cancellations, thebank said, citing estimates by some trading executives. Robusta supplies are also tight in Indonesia, another major Asian producer,it said. Coffee output in Indonesia will likely slump 30% to about 490,000 metrictons this year as excessive rains damaged the crop, Indonesian Coffee ExportersAssociation Executive Secretary Rachim Kartabrata said in a recent interview. Still, Macquarie predicts that prices will ease once the Vietnam harvestgains momentum towards the end of the year. By the middle of 2012, weakness from the arabica market will likely addfurther downward pressure as top producer Brazil harvests its bumper crop, itsaid.
On Winter Demand-MacquarieDJLondon robusta coffee futures will likely rebound toover $2,400 a metric ton in the fourth quarter as roasters are expected toaccelerate purchases to meet upcoming demand during the winter season, saidMacquarie Research. Robusta coffee futures on the London International Financial Futures Exchangeended at $2,280/ton Friday, the benchmark's highest close since July 18, asLiffe inventories fell for the second consecutive week. As coffee availability from key producing countries becomes increasinglytight, roasters are also likely to continue drawing certified stocks held inthe NYSE Liffe nominated warehouses, a move which will also support prices, thebank said in a note recently. Despite a large crop of over 18.5 million 60-kilogram bags this year in toprobusta supplier Vietnam, virtually all of this has been sold, and the countryhas very little stocks to see them through to the 2011-12 harvest due November,it said. Up to 670,000 bags of contracted exports faced delays last week because ofdwindling stocks and there are fears of washouts or shipment cancellations, thebank said, citing estimates by some trading executives. Robusta supplies are also tight in Indonesia, another major Asian producer,it said. Coffee output in Indonesia will likely slump 30% to about 490,000 metrictons this year as excessive rains damaged the crop, Indonesian Coffee ExportersAssociation Executive Secretary Rachim Kartabrata said in a recent interview. Still, Macquarie predicts that prices will ease once the Vietnam harvestgains momentum towards the end of the year. By the middle of 2012, weakness from the arabica market will likely addfurther downward pressure as top producer Brazil harvests its bumper crop, itsaid.
domingo, 14 de agosto de 2011
Martelo de Fundo no semanal.
Martelo de Fundo no semanal.
Em semana de mercados agitados as commodities tiveram oscilações menores que ativos das bolsas internacionais.
As noticias macro econômicas foram extremamente ruins o que levou os governos a tomarem medidas de emergência para amenizar a crise, mas como estas medidas demandam tempo para que tenham resultados o que temos de concreto seria que os mercados irão ficar ainda mais voláteis. Para diminuir a volatilidade nas bolsas Européias , os governos como exemplo da Alemanha proibiram a venda a descoberto de ativos o que provocou uma diminuição na sangria e fizeram que investidores aproveitassem para repor os ativos vendidos e colocarem lucro dentro de casa o que provocou no final de semana menos vermelho para os mercados.
As commodities como café e açúcar que tem fundamentos fortes este ano, pois têm o Brasil como seu maior produtor e fornecedor mundial, tendo uma safra de ciclo baixo foi o que menos sofreu no mercado, mas também não tivemos alteração no quadro de baixa.
A semana começou pesada, mas como tínhamos para sexta feira o vencimento das opções de café na Ice, o vencimento trouxe novos ares para o mercado e o café fechou melhor a semana, tendo a mínima de 231,35 e a máxima de 242,50 e fechamento de 240,35, a figura gráfica no semanal tem um martelo de fundo, figura gráfica pode nos trazer uma reversão na tendência de baixa das ultimas semanas.
O mercado vem dentro de um canal de baixa deve tentar agora testar o topo deste canal na casa de 249,50 e podendo até romper o que seria muito bom para o mercado já que esta perdendo a sua força para baixa, dando força a esta teoria temos estocástico saindo da posição de sobre vendido e IFR4 já fazendo topos e fundos ascendentes.
A queda de braço travada entre o produtor e mercado, onde temos uma safra menor e estoques baixos, pode trazer resultados nas próximas semanas coincidindo com o primeiro dia de chamada de entrega no dia 22/08/2011, prazo que os vendidos têm que se posicionar quanto à entrega da mercadoria, ainda se paga ágio para os cafés superiores do tipo Colombiano apesar do diferencial ter diminuído, este diferencial esta na casa de $23,00 dólares por saca para o bica corrida e de 27/28 para a peneira 17/18.
O mercado para as próximas semanas deverá continuar a ser muito volátil e investidores que não tiverem acompanhamento técnico não deve se arriscar no mercado para que não perca dinheiro.
Outro fator que também da força a esta teoria que podemos ter uma melhora nos preços para próximas semanas, é o fato de que houve uma geada de tamanho moderado e ainda ano se sabe o tamanho do estrago feito, onde algumas fontes falam em 500 mil sacas e outras que poderia a chegar em 2 milhões de sacas, mas o que poderia realmente ser grave é a teoria de alguns agrônomos dizendo que o frio “pode” ter atingido o botão floral o que realmente teria sido um estrago de grandes proporções danificando a próxima safra, mas para isto teremos que esperar pelos próximos dias, pois a florada ainda não esta próxima.
A safra já esta bem adiantada sua fase de colheita o que já teríamos em torno de 80% colhido em nível de Brasil, com uma qualidade de grãos superior a safra passada, apesar de ser de grãos miúdos o que proporcionou uma quebra de rendimento na hora do beneficiamento do café.
Bom a semana deve começar pesada ainda temos a crise muito forte na Europa e EUA, a volatilidade alta, mas o rompimento da máxima da semana pode nos dar trade de compra sendo o problema o tamanho do stop que esta abaixo da mínima da semana, mas s e o trade evoluir pode se ajustar.
Boa semana a todos e que Deus abençoe a todos os pais neste dia de hoje, e em especial meu pai um cafeicultor cheio de esperanças aos 77 anos.
Wagner Pimentel
WWW.cafezinhocomamigos.blogspo.com
Em semana de mercados agitados as commodities tiveram oscilações menores que ativos das bolsas internacionais.
As noticias macro econômicas foram extremamente ruins o que levou os governos a tomarem medidas de emergência para amenizar a crise, mas como estas medidas demandam tempo para que tenham resultados o que temos de concreto seria que os mercados irão ficar ainda mais voláteis. Para diminuir a volatilidade nas bolsas Européias , os governos como exemplo da Alemanha proibiram a venda a descoberto de ativos o que provocou uma diminuição na sangria e fizeram que investidores aproveitassem para repor os ativos vendidos e colocarem lucro dentro de casa o que provocou no final de semana menos vermelho para os mercados.
As commodities como café e açúcar que tem fundamentos fortes este ano, pois têm o Brasil como seu maior produtor e fornecedor mundial, tendo uma safra de ciclo baixo foi o que menos sofreu no mercado, mas também não tivemos alteração no quadro de baixa.
A semana começou pesada, mas como tínhamos para sexta feira o vencimento das opções de café na Ice, o vencimento trouxe novos ares para o mercado e o café fechou melhor a semana, tendo a mínima de 231,35 e a máxima de 242,50 e fechamento de 240,35, a figura gráfica no semanal tem um martelo de fundo, figura gráfica pode nos trazer uma reversão na tendência de baixa das ultimas semanas.
O mercado vem dentro de um canal de baixa deve tentar agora testar o topo deste canal na casa de 249,50 e podendo até romper o que seria muito bom para o mercado já que esta perdendo a sua força para baixa, dando força a esta teoria temos estocástico saindo da posição de sobre vendido e IFR4 já fazendo topos e fundos ascendentes.
A queda de braço travada entre o produtor e mercado, onde temos uma safra menor e estoques baixos, pode trazer resultados nas próximas semanas coincidindo com o primeiro dia de chamada de entrega no dia 22/08/2011, prazo que os vendidos têm que se posicionar quanto à entrega da mercadoria, ainda se paga ágio para os cafés superiores do tipo Colombiano apesar do diferencial ter diminuído, este diferencial esta na casa de $23,00 dólares por saca para o bica corrida e de 27/28 para a peneira 17/18.
O mercado para as próximas semanas deverá continuar a ser muito volátil e investidores que não tiverem acompanhamento técnico não deve se arriscar no mercado para que não perca dinheiro.
Outro fator que também da força a esta teoria que podemos ter uma melhora nos preços para próximas semanas, é o fato de que houve uma geada de tamanho moderado e ainda ano se sabe o tamanho do estrago feito, onde algumas fontes falam em 500 mil sacas e outras que poderia a chegar em 2 milhões de sacas, mas o que poderia realmente ser grave é a teoria de alguns agrônomos dizendo que o frio “pode” ter atingido o botão floral o que realmente teria sido um estrago de grandes proporções danificando a próxima safra, mas para isto teremos que esperar pelos próximos dias, pois a florada ainda não esta próxima.
A safra já esta bem adiantada sua fase de colheita o que já teríamos em torno de 80% colhido em nível de Brasil, com uma qualidade de grãos superior a safra passada, apesar de ser de grãos miúdos o que proporcionou uma quebra de rendimento na hora do beneficiamento do café.
Bom a semana deve começar pesada ainda temos a crise muito forte na Europa e EUA, a volatilidade alta, mas o rompimento da máxima da semana pode nos dar trade de compra sendo o problema o tamanho do stop que esta abaixo da mínima da semana, mas s e o trade evoluir pode se ajustar.
Boa semana a todos e que Deus abençoe a todos os pais neste dia de hoje, e em especial meu pai um cafeicultor cheio de esperanças aos 77 anos.
Wagner Pimentel
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